POSSESSÃO

1453 Words
O silêncio estava me matando, mas eu sabia que se eu falasse eu iria causar alguma confusão. Vou descrever Martín em poucas palavras: ELE ERA POSSESSIVO E quando eu digo possessivo não estou falando de um pequeno ciume, não estou falando de um olhar torto de vez em quando, estou falando de me dar puxões no braço pela escola toda vez que algum colega se aproximava. No inicio, eu achei que era normal... e nem sei por que achei normal se cresci fruto de um casamento que nos causava enjoo só de ver como os dois se amavam. Me lembro de entrar no closet da minha mãe várias vezes enquanto ela estava guardando as jóias, ou se arrumando para sair apressada para tentar conversar com ela sobre o que estava rolando, muitas dúvidas passavam pela minha cabeça. - Oi Anaju estou te vendo escondidinha aí... o que foi filha? - ela disse sorrindo de orelha a orelha, estava se arrumando para sair com o meu pai, era o sagrado aniversário de casamento deles. - Mãe... você está linda! - eu disse parando no espelho atrás dela. - Então, eu te conheço, o que está rolando? - ela insistiu enquanto colocava os brincos. Eu ia começar a falar quando o meu pai entrou, não sei se reparou que eu estava ali, apenas olhou fixamente para a minha mãe, tão fixamente que me constrangeu. - Você está linda... - ele disse e abriu o maior sorriso do mundo. E por alguns segundos enquanto os dois se olhavam eu notei que eles não viam nada além deles mesmos, reluzindo. - E então minha filha, o que está acontecendo? - A única coisa que eu queria aquela altura era dividir o problema com um namorado que nem existia para o meu pai, ainda mais com a minha mãe que era tipo a mulher mais amada do mundo... eu não podia reclamar da minha falta de retorno de Martín. - Nada mãe, só vim saber onde vocês vão... - eu disfarcei - Ah, eu nunca conto onde vou levar a sua mãe... então é surpresa... vamos então Laura? - Meu pai se aproximou, beijou o topo da minha cabeça e disse - filha, se cuida e presta atenção no seu irmão. - Pai ele não deveria bancar o irmão mais velho? - eu debochei e o meu pai gargalhou, sabendo que minha mãe iria bancar a mãe coruja para proteger o seu primogênito. - Por que vocês pegam tanto no pé do Lucca? Eu hein... deixa ele! - ela saiu andando na frente, e eu meu pai ficamos debochando atrás dela, rindo, mas de um modo contido... se dona Laura saísse do sério a coisa poderia ficar feia. - Sério princesa, fiquem bem... e não dorme tão tarde! - mais um beijo na minha testa e eles saíram na penumbra da noite. Me tranquei no meu quarto e comecei a repensar... valia a pena aquele relacionamento? Aí que está... para uma menina de catorze ou quinze anos isso não faz diferença nenhuma, ela quer ser amada e adorada... ela quer tudo, menos que aquilo, mesmo que tóxico acabe. Era engraçado como o meu cérebro funcionava, por que eu estava me lembrando dessa situação enquanto Martín calado colocava as nossas malas dentro do bangalô. - E então, você não fala mais comigo Martín? - eu o cobrei - c*****o Anna Júlia, você é muito chata cara... você não tá me vendo resolver as coisas, você tá lembrada do por que estamos aqui? Por que tivemos que sair correndo? - e era sempre assim, eu sempre era culpada por todas as coisas. - Por que tá jogando isso na minha cara? Você insistiu para eu vir... você disse que queria ficar comigo! - eu segurei o choro preso na garganta. E então, quando o negócio já estava pegando fogo ele se aproximava de mim e aí após a mordida ele assoprava. Martín me abraçou bem forte, me deu um beijo casto nos lábios e disse - Linda, desculpa... eu só estou estressado com tudo, não estou querendo descontar em você. - segurou o meu queixo e me obrigou a olhar para ele - Eu entendo isso, mas cara, deixei tudo lá para ficar com você... então não me esnoba desse jeito não! - Você não vê o quanto eu te amo? - agora