Breno narrando.
Já tem uns dias que eu tô percebendo a Emily estranha, não me dá atenção, não liga mais pra mim.
Ela até tirou a nossa foto do perfil do whats, com certeza tem outro no meu lugar.
— Fica mais um pouco — Léo pediu, meu "parceiro".
— Não, vou atrás da Emily — falei me levantando e vestindo a roupa.
Eu e o Léo sempre nos comemos as escondidas, ele também é empresário e a empresa dele lucra mais que a minha, então minha intenção é sempre ter ele por perto.
— Ela tá é dando pra outro, prostitut@ barata.
— Cala a boca, eu vou atrás dela e acabou — calcei meu sapato e peguei as chaves do carro saindo do AP dele.
Dia de sábado, SP movimentada pra caramba, trânsito pra todo canto.
O porteiro liberou minha entrada e peguei o elevador abrindo a porta do apartamento com a cópia da chave.
Procurei e nada, não tá aqui.
Joguei um vaso de vidro na parede, tô no ódio “jão”.
Entrei do quarto da Emily fechando a porta forte só esperando ela chegar pra me dar uma explicação.
Olhei a movimentação da rua pela janelinha do quarto e vi um carro preto parando em frente ao prédio, ela saiu de dentro.
Sabia que tava me traindo, safada.
Esperei deitado na cama, 5 minutos depois ela abriu a porta se assustando comigo aqui.
— O que tu tá fazendo aqui? — levou a mão no peito me observando.
— Esperando tu chegar vadi@, tava onde? — perguntei.
Me levantei e fui pra cima dela pegando pelo pescoço e prensando na parede, já dava pra perceber a dificuldade pra respirar.
— Me solta Breno — disse com dificuldade.
— Vou continuar até você me dizer com quem estava.
— Tava com outro, era isso que você queria escutar? Tava com outro te traindo.
Soltei o pescoço dela a encarando.
— Bem que eu desconfiei, tava me ignorando, evitando sexo comigo, agora tá tudo explicado.
— Isso do sex0 foi bem antes, não tava me sentindo bem, não tinha vontade, não com você! Conheci outra pessoa.
— P1ranha, me traindo e fingindo que o erro era eu — debochei.
— E você? Acha que não sei que você também tem outro alguém? Pelo amor de Deus, né Breno.
Fiquei calado, ela deve pensar que é mulher.
— Venho aguentando chifres faz tempo, agora é minha vez de colocar também, chifre trocado não dói — falou me encarando.
Levantei minha mão com tudo e dei na cara dela.
— Merece isso e muito mais — cuspi as palavras dando outra tapa.
— Cov@rde do caralh0, vai me bater agora? Babac@! — levou a mão até o rosto alisando a bochecha.
— Podia te arrebentar agora se eu quisesse, mas vou deixar isso pra mais tarde.
— Não vai ter "mais tarde", nem "depois" muito menos "nós", acabou cara! — falou com os olhos lagrimejando.
— Não, nada acabou — Me aproximei dela que continua na parede.
— Acabou sim, não dá mais, não vou viver de aparências.
— Vai almoçar lá em casa hoje, meus pais querem te ver.
— Não vou Breno, que saco, não quero mais.
Segurei o queixo dela sem paciência olhando dentro dos olhos dela.
— Tu vai sim, só acaba quando eu cansar de você, temos 2 anos juntos, vai ser tudo jogado no lixo?
— É, provavelmente não valeram de nada esse tempo todo, agora você tá me batendo e me obrigando a ficar contigo, coisa que eu não quero! — disse séria.
Soltei o queixo dela.
— Se arruma, passa um reboco nessa cara que eu tô te esperando lá embaixo — disse rude saindo do AP.
Depois do almoço ela vai ver só.
***
— Querida, que bom que veio — minha mãe falou sorrindo vendo a gente entrar.
— Mily, que “sôdadi” — Minha irmãzinha falou indo abraçar Emily.
Meu pai nunca gostou dela, então logo fechou a cara.
— Oi meu amor, como você está? — Se abaixou pra falar com a Brenda.
— Tô bem e “voxê”?
— Tô bem também princesa — deu um beijo na bochecha dela.
— Você nunca mais apareceu Emily, sentimos sua falta.
— Também senti falta das nossas conversas, Stella — falou sorrindo.
Emily sabe ser uma boa atriz quando quer.
***
— Me deixa em casa, por favor — pediu entrando no carro, não tive como não olhar pro corpo do c@cete que ela tem.
Segui caminho e parei em um bairro calmo perto do apartamento dela.
— Parou aqui por quê?
— Mama meu p@u — falei abaixando a calça e a cueca.
Só fiz isso pra ter uma desculpa pra bater nela, minha mão tá coçando e eu sei que ela vai se recusar a me mamar.
Ela olhou e depois me encarou.
— Não Breno, me deixa em casa, por favor.
— Mama Emily.
— Não vou cara, já disse, put@ que par1u!
Puxo os cabelos dela com agressividade e bato com tudo no volante do carro três vezes seguidas.
Puxei de volta vendo que machucou muito.
— Ficou até mais bonitinha — debochei.
— Você tem demência porr@? Olha o estado do meu rosto — falou já chorando.
— Agora desce desse carro e vai andando pra casa.
— Tá m@luco cara? Como você tem coragem de fazer isso comigo? — perguntou indignada.
— Tenho, tô mandando descer do carro, vai descer ou quer que eu te empurre?
— Cretin0 de merd@ — desceu do carro passando a mão do rosto.
Tá vermelho e com alguns cortes, vai demorar pra sarar e sem falar que ela tá chorando igual uma criancinha.
Não senti pena vendo ela caminhar chorando e cobrindo o rosto.
Passei 2 anos com a Emily me servindo e agora ela quer me deixar por qualquer um que vê pela frente? Pelo amor de Deus!
Tô curioso pra saber quem é esse cara, vou acabar com esse lancinho dos dois.