Capitulo III- Daniel Osaka

4259 Words
Cheguei ao país de calor intenso, há pessoas de vários lugares do mundo por aqui, mulheres que andam de um lado para o outro me revelando que gostam de homens do meu tipo. Seus olhares são múltiplos em minha direção, algumas vezes me pego olhando o meu celular, até que um homem gordo, de características também coreana vem em minha direção. — Capitão Osaka? — Afirmo a sua pergunta. O vejo ficar me olhando, somente neste momento que noto que observa a foto nas mãos. - Sou o sargento Shança em seu país aqui vivo como fotógrafo, recebi um e-mail do seu superior. — Me estende sua mão, olho pra ela, até que aperto lhe mostrando que tenho pouco conhecimento dos costumes desse lugar. Sorri segurando a minha mão. — Irei lhe servir por um tempo, o seu chefe ligou pra mim, estou em dispensa atualmente, como sou fotógrafo vivo por aqui tentando me adaptar. — Ergui as sobrancelhas sem compreender, o que faria um coreano sair do seu país. Ele é coreano mas não se parece com um, já está aqui há um tempo, conversa muito, pergunta sobre tudo. — O que veio fazer aqui? — O olhei, se ele já está aqui não sabe como eu vou saber? — Não sabe que a Coreia e este país estão fazendo uma parceria? — Encolheu o cenho ao me ouvir. — Estranho, super estranho, quando me ligaram dizendo que viria pra cá. Pensei que era por sua própria vontade, mas já que está aqui primeiro deve locar um carro, não precisa preocupar-se com acomodação por enquanto, fique no meu apartamento. Entrei em seu carro pequeno e muito simples, seguimos para a sua casa, ao chegar era um lugar pequeno, mas legal, exceto pela sujeira, há caixas de pizza, garrafas, ele não me parece ser higiênico. — Deseja alugar um carro logo? Parece desesperado por isso, de fato eu não conhecia aquele homem apesar de ser um coreano, é evidente que ele não me emprestaria seu carro. Como me orientaram fui a uma concessionária de carros, no momento de confirmar minha licença fui surpreendido quando o general mandou comprar ao invés de alugar, isso não seria apenas um mês. Como disse , demorou horrores, não entendo o idioma deles, no máximo conseguimos nos comunicar em inglês. É tudo muito diferente, de tudo que eu estava acostumado. Na volta, de acordo com o GPS, era noite, chovia muito, a vista estava nublada, malmente dava para ver a frente, a chuva impedia. Quando um carro de alto padrão bateu no meu carro. Num país desconhecido, poderia me roubar, numa busca por defesa apenas permaneci ao volante, não tenho armas. Mas uma mulher veio, era uma mulher de acordo com seus traços, numa farda marrom e verde, surpreendi-me quando abriu a porta, eu não reagi, tenho que conhecer este povo. Para aumentar a minha surpresa ela me arrastou, senti seus s***s nas minhas costas, suas mãos firmes me arrastaram. Ela falava coisas que não tinha como entender, em sua língua materna. Examinei seu rosto devagar, o queixo fino, pontudo, a boca carnuda bem desenhada, o nariz fino, arrebitado, os olhos escuros como a noite, ao lado do rosto eram perfeitos uma verdadeira obra de arte, sua pele escura, n***a. Suas sobrancelhas grossas, me avaliava lentamente, seus olhos subiram e desceram me avaliando, permaneci fingindo até saber quais suas atitudes. Sem esperar o tapa foi dado, esbofeteou o lado do meu rosto, abri os olhos com raiva, como ela ousou me tocar? É uma mulher que certamente não conhece o seu lugar, sentei-me. — Está louca por que fez isto? — Questionei ainda mais intrigado, mas acabamos lutando, era louca que tipo era ela? Ao voltar para o apartamento. O meu guia pegou um dos panfletos animado— Se quiser conhecer melhor este lugar, devemos ir para uma festa! — Peguei o papel de sua mão. — É uma festa, deve ter muitas mulheres por lá.. — Tentei ler o que estava escrito no papel, mas sem sucesso, havia acabado de bater o carro que comprei, além disso entrei numa luta corporal com uma mulher estranha, por fim acabei com um prejuízo