CAPÍTULO 04

1359 Words
CHRISTIAN COOPER — Sabe, Driana ainda não deu nenhum sinal de vida e isso está me preocupando, a mãe dela só recebe cartas da mesma mas sem o endereço original dela.— Tagarela minha mãe. — Acho que já está na hora de Benjamin nos dizer onde ela está, sei que quer ajuda-la, mas Aline, assim como nós está muito preocupada.— diz meu pai. Theodore e eu, estávamos na casa dos nossos pais, só faltando apenas Aline que mora em outro pais com o seu marido e filha. — Chris querido, porque está tão calado? Nem ao menos comeu o que estava em seu prato, aconteceu algo? — indaga dona Angel. — Reuniões em cima de reuniões, só muito trabalho na empresa. — A empresa nunca esteve tão bem, estou orgulhoso de você meu filho. — Ah, que legal, vamos nos orgulhar do Theodore, eba!— murmura sarcasticamente meu irmão, Theo. — Ok, não vamos discutir, quero um jantar em família sem brigas, discussões ou sarcasmos, senão os três vão se ver comigo.— diz minha mãe bem séria. — Desculpe querida.— Meu pai estica sua mão e pousa a mesma em cima na da minha mãe, que sorri para ele. Escuto uma notificação em meu celular, ao puxar do bolso, vejo que se trata de e-mail do tal Damien, Matteo ontem pediu para o mesmo encontrar Geovana. Ah, maldita mulher! Olha o que está me fazendo fazer, estou agindo como um louco perseguidor, droga de brasileira gostosa. Eu nunca fui assim, talvez seja só facinio por ela ser diferente das mulheres que já transei e, quando eu fazer o mesmo com ela, vou esquece-la. Leio rapidamente a mensagem e nela, Damien me pede para encontra-lo em um bar no centro, levanto rapidamente da mesa, pego meu paletó cinza e tiro minha gravata. — Filho, onde é que vai? — Preciso resolver algo importante. — Mas você... — Desculpe mãe, prometo recompensar.— me inclino e beijo sua bochecha. Theo se levanta também. — Vou com você, estou curioso para saber como isso vai acabar. — Meninos, estamos em um jantar familiar.— Angel protesta. — Querida, deixe eles, antes do Theo ir embora, fazemos algo juntos, não é meninos?— meu pai lança uma piscada para nós. — Claro pai, vamos fazer isso, mas agora, precisamos ir mesmo.— Theo faz o mesmo com a minha mãe, lhe dando um beijo na bochecha e antes que ela diga mais alguma coisa, saímos o mais rápido de lá. **** O Lerry's é um bar com mais de cinquenta anos de história, aparência rústica e com um toque de simplicidade incrível, já vim aqui algumas vezes com colegas da faculdade, com os homens da família Cooper e já levei algumas das mulheres que frequentam aqui, para cama, óbvio que ninguém nunca soube pois, sou cuidadoso. Não acho necessário expor a minha vida s****l para as pessoas, algo assim deve ser somente entre duas pessoas, ou mais se caso houver vontade. De longe, vejo um homem de terno escuro em uma mesa no canto do bar, deduzo que ele deve ser o tal Damien, Theo e eu nos aproximamos, ele se levantou e nos cumprimentou. — É um prazer conhece-los, o pai de vocês fala muito de vocês para mim.— ele não sorri, apenas aperta nossas mãos. — Del Frari também falou que é muito bom no que faz.— Damien da um breve aceno, logo em seguida, nos sentamos. — Mano, está a tanto tempo assim sem t*****r?— Ignoro Theo e vou direto ao ponto. — Então, o que descobriu sobre ela? — Bom, algumas das informações que você me passou sobre ela, são falsas. — Como assim?— Theo pergunta extremamente confuso. — O irmão dela, era o braço direito de Eduardo Montez, e ele foi morto pelo mesmo a dois anos.— ele estende uma pasta em cima da mesa e abre, logo vejo a foto de um homem, branco, olhos negros e cabelo cumprido.— Yuri Oliveira, esse era o suposto irmão dela. — Suposto? — Eles não são irmãos de verdade. Ambos se conheceram em um lar adotivo, os dois viviam entrando e saindo de diversas famílias diferentes. Anos se passaram, aos dezoito e ele aos vinte, foram morar na casa em uma das diversas favelas do rio de janeiro, foi lá que ele conheceu Eduardo.