- Como ela está? – dou de cara com Alex. Voltando do seu banho.
- Com dores, mas dormiu.
- Eu sou um i****a! E você por que a mandou lá?
- Eu não ela mandei lá, só expliquei por que você estava daquela forma. – respondo ríspida.
- Eu sei me desculpe e que uma coisa muito r**m, ver ela assim.
- Posso imaginar – vou para sala – Quer um café? – seria bom já que ele bebeu muito.
- Claro.
Vamos para cozinha eu preparo uma café bem forte. O dele sirvo sem açúcar. Pra ajudar a recuperar os sentidos. Se bem que depois desse susto qualquer um fica sóbrio. O susto foi grande.
- Nik... Me desculpe pelas coisas que te disse. – ele realmente parecia chateado.
- Tudo bem Alex. O álcool entra a verdade sai não é mesmo...
- Nik. – ele tenta intervir.
- Por que nunca me disse que se sentia dessa forma? – sim, ele me pediu para não ir. Mais nunca disse que se sentia abandonado.
- Eu não podia... Como eu ia te impedir de recomeçar?
- Eu teria ficado. – e talvez se ele me dissesse que era essa sensação que ele tinha. Eu teria lutado mais para ficar.
- Eu sei... E talvez hoje você não estaria bem. Ou sei lá... Eu entendo por que você foi Nik. Eu só não queria ter ficado sozinho naquela época. - sinto tristeza nas suas palavras.
- Eu sinto muito Alex...
- Não sinta. Tivemos formas diferentes de curar as nossas dores. Talvez se eu tivesse ido como você hoje não seria o “Alexander Garcia” talvez tivesse me curado de uma forma melhor. Vai saber.
- De fato nunca saberemos...
- Pois é cada um tentou seguir da sua forma.
- Eu estou me separando...
- Como assim, você não me falou que tinha alguém?
- Na verdade estava morando com ela. Há quase 2 anos. – a cara dele era de chocado.
- Você estava praticamente casada! E não me contou?
- Você também não. – ele faz uma careta.
- O que aconteceu? – ele perguntou depois de uma pausa. – Pra separação?
- Ela me traiu com a minha melhor amiga.
- Achei que eu fosse seu melhor amigo. Eu não dormi com ninguém. – dou um pequeno sorriso.
- Alex...
- Você a ama?
- Não. Nunca foi amor na verdade. Acho que nem estive apaixonada por ela de fato, era legal! Ela me fez feliz me tirou de uma mesmice chata que estava minha vida amorosa. Mas...
- Mas?
- Mas. Não era ela. Não sei... Eu queria tanto isso que você sente pela Belle.
- Você ainda vai achar essa pessoa Nik.
- E mesmo e quando. Depois que ficar pra titia? Por que não sei se você sabe mais eu estou velha Alex. Me sinto como se minha vida estivesse acabando.
- Para com isso Nik você é nova.
- Meu tempo tá acabando Alex. Eu já estou com 33 anos.
- Deixa de ser doida. Você é um mulherão. Vai achar uma mulher bacana que te faça suspirar pelos cantos. – dou uma gargalhada.
- Acho que esse negócio de amor aí não é pra mim não.
- Todo mundo merece um amor. Eu encontrei o meu e você com certeza achará o seu.
- Há meu Deus! Deixa eu pegar o meu celular e gravar isso!
- Alexander Garcia apaixonado e dizendo que todos podemos ter um amor. E o que aconteceu como isso nunca vai acontecer comigo?
Demos gargalhadas. Ele sempre falou isso quando mais jovem que o amor não era pra ele. Que ele gostava de praticidade . Na verdade a louca pra encontrar um amor era eu. Alguém que fizesse meu mundo para por alguns segundos.
- Acho que invertemos os papéis não é mesmo? – ele diz em meio as gargalhadas.
- Pois é.... Sabe? Andei pensando em dar uma ida ao campo de rosas amanhã... Não me recordo a última vez que estive lá...
- Nem eu. Faz muito tempo mesmo. Eu amava está lá. Nunca mais voltei
- Bem isso, depois de hoje quero volta lá, me lembra o quanto amava aquilo. Vou pela manhã...
- Estou pensando em vender.
- Mesmo, por que?
- O lugar está abandonado. Acho que eles não iam gostar. Não sei talvez pra quem desse a devida atenção. A loja também. Meus advogados quem cuidam dela. Não acho justo com eles.
- E o Caio?
- Caio cuida muito bem de lá. Eu sei que está bem cuidado com ele. Até ofereci pra ele comprar. Mais ele não quis.
- Caio está a tantos anos lá pensei que ele ia se interessar. Talvez seja questão financeira.
- Não ofereci propostas de crédito. Ele disse que preferia continuar assim como empregado.
- Que louco... Quem não quer ter o próprio negócio?
- Sempre achei que ele estivesse se escondendo de alguma coisa lá.
- Como assim.
- Não sei. Uma vez Heitor me disse que não sabia como o Caio conseguia sair da cama todos os dias. Hoje em dia entendo essa sensação. Talvez seja alguma tragédia familiar...
- Nossa nunca tinha pesando por esse ângulo. Ele realmente e bem fechado. E quando chegou não fazia a linha fazendeiro mesmo não.
- Então... Vai lá, vai ser bom. Se eu pudesse também iria com você. Belle ia amar o lugar. Quem sabe em uma outra ocasião. Antes de vender.
- É quem sabe. – Alex e eu herdamos o campo de rosas e a loja juntos. Mas eu nunca quis me envolver com isso. Então ele comprou a minha parte.
- Bom passeio.
- É... Talvez seja. Bom acho que preciso ir para cama. O cansaço tomou conta do meu corpo. Boa noite.
- Boa noite.
- Boa noite.
- Nik...
- Sim?
- Você vai achar alguém sim. – dou um pequeno sorriso.
- Quem sabe... Tchau!