Capítulo 03.

1075 Words
Micaela agora fora das paredes do orfanato que lhe guardou durante longos anos da sua vida, segue o caminho de areia fina que esquentava os solados dos seus sapatos desgastados, cada passo que ela dava uma nova pergunta surgia em sua mente: O que aqueles homens armados foram fazer no orfanato? Espero que seja para levar doações, de alimentos e roupas e por sorte materiais de estudo para as crianças. Mais porque a Madre estava tão assustada e falando que não era seguro. Eu deveria voltar para ver o que está acontecendo! Micaela para no meio da estrada e olha para trás e não consegue, mas, avistar orfanato. Ela estava tão perdida em seus pensamentos que havia percorrido o caminho quase todo, faltando assim pouco para chegar às ruas da cidade Chihuahua. Micaela parou por um instante, seu coração acelerado. O calor da areia sob seus pés lembrava o abrigo das paredes do orfanato, mas a liberdade recém-descoberta vinha acompanhada de uma inquietação crescente. A paisagem à sua frente se abria em ruas vibrantes da cidade de Chihuahua, mas sua mente estava presa ao momento anterior, às sombras dos homens armados que invadiram seu antigo refúgio. Ela se lembrou do olhar da Madre, repleto de temor, enquanto as palavras ecoavam em sua mente: — Não é seguro. O peso da incerteza a envolveu, fazendo-a hesitar. Um arrepio percorreu sua espinha ao pensar nos possíveis motivos por trás daquela visita. Micaela olhou para trás, mas o orfanato havia desaparecido, engolido pelo horizonte. A solidão da estrada a confrontava, e ela se sentiu tão pequena e vulnerável. As ruas de Chihuahua eram uma atração e tanto lojas de tecidos decorados com cores vibrantes prenderam sua atenção. Cada vitrine exibia rolos de tecidos com padrões intrincados e cores vibrantes que chamavam a atenção de quem passava. Os tons de vermelho, azul, amarelo e verde se entrelaçavam em desenhos florais, geométricos e tradicionais, criando uma paleta rica e convidativa. Micaela encantada com as paletas de cores entrou em uma das lojas, o aroma de algodão fresco e linho dominava o ambiente. As paredes eram adornadas com amostras de tecidos penduradas, permitindo que os clientes tocassem e sentissem a qualidade de cada material. Os Vendedores atenciosos, com sorrisos acolhedores, ofereciam conselhos sobre as melhores opções para roupas, decoração e artesanato. Em algumas lojas, pequenos ateliês estavam à vista, onde costureiras talentosas trabalhavam em projetos, adicionando um toque de vida e movimento ao espaço. A iluminação suave destacava as texturas dos tecidos, fazendo com que cada estampa parecesse ganhar vida sob os olhares curiosos da garota que estava mergulhada em um novo mundo. Era um lugar onde a criatividade e a tradição se encontravam, fazendo de Chihuahua um destino encantador para amantes da moda e do artesanato. Micaela olhava para suas roupas velhas e sentiu uma vontade enorme de comprar algumas roupas ou até tecidos, mas sua barriga fez barulhos constrangedores, mas alto do que ela imaginava que poderia ouvir. A vendedora lhe lançou um sorriso e Micaela sentiu suas bochechas esquentarem e corarem de vergonha. Ela havia esquecido de que durante a manhã apenas um bolinho havia sido comido. Saindo da loja, a garota continuou andando pelas calçadas, encantada com aquele universo novo que se abria diante dos seus olhos. Em frente a uma pequena e bem arrumada lanchonete com o nome de Pos’s Micaela, avista um cartaz na parede com a seguinte proposta: “Precisamos de funcionários, dormitório oferecido pela empresa” Micaela parou por um instante, o coração disparando. A ideia de trabalhar em um lugar tão acolhedor e ainda ter um dormitório à disposição parecia perfeita. Olhando pela janela da lanchonete, viu uma moça de cabelos loiros e corpo curvilíneo e algumas pessoas trabalhando no local, e uma onda de esperança a invadiu. Com a barriga roncando, decidiu que poderia entrar e perguntar mais sobre a vaga. Ao abrir a porta, o cheiro de café fresco e pão quentinho a envolveu. — Oi, disse uma das funcionárias, que se apresentou como Lúcia. O que você deseja? — Na verdade, vim ver se vocês estão mesmo contratando — respondeu Micaela, um pouco nervosa. Lúcia sorriu ainda mais, percebendo a timidez da garota. — Sim, estamos! Se você estiver interessada, posso te apresentar ao gerente. Micaela assentiu, sentindo a ansiedade crescer. Era uma oportunidade que não poderia deixar passar. Após alguns minutos, foi apresentada ao gerente, um homem simpático chamado Hernandez, que a recebeu com um olhar encorajador e analítico, deixando Micaela um tanto envergonhada. Ela sabia que sua aparência atraía atenção, não era comum ver uma pessoa de olhos com cores diferentes. — Você tem alguma experiência? — ele perguntou, enquanto a observava atentamente. — Não, mas estou disposta a aprender! E preciso muito de um trabalho — disse Micaela, sentindo que sua sinceridade poderia conquistar aquele homem a lhe dar o emprego. Hernandez analisou a expressão dela e, após um momento, sorriu. — Isso é o mais importante. Vamos fazer um teste esta semana. Se tudo correr bem, você pode começar! — Posso começar o teste hoje, disse com esperança de conseguir a vaga e um local para pernoitar. — Tudo bem, Micaela, você pode começar a trabalhar hoje, a Lúcia irá te ajudar a se adaptar. — Muito obrigado, prometo dar o meu melhor! Com um novo foco, Micaela decidiu que, assim que recebesse o primeiro p*******o, poderia comprar algumas roupas novas, como havia sonhado, e alugaria um local para ficar. O cartão com dinheiro que a Madre lhe entregou, ela guardaria para uma emergência. Micaela passou o resto do dia se esforçando para atender os clientes que entravam na lanchonete, sempre com um sorriso cativante nos lábios, com a chegada da hora do almoço, Lúcia sua nova amiga lhe levou para um pequeno vão que ficava atrás da cozinha da lanchonete lá era onde os funcionários faziam as refeições. Micaela estava faminta, então devorou toda a sua comida sem se importar com os olhares reprovadores de Lúcia. — Como devagar, Micaela, você parece um filhote de cachorro em desespero. — Pode me chamar de Mica, e me desculpe, eu estava com muita fome. Disse com as bochechas vermelhas e quentes, essa era uma das características que a entregava quando ela tinha algumas reações como vergonha, medo, alegria. Micaela era uma garota fácil de ser ler essa característica poderia a colocar em apuros. — Certo, Mica coma devagar . Lúcia sorriu no final da frase dita.
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