financeiro sem saber o que de fato fazer, não sei se chegamos cedo demais, ou tarde demais, não havia nenhum oficial no aeroporto. — Não me olhe com essa cara hã, você tem que sair conhecer garotas e quem sabe retornar pra coreia casado. — Lhe olho, sentando na cama, temos que procurar o comandante deste lugar, mas como se ninguém me entende? — Me olha como se acabasse de descobrir a fórmula da vida. — Jura que o capitão não tem interesse nas mulheres chilenas? Após noivar com uma mulher que ficará preso a vida toda? — Suspirei sentando na cama não fiquei noivo como ele pensam que fiquei, jamais ficarei. - Acredito que é melhor não irmos a esta festa, não conheço os costumes desse lugar, mulheres sempre serão mulheres seja em festas ou na padaria encontraremos muitas delas por aí, loucas para fugirem das suas obrigações. Pegou a toalha foi para o banheiro. —Você não vai? — Apenas a cabeça aparece na porta. — Sei que está louco para começar a sua libertinagem, deixar seu rastro nesta terra desconhecida, mulheres clamando amor em seu nome, lhe bajulando, trazendo comidas especiais do lugar, lavando suas roupas, além de lhe aquecer carinhosamente Capitão. — Levanto-me olho no espelho, passo a mão na minha identificação, como aquela mulher arrancou ela? Me pergunto, não são confiáveis as pessoas daqui, ela é escura, sua pele é suja. Apesar disso, não fiquei para trás, lutamos de igual para igual, mas ela é uma mulher, cheira bem, é ágil o suficiente para me pegar desprevenido. — Você vai com essa roupa? — Olho para o homem atrás de mim no espelho, o cheiro de sabonete de hotel toma o lugar. — Mandaram roupas pra mim também? — Pergunto a ele que me olha negando. — Claro que não, não sou sua criada, você é grande Daniel, olhe pra você, olhe pra mim, eu não sou sua mãe nem mesmo sua futura esposa, ligue pra ela, ligue mande ela comprar roupas pra você. —Lhe olho com minha cara que o faz tremer, ele para de falar. Suspiro mais uma vez, será mesmo que é legal as festas daqui? Me questiono, enquanto entro no banheiro tomo banho, de uma noite pra o dia a minha vida virou uma bagunça tudo por uma noite de sexo que prometi casar com uma mulher, termino o banho, coloco uma da roupas simples, passo o perfume de Sarçal olhando pra tudo que ele tem, é impressão minha ou este homem mora a bastante tempo neste lugar? Apenas me observa enquanto penteio meus cabelos, até que sai, demora a aparecer, ouço alguns barulhos na sala. — Está pronto? — Aparece esguio na porta do quarto me olhando, entra por fim, começa a me tocar, retiro sua mão com um tapa. — Está bonito, tenho certeza que muitas mulheres, muitas mulheres vão te querer esta noite... depois que eu dispensá-las. — Diz me fazendo olha-lo, que está a meu lado crendo em sua ilusão. — Uma mulher jamais vai te notar ao meu lado Shançal, esquece! — Afirmo pra ele que gargalhou como se fosse a comédia mais engraçada que passasse na televisão. Chegamos ao carro, que agora tem um amassado graças a uma mulher que insiste em ser como um homem, até luta artes marciais, ele me olha depois de ver o carro. — Isso foi o melhor que conseguiu sendo um capitão do exército? — Pergunta sério com as mãos na cabeça, o carro não é tão r**m assim, pior é dirigir neste mundo de loucos, há mulheres que aparecem em nossa frente batendo em seguida, há mão dupla, mão controversa, via que só vai, não vem. — Não é tão r**m assim.