QUE RAIVA!

1076 Words
Assim que abri a janela, Alicinha pulou para dentro do quarto, olhou para mim e com a cara mais deslavada, me disse. - Que loucura! Estou cansada! Vou dormir e depois te conto minhas aventuras. Eu fiquei chocada com a cara de p*u da menina, mas, também me revoltei com sua irresponsabilidade, peguei Alicinha pelo pulso a sentei em uma poltrona no quarto e disse, disse não! Gritei! - Sua menina mimada! Sua fedelha! Está cansada? Cansados estamos nós de procurar por você, sua mãe quase se matou! Ela cortou os pulsos e tentou se enforcar! Alicinha manteve o tom de superioridade. - Aquela vaca? Não morre? Que pena! Pra ela, porque quis humilhar meu pai, mas, eu que a humilhei! Não tentou se matar por meu sumiço e sim, porque peguei o boy dela! Ele a chamou de velha! Disse que sou muito mais gostosa que ela, por isso fez esse drama todo, não ia se matar, apenas queria que as pessoas ficassem com pena dela, não quer perder o trouxa do meu pai e como sei que ele vai perdoa-la como sempre, me vinguei! - Seu pai também sofreu e nós também! - Pare de drama! Meu pai sofre porque vai passar vergonha, mas vai aceitar aquela mulher de volta. - Sua mãe! - Grande mãe! Sempre saiu com todos os homens que chegam perto dela, já pegou alguns namorados meus, uma podófila! Eu fiquei meio perdida com tanta informação, Alicinha tentou se levantar e eu disse com firmeza. - Não sei da sua vida, mas, vai explicar tudo para a polícia! - Eu não vou nada! Tenho 17 anos e o máximo que vão fazer, é o que você está tentando fazer, me chamar atenção! Eu sai daquele quarto, estava furiosa com aquela menina, liguei para a polícia e avisei que ela apareceu, o investigador disse que iria logo pela manhã falar com ela. Com minha gritaria, despertei os parentes, logo o pai de Alicinha foi avisado e foi correndo vê-la, a menina trancou a porta, como todos estavam na sala, tentando fazer a menina abrir a porta, olhei para Sergio e disse. - Arrombe essa porta! Não quero saber, depois pagamos para consertar, essa menina passou dos limites. Sergio com um chute, derrubou a porta, Alicinha estava deitada e quando a porta veio a baixo, tentou correr para a janela, mas, Vítor a abraçou e aos prontos, aliás, ele é o pai daquela doida, disse. - Que dor me fez passar minha filha! - Pare de drama! Sempre sumo! - Mas aqui é diferente, não é seu território. - Deixe de ser patético, me solte! Aliás, o que querem? Olhou para todos e esperou uma resposta, alguns saíram e outros apenas se afastaram e de trás de todos, saiu minha mãe, com um cinto nas mãos, sem nem pensar começou a bater em Alicinha dizendo. - Seus pais não sabem te dar limites, pois eu vou te dar. Vitor sentou na cama e chorou, Alicinha que de início aguentou as cintadas quieta, começou a implorar para que minha mãe parasse, olhou ara Vitor como se pedisse socorro e ele gritou. - Não ouse ser m*l educada, culpa minha deixar você ter crescido sem limites! Minha mãe como ultimo golpe disse. - Da próxima vez que aprontar lembre-se, que a dor da correia, pode ser menor que a consequência dos seus atos. Olhou para Vitor e disse. - Se precisar de mais uma mão, me chame, ensino essa menina metida a b***a o lugar que lhe cabe. - Minha mãe foi embora, uns parentes apoiaram, outros ficaram reclamando que violência não resolve, não julguei minha mãe, a minha vontade era de fazer exatamente isso com Alicinha. Depois que todos os parentes saíram, Vitor se levantou e a golpeou cm palavras, mais forte que as cintadas da minha mãe. - Você para mim, é uma decepção, não conte comigo para mais nada! Aliás, vá você tirar a doida da sua mãe do hospital, vocês se equivalem, ou melhor, não valem nada! Alicinha se sentou no chão e chorou, esmurrou as paredes e jogou as coisas, eu ali parada, apenas observava, não a deixaria sozinha, doida como é, poderia tentar algo impensado, pela primeira vez, apanhou e seu pai, que era seu herói, demonstrou toda sua magoa, jamais aquela menina, havia sido tão corrigida, depois de longos minutos de histeria, ela se deitou no chão, eu apenas tranquei a porta e a janela, deitei em minha cama e fiquei a vigiando, ela adormeceu ali mesmo no chão, com tantas emoções, resolvi assistir um seriado pelo celular, dormir não seria uma opção para aquele momento, não sei o esperaria no outro dia, o aparecimento de Alicinha mesmo nessas circunstâncias, foi um alivio, já estava achando que ela poderia estar morta e ela está ali, sendo Alicinha, filha de Isabela, que sempre foi tão doida quanto a filha estava sendo naquele momento, o Natal se aproximava, talvez agora pudéssemos curtir mais essas férias, se bem que, tenho uma decisão a tomar, não sou uma adolescente, quero alguém para chamar de amor, quero isso! Diante tantas provas que passei na vida, tenho que tomar uma boa decisão. Logo pela manhã, o investigador veio falar com Alicinha, ela ainda estava dormindo no chão, ele chamou duas mulheres que o acompanhavam, uma era psicóloga e a outra do conselho tutelar, acordei Alicinha e avisei sobre as visitas, ela se levantou e pediu que os chamassem, assim que entraram, os deixei ali, já tinha me metido demais na vida dela, agora seus pais e autoridades que se virem com essa menina. Sérgio me viu sair do quarto e correu para falar comigo. - Grace, vamos sair para passear? Sair com Sergio? Seria arriscado demais! Eu o desejei por anos e só de olhar para ele, meu coração batia descompassado, não deixaria meu lerdo coração decidir, talvez vocês não entenda, me ache uma boba, posso afirmar que não sou, apenas estou tentando não sofrer mais, minha vida daria uma coleção de livros, todos com explicações de como não devo seguir minha emoções, como não sei as dominar ainda, preferi rejeitar a oferta, ele ficou muito irritado e isso me deixou mais insegura, homens irritados, não quero isso para mim nunca mais, ok! Vou fazer algo que não faço normalmente, vou te contar o porquê dessa minha postura, diante dessa indecisão, você verá que meu coração já me colocou em muitas situações difíceis.
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