Observo as mulheres dançando na pista, e como sempre minha irmã gêmea é toda na sua, Helen não dança, ela praticamente se balança com a música ou a música balança ela, viro um copo de bebida na boca, saio com o que seria dela nas mãos, me aproximo das duas, paro em frente a Helena que já conhece meu ritmo, esfrego meu corpo nela que pega um dos copos nas mão de Carmen, que dança para os lados na música agitada.
Sigo dançando com minha irmã e melhor amiga, é assim que eu vejo Helena desde a primeira vez que brincamos juntas, desde aquele dia não houve dúvidas entre ser e não ser, nós somos e isso faz muita diferença em casa, não nasci pra ser uma garota que suporta tudo em silêncio, eu explodo e pronto, tudo se resolve, é melhor assim, pena que a minha mãe não pensa do mesmo jeito.
Dançamos no mesmo ritmo de frente uma para outra, enquanto beberico a minha bebida que me deixa mais animada. — Ei gatinha vamos dançar? — Um homem branco, loiro, de olhos azuis a chama, ela me olha, dou de ombros ela que sabe, não gosto de transparecer que tenho ciúmes, mas tenho, porém entre deixá-la se divertir ou continuar presa a mim, ela que sabe. — Não tô afim. — Ouço quando o dispensa rapidamente, mas ele insiste.
Pega em seu braço, querendo fazer com olhe pra ele, homens sempre dependentes de atenção, como se ao olhar para a sua cara fosse suficiente para fazer mudar de ideia. — Só uma música, você está tão gostosa assim. — Olho pra ele, odeio esse tipo de homem que acha que pode chegar assim numa mulher.
— Eu não quero! — Diz tirando seu braço, mas ele lhe pega de volta, eu tomo a sua frente o encaro de queixo pra a cara dele branca e quadrada, mas não recua, ele insiste em tentar lhe segurar, até mesmo se esquivar de mim. — Ela já disse que não esta afim, some da minha frente i****a!. — Digo para ele que ri na minha cara, bebo o resto da minha bebida olhando pra ele que ri diante de mim. Há uma batida de música mais interessante, viro-me de costas para ele voltando a dançar.
Helena o olha atrás de mim, Helen e Carmen apenas me olha, Helen quase me suplica de olhos pra não brigar, ela sabe o que aconteceu com o sobrinho do prefeito que esta em coma e por causa daquele i****a tive que percorrer mais de 20 quilômetros por pura punição do meu tio.
Apenas pisquei lhe tranquilizando, sorri pra ela que assente de longe, apesar do dia ter sido difícil eu não quero brigar, quero terminar meu domingo em paz, eu amo a minha irmã, mas ela é muito diferente de mim, calma, tranquila, posso dizer que a paz mundial veio nela. — Tem razão, eu não quero mais ela, agora eu quero você. — Ouço o energúmeno falar em minha orelha roçando a sua boca em meu pescoço, olho para ele me afasto, Helen vem até nós dois, se coloca no meio rapidamente.
Ele fica olhando pra nós duas. — irmã se controla, é só ignorar que ele vai embora. — Ouço Helen dizer enquanto se move a minha frente, olho pra ele atrás dela, secando a sua b***a, isso é o que me irrita, eles não querem uma mulher, eles querem sexo, sexo apenas isso. — Está bem! — Ergo a minha mão com o copo vazio— Vou no bar pegar outro drinque. — Aviso para elas que assentem, pior que ela é mais velha alguns minutos de diferença, e sempre mais cabeça fria.
Chego no balcão me apoio, o barman vem até mim, olho para as opções no catálogo logo a frente, mordo o meu lábio inferior em dúvida. — Esse é fraco, quero algo mais forte. — Pisco pra ele que ri pra mim balançando a cabeça. — Pode deixar vou fazer um especialmente pra você, mas não exagera gatinha já vi que suas amigas não tem muita força pra te levar até um táxi.
