Capítulo 6 - Chifre trocado.

1012 Words
Breno narrando. Já tem uns dias que eu tô percebendo a Emily estranha, não me dá atenção, não liga mais pra mim. Ela até tirou a nossa foto do perfil do whats, com certeza tem outro no meu lugar. — Fica mais um pouco — Léo pediu, meu "parceiro". — Não, vou atrás da Emily — falei me levantando e vestindo a roupa. Eu e o Léo sempre nos comemos as escondidas, ele também é empresário e a empresa dele lucra mais que a minha, então minha intenção é sempre ter ele por perto. — Ela tá é dando pra outro, prostitut@ barata. — Cala a boca, eu vou atrás dela e acabou — calcei meu sapato e peguei as chaves do carro saindo do AP dele. Dia de sábado, SP movimentada pra caramba, trânsito pra todo canto. O porteiro liberou minha entrada e peguei o elevador abrindo a porta do apartamento com a cópia da chave. Procurei e nada, não tá aqui. Joguei um vaso de vidro na parede, tô no ódio “jão”. Entrei do quarto da Emily fechando a porta forte só esperando ela chegar pra me dar uma explicação. Olhei a movimentação da rua pela janelinha do quarto e vi um carro preto parando em frente ao prédio, ela saiu de dentro. Sabia que tava me traindo, safada. Esperei deitado na cama, 5 minutos depois ela abriu a porta se assustando comigo aqui. — O que tu tá fazendo aqui? — levou a mão no peito me observando. — Esperando tu chegar vadi@, tava onde? — perguntei. Me levantei e fui pra cima dela pegando pelo pescoço e prensando na parede, já dava pra perceber a dificuldade pra respirar. — Me solta Breno — disse com dificuldade. — Vou continuar até você me dizer com quem estava. — Tava com outro, era isso que você queria escutar? Tava com outro te traindo. Soltei o pescoço dela a encarando. — Bem que eu desconfiei, tava me ignorando, evitando sexo comigo, agora tá tudo explicado. — Isso do sex0 foi bem antes, não tava me sentindo bem, não tinha vontade, não com você! Conheci outra pessoa. — P1ranha, me traindo e fingindo que o erro era eu — debochei. — E você? Acha que não sei que você também tem outro alguém? Pelo amor de Deus, né Breno. Fiquei calado, ela deve pensar que é mulher. — Venho aguentando chifres faz tempo, agora é minha vez de colocar também, chifre trocado não dói — falou me encarando. Levantei minha mão com tudo e dei na cara dela. — Merece isso e muito mais — cuspi as palavras dando outra tapa. — Cov@rde do caralh0, vai me bater agora? Babac@! — levou a mão até o rosto alisando a bochecha. — Podia te arrebentar agora se eu quisesse, mas vou deixar isso pra mais tarde. — Não vai ter "mais tarde", nem "depois" muito menos "nós", acabou cara! — falou com os olhos lagrimejando. — Não, nada acabou — Me aproximei dela que continua na parede. — Acabou sim, não dá mais, não vou viver de aparências. — Vai almoçar lá em casa hoje, meus pais querem te ver. — Não vou Breno, que saco, não quero mais. Segurei o queixo dela sem paciência olhando dentro dos olhos dela. — Tu vai sim, só acaba quando eu cansar de você, temos 2 anos juntos, vai ser tudo jogado no lixo? — É, provavelmente não valeram de nada esse tempo todo, agora você tá me batendo e me obrigando a ficar contigo, coisa que eu não quero! — disse séria. Soltei o queixo dela. — Se arruma, passa um reboco nessa cara que eu tô te esperando lá embaixo — disse rude saindo do AP. Depois do almoço ela vai ver só. *** — Querida, que bom que veio — minha mãe falou sorrindo vendo a gente entrar. — Mily, que “sôdadi” — Minha irmãzinha falou indo abraçar Emily. Meu pai nunca gostou dela, então logo fechou a cara. — Oi meu amor, como você está? — Se abaixou pra falar com a Brenda. — Tô bem e “voxê”? — Tô bem também princesa — deu um beijo na bochecha dela. — Você nunca mais apareceu Emily, sentimos sua falta. — Também senti falta das nossas conversas, Stella — falou sorrindo. Emily sabe ser uma boa atriz quando quer. *** — Me deixa em casa, por favor — pediu entrando no carro, não tive como não olhar pro corpo do c@cete que ela tem. Segui caminho e parei em um bairro calmo perto do apartamento dela. — Parou aqui por quê? — Mama meu p@u — falei abaixando a calça e a cueca. Só fiz isso pra ter uma desculpa pra bater nela, minha mão tá coçando e eu sei que ela vai se recusar a me mamar. Ela olhou e depois me encarou. — Não Breno, me deixa em casa, por favor. — Mama Emily. — Não vou cara, já disse, put@ que par1u! Puxo os cabelos dela com agressividade e bato com tudo no volante do carro três vezes seguidas. Puxei de volta vendo que machucou muito. — Ficou até mais bonitinha — debochei. — Você tem demência porr@? Olha o estado do meu rosto — falou já chorando. — Agora desce desse carro e vai andando pra casa. — Tá m@luco cara? Como você tem coragem de fazer isso comigo? — perguntou indignada. — Tenho, tô mandando descer do carro, vai descer ou quer que eu te empurre? — Cretin0 de merd@ — desceu do carro passando a mão do rosto. Tá vermelho e com alguns cortes, vai demorar pra sarar e sem falar que ela tá chorando igual uma criancinha. Não senti pena vendo ela caminhar chorando e cobrindo o rosto. Passei 2 anos com a Emily me servindo e agora ela quer me deixar por qualquer um que vê pela frente? Pelo amor de Deus! Tô curioso pra saber quem é esse cara, vou acabar com esse lancinho dos dois.
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