03 - Zara Alcântara

1702 Words
Zara Alcântara Sentindo a água lavando minhas costas, sentindo o desejo de chorar pela dor de saber que ele jamais abriria mão de quem é para satisfazer o que preciso. — Sabe que não posso Zara, quem cuidaria dos negócios da minha família? — Ele refaz a mesma pergunta que sempre nos traz a essa bifurcação. — Então não devemos mais continuar com essa situação, doe saber que nunca ficaremos juntos… — Minha voz saiu embargada. Sinto as lágrimas se formando e meu peito começando a se apertar com a escolha de Ruslan. Observo em seu rosto o quanto doe nele ouvir o que acabei de dizer, mas é o melhor que posso fazer para proteger o meu coração de um sentimento tão forte como esse. — Eu amo o que faço Ruslan e nem por um filho nosso abrirei mão do que amo fazer para ficar ao seu lado! — Digo de cabeça erguida. Mesmo que por dentro esteja me xingando de todos os palavrões possíveis por estar abrindo mão do homem por quem tenho sentimentos, isso é o certo a se fazer. — Não estou grávida, foi apenas um alarme falso. — Digo finalmente. Vejo o seu rosto se entristecer e olhar para a minha barriga, noto também uma lágrima escorrendo por seu rosto e percebo que ele tinha criado esperança. — Ruslan? — Digo me aproximando e segurando seu rosto entre as minhas mãos. — Pensei… que… — Sua voz fica presa e mantenho os olhos em seu rosto. Ruslan, continuava olhando do meu rosto para a minha barriga e o vejo suspirar resignado com o que havia acabado de lhe dizer. — Tenho certeza que encontrará a pessoa certa para carregar seu herdeiro! — Digo em um tom carinhoso. — Mas eu quero que seja você minha pequena! — Ele diz e me puxa para mais perto dele. Minhas mãos descem por seu pescoço e era palpável o desejo que estávamos sentindo um pelo o outro. Sinto quando a sua mão vai para a base de minha coluna e mu puxa para mais perto dele. Sorrio quando sinto a sua ereção pulsando em minha barriga. — Eu te desejo… — Ele sussurra. — Eu também! — Respondo com carinho. — Se apoie em meu pescoço, vamos nos divertir na sua cama! — Ele diz com um sorriso travesso. Sorrio aprovando a sua iniciativa e se vamos terminar a nossa relação que seja em grande estilo, da mesma forma que a começamos. Uma noite na cama bêbados. Mas dessa vez estaremos embriagados pelo prazer. Passo meus braços por seu pescoço enquanto ele desce a mão por baixo da minha b***a me erguendo do chão e nos levando para a minha cama. Com a minha respiração acelerada o roçar dos meus m*****s em seu peito me deixa ainda mais excitada, fazendo que não deseje uma preliminar. Ruslan caminha em direção a minha cama e nos deita com delicadeza, enquanto aproveitamos um beijo calmo, sabendo apreciar o momento que deve ser o último entre nós. Passeio com minhas mãos por suas costas trabalhadas em pura malhação, o que sempre me deixou bastante excitada. Esse ucraniano naturalizado americano é um pedaço de m*l caminho, mesmo que ainda seja possível ver todas as cicatrizes das cirurgias que ele precisou fazer na infância e na adolescência, nenhuma delas tirou dele a beleza que existe nele. Seu rosto se afasta e observo os tons claros de seus cabelos, tão parecidos com a de sua mãe Alessa o que sempre trouxe uma dúvida se ele realmente não era um parente perdido da senhora de Luca. Uma grande piada interna da família. — Ruslan… — Imploro quando sinto seu dedo massagear o meu clítoris. — O que deseja minha pequena? — Sua pergunta quase me faz rir. — Você dentro de mim… — Murmuro segurando em seus bíceps. Fecho os olhos e começo a sentir a sua mão apertando a minha cintura enquanto sua outra alcança um dos meus s***s e começa a sugar meu mamilo. Sinto as contrações se formando dentro da minha v****a, me preparando para um orgasmo que tenho certeza que seja delicioso, assim como todas às vezes que meu ucraniano me dar prazer. Sua penetração me tira o fôlego, sentir sua ereção roliça e grande para o meu tamanho é quase uma tortura. — Tão gostosa… — Ele diz ao afunda dentro de mim. — Mais rápido… por favor… — Choramingo sedenta por mais prazer. Sua mão puxa o meu joelho para cima me deixando ainda mais aberta para sentir as suas estocadas tão certeiras e prazerosas. Fecho os olhos quando me sinto a beira do abismo do prazer, tão perto do nirvana, da pureza pelo ato que estávamos fazendo, mesmo que foi um ponto final a nossa relação, sentia a calma e a libertação pelo que sentíamos. — Pequena, preciso… — Seu pedido sai estrangulado. Apenas dou a ele mais passagem e relaxo sentindo o meu próprio orgasmo me deixando atordoada e relaxada ao mesmo tempo, enquanto sinto o seu