— Estou de carro baby, e a minha irmã gêmea ali está dirigindo, sem álcool algum na veia, uma verdadeira santa. — Apenas olha assente pra mim, indo para as bebidas, olho em volta a boate está cheia, agora o i*****l está assediando Carmen que se esconde atrás de Helen, acompanho o movimento todo, até que ele é levado pelos seguranças. — Desta vez eles arrasaram. — Digo pra mim mesma enquanto observo o segurança arrastar o i*****l pensando com certeza que Helen sou eu, somos idênticas por ser as duas garotas gêmeas da dona Juliana.
— Uma rosca de morango saindo no ponto. — Ouço o barman dizer atrás de mim, olho para o conteúdo do copo, parece muito bonito no primeiro gole que dou olho pra ele que está a espera de uma aprovação. —Será este a noite inteira. — Digo para o homem que ri, tiro uma nota da carteira e colocou em sua mão sem mostrar para ninguém.
— Este é seu, é extra, ninguém precisa saber. — Assente me olhando. —Obrigado!— Sussurra para mim que saio em seguida, volto para a turma, Helena vem direto no meu copo, apenas ao sentir o gosto ela me olha. — O que é isso? —Pergunta, por sofrer com ressaca, dor de cabeça no dia seguinte, eu não!
— Rosca de morango, tem vodka. — Faz um cara r**m me olhando. — No dia em que você ficar bêbada, você para Louise, fica desafiando suas habilidades com cachaça. — Gargalho, o som está alto do jeito que eu gosto me animando para ir pra a pista de dança, amo essas músicas agitadas consegue me elevar de uma maneira que as vezes não sei o que eu faço com elas.
Pra mim a noite é apenas uma criança, é o momento que eu tenho pra curtir, algumas vezes estou em serviço, este é o momento, vários caras vem nos tirar pra dançar, como sempre eu até tento mas muitos querem abusar, por isso dou vácuo, recuso mesmo sem pensar duas vezes, não gosto de passar imagem de arrogante que dizem que eu sou, mas eles forçam com suas mãos bobas, não sou obrigada a aceitar a beijar quem não quero, simplesmente por que estou usando uma roupa curta, recebo elogios até mesmo de farda, sei que os homens pensam que as mulheres são apenas para abrir as pernas, mas apenas para o seu prazer, algum deles nem mesmo pensam nas mulheres, sei disso porque o que não me falta em vista são mulheres frustradas por falta de um orgasmo, sou leiga no assunto na prática, mas na teoria, sou Ph.D.
Bebi algumas vezes do meu drinque, quanto mais bebo, mais sede tenho, é melhor uma mulher bêbada feliz do que uma mulher sóbria m*l humorada, danço, bebo curto como posso. Me aproximei do balcão pela milésima vez para pegar meu drink, com uma leve piscadinha para o barman que certamente é gay.
Ele pisca de volta, me entrega outro copo de bebida. — Te amo! — Digo já tonta, pegando meu copo bebericando em seguida. Ele faz coraçãozinho em seguida pra mim me dando uma piscadela compreensiva me viro apenas para sentir o esbarrão, o meu drink cai todo em meu corpo com o contato, olho de baixo para cima sentindo meu corpo receber todo gelo do drink, mas ao chegar em cima o vejo. Os cabelos pretos lisos penteados, agora parece bem melhor, não n**o que ele é lindo.
— Você? — é a palavra que sai da minha boca, para o homem que encontrei a pouco tempo antes de chegar em casa, a luz é amena, a musica agitada agora eu sinto o efeito dessa p***a de bebida, ele me olha com algo nos olhos, não sei o que é, suas mãos vem em meu corpo quando acho que irei tombear pelo efeito de álcool, e de repente sua boca cola na minha.
