A MALUCA

1090 Words
Aquela terça feira, estava custando a passar, Vitor foi para o hospital, resolver sua vida com a prima Isabela, Marcos teve que ir para casa ficar com o filho para a mãe dele sair, aliás, que mãe mais brava! Seu filho era um jovem, mas, não era um bobo! Durante esses meus pensamentos, fui surpreendida com alguém tapando meus olhos, senti um perfume familiar, não era possível! O cheiro era de Sergio, mas, não! Ele estava com a Patrícia, ou com a Patricinha, tentei sair daquela situação. - Não faço ideia! A pessoa continuou sem falar nenhuma palavra e eu tive que dar o palpite que estava pensando. - Sergio? As mãos que antes tapavam meus olhos, seguraram meu rosto e com um beijo, me revelaram que estava certa, Sergio estava ali, mesmo com raiva dele, aquele beijo era prazeroso, aproveitei bastante aquele momento, ele parou e disse. - Ficou com saudades? Eu quis manter a pose de mulher indignada. - Não! Aliás, o que está fazendo aqui? - Eu estava com saudades. - Onde está sua patricinha? - Se não estava com saudades, estava com ciúmes! - Eu fui ameaçada com uma foice a poucos dias por ela. - Medo da patricinha? - E você deveria ter respeito por ela, logo serão papai e mamãe. - Será que ela está gravida? - Tentei leva-la ao médico e fazer exames e ela se recusa. - Por isso veio? Brigou com ela e veio? - Briguei, mas, não foi por isso. - Lá vem mentira! - Briguei, porque disse que viria ajudar nas buscas a prima Alicinha e ela não queria, depois quis leva-a ao médico e não quis e por fim, ela usou meu sogro para me chantagear. - Como assim? - Eu sai ontem à tarde e quando retornei, meu sogro estava em casa me esperando, me ameaçou demitir e eu me libertei! - Se libertou? - Sim! Falei para ele me demitir, peguei minhas coisas e fui para um hotel, assim que ele cumpriu com a demissão, vim embora. - Nossa! Largou a Patricinha! Parabéns! - Está feliz? - Com o fim de uma família? Não! - Mas agora podemos ficar juntos! Aquele era o momento que esperei por toda minha vida! Sergio, o homem que sempre amei, agora todo ali pra mim! Mas agora tinha Marcos, que mexia comigo e me proporcionou a melhor transa da minha vida! Talvez, vocês estejam achando que sou uma mulher de sorte, mas, não é bem assim, depois de muito sofrer por amor e por desamor, dois homens maravilhosos, me querem! Isso é uma afronta da vida! Olhei aquele homem lindo! Que sempre foi meu maior desejo! Queria tanto poder abraçá-lo, viver aquele amor sem limites! Mas, meu coração, sempre foi o vilão da minha vida, mole como um pudim, sempre me fazendo ter decisões equivocadas! Marcos tinha para mim, era mais que um cara fofo, ele me respeitou, demonstrou em ações, que sou importante, minha mente tem que funcionar, não vou deixar meu coração tomar essa decisão sozinha, não vou mesmo! Olhei para Sergio e com uma firmeza, que nem eu sabia que tinha, falei. - Minha vida toda, achei que você era o homem da minha vida, que tudo dava errado com os outros, porque era você que deveria estar a meu lado, agora, acho que tenho que pensar, sei que deu um passo decisivo em sua vida, mas, cansei de agir por impulso e nem de paralisar por medo, agora quero pensar sobre tudo e depois decidir, sobre nós dois. - Você tem outro? - Não! Estou sozinha, mas, sim! Tenho outro pretendente e não quero que essa decisão seja mais uma que eu me arrependa! - Ok! Acho que você tem o direito de pensar, embora, tenha certeza que será comigo que ficará, afinal, eu te amo e você também me ama! Falando isso, me abraçou e me embriagou com seu perfume, golpe baixo! Eu que não sou mais boba, retribui, afinal, estou solteira! Ficamos como dois adolescentes, nos beijando escondido! No começo da noite ele me propos. - Podemos ao menos dormir juntos hoje? Vontade não me faltava, mas, achei melhor não e falei o que decidi. - Não! Hoje você me pegou de surpresa, não vamos mais ficar, até que eu decida o que quero. - Não vou resistir! - Conta muito para mim, o respeito, espero que entenda e não me decepcione. - Ok! Vou provar que sou a pessoa certa! Nos despedimos, fui para o quarto e me tranquei, era muita tentação, ter Sergio perto de mim e livre, quando estava quase dormindo, meu celular tocou, era Marcos. - Boa noite minha linda! - Tudo bem? - Sim e você? - Estou indo! Alicinha ainda não apareceu, tudo está tão confuso! - Aconteceu alguma coisa? - Nada de importante, apenas estou cansada! - Eu entendo! - E Ravi? - Está dormindo, minha mãe veio pegá-lo e ele já estava dormindo. - Vocês não moram juntos? - Morávamos, minha mãe se casou com um senhor a pouco mais de um mês, fiquei cozinho em casa, aliás, com Ravi. - A sim! E ela cuida dele. - Sim! O combinado era que eu deixaria Ravi todas as manhãs com ela e buscaria quando saísse da loja, mas, ela acha que é melhor ele dormir lá, daí não precisa acordar acordá-lo cedo todos os dias. - Ela tem razão! - Também acho! E ela no apartamento quase ao lado do meu. - Ravi deve ser o xodó dela. - É a vida da minha mãe e a minha também! Marcos me deixava mais em dúvida, cada vez que demonstrava esse seu lado responsável. - Amanhã nos falamos! - Ok! Vou até a loja ver como está tudo, resolver umas coisas e te ligo, quero te ver amanhã sem falta. - Ok! Assim, que puder me ver, me avise, vou até o centro, quero tomar um açaí. - Combinado! Não queria que ele fosse até achacara, Sergio poderia criar uma cena, Marcos não merece passar por nada de constrangedor, o sono foi me tomando e dormi profundamente, acordei com batidas na janela, me assustei, olhei pela fresta da cortina e não acreditei no que vi, Alicinha me pedindo para abrir a janela, será que ela achou que ninguém notou seu sumiço? Minha vontade era de dar uma surra de chinelo, iguais às que tomei de minha mãe, naquele momento fiquei feliz por não ter filhos, abri a cortina e destranquei a janela, para aquela maluca irresponsável entrar.
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