Isabela no hospital

1027 Words
A noite foi muito agitada, os parentes ficavam indo e vindo em busca de notícias, minha mãe resolveu fazer chá e ficar vigiando tudo o que podia, Marcos fez uma ligação e ficou aquela noite comigo, deitamos meio desajeitados no sofá da sala, num certo horário todos adormeceram, acordei com Vítor, me chamando. - Grace! Rapidamente me sentei, Marcos se assustou e se sentou também. - Me ligaram do hospital, pediram que eu vá até lá, mas eu não quero ir, na verdade, eu sei que Isabela tem casos fora do casamento, acredito que ela acabou colocando Alcinha em perigo, não quero ouvir isso da boca dela, vou perde a cabeça. - Como você vai fazer? - Vocês poderiam ir no meu lugar? - Mas como vamos fazer? Se eles quiserem falar com a familiares mais próximos? - Eu não sei! Só sei que não tenho cabeça! - Vamos até o hospital, Grace, vamos ver o que querem, depois resolvemos o que fazer. - Ok! Vamos! Peguei apena uma casaco e fomos até o hospital, chegando lá, fomos encaminhados ao consultório do médico de plantão. - Bom dia! Vocês são o que da paciente? - Somos primos. - Ela não tem, mãe, marido ou filhos? - Tem, a mãe já morreu, o marido não tem condições de vir até aqui e a filha está desaparecida, motivo pelo qual ela está tão nervosa. - A sim! Ela está muito bem de saúde, não tem o porquê, ficar internada por mais tempo. - Ela vai receber alta? - Sim! Mas alguém tem que se responsabilizar por ela. - Nesse momento, não tem ninguém que possa se responsabilizar por ela. - Mãe ela está tomando lugar de outro paciente. -Marcos interrompeu o médico e disse. - A coloquei em uma quarto. - Os quartos, são para pacientes que pagam carnê do hospital ou particular. - Pode colocá-la no quarto, serei o fiador, caso eles não possam pagar, eu pago. - Sendo assim! Vou mantê-la mais um dia, depois, temos que liberar a vaga, seja quarto ou enfermaria. - Ok! Vamos ver com os familiares, como fazer, podemos ver Isabela? - Sim! Podem! Fomos encaminhados até onde ela estava, era um apartamento com dois leitos, um era onde ela estava e o outro, onde Estava uma outra mulher, assim que Isabela nos viu, falou. - Grace! Alicinha apareceu? Senti vontade de mentir, mas, quando ela descobrisse, ficaria ainda mais nervosa. - Prima, ainda não! - Meu Deus! Onde está minha filha? Começou a chorar descontroladamente, tentando ainda muito tonta se levantar, tive que tomar uma atitude, segurei Isabela na cama pelos ombros e disse. - Pare de criar problemas! Sua filha está desaparecida e você quer chamar mais atenção do que ela. Isabela, arregalou os olhos, respirou fundo e disse - Ninguém entende! Perder uma filha é pior que morrer e eu posso ser a culpada disso! - Como culpada? - Falei demais! Não posso falar mais nada! - Não só pode como vai! - Não vou nada! Quem pensa que é? - Uma mulher, igual a você, mas, que ao invés de perder o controle, estou atrás de descobrir onde está sua filha. Isabela se virou para o canto da parede e ficou, achei bom! Pelo menos, não estava dando trabalho, chamei Marcos para irmos embora. - Vamos, temos que ajudar a procurar por Alicinha. Saímos do hospital e Marcos me chamou para comer alguma coisa, saímos sem nem tomar um gole de café. - Vamos tomar um café e comer um pão d queijo? - Ótima ideia! Estou com muita fome. Entramos em uma padaria, aa padarias em Minas Gerais, tem um cheiro especial, tantas quitandas, mas, o meu lanche predileto, sempre foi o pão de queijo, tomamos junto um café especial, colhido naquela mesma região, durante essa deliciosa degustação, vi que Marcos ficou ansioso, olhei para trás e vi um menininho acompanhado de uma senhora muito bonita, Marcos acenou para eles meio sem graça, viu que não tinha como protelar a revelação que faria, ou melhor, achava que faria, ele não sabia que Alicinha havia me contado sobre seu filho, o menininho escalou o colo de Marcos, ele então, deu um beijo no filho e me disse . - Grace, esse é Ravi. - Prazer Ravi! Eu sou Grace, amiga de seu pai. Marcos olhou rindo para mim e disse - Você sabia do meu filho? - Sim, Alcinha me contou. - Aposto que Léo que contou. - Sim! - Tem mulheres que não gostam de homens com filhos, preferi esperar você me conhecer direito, para depois contar. - Entendo e compreendo. Olhei para o lado da senhora que estava com Ravi e vi que comprava pão e outras coisinhas, sem tirar os olhos de nós, terminou suas compras, pagou e foi até nós. - Marcos, vai demorar muito hoje? Tenho compromisso às 2 da tarde. - Ok! Estarei antes em casa, obrigada por cuidar dele pra mim. - Sem dramas Marcos! Ela pegou o menino, nem olhou para meu lado, Ravi esboçou um sorriso para mim e foi com a avó embora, Marcos, nitidamente sem graça, falou. - Me desculpe! Minha mãe me protege como se eu fosse uma criança, sofri muito com a mãe de Ravi, ela não abre a cara para nenhuma mulher que esteja comigo, seja amiga ou namorada. - Percebi! Fomos para a Chácara, Vitor estava um pouco melhor, fomos falar com ele. - Vitor, o médico vai ficar com a prima apenas mais um dia, depois alguém tem que ir tirá-la de lá. - Vou hoje ainda enfrentar Isabela, preciso saber da verdade e tirá-la de lá. A situação de Vitor era delicada, Isabela não netinha mais ninguém, além dele e de Alicinha, teria que tirá-la dali. Marcos ficou mais um pouco e se despediu, precisava ficar com o filho para a mãe sair, antes me disse. - Grace, se cuide, fico preocupado com você, pode achar que não, mas, gosto verdadeiramente de você. Me deu um beijo e foi, eu estava cada vez mais envolvida por aquele menino, tinha medo de me machucar, mas, estava tão bom, tê-lo pertinho de mim!
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