— ISSO É ASSÉDIO! — A voz da minha mãe grita em minha cabeça me alertando, sinto a sua língua rompendo os meus lábios, entrando em minha boca com força enquanto as suas mãos me prende contra seu corpo duro, musculoso, continuo de olhos abertos, sentindo a sua língua na minha num movimento áspero, brusco, ele me beija ali diante de todos na boate, quem sou eu? Me pergunto, sendo beijada, até que consigo reagir, dou um tapa certeiro em sua cara, me encara como se eu fosse obrigada a isso.
Mãos nos separam, olho pra ele sendo arrancado de mim estou quase sem fôlego, nem em vinte minutos debaixo da água ficou assim. — Louise você está bem?— Recebo quase tapa na cara que me faz despertar, olho para ele que me encara com certo desprezo nos olhos, não tenho resposta para esta pergunta.
A fúria vem em mim, mas quem me domina é a vergonha. Saio caminhando em direção a saída, as meninas me segue resmungando em maior tom é Helena que anda atrás de mim, querendo me barrar. — Vai deixar isso assim? — Não lhe olho, o que deu na p***a desse cara? Será que ele sabe que eu sou eu? Não, não tem como saber que sou eu.
Olho para o macaquinho branco, entre gelo, vodka, pedaços vermelhos de morango, açúcar, ainda está frio, quero matar este filho da p**a, mas me controlo, pior que eu me controlo, me pergunto como pude deixar, o que houve comigo, é o primeiro homem que se aproxima e me domina deste jeito, eu gostei do seu beijo não posso negar, ele me fez sentir o que nenhum outro havia feito sentir, vontade de ser beijada novamente.
— Louise, Louise espera. — Ouço as vozes das meninas, enquanto eu corro para o estacionamento, as meninas me seguem, queria voltar até ele e arrebentar sua cara por isso, mas eu não tenho nem palavras para questioná-lo. O que este homem tem? O que ele fez em mim? É a primeira vez que me sinto tão feminina, ao ser tocada por um homem.
— Louise.... Louise espera, me espera, espera a gente. — Ouço as vozes enquanto chego ao estacionamento, pior que ainda há fila de pessoas pra entrar na festa, espero que ninguém fale sobre isso.
Entro no carro ouvindo as portas bater em seguida. — Louise está bem? — Suspirei ligando o carro a toda velocidade do estacionamento. — Louise conversa com a gente o que houve? — Engoli a minha raiva em seco, está mais que na hora de pensar e agir como uma tenente, meu tio tem razão, não posso voltar e quebrar a cara de um filho da p**a.
Chegamos em casa, eu permaneci em silêncio por fora, as minhas irmãs não paravam de falar com Carmen sobre o ocorrido, não era possível, eu tinha certeza que era ele, enquanto elas discutiam entre si, sobre a minha atitude de simplesmente sair da festa cedo, reclamando do meu silêncio, Helen me olha do espelho retrovisor, não me questiona com a boca, mas seu olhar meio que me parabeniza por minha atitude de recuar, ela não tem ideia do quão difícil foi para mim, me segurar.
Sigo em silêncio em mim tem uma confusão, como nunca antes, eu sempre resolvi meus problemas na mão, no punho, mas devo agir e pensar como uma alfa, tenho que tem cabeça fria, esses sim ganham medalhas, conquistam o mundo e não colocam sua equipe em risco, esta deve ser uma capitã. — Você não vai falar nada? — Ouço Helena a meu lado perguntar, aborrecida, não entendo as pessoas reclamam tanto porque brigo e agora me questionam porque eu recuei?
— Heloise? — Não respondo, eu também me questiono porque ele veio até mim daquele jeito, o único que me resta em meio a tanto a caos principalmente dentro de mim, apenas Helen parece não me questionar. — Você fez bem! — Ouço dizer quando encosto a porta do meu quarto, não respondo, apenas ouço, ela entra em seu quarto, entro no meu quarto n***o, arranco meu macaquinho molhado me jogo na cama apenas de calcinha a imagem do homem veem na minha cabeça durante o banho, penso nisso até a hora que eu durmo, espero não encontra-lo novamente na minha frente caso contrario não vou ser madura novamente.
