Capítulo 05

956 Words
Tigre narrando: A Anna, as vezes me dá nos nervos, ele as vezes não entende as coisas, sempre faço tudo que ela quer, mas na primeira oportunidade que preciso do apoio dela, ela me vira as costas, ela precisa entender que não se trata de qualquer pessoa, mas sim do meu pai. Na minha mente alguma coisa não está certa, eu só vou sossegar quando descobrir o que aconteceu de verdade, eu estou com o coração aflito, mas dentro de mim tem algo gritando que tem m***a errada fita e eu preciso descobrir isso. Sentei na cama e apoiei minha cabeça em minhas mãos, eu penso em minha família o tempo todo, só quero vê-los bem e seguros, essa é minha prioridade, se meu pai realmente está morto, quem me garante que essas pessoas que mataram ele, não irão vir atrás da gente? Então, para nossa própria segurança isso é algo que precisa ser resolvido, então eu estou decidido a ir, nem mesmo a Anna vai me impedir. [...] Rico: E se isso for uma armação, para te atrair irmão? c*****o, não consigo acreditar que seu coroa morreu assim de bobeira! - Já pensei nisso várias vezes, mas vou correr o risco! Eu quero que você fique e cuide das meninas. Rico: E quem vai vigiar suas costas? Se liga irmão, eu sempre te cubro, estou nessa contigo, nós dois juntos, vamos ser mais fortes, sabemos que podemos confiar um no outro. - Não quero que arrisque sua vida, irmão! Não se preocupe com minhas costas, eu me viro lá. Rico: Não adianta dizer que não, já estou decidido! - Já conversou com a Milena sobre isso? Rico: Já, ela fica mais tranquila em saber que nós estamos indo para essa laranjada juntos! Balancei a cabeça negativamente e sorri da forma que ele falou, Rico é meu melhor amigo desde a infância, eu confio nesse cara de olhos fechados, eu não sou de confiar facilmente nas pessoas, mas esse cara ganhou minha confiança desde moleque. [...] Peguei minha mala e desci as escadas, a Anna estava sentada no tapete da sala, brincando com nossos filhos. Sentia uma profunda dor em deixá-los, mas eu preciso fazer isso ou nunca vou ter paz, não conseguir dormir tranquilo sem saber qual a verdade dessa história. Caminhei até eles em passos curtos, ela ao me ver desviou o olhar, ela está se fazendo de durona, mas eu sei o quanto isso está machucando-a e eu odeio fazê-la sofrer. Peguei minha filha no colo e beijei sua testa, ela como sempre carinhosa se agarrou ao meu pescoço e me abraçou, isso me quebra cara, eu não vejo nada mais valioso que isso. - Papai te ama, filha! O Rodriguinho que é maior, já entende mais as coisas, não para de questionar para aonde eu estava indo... Rodriguinho: Papai, e essa mala? Vai para aonde? - Papai vai viajar, filhão! Rodriguinho: E nós, não vamos viajar com o senhor? - Não filho, dessa vez não! Mas breve eu estarei de volta, eu quero que cuide da sua mãe e da sua irmã, posso contar com você! Rodriguinho: Então eu vou ser o homem da casa, papai? - Isso, filhão! Ele pareceu animado com ideia de ser o homem da casa, me abaixei e dei um abraço nele, meu primogênito, minha cara e minha personalidade, o moleque é o raio igual a eu, nessa idade. Se ele crescesse lá no Rio, vivendo a mesma vida que eu vi meu pai viver, ele certamente seguiria o mesmo caminho, mas ainda bem que a vida é completamente diferente daquela realidade que eu vivia, eu quero o melhor para os meus filhos. Olhei para a Anna por um momento, era nítida a irritação dela com o fato de eu estar voltando para o Brasil, gostaria que ele entendesse que isso é necessário, que isso vai fazer com que eles fiquem seguros também, eu perto deles de qualquer forma sou um perigo para eles, mas é muito difícil que ela entenda, a Anna é uma boa mulher, mas nas veias dela corre um sangue forte, a personalidade dela não é de uma mulher domável, nunca esqueço da vez que ela deu um t**a na minha cara, eu quase perdi a cabeça naquela época, mas na real desde o inicio de tudo, logo quando roubei ela, já sentia que ela ia me deixar louco, ela é minha boneca de porcelana, frágil, bonita, de qualidade e capaz de cortar profundamente. - Anna, podemos conversar? Anna: Rodriguinho, olha sua irmã! Ela levantou e caminhou até a biblioteca da casa... Anna: Pode falar! - Não quero ir brigado com você, precisamos estar mais unidos agora! Anna: Como vamos ficar unidos, se você está partindo! - Eu vou voltar, só confia em mim, por favor, eu preciso de você mais que nunca! Ela suspirou pesado e abraçou meu corpo, as lágrimas dela não paravam de descer, uma parte de mim não queria ir, mas a outra parte sabia que isso precisava ser feito, eu na realidade não sei se essa é a melhor escolha, eu não sei nem se terei uma nova oportunidade de abraçar minha família de novo, eu estou partindo sem certeza de nada, estou colocando minha vida na beira do abismo para ir a fundo nessa história, eu não sei a que ponto existe verdade ou mentira na morte do meu pai, eu só sei que eu preciso ir. Anna: Quanto tempo? - Eu não sei, meu amor! Anna: Não podemos ficar tanto tempo afastados, Rodrigo! - Eu sei, eu vou cuidar disso o mais rápido possível e assim que eu ver que vocês estão seguros, eu volto. Anna: Eu só não quero te perder! - Você não vai!
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