Capítulo 1
Isabella Narrando
Eu deixei meu filho sentado e fui pegar um copo de leite para ele, eu vou na cozinha, mas de repente eu escuto um barulho e saio correndo para ver o que aconteceu e quando chego me desespero ao ver o Miguel no chão tendo uma convulsão, o mesmo começa a tremer e a se debater, e eu sem saber o que fazer começo a gritar desesperadamente pedindo socorro.
Em pouco minutos a porta da minha casa está no chão e aparece um monte de homens todos armados.
Como eu relatei antes, a casa que funciona os negócios ilegais do grego é bem perto da minha, praticamente colada, então qualquer grito dá para ouvir lá.
Grego — O que está acontecendo, porque essa gritaria? __ Eu conheço essa voz, mas não era para ele está aqui.
Grego passa na frente do homens que derrubaram a minha porta e vem em minha direção encarando-me.
Eu estou sentada no chão com o Miguel em meu colo, o mesmo parou de tremer mas está muito pálido.
Soluços saem dos meus lábios e mais uma vez o Grego pergunta o que está acontecendo.
Isabella — Por favor, salva o meu filho, eu só tenho ele __ Falo com lágrimas em meus olhos e com a voz embargada do choro.
O grego olha para mim e sem eu esperar ele pega rapidamente o meu pequeno dos meus braços.
Grego — Vamos levá-lo para a emergência. _ Ele fala indo em direção à porta _ — Você não vem? __ Ele retorna a falar encarando-me.
Levanto-me rapidamente do chão e o sigo.
Em frente a minha porta está estacionada a caminhonete branca do Grego.
Grego — Entra na caminhonete __ Ele manda me encarando.
Faço o que ele pede, sento no lado carona e ele me entrega o Miguel e em seguida ele toma o lugar do motorista e saímos bem rápido em direção a emergência.
Em poucos minutos chegamos no hospital e mais uma vez o Grego pega o Miguel dos meus braços e vamos direto para a recepção.
Falo com a recepcionista, e ela me pede os documentos do Miguel e manda a gente aguardar.
Grego senta na sala de espera ainda com o Miguel no colo e eu fico em pé, impaciente, andando pra lá e pra cá.
Eu não posso perder o Miguelzinho, eu só tenho ele, ele é a minha única família, depois que esse desgraçado acabou com a minha irmã.
Grego — Senta, desse jeito você vai arrombar o chão __ Grego fala chamando a minha atenção.
Olho para ele e em seguida para o meu pequeno em seu colo, é gritante a semelhança dos dois, o Grego é um homem claro da cor, mas a sua pele está um pouco queimada do sol, os seus cabelos são castanhos, seus olhos castanhos bem claros, seus lábios são grossos e o seu nariz é grande e bem feito.
O Miguelzinho não fica atrás, os seus olhos são castanhos claros igualmente o do pai e o cabelo o nariz são idênticos ao do Grego.
O Miguel não tem nenhuma semelhança da minha irmã, ele é a cópia do pai.
É a primeira vez que os dois têm contato, ninguém do morro sabe da existência dele a não ser a minha única amiga que fica com ele quando eu vou para o trabalho.
Olho para o Miguel e vejo que ele está com os olhos abertos, porém ele continua pálido e a sua feição está estranha, me aproximo dele e coloco a minha mão em sua testa.
Isabella — Ele está muito gelado. __ Falo um tanto desesperada olhando para o Grego.
O Grego me entrega o Miguel e vai em direção a recepcionista.
Grego — Cadê a porr@ dos médicos desse hospital, a criança está passando m*l e nenhum médico apareceu para examiná-lo. __ O Grego fala já começando ficar alterado para a recepcionista.
XXX — Calma senhor, o médico já está vindo, só aguarde mais um pouco __ A recepcionista fala tentando acalmar o Grego.
Grego — Calma um c*****o, já tem uns 20 minutos que estamos esperando e nada da porr@ do médico aparecer, se essa criança não for atendida agora eu vou meter bala em todo mundo e a primeira vai ser você! __ Grego fala pegando a sua arma da cintura.