— Tento negociar com meu parceiro. — Você mostrou a sua carta de recomendação do exército. — Reviro os olhos, o caminho inteiro segue reclamando. — Da Coréia? — Questiono para ele que não responde naturalmente. — Que seja! Que seja da Coreia, Japão, China, de qualquer lugar do mundo um capitão é um capitão em qualquer lugar. — Suspiro, ele fala como a mãe da Jhen com seu esposo, numa briga daquelas. — Exibiu para ele pelo menos o seu saldo no banco? — Mais uma vez. — Meu saldo do banco na Coréia? — O vi revirar os olhos, se virando como um louco numa via em que todos buzinam. — Você não pediu pra transformar na moeda deles? — Balanço a cabeça olhando pra fora, todos reclamam me dou conta que nem ele sabe pra onde estar indo. — Todo meu dinheiro? Não vou morar aqui por muito tempo, só espero que eles encontrem o que querem logo, ou achem outro soldado para a função, só vim para livrar do casamento, ou que encontrem outro noivo para se casar com ela. — Por que será que eles estão fazendo tanto barulho? — Diz ao meu lado, se ele que entende a língua deles, não sabe eu jamais saberei. — Não conheço o motivo. — Afirmo olhando em volta, os carros vêm ao invés de ir como nós, mas se ele souber de onde e como chegar a este lugar, quanto mais rápido melhor chegarmos e sairmos. Rodamos, rodamos, diversas vezes ele mostrou o folheto para as pessoas, não acredito que de fato havia mulheres tentando seduzi-lo naquela altura da noite. Elas acariciavam o dorso da sua mão, com carinho, fiquei estupefato vendo aquilo enquanto ele gostava sem disfarçar seu real interesse nelas. — Ei Shançal! — Grito para ele que fala com as garotas com roupas curtas, passaram-se horas até chegar a boate, a porta estava cheia, lotada de pessoas, mulheres de todos os tipos e cores, enquanto entramos na fila, uma mulher alta loira olhava em volta com uma caneta nas mãos, ao me ver fez um gesto como se me conhecesse a tempos, eu nem mesmo nunca havia visto aquela mulher em toda minha vida, dei-lhe uma cotovelada em Shançal. — O que ela está fazendo? — Me olhava desorientada, insistente com uma sorriso, o batom em seus lábios vermelhos, cheios, carnudos porém vermelhos, atraentes, , muito vermelho. — Chamando nós dois, eu te falei que nós íamos dar bem por aqui. — Saiu sorrindo me empurrando com o braço para a frente dele, que sorriu me olhando de cima a baixo, eles falavam algo em sua língua. — Faz o que eu fizer. — Shançal me diz, indo até ela dando dois beijos em suas bochechas, ainda assim ela me olhou mordendo a ponta da caneta como se estivesse faminta. Beijei seu rosto respeitosamente, ela me olha com algo nos olhos, as mulheres deste lugar são loucas? Entramos na boate sorriu animado passando a mão na outra, as luzes incomodava meus olhos, a multidão da porta nos empurraram para dentro, vários seguranças nos olhavam de cara feia. — Esta noite eu Shançal desafio o capitão meu mais novo amigo a beijar a primeira garota que eu ver nessa boate. — Olhei pra ele que observava em volta com os olhos, ainda aquecendo as mãos, para mim já estava um calor infernal. — Não será tão difícil quanto pensa, será mais fácil saber quais delas não irão querer me beijar. — Disse olhando em volta, há mulheres bonitas, com roupas que mostram quase tudo, pensar em guardar-se para o casamento não é era suas prioridades. Fui arrastado para o bar, até que ele me entregou uma bebida, bebi algo com gosto cítrico e por fim meio amargo veio, enquanto olhava em volta, ao volta a olhar para ele estava aos beijos com uma mulher de pele escura, estávamos numa boate em que os homens são abusados, levados aos beijos, temi o que aconteceria comigo. Fiquei a seu lado bebendo um drinque, e antes mesmo que acabasse, o garçom retornou me olhando falando algo, eu não entendi nada do que ele dizia. — Please! — Tentei uma comunicação em inglês, está consigo perfeitamente, pelo menos na concessionária funcionou. — Outro drinque? — Questionou me fazendo ri satisfeito, meu mais novo amigo pelo visto perderia tudo naquela noite, imaginei que sua mãe nunca o deixara chegar tão longe, a mulher o beijava agarrando seu corpo gordo de uma maneira firme, intensa, agarrando, cravando unhas na pele, por cima do tecido. Dava para ver as línguas entrando e saindo de suas bocas, temi que ele fosse engolido. — Você vai ficar aí parado? — Me perguntou quando foi largado pela mulher magra, que saiu rindo limpando os lábios, o garçom me serviu uma nova bebida, olhei em volta jamais me arriscaria ir a outro lugar por ali, com certeza pegaria uma candidíase, ou qualquer doença do beijo que pudesse. — Não estou parado, estou observando. — Disse para ele que olhou em volta, do outro lado do bar avistou uma mulher de pele morena, nem clara exatamente tampouco escura, com uma roupa branca, os cabelos longos soltos bem lisos, dançando animada enquanto esperava uma bebida, a luz não deixava ver seu rosto direito.