me deu um beijo um pouco mais apaixonado, segurou o meu cabelo e puxou a minha cintura com a outra mão, me puxou para bem pertinho, passou a língua pela minha boca, e eu me esquecia de tudo. Por que aquele momento de carinho, para mim, substituía tudo o que era r**m antes. Então quando ele segurou a minha b***a com força e continuou sugando os meus lábios com um ritmo mortal, eu me entreguei a ele, total e completamente só a ele. Martín tinha um jeito todo especial de me fazer calar a boca, e quase sempre eu calava - Eu estava doido para chegar aqui... sabe para que? - o olhar safado me fez morder os lábios de excitação. - Para que? - eu o provoquei assim que ele me jogou na cama - Você vai ver... - Martín puxou a minha perna para conseguir arrancar a minha saia, e quando arrancou a minha calcinha e colocou o rosto no meio das minhas pernas eu arqueei o corpo, desejando cada centímetro de sua língua macia e molhada passeando por toda a minha entrada molhada, ele beijou a minha virilha e olhou em meus olhos - Você pensando em brigar comigo... e eu doido para chupar você... você acha justo? - deu um sorriso fatal e lambeu toda a minha entrada de novo, parecia estar aproveitando e se divertindo com o meu gosto em sua boca, aumentou as linguadas , me e fazendo pirar de tento t***o. Eu não podia gemer alto, Martín não gostava... sempre me contava a história sobre a sua ex namorada histérica durante o sexo, e eu como uma boa virgem, julguei a garota e prometi não repetir quando chegasse a minha vez. Parou de repente de um jeito abrupto, e me virou de quatro, não se preocupou em tirar a roupa, apenas enfiou o p*u em mim e iniciou as estocadas fortes e deliciosas dentro de mim, quanto mais ele me fodia mais eu queria gemer, ele estava segurando os meus cabelos com força.... ficamos nessa posição por algum tempo e um gemido alto escorregou pela minha garganta Prontamente Martín me virou de novo e se deitou em cima de mim, colocou o p*u de novo, chupou a minha língua e disse - Já te falei para não gemer assim que nem puta...- chupou de novo a minha língua e continuou me fodendo até eu gozar, e logo em seguida gozar também. Eu me levantei e fui tomar um banho assim que ele terminou, já ele continuou deitado e prontamente pegou o celular. - Mãe, tá tudo bem... já estamos no bangalô! - eu não conseguia ouvir o outro lado então fui tomar o meu banho e me esquecer de tudo o que vivi naquele dia. Olho para trás, depois desses anos que se passaram e fico imaginando o tamanho da minha dependência emocional para não gritar como uma maluca quando ouvi aquilo, mas eu deixei passar. - E então, tudo certo? - falei tirando o excesso de água do meu cabelo com a toalha. - Sim, era minha mãe... querendo saber se estamos bem... Martín se levantou da cama, me deu mais um beijo e disse - Vou tomar um banho agora... depois quero repetir a f**a hein? eu vi que você gozou gostoso... - ele falou segurando o meu rosto, e eu não tinha como negar, sabe, imagina o que ele faria se eu falasse a verdade: 1 - Nem foi tão bom assim 2 - Por que que eu não posso gemer c*****o? 3 - Me divirto muito mais com o meu dedo... - Sim amor, foi uma delícia mesmo... - eu falei bancando a sonsa, me perguntando quantas vezes durante a minha vida eu teria que mentir sobre isso para agrada-lo. Quantas vezes eu ia ter que fingir que não queria falar p*****a e levar uns tapas na b***a? O problema é que Martín me disse que ser p**a na cama tinha limite, e fora dela... nem pensar. Falar alto demais? feio. Beber como as meninas do colégio? Feio. Usar roupas decotadas demais? Feio. Gemer no sexo? p**a! E NOSSA, COMO EU QUERIA SER p**a - eu pensava no meu inconsciente quando eu via alguma cena de filme. E eu falei que ficaria com ele para sempre... o problema do pra sempre é que tem tempo demais!
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