CHRISTIAN COOPER
Termino de assinar a autorização para a nova cede da empresa no Brasil, quando de repente, meu pai entra feito um furacão na minha sala e joga um jornal em cima da mesa, me assusto com essa atitude dele, nunca foi assim, alguma merda deve ter acontecido para ele ficar assim.
— Pai, está tudo bem? — Me levanto.
— Leia. — Aponta para o jornal.
Pego o mesmo, e assim que percebo do que se trata, fico extremamente surpreso.
— Pai....eu
— Sente muito?! Chris, o que sua mãe e eu tanto pedidos a vocês?
— Para não se meter em merdas.
— E o que é isso ai no jornal?
— Alex...pai...eu juro que não foi minha intenção.
— Eu sei que não foi, mas fez. Agora me pergunto, como sairmos dessa? Isso agora está envolvendo a família toda.
Releio o jornal novamente ainda surpreso.
" Filhos de Eduardo Montez, um dos maiores traficantes do Brasil, são encontrados mortos dentro de um carro, ambos levaram tiros na cabeça, ainda não se sabe nada sobre quem poderia ter feito isso, mas testemunhas afirmaram, que na mesma noite, os irmãos tiveram uma briga feia em uma boate, com o empresário, CEO das famosas Architecture Cooper's, Christian Cooper, filho de Alex e Angel Cooper. Os Coopers são conhecidos no mundo pelas suas façanhas no meio arquitetônico e também, por serem parentes da esposa do rei da Genovia, Benjamin Eduardo Nikolai Dostoiévski Petrov III. Não sabemos se isso pode trazer problemas para o nosso empresário, mas obviamente, a polícia vai investigar isso, mas a pergunta que não quer calar. Porque alguém como Christian Ferreira Cooper, estaria envolvido em uma briga com filhos de um dos maiores bandidos do Brasil? "
— Eu vou resolver isso.— Meu pai ri.
— Christian, agora todos nós temos que resolver, isso...
— É meu assunto, sou adulto e eu tenho que assumir essas responsabilidades, não vou deixar que se meta em algo que não é da sua conta.— falo alto e com bastante atitude, algo que surpreende meu pai, nunca falei assim com ninguém da minha família.
— Você não sabe em que está se metendo, Eduardo Montez vai se envolver nessa história. Isso vai ser um problema para toda a família, já liguei para Benjamin, o mesmo vai aumentar a segurança em todo o pais, principalmente as de Ravena e Aline. O mesmo vou fazer com todo o resto dos Coopers.
— Tudo bem.
— Filho...isso tem a ver com mulher, não é?— Não digo nada, e isso responde a pergunta do meu pai.—Hoje a noite vai ter uma reunião, de toda família, Aline e Benjamin participaram por chamada de vídeo já que ambos não podem se ausentar do país, fora que lá, no momento, é o local mais seguro para eles e minha neta.— Balanço a cabeça concordando.
— Eles iriam abusar dela, e eu não fazia ideia de quem eles eram, até um certo tempo.
— Como assim?
— Entrei em contrato com Del Frari, ele me indicou o mesmo homem que o ajudou a descobri sobre sua esposa, ele descobriu esses detalhes para mim sobre a moça. Com isso descobri uma certa ligação de Geovana, com os mesmos. — Meu pai ri.
— Chris... o que tem na cabeça? Você sempre foi tão responsável, porque ao saber disso, não se afastou da moça?
— Eu já estava envolvido já nisso quando descobri, fora que Geovana não tem nada a ver com isso, ela simplesmente foi envolvida nessa merda toda por causa do irmão, que está morto, ele era braço direito se Eduardo.— Alex esfrega o rosto com as mãos aparentemente frustrado.
— Hoje, na reunião familiar, quero que leve o que descobriu sobre essa menina e se possível, a leve também, creio eu, que ela não faz ideia do que houve e ela com certeza, vai sofre retaliações.
— Isso vai ser difícil, ela é orgulhosa demais e extremamente teimosa, depois do que houve na boate, a levei para minha casa, ela fugiu de la.— Ele leva uma de suas mãos a meu ombro e diz extremamente frio e e duro.
— De o seu jeito, seguranças vão lhe acompanhar.— Sem me deixar dizer mais nada, Alex se vira e sai da minha sala, me deixando completamente atado.
Caralho Christian, no que você foi se meter!
GEOVANA VIDAL
Leio novamente a notícia no jornal e sinto um pavor tomar conta de mim. Eduardo, com certeza deve já ter visto isso, obviamente vai vir para os Estados Unidos, ele vai me achar e me matar e o pior de tudo, uma pessoa que não tinha nada a ver foi envolvida. Eu havia acabado de chegar do do consultório e vi esse jornal da minha porta.