— Metade do meu salário para que você vá lá e beije aquela mulher. — Neguei rapidamente para ele que riu. — Metade do seu? — Eu ganho o dobro que Sarçal, pelo menos na Coreia. — Nem pensar, aquela mulher deve ter germes na boca. — Disse para ele que riu. — Já vejo que não vou precisar trabalhar por alguns meses. — A voz veio irônica, mas eu não sou um covarde, olhei para aquela mulher de vestido branco curto que suspirava animada enquanto remexia seu corpo em movimento, agora conversando com um garçom.— Está bem! Se eu apanhar, ou for preso, lembre de ir me visitar. — Senti-me tentado a não perder um dinheiro meu se quer, caminhei com as luzes de várias cores piscando, chegando até o outro lado, tudo era incomum a luz, o barulho, me aproximei da mulher que acabava de beber o drinque enquanto falava com o cara de chapéu com um jeito feminino. Ao me aproximar, esperei foi o bastante para ela virar-se esbarrando em mim, o líquido gelado caiu em meu corpo de propositalmente, gelado, lhe segurei pela cintura ao perceber que recuaria, olhei para Shançal que nos olhava de longe rindo, estranhei, pensei ter já haver visto esse rosto em algum lugar, mas onde seria? Olhei para sua boca, pelo menos a gelada corria menos risco dos germens proliferarem na minha. Seus olhos negros me encararam, abaixei meu rosto em direção a sua, a sua expressão mudou, franziu o rosto, até que encostei na sua boca, sua respiração lenta, ela estava em transe, era mais que perfeito, seu perfume forte, delicioso, fecheio os olhos quando a beijei, a sua boca quente apesar do gosto delicioso de morango em seus lábios doce gelados, era pra ser um beijo de lábios, mas estava bom ao ponto em que procurei a sua língua, ela não movia-se em meus braços, o liquido gelado desapareceu entre nós surgindo um calor, suguei todo o seu sabor delicioso nos lábios, gostoso e quente como deve ser uma mulher. A música ao fundo era eletrônica, eles ditavam palavras com força e voracidade, senti a minha língua penetrar na sua boca, lhe puxei para mim com mais força, desejei mais do seu beijo, seus lábios. Minha vontade era possuí-la, desejei tomar o seu corpo no meu, seus s***s no meu peito duros, arrebitados não sei se pela vestimenta, mas isso me excitava, o mundo a minha volta estava parado, apenas a música, as vozes se foram, senti sua mão me empurrar, me afastar do seu corpo. Disse coisas a minha frente em seguida sentir o tapa arder em minha face. Lhe encarei mais uma vez, segurei sua mão, ergueu a outra mão para acertar- me com a outra, o que acontece com as mulheres deste lugar? Não choraminga? Não são frágeis? Somente após soltá-la notei mãos de mulheres nos separando, ela não estava sozinha, fui arrastado para longe dela, e somente naquele momento, notei que era ela, a mulher do acidente mais cedo, ela me olhava com fúria nos olhos, as mulheres lhe diziam coisas ao ouvido, até que parou de encarar, saiu em seguida rosnando forte, esbravejando, querendo vim até a mim, mas outras lhe seguravam. — Eu mandei você beijar a garota, não sufocá-la daquele jeito. — Meu novo companheiro reclamou, apenas abri as mãos. — Metade do seu salário é meu. — Disse lhe olhando, não a vi mais durante a noite, mas ela foi apenas a primeira, outras passavam com a mão em meu corpo, o que o álcool fazia em um corpo, em altas doses, as mulheres bebadas indo a toda luxuria ao chão, dançando exibindo-se como objetos sexuais, esfregando-se aos homens, até que a loira retornou desta vez em minha direção, sua mão veio em minha nuca, sua boca na