Carolina Mendez

1003 Words
Não acredito que você esteja trabalhando para Felipe Lutero, amiga. Que sorte você tem! Ele é gato. Ouvi de tudo das mulheres que foram para a cama dele. Que inveja de você. Não aguento mais a Fernanda e o Theo falando do Lutero. Não vi nada demais, um homem como outro qualquer, que por ter dinheiro se acha dono do mundo. Para de bobagem, Nanda. Não sei pra que tanto alvoroço. Só estou lá até o Marcos voltar, farei meu trabalho e nunca mais quero ver aquele i****a, arrogante, grosso na minha frente. Falo sem olhar para eles, pois devem estar estranhando meu jeito de falar, já que sou calada quando se trata de conversa. Não fica brava, amiga. Só estou falando que você é sortuda pelo fato de estar trabalhando com ele. Vocês formam um lindo casal. Pirou de vez. Chega dessa conversa. Vou pra casa descansar, amanhã tenho que acordar cedo. Irei pessoalmente descobrir o motivo do atraso da obra. Quero pegar a estrada cedo. O que a senhorita está insinuando? Não estou insinuando nada e sim afirmando que os documentos foram tirados antes da entrega aos órgãos responsáveis pela liberação da construção. Falei com Marcos. Ele me garantiu que toda papelada está certa. Não tinha como sua equipe cometer um erro desses. Senhor Sales, estou aqui para garantir que o projeto volte a todo vapor. Sugiro que faça seu trabalho direito. Olha aqui, mulher, para mim tem que me respeitar. E você veio ao meu trabalho me acusar de fraude. Estou nesse ramo há anos. Não vai ser uma mulher feito a Maria bonita que vai me dizer o que devo fazer. Tire essas mãos imundas de mim. Sou empurrada contra a parede, bato minha costa, tento me equilibrar. Caio no chão, meus cabelos são puxados com violência. Você é muito corajosa pra vir sozinha num lugar como esse, ainda mais gostosa como é. Aqui não é lugar para mulher, tem muitos homens loucos para fuder uma p**a como você. Deve estar dormindo com o chefe. Escuto um estrondo, a porta é aberta no chute. Olho para trás e vejo o Lutero entrar dando um olhar mortal no Sales, que se encolhe todo diante da dominância que Felipe Lutero tem. Dois homens de preto entram na sala, pegam o Sales e o tiram da sala. Levanto com dificuldade, sinto dois braços me ajudar a ficar em pé. Que p***a tem na cabeça pra vir num lugar que só tem homem e ainda mais o enfrentar dessa maneira Carolina! Estou aqui para fazer o meu trabalho senhor Lutero. Este homem é o culpado pela obra estar parada, já que não entregou a documentação completa. Falei com o Marco, ele me garantiu que estava tudo certo quando fez a licitação. Então fui atrás e descobri que alguém tinha feito isso de propósito para prejudicar a construtora. Agradeço pelo seu trabalho mas não quero que se coloque em risco outra vez, está me ouvindo! Não sou do tipo que baixa a cabeça. Porém, neste momento, ele tem razão. Não deveria ter vindo sozinha. Só de imaginar o que poderia ter acontecido, estremecço de medo. Vamos, está tarde. Não iremos voltar para cidade hoje, amanhã cedo partimos. O que?! Não se preocupe, senhor, vim de carro, não posso ficar aqui. Entro em pânico, decido o mesmo espaço que Felipe Lutero está fora de cogitação. Olha Carolina, não seja teimosa. A essa hora é perigoso o retorno. Vamos para minha casa, lá você toma banho e descansa. Mandei chamar um médico para te examinar. Pare! Senhor Lutero, sei me cuidar sozinha, estou bem. Quero ir para minha casa. Não gosto que me deem ordens, não sou criança, tampouco sua mulher. Você não vai pegar a estrada a essa hora. Vai comigo pra minha casa, tomar um banho e um remédio pra dor, comer alguma coisa, imagino que não tenha feito. Se não quer ser tratada como criança, pare de fazer birra. De fato, você não é minha mulher, porque se fosse, jamais deixaria colocar sua vida em risco. Caso não faça o que estou mandando, serei obrigado a te levar nos braços, dar banho e comida na sua boca, como uma criança birrenta que é. Então, o que vai ser! Idiota, mandão! Pior ainda sou eu estar aqui na casa dele. Casa, não, mansão. Estou em um quarto que tem o dobro do meu apartamento, super luxuoso e o melhor, com uma banheira gigante. Tiro minha roupa, entro na banheira, o contato da água com meu corpo é maravilhoso. Olho meu reflexo no grande espelho, estou vestindo uma camisa branca e uma cueca que mais parece um short, sinto meu rosto vermelho por estar com a roupa do meu chefe. Quando termino o banho e saio do banheiro, não encontro minhas roupas. No lugar delas, em cima da cama, tinha essa roupa. Tive vontade de descer e jogar a roupa na cara do Lutero, mais quando passo da porta do quarto, percebo que estou só de roupão, seria pior. Devo admitir que ficou perfeita. – Ouso a voz rouca dele atrás de mim. Viro para ele com um sorriso que me deixa com vergonha. Limpo a garganta para me recompor. Cadê minhas roupas? Pergunto! Levei para lavar. Vamos descer, o jantar está pronto. Não pensei que raiva com tanta fome. Até devorei a comida deliciosa no meu prato. Deu até uma moleza depois que comi. Você é mesmo uma inconsequente, não comeu nada o dia todo e ainda se pôs em perigo. Olha, aqui quem pensa que é para falar assim comigo! Agradeço pela ajuda, mas não vou ficar ouvindo sermão. Saio da mesa, subo as escadas, me tranco no quarto bufando de raiva. Por que Felipe Lutero me tira tanto do sério? Não posso deixar que isso aconteça. Deito na cama pego celular para ver a hora ,ainda é cedo droga o que vou fazer ! Estou cansada porém não posso dormi o medo de ter pesadelos me atormentar as lembranças me sufocam .
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