Emily narrando.
Dia seguinte…
Acordei em pleno domingo com minha cabeça latejando e com muita d0r.
Me levantei pra comer e tomar um remédio lembrando da cena horrível de ontem.
Não sei o que eu vou fazer pra acabar com essa merd@ de relacionamento, foram dois anos jogados no lixo.
Me sentei no sofá ligando a TV e deixei as lágrimas caírem pelo meu rosto, não sei o que deu no Breno, ele nunca foi assim.
Dei um pulo com a cigarra tocando, susto do caralh0!
Fui até a porta do AP e olhei pelo olho mágico, graças a Deus não era Breno e sim o Farinha.
Abri a porta o encarando, que desceu os olhos pro meu baby doll se/Xy.
— Eae — falou entrando.
— Oi — fechei a porta.
— Não atende minhas ligações por quê? — Se jogou no sofá.
— Celular descarregou — Me sentei ao lado dele.
— Vim me despedir — arregalei os olhos.
— Tá louco? — Ele negou — Vai pra onde?
— RJ, vou pegar uma parada lá.
— E se tu ficar lá por muito tempo? — perguntei preocupada.
— Iih... Que que tem pô?
— É que a gente fica, ué, vou sentir falta.
— Hum — falou sem graça — Mas volto logo, esquenta não — fui pro colo dele deixando minhas pernas de cada lado da sua cintura.
— Você tá bem?
— Tô pô — suspirou.
— Hum — falei vendo ele olhar pra mim.
— Que foi isso? — tocou no meu rosto percebendo os machucados.
— Eu caí, me machuquei — falei passando a mão nos cortes e afastando a mão dele.
— Tá toda “morgada” aí, “slk” — tirou o boné deixando no braço do sofá.
— Tô cansada, a semana foi muito corrida.
— Até ontem tu tava boazinha e hoje tá assim? Que que tá pegando?
— Já disse que não foi nada, Farinha — Me levantei indo até a cozinha tentando fugir do assunto — Quer tomar café?
— Quero, bota aí — falou sério.
Preparei umas coisas deixando na mesa.
Coloquei a água do café pra ferver e abri o armário.
Pulei tentando pegar o Nescafé e pelo visto chamei a atenção dele.
Me sentei no balcão de mármore vendo que ele estava vindo pegar.
— Pede ajuda pelo menos né, não ia conseguir pegar nem a p@u — esticou o braço pegando o Nescafé e deixando em cima de bancada.
Não falei nada, apenas puxei ele pela gola da camisa dando um beijo, sentindo aquele cheiro gostosinho que só ele tem, suas mãos pela minha b***a.
— Minha amiguinha já tava com saudades de você — falei já com minha “p****a” piscando.
— Decidi te comer no café da manhã — Eu ri colocando as mãos pela nuca dele.
Ele me puxou pela cintura e pude sentir o volume na calça moletom dele roçar na minha coxa.
Escutei alguém abrir a porta do AP e vir até a gente, foi rápido demais.
Era Breno.
— Que p***a é essa Emily? — perguntou nervoso.
Desci do balcão e fui até ele
— Breno, vai embora — Pedi.
— É com ele que tu me trai?
— É Breno, é com ele — falei sem mostrar nervosismo.
Olhei pra Farinha que continuava no mesmo canto sem dar um “piu”, só observando.
— Vagabund0 do caralh0, olha a cara de marginal dele, Emily — apontou.
Transa melhor que você.
Pisquei e Farinha tava mirando uma arma na cabeça dele.
Comecei a ficar nervosa, minhas pernas já estavam bambas.
— Lava tua boca pra falar de mim, porr@ — esfregou a glock na cabeça dele — Tem a “DR” que tu quiser com ela, mas não pisa no meu calo não, zé — falou sério — Tu me conhece nessa porr@?
— Ela tem namorado, e sou eu, ela tem que ficar só comigo.
— Pelo visto tu não tá dando conta, não tenho culpa se ela veio ciscar no terreno dos outros, neg0 fogo pra ninguém não, “rapá”.
Tentei puxar o braço de Farinha
— Se mete não Emily — Me encarou seriamente.
— Emily não é do teu porte não.
— Abre a boca, porr@ — ordenou, seus olhos transmitiam muita raiva — Mandei abrir c*****o.
Breno abriu a boca e Farinha enfiou a ponta da arma da boca dele.
— Se tu ficar de gracinha pro meu lado, tu fica sem a língua, sem a boca e sem a porr@ toda, tá escutando caralh0? Não se tira bandid0 no bagulho, te desrespeitei pra tu me chamar de marginal “mermão”? — Breno negou com a cabeça morrendo de medo.
Minhas mãos estão tremendo e eu rezo nos meus pensamentos pra Farinha não atirar.
Não que eu não queira me livrar do Breno, mas ninguém tem direito de tirar a vida de ninguém, sem falar que isso ia ser um problemão.
— Então sossega e baixa a bola pro meu lado, eu podia te matar agora se eu quisesse, mas não vou matar não, vou deixar... E se vier se criando pra mim de novo vai comer bala, ia preparar uma morte lenta pra tu — disse sério e tirou a arma da boca do Breno.
Olhei pra Breno que me olhou com um olhar intimidador.
— Rala, tá fazendo o que aqui ainda?
Ele deu as costas saindo do AP, porém antes me olhou com cara de quem iria me matar, me arrepiei.
Olhei pra Farinha, claro que devo satisfação a ele, mas e agora? Oque eu vou dizer?
— Farinha... Eu...
— Precisa se explicar não pô, acha que esse tempo todo eu caí no papo do tal "escritor"? — falou debochado.
Meu corpo se aliviou, mas por que ele ficou comigo sabendo de tudo? Sabendo que eu tinha outro?
— Ah... Não sabia que você sabia — falei envergonhada.
— Puxei tua ficha, o desgraçado mandou tu ir pra casa na chuva naquela noite.
— Como cê sabe?
— Um carinha do AP dele me disse, vacilão do caralh0 esse Breno, se esbarrar na minha vai acordar com a boca cheia de formiga.
— Nossa
— Foi ele que fez isso no teu rosto né?
— Foi — confirmei.
— Tu é b***a de deixar.
— Você disse que veio aqui pra se despedir né? — mudei rápido de assunto.
— Então... — deu um sorrisinho de lado tirando a blusa.
Vista do caralh0, hein.