COM A BOCA NA BOTIJA

1050 Words
Vou regredir no tempo, quando Sergio e eu, fomos separados, não foi de uma forma pacifica, durante muitos anos convivemos nas férias e em feriados prolongados, na casa de meus avós, eram uma espécie de colônia de férias, meus pais e meus tios, nos deixavam com meus avós, geralmente saiam para em viagens de casal, não era o caso de minha mãe, meu pai me levava para casa de vovó, ficavam alguns dias e sumia, minha mãe ficava em casa mesmo, no final das férias, meu permitia que minha mãe fosse para a casa de vovó conosco, isso me dava pelo menos 10 dias de liberdade, meu pai era um homem sem escrúpulos, machista e agressivo, era um alivio ficar na sem ele por perto, me recordo que foi numa mudada de cronograma, que Sergio e eu fomos pegos, já estávamos namorando escondidos a mais ou menos 2 anos, trocávamos cartas, fazíamos uma ligação de telefono por mês, era cara as ligações naquela época, tudo ia muito bem, mas, minha mãe conseguiu permissão de meu pai para chegar antes do combinado, ele que já tinha farriado bastante, não se importou dela chegar mais cedo, nessa altura do casamento deles, minha mãe já aceitava as traições, fingia que nem as percebia, como era do costume de Sergio e eu, depois do almoço, saiamos para o centro da cidade, lá tem um parque, que de suas fontes, jorra agua gasosa, medicinal, no entorno havia na época uma praça, ficávamos ali todas as tardes, namorando e brincando com os jovens que frequentavam o lugar, depois de algum tempo, construímos um ninho do amor, de baixo da casa de nossos avós, pois, meus avós maternos eram de Sérgio também, havia um porão, onde vovô consertava bicicletas, na parte de trás, quando menor, minhas primos e eu, ajeitamos um cômodo que ninguém usava, para ser nossa casa de bonecas, depois que crescemos um pouco, perdeu a graça e o lugar ficou abandonado, Sergio e eu, limpamos e colocamos aquele cômodo, para servir de nosso esconderijo, nesse dia que fomos pegos, fazia pouco tempo que perdi a virgindade com ele, hormônios a flor da pele, todas as tardes e as vezes nas madrugadas escondidos, nos amávamos, no final da tarde desse dia fatídico, estávamos inteiramente nús, me lembro que Sergio era todo lisinho ainda, pouco pêlos lhe cobria o corpo, tínhamos muito vigor físico, repetíamos diversas vezes o sex0, me lembro que foi assim, durante um orgasmo mais forte, gememos e ouvi de imediato minha mãe gritando. - O que está acontecendo aqui? Grace, sua vagabund@! Minha mãe que havia chegado assim que saímos, estava no quintal sentada fazendo crochê, como a entrada fica na parte ao lado que ela estava, não vimos ela lá, ela ouvindo nossos gemidos, olhou pela fresta da porta e nos viu no ato, depois dos gritos, vestimos as roupas e Sergio saiu correndo, eu fui encurralada por ela, que com um pedaço de madeira, me bateu, sua raiva era tanta! Que conseguiu quebrar dois dedos da minha mão, eu estava tentando segurar a madeira e ela batia sem dó! Meu pai que estava na cozinha veio ver o que estava acontecendo, arrancou a madeira da mão de minha mãe e perguntou. - O que essa menina aprontou? Minha mãe não era uma mulher esperta, falou tudo o que viu. - Essa menina vagabunda! Estava aqui dando para o Sergio! Meu pai bateu aquela porta, colocou um caixote pesado para que ninguém o interrompesse, tirou a cinta e bateu com toda força do ódio que sentiu em minha mãe, ele gritava. - Sua vagabund@! Que filha criou? Se fosse um menino, seria um orgulho, mas me deu uma menina! Não educou e agora vou passar essa vergonha! Lembro que ela apanhou tanto, que chegou a fazer xixi nas calças, ele então olhou para mim e disse. - Vamos embora hoje mesmo e vou arrumar um homem para te casar. Imaginem! Em pleno os anos 90, meu pai agindo como um troglodita, minha mãe ficou ali sentada e chorando, eu subi, tomei banho e arrumei nossas malas, meus avós queriam saber o que estava acontecendo e a mãe de Sergio explicou num tom de deboche. - Mãe, Sergio que virou um garanhão e estava pegando a priminha Grace no porão. Meu pai tentou avançar em minha tia, mas, meu avô não permitiu e disse. - Acho que isso é um assunto seus, minha filha escolheu casar com você e permanecer casada, então, vai arcar com as consequências de sua escolha, a não ser que ela queira se separar, eu a recebo aqui. Meu pai deu uma risada e disse. - Sua filha é tão vagabund@ quando Grace, por isso ela fez isso, vais saber se não me trai? Meu avô, era um homem sério, não deu confiança a meu pai, apenas desceu até o porão tirou minha mãe de lá e nos levou para o quarto, explicou para ela. - Minha filha, caso queira largar seu marido, te recebo aqui em casa com Grace, mas, caso queira continuar, não quero que ele pise em minha casa e você pode ir com ele. Minha mãe era muito apaixonada no meu pai ou era doença mesmo, como gostar de alguém que agride a gente direto? Ela se levantou e falou para meu pai. - Casei e ou permanecer casada, até que a morte nos separe, não posso ir contra meu juramento diante de deus! Meu vô não falou mais nada e nem permitiu que minha avó interferisse, ele sabia que minha mãe sempre ficaria a favor de meu pai, fomos embora aquela noite mesmo, foi uma viagem em total silencio, só ouvíamos as vezes minha mãe soluçar chorando, eu fiquei perplexa com tudo, pensei que o pior já havia acontecido, mas não! As coisas piorariam e muito! Chegando em casa, meu pai ordenou para minha mãe, - Agora sua obrigação é vigiar essa perdida, vou dar um jeito nesse problema, vou arrumar um noivo para ela, não será possível conseguir um bom pretendente, quem vai querer casar com uma mulher que nem virgem é mais? E você por ter feito eu passar por isso, está proibida de sair de casa! Ele falava sério, minha mãe até sua morte, saiu poucas vezes e acompanhada dele.
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