REVIRAVOLTA

869 Words
Eu fiquei calada por que era tudo o que eu poderia fazer, eu chorei por que eu não consegui conter as emoções dentro do meu peito. Ele permaneceu me segurando forte, era como um abraço, mas eu não me senti tão sufocada. - Deixa eu ver o seu olho - Ele disse e segurou o meu queixo de novo, me obrigando a olhar em seus olhos - não está tão m*l, eu vou buscar um pouco de gelo, você fica bem aqui? Foram poucos segundos até a minha resposta, mas tudo o que eu pensava era em como eu fugiria daquele bangalô assim que ele saísse pela porta. - Onde está a minha carteira? - ele falou procurando apressado pelo espaço. - Acho que está ali na mesa de cabeceira Martín - eu queria que ele saísse o mais rápido possível, e que FINALMENTE me deixasse em paz. Ele pegou as chaves do carro, e a carteira, e eu decidi não olhar fixamente para a chave do bangalô, eu suava frio, com medo que ele me trancasse ali. - Você vai ficar bem aqui sozinha? - Claro... vou sim, vou tomar um banho! - Ótimo eu vou trancar tudo, pode ser perigoso! Eu me repreendi, que ideia foi essa c*****o? dizer que ia tomar um banho? eu quase chorei, de soluçar mesmo. Ele saiu pela porta, e eu ouvi o estrondo da janela do banheiro sendo fechada pelo parte de trás do bangalô. Nem tudo estava perdido... o meu celular.... comecei a procurar por todos os cantos. Era claro que ele tinha levado com ele, não dava um ponto sem nó se quer aquele filho da p**a. Me desesperei e chorei mais ainda, eu não tinha outras opções, eu só tinha a opção de aguentar a minha escolha calada! Eu quis, eu procurei... me olhei no espelho e vi a pele ao redor do meu olho completamente tomada pelo edema, muito roxa e inchada. Olhei para mim e não me vi, me perdi no meio daquele personagem, me perdi no meio da minha zona! Eu não conseguia mais enxergar nada a não ser a minha necessidade de morrer. Eu estava convencida de que eu merecia morrer. Ele voltou depois de duas horas longe, e assim que ele entrou eu falei - Por que você levou o meu celular? - Calma, eu não levei por que quis, acabou ficando no meu bolso! Mas por que? o que você queria com o celular? - Ligar para os meus pais, avisar que eu estou bem, que estou viva.... e que amanhã estou em casa! - E você acha que vão aceitar você de volta? E vão me aceitar na sua família? você ficou louca mesmo! Eu não queria que ele fosse aceito, queria que ele ficasse distante, que não se atrevesse mais a encostar a mão suja em mim. - Eu quero tentar e correr o risco! - estendi a minha mão, e quando fiz isso ele me olhou surpreso. Se afastou um pouco, retirou do bolso um papelote de cocaína e esticou na mesa ao lado. Deu uma gargalhada bem alta e cheirou todo o conteúdo. - Sabe HAYLEY, eu sempre achei que você era uma menina mimada, sem noção... fora da realidade e burra, mas não achei que fosse nesse tanto não! parabéns! - coçou o nariz e fechou os olhos. - Eu sou r**m mesmo Martín, você está Finalmente livre! Só me devolve o meu celular, eu quero ir para casa. Mais uma gargalhada e ele jogou o meu celular na parede, nem precisei olhar para saber que havia quebrado - Você não vai voltar para o seu papai filho da p**a rei do mundo Anna Júlia Grecco! você entendeu? - Por que você essa agindo assim comigo? - eu falei assustada Quatro homens armados entraram no bangalô, e atrás deles a mãe se Martín Melissa, eu respirei fundo, ela pelo menos iria dar um basta na palhaçada que o filho estava armando assim que visse o meu olho roxo. - Ah, eu cheguei tarde para a festinha... - Obrigada por ter vindo Mel, eu só quero ir para a minha casa... - ela se aproximou de mim e segurou o meu rosto com delicadeza, passou um dedo apenas no meu ferimento dos olhos e disse - Por que você bateu nela Martin? - que não respondeu nada! Pelo menos ela suava ali, pelo menos ela estava querendo me proteger! - Foi só um desentendimento Melissa... não tem problema não! eu só quero ir embora! Ela sorriu para mim ainda com as mãos no meu rosto e disse - Você acha que eu estou brava com o Martin por ter batido na sua cara? - sorriu de novo - ah minha querida, eu só estou brava que ele tenha feito isso antes de mim! - me deu um tapa forte no olho e eu caí no chão. - Eu nem suporto olhar para essa tua cara, igual do maldito Victor, e esse cabelo da maldita Laura? você é uma junção de todo mundo que eu odeio! desgraçada! - chutou o meu estômago, e eu perdi o ar por alguns segundos. Não me levantei do chão, eu só queria chorar.
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