Christian parecia um cara que entendia de luta e armas, mas não ganharia nada matando eles e na mesma noite, eu estava com ele, a hora da morte deles, não bate, Christian Cooper estava comigo até meia noite, e essa foi a hora exata do crime.
Não posso deixar um inocente ser acusado se algo tão grave, embora ele seja um intrometido, não deixaria se f***r por causa de mim, ele não tem culpa da droga de vida que tive. A não ser meu pai, que sumiu pelo mundo quando minha mãe ficou doente, maldito homem!
Saio dos meus devaneios com o barulho da campainha, caminho pelo meu minúsculo apartamento de três cômodos e um banheiro pequeno. Olho no olho mágico da porta e fico branca ao ver de quem se trata. Eu havia acabado de fala dele.
Será que ele veio me mata?! Afinal é por minha culpa que ele está envolvido nisto.
— O que você quer?!— pergunto sem abrir a porta.
— Pra você não abrir a porta, creio que já viu a notícia no jornal desta manhã. Eu não vi fazer nada com você, muito pelo contrário, quero lhe ajudar.— Fico extremamente confusa.
— Por minha culpa, sua carreira pode está sendo comprometida, porque quer me ajudar?
— Por mais que eu prove minha inocência, Eduardo vai vir atrás de mim, e com certeza, de você também. Sei que é sozinha, e infelizmente seu irmão foi morto por ele.— Arregalo os olhos.
Como ele sabe disso?!
Abro a porta rapidamente, e caminho para o meio da minha sala de costas para a porta, ao me virar, o vejo me encarar, acompanhado de dois homens, que parecem ser seguranças, atrás dele. Ele me encara com seus olhos extremamente cinzas com pitadas de um tom castanho incrível.
O que é? Eu gosto se reparar nas pessoas, e Christian pode ser um intrometido, mas é muito bonito.
— Como sabe disso?— questiono sem rodeios.
— Venha comigo, minha família vai fazer uma reunião na casa dos Coopers, meu pai pediu para levá-la.— O encaro surpresa
— Eu? Porque tenho que ir?
— Não questione, é o mínimo que me deve, ao me envolver nisto.
— Eu não pedi sua ajuda!
— Queria ser estuprada por eles, e provavelmente morta? Acho que não. — Abro a boca e fecho sem ter argumento algum de antes disto.
Eu não queria ser abusada, não novamente.
— Vou pegar minha bolsa.
****
Fico boquiaberta adentrar pelos portões da mansão Coopers, só a tinha visto em jornais e revistas, e agora estou prestes a entrar nela. A mansão é bela e enorme, com um chafariz grande no meio, caminhos ladeados com pequenas pedras, um jardim grande no canto direito, árvores ao logo da propriedade. Vejo também vários carros estacionados em frente à mansão o que me faz ficar tensa. A família toda deve está aí, obviamente vão me olhar com reprovação.
Eles não seriam os únicos.
Tento me soltar das cordas mas é quase impossível, uma dor terrível atinge meu corpo, o sinto arde devido aos machucados. A porta é aberta novamente e sinto lágrimas escorrem pelo meu rosto.
— Olá meu amor, como você está? Vim cuidar dos seus machucados.— Ele coloca um kit de primeiros socorros em cima do criado mudo, e se senta próximo a mim.
— Me solta...por favor.— Ele leva uma de suas mãos até meu rosto e acaricia, não tenho nem mais forças para virar o rosto.
— Você tentou fugir, novamente, sabe que odeio quando tenta isso, te trato aqui como uma rainha.
— Porque faz isso comigo? O que eu fiz pra você?!— Choro.
— Nao chore pequena...— Ele fica quieto por alguns estantes de encarando.— Eu só queria que fosse minha mulher, se tivesse me escolhido...— Sua mais desce em direção a parte de baixo do meu vestido branco que está todo marcado com sangue, principalmente na parte de baixo.— Se prometer pra mim que não vai tentar fugir novamente, não vou ser mais bruto com você, ou te bater, e também, solto ele....Mas só se você se comprometer a ser só minha e se torna minha esposa, no papel e pro resto de nossas vidas.
Sem mais forças para suportar isso por mais um mês, sacudo a cabeça em concordância com o que ele propôs, ele abre um sorriso frio e diz.
— Boa menina, prometo que tera o melhor tratamento, será minha rainha, somente minha, Geovana.