Ouço o despertador vibrando, mas meu despertador biológico já me faz despertar, toquei meus lábios indecisa, ignoro tudo pulando da cama, e mais uma vez ele me vem à cabeça. — Ainda não esqueci. p***a de ego ferido, é pelo seu bem, apenas pelo seu bem.— Reclamo comigo mesmo indo até o banheiro, tomo um banho frio, minha mãe reclamaria pela milésima vez se me visse assim, mas é assim que eu acordo, no banho, coloco a minha farda, por fim coturno, prendo meus cabelos para colocar a boina´. —De hoje não me escapa, eu vou te cortar é hoje bendito! — Falo enquanto ajusto na boina, cabelo comprido meio que atrapalha.
Desço as escadas depois de passar a mão na minha penca de chaves, antes de chegar a porta. — Bom dia Louise! — Ouço a voz grossa do meu tio, ou melhor o comandante Júlio de Albuquerque. — Bom dia Comandante. — Respondo em posição. — Descansa, já te disse que não é preciso essas formalidades em nossa casa Louise. — Me diz dando seu merecido tapa considerável em meu braço, descemos as escadas juntos, ele também já está de farda, é cedo, quatro e vinte da manhã o que iria requerer a presença do comandante no quartel a essa hora? Me questiono.
Pegamos apenas uma maçã como sempre ele me segue, vamos à garagem. — Vou de carona com você hoje, posso? — Me pergunta entrando pelo lado do passageiro, apenas entro no carro, se me perguntar o que é mais difícil em ser uma tenente eu não saberia dizer apenas uma coisa, há tantas coisas difíceis, uma delas é o sonho de se tornar capitão, a cada patente que conquistamos desejamos outra, tornamos seres ambicioso, sendo mulher num mundo de homens então.
— Como foi a festa ontem? — Logo vem a pergunta de sempre, ele cuida de mim mais do que meu pai, lhe olho apenas e sorrio. — De boa, deu pra curtir um pouco, entramos e saímos ainda tinha gente na porta! — Mas sei que ele não vai se contentar com isso. — Com quem você brigou desta vez? — Balanço a cabeça em negação. — Ninguém, não se preocupe, estou de boa desta vez. — Sei que há dúvidas em sua cabeça, a má fama gera o costume, sou briguenta, se perguntasse quem é pior de todos em casa, todos apontaram pra mim, apenas suspira a meu lado.
— Se ninguém me ligou no meio da noite, é porque isso pode vir a ser verdade. — Me cutuca, eu amo ele, o amo tanto que se algum dia me desse a loucura de casar, ele entraria na igreja comigo ao lado do meu pai, tenho uma base firme demais, uma mãe maravilhosa, um pai maravilhoso e outro pai exemplar, sem contar os meus irmãos que apesar das encrencas somos perfeitos juntos. — Ei ninguém lembra de mim mais em casa? — Helena entra pulando a janela do atos, meu jipe, sou aquele tipo de pessoa que gosta de dar nome às coisas, aos carros, às motos, a tudo que tenho.
Seguimos o caminho inteiro falando sobre a viagem de Helen, meu tio teme por sua viagem para tão longe, como sempre cuidando de nós, mesmo sem ser seus filhos de sangue, ao chegar no exército, dois oficiais vem para nos cumprimentar, mas primeiro o comandante, em posição, abro a porta do carro para ele, porque se um filho da mãe tocar em meu carro, eu juro que vai dá cem voltas no mínimo no quarteirão inteiro.
— O que deu hoje na cama de vocês, tão cedo por aqui? — Questiono a ela que está ao meu lado em posição. — Descansar, tenente cuide dos recrutas como sempre, primeira sargento me acompanhe, hoje tenho algumas missões para você. — Ele passa por nós indo em direção a sua sala, fica por lá por um bom tempo sozinho. — Meu pai está muito misterioso não está? — Helena questiona, ela é primeira sargento.
