Seis

1018 Words
Letícia Levantei rapidamente ao perceber o que tinha acabado de acontecer. Eu paguei um b*****e para um marginal e gostei. O que eu tenho na cabeça, minha nossa senhora? m***a, só pode! Sou uma vergonha para a minha família. Se a minha mãe descobrir que fiz isso, ela me espanca até a morte. — Ei! - Cobra levanta da cama e segura meu rosto com as duas mãos. — Tá tudo bem? - ele pergunta aparentemente preocupado e mais uma vez, me surpreende. — Sim. - tento desviar o meu olhar, mas ele segura firmemente minha face e me encara. — Você tem certeza que nunca fez isso? Foi o melhor b*****e que já recebi na minha vida, Letícia. Sorri sem graça. Como a gente agradece um elogio desses? — Não esquece que você não pode se apaixonar, Alexandre. - digo em tom de brincadeira e ele ri. — Isso nunca vai rolar, relaxa. - o mesmo se afasta e caminha até o banheiro. Me deparo sozinha e excitada, então decido pegar uns lenços úmidos que trouxe e faço minha higiene íntima. Em seguida, visto minha roupa e espero o Cobra voltar para me dizer o que devo fazer. Isso é tão estranho. Nunca imaginei estar em um presídio e muito menos pensei que se algum dia pisasse em uma cadeia seria para fazer um programa. *** Finalmente, o Cobra volta e eu olho para ele com receio sem saber o que esperar. — Já pode dormir. Não vou te forçar a fazer mais nada hoje. - o mesmo me tranquiliza e eu sorrio aliviada. — Existe alguma possibilidade de eu poder sair agora e poder dormir na minha casa? - pergunto esperançosa. — Não. Aqui não é a sua casa que tu pode entrar e sair a hora que quiser. Querendo ou não tu vai ter que dormir comigo. - Cobra me responde sendo grosseiramente rude. — Não precisa me dar patada. Não tá mais aqui quem falou. - deito na cama chateada e ele faz o mesmo, ficando ao meu lado. Durante longos minutos a única coisa que podia ouvir naquele quartinho eram as nossas respirações. — Se tu quiser continuar o acordo, vai ter que t*****r comigo. - Cobra fala depois de algum tempo. — Não agora. Na próxima vez, saca? Não vou poder ficar vivendo só de b*****e durante meses. — Eu entendo. - falo rindo e me viro ficando de lado. Lentamente ele vira seu rosto para me encarar e eu coro. Ele é bonito. Não tanto quanto o Victor, mas ainda assim tem sua beleza. Sua fisionomia é rústica, digamos assim. Seu cabelo é curto, ele usa a barba por fazer e seus braços são cobertos por várias tatuagens. Típico bad boy, porém com passagem pela polícia. — O que tu tá pensando, garota? — Nada não. - desvio o meu olhar, mas ele segura meu rosto pelo queixo. — Qual foi? Tô te tratando bem e tu não quer nem se abrir? — Como se você quisesse saber o que penso, né? Você só quer que eu abra as pernas para seu p*u entrar na minha b****a. - ele fecha a cara imediatamente e eu percebo que falei m***a. — Tu tem muita sorte que tô tentando ser legal contigo e ainda me paga assim? Se eu fosse outro tinha te fodido sem dó e sem piedade. — Desculpa. - volto a ficar de costas no colchão e olhando para o teto. *** O resto da noite foi marcada pelo completo silêncio entre nós dois e eu não consegui sequer fechar os olhos naquele lugar. O medo de ter uma rebelião dentro do presídio e eu ser feita de refém era maior que o meu cansaço. Pela manhã, o Cobra foi frio e m*l educado comigo. Qualquer traço de bondade que vi nele horas atrás sumiu completamente e eu entendi que caras, independentemente de serem bandidos ou não, só são bacanas com mulheres quando estão recebendo um bom s**o. Fora isso, eles são uns escrotos inúteis que deveriam morrer. Estava na frente da penitenciária aguardando o Victor me buscar e o bonito já estava atrasado trinta minutos, o que me deixou ainda mais estressada, porque eu odeio esperar a boa vontade alheia. Até que finalmente vejo seu carro se aproximando e dou graças a Deus. — Ei, gata! Desculpa a demora. - ele fala depois de estacionar e abaixar o vidro. Não o respondo. Apenas entro no carro e coloco o cinto de segurança. Me encontrava cansada, com sono, dor de cabeça e dolorida por ter dormido naquele colchão podre. Não queria conversar com ninguém. — Como foi? - Victor pergunta com o tom de voz preocupado. — Normal. - respondo friamente. — Hum. Você quer tomar café da manhã comigo? A gente pode ir... - antes que ele pudesse terminar eu o interrompo negando com um aceno negativo de cabeça. — Não, obrigada. - suspiro fundo e reprimo a minha vontade de chorar. — O que tu tem? Ontem quando te deixei aqui, tu não tava assim. - ele insiste. — Nada não. - ele me olha com a sobrancelha arqueada. — É sério. — Não enrola, Letícia. O que o Cobra fez contigo? - ele para o carro e me olha com atenção. — Eu juro que não aconteceu nada, Victor. Eu só quero ir para casa, por favor. - choramingo. — Só saio daqui quando você me contar o que aconteceu. - reviro os olhos frustada. — O que aconteceu é o que eu sou uma burra, Victor! Eu menti que era p********a sendo que nunca na minha vida eu tinha transado e fui obrigada a f********o o**l em um marginal dentro de uma cadeia em um quarto imundo! Satisfeito? — Tu tá maluca, garota? Tu era virgem? — Ainda sou, o Cobra não me obrigou a perder a virgindade com ele dessa vez, mas quando eu voltar na próxima vez vou ter que f********o. — Não, não vai, porque eu não vou deixar. Aquelas palavras me pegam de surpresas me deixando em estado de choque. — Tenho que cumprir minha parte no nosso acordo, eu não posso simplesmente desistir, porque não tenho como pagar o dinheiro que você usou para quitar minhas dividas atrasadas. — Tu vai pagar, mas não com a tua virgindade, Letícia. A gente vai dar outro jeito. — Como assim outro jeito? Eu não vou vender drogas, Victor. — Vamos comer e depois te explico.
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