minha, sua língua sugou a minha de forma esfomeada, apesar de médico sou homem cedi aos meus instintos sexuais, até ser levado para uma sala escura, chegamos a esta sala, esta mulher que eu não entendia o que dizia me olhava com fogo nos olhos, começou a dançar sexualmente para mim, tirando a sua saia preta brilhante, dançou muito até que cai em seus p****s, os chupei fazendo-a delirar. Transei com animal feito, havia um tempo que eu precisava liberar essa tensão. A mulher gritava, com o ritmo da música, enquanto eu lhe penetrava toda de costas pra mim, contra a parede, segurando seu braço para as costas, seu rosto colado à parede numa força exercida pelo meu corpo, até que ela gozou ficando de pernas bambas, suada, descabelada a coloquei de joelhos até gozar enchendo o preservativo. Descartei em seguida, voltamos a festa, poderia ser estranho mas adorei o lugar, as mulheres me olhavam com tanto interesse que logo não demorei a receber um oral de uma loira, fodi a sua boca de maneira deliciosa, aquele era o meu lugar, pensei ao gozar. O resto da noite, fomos para casa, Shançal com a morena, enquanto agora do meu lado caminhava uma ruiva que não se importava em entender o que eu falava, mas que adorava chupar meu m****o, fez isso ainda dentro do carro, enquanto ele e a morena sentado ao banco da frente. Não se opôs a momento algum a enfiar a mão em minha calça durante o percurso, ainda sorria com ele na boca. Preciso me acostumar muito com o país deles. Na madrugada seguinte fui acordado, era dia e apresentar-se, segunda-feira segundo Shança, cheguei ao quartel, a base do exército chileno, já havia clareado minha cabeça doía, estourava, ainda ao me lembrar de tudo que aconteceu na noite anterior, pelo menos por aqui não teríamos problema com mulheres, o dia ainda despertava para trazer a luz, Shançal que dirigia veículo, algumas vezes me olhava com uma animação explícita nos olhos, um sorriso satisfeito na boca, nada melhor que mulheres, havia? Difícil é convencer o meu pai disto. Apenas agora que ele ao descer notou o estrago no veículo. — Isso foi ontem? — Me questiono, não respondo, usando apenas uma calça jeans e uma camisa branca desço do veículo avalio a base é um excelente espaço, eles tem uma rica flora, há árvores, em vários lugares, o ar é fresco, é puro, delicioso, há recrutas em uma parte se exercitando. Franzi o cenho ao ver uma mulher correndo e de costas olhando para eles, a sua voz era forte, toquei no braço do meu amigo, ele apenas sorriu ao olhar. — Aquela é a tenente Samartini a mulher mais bela que você verá neste lugar. — Aproximou-se devagar, como se cochichasse. — Em toda a Santiago também, não tente nada com ela, é brava, valente, embaraça com qualquer homem que tentar algo com ela. Ergui as sobrancelhas, ela agora corria normal, e de costas para a tropas, era uma canção que eles cantavam, tive certeza que é mais uma destas feministas como Ara. — Ei! — Me diz enquanto caminho observando em volta tudo aquilo, não imaginava que abaixo da linha do equador seria tão verde, seria tão limpo o ar, nem mesmo parece ter usinas por aqui, o ar puro, ando observando todo complexo, até aparecer um oficial a minha frente, olho para ele que diz coisas aleatórias. — Ele está pedindo para você se identificar. — Ouço a voz do meu tradutor atrás de mim. — Você precisa aprender a língua desse povo de uma vez, já que entrou neste buraco. — Diz falando com o oficial a minha frente que assente, enquanto me olha, faz um gesto com a mão, seguimos até uma sala, em que há um homem alto, de pele escura, cabelos grisalhos sério sentado ao telefone, ele diz algo olhando para todos que entram em sua sala, coloca o telefone no gancho volta a olhar para todos nós. Ele e Shançal conversam me fazendo sentir-me um alienígena, mas sinto o respeito em seu olhar, observo a sua sala por inteira é um bom lugar. Ele estende a sua mão para mim. — Júlio Albuquerque comandante da base. — Me dando