Emily narrando.
Acordei atrasada pro trabalho, merd@!
Saí catando um vestido justo branco que bate no joelho, entrei no box do chuveiro deixando a água fria bater em meu corpo e jogar fora a preguiça e o sono.
Vesti a roupa e coloquei um cinto pra ficar mais charmosa, olhei pra minha cama lembrando da noite perfeita de ontem.
TBT, por favor.
Fiz uma make básica bem rápido e peguei minha bolsa de trabalho com as coisas que necessito.
Peguei o elevador chegando rapidinho em baixo e acenando pro táxi mais próximo.
Vidinha sofrida, nada como um dia após o outro.
***
O elevador abriu, entrei no andar do meu escritório com uma xícara de café e me sentei na minha bancada.
— Bom dia meninas.
— Bom dia, flor.
— Bom dia, meu amor — Pri veio até mim me dando um beijo na bochecha.
— Cara, olha isso, que horror — vi Tayane mostrar algo pra Priscila no celular.
— Put@ que p@riu, qual a mulher que trans@ com o cara sem nem saber o nome dele? — falou fazendo careta.
Engoli em seco e continuei mantendo a atenção no meu Capuccino.
— Trabalhar né? Sem fofoquinha.
— Vai morder quem te mordeu Emily — Tayane falou com deboche.
— Ela não tá estressadinha, entrou com uma cara feliz, pelo meu conhecimento a Emily teve uma noite ótima — falou sorrindo e me olhando.
— Sim Pri, me conhece tão bem — falei me levantando da cadeira da bancada.
— Estranho, Breno veio aqui atrás de você às 8.
— Estranho mesmo, passamos a noite juntos — minto.
Fico pensativa, o que ele queria comigo “de fato”?
***
Horário de almoço é sempre corrido, não dá tempo pra fazer quase nada.
Recebi a mensagem de um número no meu Whats, soltei um sorrisinho já sabendo de quem era.
- w******p On -
+11 xxxx-xxxx: Covardia o que tu fez nas minhas costas, “namoral”.
Gargalhei me lembrando que escrevi meu número nas costas dele com a unha.
Eu: Fiz apenas pra ser lembrada, rs.
+11 xxxx-xxxx: Iria te caçar até no inf&rno pra “descobrir” teu nome.
Eu: Satisfação, Emily.
+11 xxxx-xxxx: Prazer é só na cama??
Eu: Exatamente, como salvo aqui?
+11 xxxx-xxxx: Coloca Farinha, meu apelido.
Eu: Tem nome não?
+11 xxxx-xxxx: Farinha pô.
Eu: Ok, tá salvo.
Farinha: Brota no baile da DZ7, sexta.
Eu: Pode ser, vai me recompensar?
Farinha: É o que eu mais quero, pode ser até hoje se quiser.
Hoje o Breno pode querer vir aqui em casa fazer “chororô” como sempre.
Eu: Deixa pra amanhã, cheguei atrasada no trabalho hoje e vou ter muita coisa pra fazer.
Farinha: Jaé, quem é esse cara no perfil?
Putz, esqueci total da minha foto com o Breno na merd@ do perfil.
Eu: Ele é escritor, vi ele em um barzinho e tirei uma foto.
Farinha: Haha, de boa.
Visualizei, mas não respondi nada.
- w******p Off –
Passei 5 minutos olhando a foto do perfil daquele homem, put@ que me par1u.
Voltei a realidade indo arrumar meu quarto, trocar os lençóis pra tirar o cheirinho de s&xo selv@gem.
Meu namorado pode chegar a qualquer hora e não quero bancar a 'infiel'.
***
Escutei a cigarra do AP tocar. Porr@, são quase 10 horas!
Olhei pelo olho mágico vendo o Breno e abri a porta com cara de cu.
— Vamos conversar, Emily?
— Não tenho nada pra conversar contigo Breno — fiz cara de “mongol”.
— Foi m*l por ontem, sério mesmo.
— Certo, era só isso? — fiz pouco caso não ligando muito.
— Trouxe pra tu — Me entregou uma bolsa e abri tirando um coração de chocolate.
O meu preferido.
Vejo que ele quer me agradar e me domar com chocolate.
— Valeu pelos chocolates, gosto muito.
— Vai nem me chamar pra entrar?
— Entra Breno — falei quase revirando os olhos.
Me assusto com ele me agarrando por trás, pude sentir seu m****o batendo na minha bund@ no vestido de tecido fino.
Me virei beijando ele e me agarrando em seus braços fortes.
Deixo cair a bolsa com os chocolates no chão.
— Tava morrendo de saudades de você minha boneca — Me pegou no colo me levando pra cama.
Sento algo estranho, lembro de Farinha.
— Para Breno — peço.
— DE NOVO COM ESSA PORR@ EMILY? — gritou quase avançando pra cima de mim — Me atiça e na hora “H” tu pede pra parar? Put@ que par1u.
— Calma, não sei o que tá acontecendo — falo confusa — Não precisa gritar comigo.
Ele suspirou pesado passando as mãos no cabelo.
— Vamos pra sala, assistir um filme... Comer pipoca e chocolate — falo me aproximando dele e fazendo carinho em sua barba.
Ele assentiu com a cabeça me dando um selinho ainda com a cara emburrada.
Que Deus tire de mim essa falta de tes@o por esse homem, amém.