Felipe Lutero

987 Words
Como assim! A obra está parada, que merda tá acontecendo? Falo sem paciência para as desculpas do Queirós. Aperto o telefone com força, com tanta incompetência. Sem mais Queirós, quero esse problema resolvido hoje. Não posso mudar a data do lançamento desse projeto. Encerro a ligação. Mais essa agora. Pego o telefone e ligo para a secretária, que logo entra na sala nervosa. Valéria é uma linda mulher e muito eficiente, morena com um corpo perfeito. Não misturo trabalho com minha vida privada. - Deseja alguma coisa, senhor Lutero? - Ligue para o Marcos e mande-o vir agora mesmo para a empresa. Agora mulher, vai! Vejo a mulher sair quase correndo pela forma como falei. Não posso deixar que essa merda atrapalhe meus planos. Falta pouco para entregar esse projeto. Como assim o Marcos não está no país? Liguei para o Tenório agora. Que p***a está acontecendo? Só problema. E essa agora, meu advogado não está no país. Levantando da minha cadeira, ando até a grande janela de vidro. Daqui posso ver as pessoas andando lá embaixo. Meu pai construiu essa empresa. Foram anos de lutas para torná-la a número um na área da construção. Somos a número um pelo excelente trabalho que desempenhamos. Há dois anos assumi a presidência. Por ser o mais velho, meus pais gostam de família grande. Tem o Sergio, o Ramon e a Luiza, nossa caçula. Ela tem dado trabalho a nossos pais. Depois de falar com o Tenório, que me garantiu mandar um advogado amanhã para resolver meu problema, não gostei de saber que é uma mulher. Não sou machista e sei reconhecer o profissionalismo de cada um, porém meu passado não me permite acreditar nas mulheres. Sei bem o que elas podem fazer quando querem ferrar com a vida de um homem. Depois de um dia de trabalho difícil, nada melhor que terminar a noite com uma gostosa, gemendo seu nome enquanto possuo seu corpo. Gosto assim. Apenas prazer, nada de sentimentos. Chego cedo na empresa, gosto do que faço e me dedico ao máximo ao meu trabalho. Saio do elevador e logo me deparo com minha secretária, Valéria, mexendo no computador. - Bom dia, senhor Lutero! - Bom dia! Continuo o caminho para minha sala, com Valéria atrás de mim. Ela me passa os compromissos do dia, sai em seguida. Pego as pastas com os projetos. O telefone toca? Sim! Mande entrar. Olho no relógio e percebo que a advogada está atrasada. Se ela for tão profissional quanto pontual, estou ferrado. A porta é aberta, revelando uma linda loira, olhos azuis como mar, um corpo cheio de curvas e uma pele branquinha como a neve. Pensamentos dela na minha cama, gemendo meu nome, me deixam e******o. Que mulher gostosa da p***a. Continuo olhando para ela e vejo que também está me observando. - Saio do transe em que estou. Está atrasada, senhorita! O Tenório falou muito bem da senhorita. Agora estou em dúvida se os elogios que ele fez a você são pelo seu profissionalismo ou por outros motivos? Seus olhos quase pulam da sua face com as minhas palavras. - Para sua informação, nunca cheguei atrasada em lugar nenhum. Me atrasei porque a mulher que fica na recepção não faz seu trabalho e fica de conversa no telefone. E outra, sou extremamente profissional. Meu trabalho é minha prioridade. - Caramba, essa mulher é um verdadeiro furacão. Ninguém nunca me respondeu dessa forma. Desfaço minha cara de surpresa pela petulância dessa mulher que não tem tamanho de gente, mais me deixou sem palavras. Que seja, vamos ao trabalho e por isso que está aqui, não? Ela se senta na cadeira de frente para mim e cruza as pernas, fazendo seu vestido subir um pouco. Não que seja curto ou vulgar, pelo contrário, demonstra a beleza por baixo do tecido, marcando suas curvas e me fazendo perder o raciocínio. Paro de olhar para as pernas dela, ignorando o sentimento que se instalou no meu corpo, o desejo de tê-la na minha cama. Mas primeiro preciso resolver o problema do projeto que está parado. Explico tudo a Carolina, que apenas ouve tudo calada. - Bom, irei fazer meu trabalho. Com licença. Carolina sai da sala, deixando seu perfume no ar. Volto minha atenção ao trabalho. Às dez da manhã, saio para uma reunião. Quando termina, passa das duas da tarde. Estou morrendo de fome e ligo para Valéria, pedindo que compre almoço pra mim. Almoço, tenho mais duas reuniões rápidas mas cansativas. Escuto o telefone tocar, minha mãe atende. - Oi mãe, como está, dona Marisa? - Não venha com "dona Marisa", filho ingrato. Como pode ser tão desnaturado e esquecer da família? Felipe Lutero, espero você amanhã para o jantar. - Mãe, para de drama. Tenho muito trabalho. Prometo que amanhã vou vê-los. Satisfeita? Afasto o telefone do ouvido por ela gritar tanto. Minha mãe é um exemplo de elegância, porém quando desce dos salto, só Deus na causa. Me despeço dela e entro no elevador. Fico surpreso quando Carolina entra, ao me ver, revira os olhos. Sorrio com seu gesto. A querida diaba, vou adorar ver você revirando os olhos na minha cama. Resolvo quebrar o silêncio. - O que faz aqui, senhorita Mendez, a essa hora na empresa? - Algum problema, senhor Lutero, com minha presença a essa hora na empresa? Dou alguns passos e fico diante dela, toco seu rosto para que me olhe. - Pode ficar aqui o quanto quiser. Vou adorar ter sua companhia por mais tempo. A diaba passa a língua nos lábios, sorri, mas logo fica séria. - Senhor, cheguei onde estou hoje não foi com bajulação ao meu chefe, tão pouco aos meus clientes. Faço valer a fama que tenho. Boa noite. - Filha da p**a. Saí do elevador, rebolando, me deixando mais uma vez sem palavras. p***a, essa mulher será minha ruína. Rio da minha cara de i****a, ainda a encarando.
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