conta de que estou diante de um comandante me posiciono em respeito, meu amigo traduzia tudo que ele disse, não mudava muita coisa, até que ele pegou o telefone ligando para alguém. — O que há? — Questionei para Shança que me olhou de lado em posição de descanso— Ligando para a pessoa que vai nos ajudar a nos instalar nesta missão. Duvidei sobre tal feito, seria bondade demais um instrutor para me dizer o que fazer aqui? Após falar com alguém, voltou a conversar com Shança, seus olhos passearam em mim, me olhando enquanto lia a carta do meu superior. Até que de repente escutamos voz de mulher. Pela voz firme, percebi que é diferente, já tive que lhe dá com umas, mas ao olhar para o lado, enquanto o superior conversava eu a vi, era ela, a mesma mulher de pé com boina em posição militar, não compreendia mas a voz era firme, até que ele a trouxe para mim, exibindo uma certa aproximação. O comandante disse algo que a fez sorrir, ela estava rindo pela primeira vez. Ela finalmente sorriu, olhei para seus lábios marrons, a vontade de comer morangos instalou-se, veio repentina, nos olhamos fixamente, até que fui obrigado a soltar sua mão. A pele macia, cheirosa e quente, Shançal curvou-se em respeito, esclareci meus pensamentos, ele a disse de forma amigável, de fato era um privilégio conhecer uma tenente, pelo jeito muito honrada. Enquanto analisava a sala do comandante, olhei para a fotografia sobre a mesa, atrás dele numa estante havia mais fotos, mas em todas elas haviam fotos cheias de pessoas, ela era uma delas na foto ao lado dele. Muito bonita, não sei se por ser diferente, mas a tenente era maravilhosa, talvez um pouco menos estranha que a loira e a de cabelos vermelhos da festa. Quando saímos da sala do superior ele voltou ao telefone, falava sem parar, ela nos mostrava tudo por ali, eu a observava a cada passo, a cada instante, andamos por todos os lugares, até que nos deixou sozinhos para uma refeição. Shança babava por ela, era evidente que todos ali estavam encantados com a sua beleza, mas também notei um certo receio da parte deles, a vi caminhar a passos largos pelo corredor. — Então o que achou da tenente? — Shança me perguntou, olhei para ele não havia visto nada além que uma mulher, ela tem suas vantagens tem um rosto bonito ainda assim, é uma mulher. — Normal, em nosso país tem milhares delas, feministas. Tudo era diferente desde as comidas, mas nada que estivéssemos acostumados. — Mulher linda não é? — Meu amigo pergunta, olho em volta a procura da qual seria, havia algumas conversando de pé usando farda, até o seu chute por baixo da mesa me fez olhar para ele. — A tenente. — Franzi o cenho sentindo a dor em minha perna.— É— riu enquanto pegava o arroz com o garfo— Se algum dia, você decidir ir embora, leve uma foto consigo. — O chutei de volta jamais levaria a foto de uma mulher comigo comigo. Gemeu em dor, minha vontade era rir de seu sofrimento, até que ela e outra mulher aparecer diante de nós dois, eles falavam algo eu permaneci comendo. Até que ele pegou na mão da loira, que sorriu. — Daniel. — Me chamou, olhei para eles de pé na mesa, me erguendo também. — Essa é a primeira sargento como eu, a sargento Helena Albuquerque. — Disse como um bobo, olhei para a Loira que me olhava desconfiada. — Ela disse que é uma grande satisfação conhecê-lo, que sejamos bem-vindos, elas são irmãs. — Olhei de uma para a outra, era impossível, a não ser que fosse de pais diferentes. — Elas não são irmãs, não compartilham traços— Ele me olhou, dizendo algo que as fizeram rir, odiava essa situação, vi que preciso aprender esse idioma com urgência. Pelo menos para saber o que a tenente falava, fica dependendo de Shançal não dar certo, era preciso aprender a me comunicar neste mundo, pessoas simplesmente agem naturalmente como se estivesse no banheiro de casa. Falam pouco, sorriem mais, são estranhos, pelo menos aqui no quartel.
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