— Muito! — Respondo, vendo que a mesma me segue como sempre, somos assim desde sempre, mas algumas vezes temos que nos separar. — Vem cá o que te deu ontem a noite Louise? — Olho para ela em busca de alguma desculpa, alguns oficiais passam em cumprimento. — Tenente, primeira sargento! — Ficam em cumprimento. — Recrutas. — Os cumprimento, ela nem se dá ao trabalho apenas os dispensam, ainda me olha intrigada. — Fui pega de surpresa por ele, você ao menos o viu? — Pergunto pra Helena que balança a cabeça em negação. — Não, mas a esta hora, bem que poderia esta com a cara e o corpo irreconhecível. — Não respondo.
Reúno os rapazes no quarteirão, estamos com sessenta e oito novatos, rapazes de dezesseis anos tenho que orientá-los na caminhada, sei que o meu superior me orienta para em breve ser promovida a outro cargo, não tem sido fácil, mas tento todos os dias não desistir. Minha vontade inicial é apenas correr cinquenta voltas, não quero assustá-los, apesar da boa fama que sou exigente com os exercícios.
— O direito de viver
Que castiga do Vietnã
Toda a humanidade
Nenhum canhão apagará
O sulco de teu arrozal
O direito de viver em paz
Indochina é o lugar
Além do mar largo
Onde estouram a flor
Começo a cantar em ordem enquanto os demais me seguem, estando apenas de camiseta, os homens podem correr sem blusa, acho isso um absurdo porque se tirar minha blusa é desrespeito, eles não são considerados desrespeitosos. Enquanto corremos em filas, fico para trás controlando todo o movimento, um grupo começa o outro responde o canto, são cantos de ordem, são músicas de tom sério a engraçados. Para mim é apenas o começo, após dar vinte voltas, alguns apenas seguem, sem muito esforço, é a resistência que quero trabalhar neles, correm até as cinquenta os que podem, não quero ser responsável pela morte de ninguém, o estímulo de exercícios pra quem não está acostumado pode levar a morte.
Depois dos exercícios, vou cuidar dos animais, temos algumas espécies por aqui, cobras, pássaros, macacos, afinal a fauna é rica nesta área, porém estes foram resgatados de prisões, circos, e etc, ainda estamos tentando inseri-los novamente na natureza, anos de isolamento os deixam amedrontados, nem sempre a liberdade tem cara. Já era perto de meio-dia quando um oficial chegou perto de mim, eu estava cuidando de Dengo, um chimpanzé idoso que é alimentado por mim.
— Tenente. — Ficando em posição ao me ver perto do chimpanzé. — O que há? — O questiono dando a banana para o meu adorado amigo, infelizmente na boca, com a idade as perdas de pelos e dentes é comum nos chimpanzés, Dengo foi um chimpanzé de circo, muito maltratado para a diversão humana, infelizmente somos a pior espécie existente na terra, sabemos disso, mas pouco fazem algo para mudar isso, prendemos, escravizamos, matamos por conforto e diversão.
— O comandante está a sua espera em sua sala. — Olho para ele de pé, diante da árvore, Dengo possui uma casa, mas para que acostume com a natureza, o trago para cá, ele as vezes fica agressivo com a visita de estranhos. — Estou indo. — Digo vendo Dengo o olhando, ele é ciumento, seus olhares fixos no homem de pé confirma, só torço para que ele nunca pense que eu sou sua fêmea, me privando do mundo para si.
— Dengo, eu tenho que ir. — Digo lhe entregando a banana, ele pega deixando cair em seguida no chão, não reclamo sei que ele me entende, mas como toda criança faz birra, querendo atenção. — Mais tarde retorno para lhe dar mais, Felipe descansa, avisa que eu já estou indo. — Aviso ao pobre homem que visa o nada acima de mim, estou de camiseta, não sei o que há demais nisso, mas é melhor assim. Me aproximo dele, que sai da posição, para descanso.
