Dor.

1095 Words
Meu celular toca, me acordando do meu cochilo. Era Pamela... Desligo sua ligação. Não quero falar com ela. Dou uma olhada e tinha algumas mensagens também. Nik, por favor... Eu estou com saudades✓✓ Me perdoa ?✓✓ Bom dia, entendo que não queria falar comigo. Mas sei também o quanto o dia de hoje é doloroso. Se quiser conversar. Eu te amo✓✓ Não respondi. Também não deletei desta vez. Tomo meu banho e me arrumo sem muita energia hoje. O sol brilha lá fora mas o dia de hoje está nebuloso, durante o meu banho algumas lágrimas escapam dos meus olhos. 10 anos! 10 longos anos.... Sem Marisa. Sinto a dor da perda de todos é claro eu amava Heitor como a um irmão. Amava Charlote e o pequeno Benjamim. Mas eu não sei como explicar a dor da ausência da Marisa, nós viemos a esse mundo juntas e sempre falávamos o quanto queríamos ir juntas. Era uma brincadeira que tínhamos quando a outra estava triste. Sempre nos apoiamos ela era meu alicerce e eu o dela. Mesmo depois do casamento nada havia mudado na nossa relação éramos não só gêmea por termos nascido juntas éramos gêmeas de alma.. - Nik? - Entre... - Oi... pronta? - Sim... - Alex estava igualmente triste, seu semblante era de dor. Provavelmente como o meu. - Belle não vai conosco? - Não. Acho melhor não acordar ela. Seguimos o trajeto todo calados, na verdade não tinha muito o que se dizer no dia de hoje. Alex e eu sempre íamos ao cemitério no dia de hoje e ficávamos algumas horas lá. Fazendo nada na verdade. Conversando, relembrando história das nossas vida. Meio mórbido eu sei. E não foi nada combinado. No primeiro ano estávamos lá... Que foi quando voltamos a ter uma conversa depois de muito tempo nos evitando. No segundo ano também. E no terceiro... O que acabou por virar um hábito estar lá todos os anos. Do quinto em diante passamos a combinar isso. E aqui estamos novamente.. era uma pequena forma de sentir que eles estavam conosco. Estávamos sentados lá a quase uma hora quando meus pais chegaram. - O que estão fazendo aqui? Meu pai pergunta com arrogância. - Nos viemos aqui todos os anos o que vocês estão fazendo aqui? - Monik, não sabia que estava no Rio? - Cheguei ontem mãe... - Não interessa. Vocês não tem o direito de estar aqui! - Mariano... - Pai... Nós... - Pai? Agora lembra que tem pai menina. Onde esteve todo esse tempo? - Você sumiu por anos Monik... - Desculpa mãe. Eu não suportava a acusação nos olhos de vocês... Eu precisava desse anos. - 5 anos filha que você não nos procura. - Por que de fato vocês dois sabem que são os verdadeiros culpados destra tragédia. Por isso nos evitam.. - Tio Mariano sabe muito bem que foi um acidente. - Alex. Acidente? Marisa queria ir ao cinema com Heitor. Ela deixou isso bem claro. Mais você! Você ficou insistindo para que eles dois fossem com vocês. Você e Monik só queriam saber de farra. E arrasta eles dois com vocês. Marisa era a filha perfeita. Não tinha defeitos a não ser seguir a cabeça dessa desmiolada aí. Que por sinal seguia a sua... - Você não sabe do que você está falando. Nik e uma grande mulher não ouse menosprezar ela desta forma não na minha frente. - Acho melhor irmos embora Mariano. - Eu também acho... - Eu não vou sair daqui agora. Eu tenho direito de estar aqui. Minha filha meu genro e meus netos estão aqui nesse jazigo... Eles merecem meu respeito. Eram pessoas excelentes. Pena que foram cedo demais arrancados de nossas Vidas. Lamentável... Como esse mundo e injusto. Pessoa boas se foram naquele dia... Pra que? As coisa deviam ser diferentes... - Seu i****a. - Alex gruda no colarinho do meu pai. - Como pode falar desta forma na frente da sua filha. Deveria estar grato por ela está viva e não desejar que ela tivesse ido no lugar da Marisa. - Alex não. Não vale a pena. - tento tirar ele de cima do meu pai. - Seu pai e eu compartilhamos do mesmo sentimento garoto. Já que a fatalidade era essa ao menos Deus deveria ter escolhido os filhos certos para levar. -Mariano por favor. - Seu cretinO como pode ser tão calhorda como ele? - Alex larga ele! - Na verdade não é nenhuma novidade já que possuem mesmo sangue ruim.. - Alex larga o meu pai. - Por isso não. Por que vocês quatro tinham o mesmo sangue. E não eram nem de longe parecidos. - Alex. Vamos embora daqui por favor! - Puxo ele pra fora do jazigo. - Cretino! Inútil! Eu deveria voltar lá e esquecer que ele é meu tio e dar um soco na cara dele! Desgraçados! Eu não conseguia falar nada apenas chorar. Eu estava destroçada por dentro com tudo que ouvi do meu pai. Suas palavras foram cruéis demais. Chegamos no carro e eu ainda não consegui falar uma única palavra mediante aos coisas que Alex estava falando. Eu só conseguia sentir dor. - Nik você está bem? - balanço minha cabeça negativamente. - Você sabe que nada do que ele falou era verdade não é... - Eu sempre me culpei Alex, sempre! E você também. Mas ouvir isso de pessoas que deveriam nós amar dói. Dói muito. - Você nem queria estar lá naquele dia. Não se culpe... - Alex eu aceitei que foi um acidente. Mas nunca vou deixar de achar que poderia ter cido só nos dois naquele carro... - ele me abraça. - Eu sei... Eu sei... Por que também penso assim... Depois de algum tempo estávamos na porta do apartamento dele. Ele estaciona na estrada. - Não vai entrar? - Não, vou dar umas voltas por aí... - Eu vou com você. - Desculpa Nik mais eu quero ficar sozinho. - Tem certeza? - Eu preciso. - ok.... Até mais tarde... Passo pela sala muito mau comprimento a empregada substituta da Abigail. Alex ligou hoje de manhã pra ela. A única coisa que eu queira agora e me trancar no quarto e esquecer o dia de hoje. Depois de um longo banho estava deitada na cama, encolhida feito um feto no útero. Desejando que nada daquilo estivesse acontecendo na minha vida. - Nik. Está acordada? - Belle bate na porta. Não posso falar com ela agora. Não consigo... então deixo ela ir embora. Acabo por adormecer....
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