Prólogo.
É possível se apaixonar por seus captores?
Dentro desta cela úmida, sinto-me como um peão em um jogo c***l. Estou aprisionada, vestindo apenas uma camiseta branca e uma calcinha que m*l me protegem do frio cortante da noite.
O ambiente é um labirinto de sombras e ecos, onde cada som é amplificado pela angústia coletiva. Ouço choros incessantes e pedidos de liberdade que ressoam como uma sinfonia de desespero.
O medo e a incerteza permeiam o ar, enquanto a esperança se dissolve em cada gota de umidade que escorre pelas paredes frias. A sensação de isolamento é esmagadora, e o tempo parece se arrastar lentamente, cada minuto uma eternidade dentro deste cativeiro.
Um flash de luz penetra o ambiente, revelando a sombra de alguém que se aproxima. O barulho dos passos é pesado e calculado, cada som reverbera na pequena cela, intensificando meu medo.
Meu corpo se encolhe contra o chão gelado, buscando desesperadamente uma forma de se tornar invisível.
O coração bate acelerado, a respiração se torna entrecortada enquanto tento controlar o pânico.
A luz aumenta, revelando mais detalhes do ambiente e dos meus captores. A incerteza do que virá a seguir me atormenta, e o pensamento de que estou prestes a encarar meus algozes são quase insuportáveis.
A mente gira em busca de uma saída, mas a realidade do cativeiro se impõe, fria e implacável. Com um barulho ensurdecedor, as correntes que prendem a cela vão ao chão. Encolho-me em posição fetal, quase me fundindo ao chão frio e sujo.
Mantenho os olhos fechados, evitando o inevitável. Os passos cessam próximos ao meu corpo, sinto um leve alisar em meus cabelos.
Abro os olhos lentamente e levo um susto ao ver o rosto dos irmãos Petrovich.
— Agora você está segura, bonequinha.
Pronunciar Pietro Petrovich, o homem que me lançava sorrisos galantes e que deixava sempre uma boa gorjeta para mim na pequena lanchonete em que trabalhava.
— Pegue-a em seus braços, Pietro, e leve para nossa casa, precisamos entregar as mercadorias.
Os gritos ecoam ainda mais alto nesse ambiente opressor. Homens armados adentram a cela, arrastando mulheres de todos os tipos, cada uma com um olhar de terror e desespero.
O som das correntes e dos gemidos se mistura ao barulho dos passos pesados, criando uma cacofonia insuportável.
Sinto tremores em meu corpo, uma mistura de medo e nervosismo que me faz estremecer.
Cada movimento dos homens, cada olhar de pavor das outras prisioneiras, apenas intensifica o pânico crescente dentro de mim.
Não consigo controlar o pavor que sinto. Um grito de desespero escapa dos meus lábios, seguido por um choro convulsivo que parece nunca ter fim.
As lágrimas correm sem parar, misturando-se ao suor e à sujeira no meu rosto.
A sensação de estar completamente à mercê dos captores, o caos ao meu redor, me impulsiona a lutar por liberdade, corro o mais rápido que consigo.
Sinto braços me envolverem e uma voz sutil ecoa em meu ouvido.
— Sinto muito, bonequinha.
Profere Pietro, colocando um pano em meu rosto cobrindo minha boca e nariz. Meu corpo cambaleia para trás, braços fortes me seguraram.
Ouço uma voz muito distante falar:
— Você agora é propriedade dos irmãos Petrovich.
Desperto lentamente em um quarto luxuoso com móveis elegantes e opulentos, com uma cama grande com dossel, tapetes macios e cortinas pesadas, não sei por quanto tempo fiquei adormecida, o meu corpo todo protesta pela dor física e emocional, com a visão embaçada, vejo duas sombras que me observam, um sinal de alerta atinge os meus sentidos. Onde estou?
— Não adianta fingir que está dormindo, bonequinha! — Pietro, pronunciar Paolo com seu tom frio e cortante chamando atenção do seu irmão. — Ela precisa de um banho!
— Não me toquem, seus monstros! Me encolho, juntando a cabeça no joelho e agarrando minhas pernas com os braços uma tentativa de não ser tocada.
— Impossível, Micaela, você agora é nossa propriedade. Se eu mandar sentar, você senta, se mandar rola, deita e levanta a perna, você obedece. —Entendeu?
— Não sou propriedade de ninguém, você fala como se eu fosse um objeto manipulável e moldável, mas não, sou uma pessoa de carne e osso, vocês não veem isso?
— Chegar dessa conversa fiada, bonequinha, seu destino agora é para o banheiro. Pietro vem em minha direção!
Grito, sentindo mãos me puxarem, tento me segurar à grade da cama, seus braços fortes rápidos me agarram, dentro da banheira me sinto imponente diante dessas duas muralhas de músculos definidos e olhares penetrantes e cruéis.
Pietro se abaixa e fica na minha altura, alisa meu rosto, o meu corpo treme de pavor, o seu toque queima. Paolo troca um olhar com seu irmão como se fosse um código que só eles pudessem decifrar.
Pietro segura na barra da minha imunda camiseta branca, imediatamente levo minhas mãos e seguro a camiseta. — Não, grunhi para mim, trincando os dentes!
Me mantenho firme, Paolo remove uma faca da bainha da calça e se aproxima, grito pelo medo da lâmina afiada e me jogo para frente, caindo amparada pelos braços de Pietro que me segura, fico imobilizada em desespero, o meu choro é compulsivo.
Paolo passa a faca rasgando a camiseta de uma ponta a outra, me deixando com os sei0s expostos, minha calcinha é rapidamente removida, o meu corpo convulsiona, o desespero me faz espernear e arranhar os braços de Pietro, ele não se move e nem devolve as lesões causadas pelas minhas unhas.
— Isso bonequinha, marca o seu homem, sinto o seu pênis ereto, colado a minha barriga, apenas as camadas de suas roupas me proteger de sentir a sua carne contra a minha.
— Não, não, me soltar, me soltar por favor!
— Vou limpar você, Micaela. Pronunciar Paolo passando suas mãos na minha pele, fazendo carícias com suas enormes mãos.
O medo e a vulnerabilidade, com exaustão, me fazem desmaiar, ficando assim prisioneira dos meus captores.
{...}
Venha embarcar comigo nesse, Romance Dark, onde os heróis são vilões!
Bem vindos ao mundo sombrio dos irmãos Petrovich.
Boa Leitura.