pulsar dentro de mim, me preenchendo com seu líquido viscoso e quente. Estávamos com um sorriso bobo em nossos rostos, toco com delicadeza em sua bochecha e digo o que é necessário para que ele tenha paz. — Amo você, mas não somos destinados a ficar juntos. — Começo a dizer. — Mas… — O interrompo colocando a mão sobre a sua boca. — Nossa felicidade não deve ser juntos e está tudo bem, sei que encontraremos as pessoas certas em algum momento! — Digo e o vejo negar com a cabeça. — A quero ao meu lado, Zara! — Sua voz sai manhosa. — Não tem como Ruslan, queremos coisas diferentes e não vou ser feliz se tiver que abdicar do meu trabalho. — Digo com nossos olhos fixos. — Tem certeza? — Ele me pergunta e sinto o meu coração sendo partido. — Não, mas é necessário! — Afirmo e o vejo confirmando com a cabeça. — Então vamos nos despedir. — Diz e volta a beijar meus lábios. Me rendo ao seu toque, aos seus beijos e a cada nova invertida que ele me dava, retirando de mim muitos outros orgasmos… Assim que estávamos saciados um do outro, Ruslan me ajudou a me vestir novamente, cuidou de mim e de meus sentimentos, deixando claro que sempre me terá como sua amiga e que nunca ficará ressentido com o que houve. — Sempre serei seu amigo, se um dia o seu coração for partido, me procure que matarei o miserável que magoar você! — Sorrio olhando para ele através do espelho. — Meu protetor. — Digo com carinho. Saímos do quarto fugindo de olhos curiosos e voltamos para a festa, tentando encontrar a alegria que nos circulava, mesmo que dentro de nos estávamos machucados por nossas escolhas e responsabilidades. Acordo toda encolhida do sonho que tive durante a noite, ouço uma leve batida e vejo a luminosidade entrando pela janela do meu quarto. Toc, Toc, Toc A batida insiste, suspiro e levanto lentamente. Olho para a poltrona e encontro o roupão felpudo. Me ergo e o pego. Visto o roupão com agilidade para descobrir quem estava na porta a uma hora dessas. Caminho até a porta e abro, me surpreendo com um carrinho de café da manhã com um arranjo de tulipas brancas e rosas. — Bom dia, senhorita, o pedido foi feito e reservado para ser entregue essa manhã em seu quarto, deseja receber? — O rapaz pergunta. Olho para a mesa e havia de tudo nela além do arranjo de flores. Sorrio com o pensamento que seja Ruslan que tenha me enviado, uma vez que ele sabia que estava em Ibiza e hospedada nesse hotel. — Sim, por favor pode deixar próximo à janela. — Digo e caminho até a minha bolsa para pegar uma gorjeta a ele. Quando viro para entregar o dinheiro ao rapaz ele curva a cabeça e n**a o gesto. — Não ha necessidade senhorita, o responsável me deu uma generosa gorjeta! — Ele diz e sai do meu quarto. Estranho e procuro pelo meu celular a fim de agradecer ao homem que ainda tem meus sentimentos em suas mãos, mas antes de encontrar meu celular vejo um cartão no meio das flores e curiosa o retiro de seu lugar e o perfume forte e amadeirado sobe até minhas narinas. Puxo o cartão e uma letra diferente de Ruslan estava lá. Bom dia, senhorita Alcântara, espero que tenha tido uma excelente noite, já que a minha foi com um saco de gelo naquele lugar. Gostaria que aceitasse esse café da manhã como um pedido de desculpas por todo o incomodo que a revista lhe causou, e uma forma de selar a paz seria você aceitando a se unir a mim e um almoço durante essa semana! Na parte de trás do cartão está o meu telefone, se aceitar é apenas ligar que mando lhe buscar. Com carinho Raphael. Olho para a mesa e havia de tudo ali, é como se ele soubesse os meus gostos, ou apenas conseguiu as informações no hotel sobre o que sempre peço. Cruzo os braços olhando para o tudo aquilo que havia ali e a raiva que sinto por ele diminui um pouco, talvez pela sua tentativa de me fazer sentir melhor por tudo o que a sua revista tendenciosa me causou. Vou em direção à mesinha ao lado da cama e apanho o meu celular, sorrio para a notificação que havia lá. ‘’Bom dia, princesa, tenho uma novidade para você!” Sorrio quando vejo a mensagem de Ruslan, mesmo que não tenha havido nada entre mim e ele durante esse último ano, nossa amizade continuou da mesma forma como sempre foi. “Então me diga qual é essa novidade” Digo voltando para a mesa com o café da manhã e me sento para poder ler as novidades que meu amigo tem para mim. Com meus olhos fixos na mesa o pensamento volta para Raphael e a forma como ele me imprensou contra aquela porta e só então percebo quanto foi diferente, como me sentia sempre ao lado de Ruslan. — Então, será que te ligo Raphael?
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