Eu cheguei aqui tão desesperada que nem percebi que a emergência estava cheia, algumas pessoas com crianças e outras com ferimentos.
Só vim perceber que tinha gente quando o Grego pegou a sua arma e todo mundo que está no hospital começa a gritar e se abaixarem no chão.
O Grego só pode ser doido para causar um confusão dessa e ainda mais em uma emergência.
Isabella — Da pra você guardar essa arma, estamos em uma emergência __ Falo ao me aproximar dele com o Miguel no colo.
Grego ignora o que eu falo e continua com a arma na mão.
XXX — Senhor, guarde essa arma se não eu serei obrigada a ligar para a polícia __ A recepcionista fala receosa olhando para ele.
Grego — Se você fizer isso eu meto uma bala na sua cabeça, não é porque estou fora do morro que não tenho coragem, agora liga logo para merd@ desse médico para ele vim avaliar esse garoto __ Ele fala apontando a arma para a recepcionista.
XXX — Por favor senhor, não atira eu tenho duas crianças para criar __ A recepcionista fala tremendo com o telefone na mão.
Isabella — Você é maluco, porque está fazendo isso? __ Pergunto o encarando .
Grego — Eu estou fazendo um favor pra você, então para de ser m*l agradecida c*****o. __ Grego fala olhando para mim .
Eu nunca pensei que o Grego fosse capaz de fazer isso, ele sempre foi um homem m*l com todo mundo e agora ele está aqui ajudando uma criança que ele nem sabe que é dele .
Não posso deixar que ele descubra que o Miguel é filho dele, ele nunca poderá saber e para que isso não aconteça eu tenho que afastar ele do meu filho .
O Miguelzinho é meu filho, somente meu. E ele nunca vai ter contato com ele, ou saber a verdade .
E o grego não tocará mais as suas mãos imundas nele, não depois de ter matado a minha irmã e de ter quase matado o Miguel .
Isabella — Eu não preciso da sua ajuda __ Falo encarando ele .
Na hora do nervosismo e preocupação, eu acabei me esquecendo o monstro que ele é, e tudo que fez .
Mas também, ele parecia ser outra pessoa, ele não parecia ser o homem m*l que ele é .
Mas isso não irá se repetir, porque eu nunca irei esquecer o que ele fez .
XXX — O médico já está vindo __ A recepcionista fala chamando a nossa atenção .
Segundos depois o médico vem em nossa direção juntamente com um enfermeiro .
XXX — O que está acontecendo? __ O médico pergunta assim que se aproxima .
Isabella — O meu filho, ele está passando m*l __ Falo com o Miguel em meus braços .
XXX — Eu irei dar uma olhada nele, mas aqui na emergência não tem muito o que fazer, porque o hospital está sem medicamentos e as máquinas estão quebradas __ Ele fala analisando-me e logo pergunta .
XXX — Você tem quantos anos? Parece ser muito novinha para ter um filho __ O médico fala olhando para mim e em seguida para o pequeno Miguel .
Sinto-me envergonhada quando ele fala isso, o Miguel pode até não ser o meu filho de sangue, mas é como se fosse, eu cuido dele desde o dia que ele nasceu .
Isabella — Eu não sou tão novinha assim, tenho vinte e dois __ Falo envergonhada .
XXX — Mas aparenta ter uns 17 anos __ Ele fala com um traço de sorriso nos lábios .
Grego — O que isso tem a ver tio, o foco aqui é a criança então faça logo o seu trabalho e larga de papo furado porr@! Tá tirando c*****o! __ Grego fala chamando a atenção do médico, mas ele ignora o Grego e fala .
XXX — Vamos para a minha sala, eu irei avaliá-lo __ O médico fala voltando atenção para o Miguel, ele se retira da recepção e eu o sigo .
Quando eu olho para trás percebo que o Grego também está nos seguindo .
Isabella — Você não precisa vir __ Falo parando na sua frente .
Grego — Eu te perguntei alguma coisa? Eu vou entrar na sala com você e já era! Quero saber como o garoto está __ Ele fala passando na minha frente .
Isabella — Eu já falei que não preciso de você, a sua presença é inútil aqui e o meu filho não precisa da sua preocupação __ Falo segurando em seu braço .