— Sabe o que ele quer comigo? — Questiono pulando da árvore, ajeitando o meu cabelo, olho o chimpanzé de longe a medida que me afasto, estranho por não ter sido comunicado no alto falante. — Há pessoas na sala dele, ele tentou ligar para a senhora, mas seu celular tocava e por isso achou que estava aqui sem ele. — Vejo o seu medo ao olhar o Dengo, todos tem, porque ele ainda tem traumas dos m*l tratos que sofreu no circo.
Caminhamos, enquanto eu visto a minha jaqueta, abotoando cada botão, a cada passo, me aproximo da sala do Comandante, o oficial fica na porta. — TOC TOC — bati na porta a voz vem firme. — Pode entrar. — Entro na sala enorme, apenas me deparando com quem menos imaginava, era ele ali de pé sério, em posição à frente da mesa, meu coração acelerou rapidamente, as lembranças anteriores vieram, me mantive séria, pensando em não passar nenhuma imagem do que havia acontecido.
Mas por que ele me beijou? Logo em meio a tantas, meu superior sentado, do outro lado, havia outro homem, de pele clara, blusa branca e calça de exército. —Chamou comandante? — Digo durante a minha saudação, que me exige ir ao lado do desconhecido de pé com a mão para trás em posição de descanso, enquanto eu terei que ficar ereta com o braço diretamente a mão acima da sobrancelha.
— Cumprimente ao nosso mais novo capitão tenente. — Olho para ambos os homens, seus olhos indicam que é o i****a chinês, fico de pé a sua frente, em posição, leio sua identificação na farda. — Capitão Osaka, tenente Samartini a sua disposição. — Seus olhos negros redondos me avaliam, pelo brilho percebo que ele se lembra de mim, sinto uma certa alegria por isso,mas mantenho meus olhos longe dele.
— Lhe chamei aqui porque temos um capitão na área médica, Lo... Tenente Samartini. — Ele levanta vindo em minha direção, para explicar-me o caso vejo que teremos visitantes, se for o gordo ótimo! Parece ser boa gente, quanto a isso não me cheira bem. — Este é o capitão do exército sul coreano Daniel Osaka. — Olhei para o homem que ele apontava com a palma da mão aberta, o safado era coreano. Ele estendeu sua mão para mim em cumprimento, eu olhei de frente a memória do beijo viva em mim.
Peguei firme em sua mão. — Seja bem vindo capitão. — Disse para ele que permaneceu sério, sua mão grande e quente na palma da minha, me olhando nos olhos. — Ele ainda não compreende o nosso idioma, tenente. — Este é o primeiro sargento Shançal Jhaonkan, atuará como tradutor do Capitão temporariamente. — Soltou a minha mão, voltando a sua posição ereto firme, enquanto eu fui apresentada ao outro homem.
— Tenente Samartini é uma enorme honra conhecê-la. — Sorri para ele que pegou em minha mão apertando um pouco em seguida. — A honra é inteiramente minha, primeiro sargento. —Sorriu para mim de volta, falou algo com o homem ao lado, que me olhou avaliativo, disse algo em seu idioma, pensei que estava brigando com ele a princípio, mas no fim ele sorriu.
- Ele está dizendo que é um enorme privilégio conhecê-la, no nosso país não temos muitas mulheres como a senhora ou senhorita? — Olhei para o homem que me olha sério, era um pouco difícil acreditar que disse isso, mas não iria desfazer do primeiro sargento.
A mão do comandante sobre o meu ombro, me indicava que vinha uma ferrada pra mim. — Tenente, eu quero que você auxilie o primeiro sargento Shançal e o seu capitão nos primeiros dias, ele é um homem de muitas honras, fora muito bem recomendado por seu superior, peço que os ajude a se instalar no quartel, apresente a equipe inteira, também há alguns lugares já que a senhorita é ótima em conhecer lugares. — Olhei para meu tio a meu lado, é sério isso? Me perguntei.