— Damien vira a página da pasta.— Geovana Diniz Vidal, o pai é desconhecido e a mãe morreu com câncer quando ela tinha dez anos. — Mas e a família desse Yuri? — O pai morreu quando ele ainda era um bebe e a mãe perdeu a guarda dele por ser uma viciada em droga e bebida.— Ele vira a outra página.— Ela mora em uma casa bem simples no Harlem, e trabalha como secretária de uma medica no centro.— Me entrega a pasta.— Ai está o endereço do trabalho e da casa dela. — Porque o irmão dela foi morto por Eduardo? Conhecendo ele, Eduardo quando quer eliminar alguém, ele manda fazer o trabalho sujo.— indago pensativo. — Pra ele ter feito isso, esse Yuri deve ter feito algo de muito ruim.— Theo completa. — E em que momento ela...perdeu a perna?— Confesso que estou muito curioso em relação a isso. — Não tenho essa informações, só sei que até os dez anos, ela tinha as duas pernas, mas posso tentar descobrir, só preciso de mais alguns dias. Parece que ao vir para outro país, ela conseguiu ocultar algumas coisas do seu passado, mas posso consegui mais alguma coisa. — Ainda tem pontas soltas nessa história, e só ela pode tira-las.— afirmo. — Porque tanto interesse nessa mulher? Já percebemos que ela é encrenca, e queremos ficar, o máximo possível, longe disso.— Sim, Theo tem razão. Isso só trará problemas, e agora sou presidente de uma das maiores empresas de arquitetura do mundo. Sempre fui discreto para com a minha vida pessoal, algo assim poderia acabar com o controle que tenho sobre tudo isso. — É o suficiente.— Porque não sinto firmeza em minhas palavras? — Isso ai mano, agora, já que estamos em um bar, vamos tomar um uisque e um bem forte, Damien, nos acompanha? — Não tenho nada para fazer mais hoje e nem amanhã, então não vejo m*l algum. — E você, Chris? Vou embora logo vamos aproveitar que estou aqui, e por favor, esqueça essa garota encrenca. — Theo, só vamos beber.— murmuro, ele me olha desconfiado, mas não diz nada em relação a isso, se levanta e vai até o balcão do bar para fazer o pedido das bebidas. — Mesmo que não queira, eu vou continuar a procurar mais sobre essa mulher, tem coisas no passado dela, que realmente me deixou curioso, como por exemplo, o motivo pelo qual passou por tantas casas adotivas e nunca parou em uma, assim como esse tal Yuri, o porque ela mentiu para você em muitas coisas. — Talvez ela só queira realmente seguir em frente, como ela me disse. — Ou ela esconde algo ainda maior.— O encaro confuso. — Como assim? — Se o alvo do Eduardo era o irmão dela, porque tiveram o trabalho de vir até outro país atrás dela? Não faz sentido, talvez sim , ela tenha vindo pra cá, para poder mudar de vida, mas porque vieram atrás dela se Yuri já está morto?— diz pensativo. — O que acha que pode ser?— Será que ela não é tão inocente assim como pensei? — Não sei, mas algo de bom, não é, por isso quero ir a fundo disso, descobrir mas sobre ela, faz algum tempo que não pego casos desse tipo, e com o trabalho na empresa Del Frari, meu tempo ficou um pouco escasso, mas eu precisava disso, de um desafio. — Ok, mas por favor, que isso não venha a publico e que não me prejudique, me mantenha informado, ninguém precisa saber disso.— digo me referindo a Theo, que está dando em cima de uma ruiva que, estava sentada próximo ao balcão. — Olha, não posso prometer, porque não sei a proporção disto, talvez seja só coisa da nossa cabeça, ou não. Mas vou fazer o possível para o seu nome não ser associado a isso. — Obrigado. Eu estou muito ferrado se isso vir a publico, mas a curiosidade e o fascínio que essa mulher me despertou é muito grande, e como Damien disse, isso é um desafio, e eu adoro desafios.
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