Preciosa Atração

capitulo 9

P r e c i o s a A t r a ç ã o

Sakura Haruno

Lavei o rosto com água gelada da pia do banheiro, bufando pela minha expressão horroroza. Uma garora saiu da cabine fazendo uma careta ao me olhar de relance, não a culpo, acabei de colocar as tripas para fora e ela escutou tudo.

— Ressaca? — perguntou retocando o batom rosa.

— Não me lembro o quanto bebi. — suspirei limpando o rosto com papel toalha.

— Aqui. — ela me entregou um chiclete de menta e saiu.

Pareço tão acabada assim? Joguei o chiclete na boca desanimada amarrando os cabelos em um r**o de cavalo.

— Parabéns Sakura, você é ótima em fazer merdas. — sorri para o espelho e me surprendi por ele não ter quebrado.

Sai do banheiro com raiva porque odiava ressaca e ainda por cima havia perdido meu celular. Rin apenas me disse que Sasuke havia me levado para o quarto, e eu não me lembrava de quase nada, apenas da ligação de Ino e depois algumas cenas de me esfregar em Sasuke i**************a. Não me surpreenderia se tivéssemos transado, mas me socaria por ter esquecido.

O refeitório estava cheio e Rin me esperava na mesa de sempre. Eu não estava com fome, então coloquei apenas algumas frutas na bandeja e peguei um suco de maracujá.

— Você está horrível. — Rin comentou mordendo uma batata frita.

— Eu sei. — abri meu suco dando um gole.

— A festa foi boa?

— Talvez.

— Sakura.

Olhei para cima e encontrei Sasori segurando sua bandeja com um sorriso tímido. Eu não estava afim de risos hoje mas o convidei para se sentar conosco porque ele era um cara bom.

— Soube que estava na festa ontem.

— Você estava lá?

— Não curto festas, prefiro estudar. — ele deu de ombros mordendo seu sanduíche natural.

— Entendo.

Não posso dizer que me arrependi de ter ido aquela festa pois eu pude ser eu mesma por algumas horas. Mas isso não se repetirá mais.

Sasori começou um assunto sobre a aula passada e eu o ouvia, comentando algumas coisas. Rin nos olhava em silêncio com um sorrisinho no rosto que eu ignorei.

— Preciosa. — um Sasuke com um sorrisinho irritante apareceu a minha frente.

Ele estava charmoso como sempre atraindo os olhares de todas as garotas daquele lugar, tinha um sorriso divertido e eu me perguntei se havia alguma coisa na minha cara que o fazia não parar de me encarar.

Eu conhecia aquele sorriso de conquistador barato, ele havia conseguido o que queria ontem, não sei quantas vezes o beijei mais foram muitas e agora ele jogaria na minha cara sua conquista.

— O que você quer? — perguntei desinteressada voltando minha atenção a Sasori.

— Quero falar com você. — Sasuke enfiou as mãos no bolso.

— Não tenho nada pra falar com você. — fui grossa não querendo ouvir sua vitória barata. — Então Sasori o que estava me dizendo?

— Por que vai me ignorar? — o Uchiha tagarelou descontente.

Eu não entrar em seu joguinho o deixava infeliz.

— Sakura? — Sasori olhou de mim para Sasuke sem saber o que dizer.

— Sim? — sorri para o ruivo ignorando o ser humano a minha frente mas parece que ele não gostou.

Sasuke bateu as mãos na mesa atraindo a atenção de todo mundo e agora ele estava sério. Olhou de mim para Sasori com asco antes de rir irritado. Rin se encolheu na cadeira virando o rosto para disfarçar já que todos do refeitório estavam nos encarando agora.

— Não tem nada pra falar comigo? Interessante.— respirei fundo vendo que aquele babaca iria falar merda. — Ontem não pareceu isso quando você estava rebolando a b***a no meu p*u.

O olhei esbabacada, ignorando os cochichos das pessoas a nossa volta. Sasori me olhou constrangido e Rin murmurou um babaca. Sasuke era um grande i****a, eu poderia socar a sua boca agora e ele nunca mais abriria para falar merda.

— Não fale assim com ela. — Sasori me defendeu.

— Você é o defensor das megeras agora? — Sasuke continuou a latir.

— Eu a defendo de caras como você.

— Caras como eu? Vá a merda seu babaca.

— Dá o fora daqui Uchiha. — rosnei o vendo me olhar com raiva e nos dar as costas indo se sentar com seus amigos idiotas.

E só para provocar o i*****l puxou uma garota loira para se sentar em seu colo e estava quase a fodendo em público. Apertava as pernas expostas da garota pelo short curto sem pudor, e ela rebolava em seu colo.

— Você ainda quer andar com ele? — Rin arqueou uma sobrancelha olhando para a cena com nojo.

Essa era uma forma dela me dizer que tinha avisado que Uchiha nenhum prestava.

O amigos do Uchiha urraram jogando pedaços de comida no "casal" os mandando ir para uma cama. Faltava pouco para a garota tirar a roupa e abrir as pernas para ele ali mesmo.

Não me surprendi com nenhuma de suas ceninhas porque é isso que caras como eles fazem. Tudo que Sasuke tinha era orgulho ferido, eu não dava um dia para ele vir atrás de mim se desculpando por ser um babaca e viria com o papo de amigos de novo.

Mas eu não dava a mínima para um homem crescido mimado e cheio de orgulho. Sasuke era tudo que eu evitava porque na verdade ele era uma versão minha que eu queria esquecer. Uma parte de mim era igual a ele afinal.

— Não me importo com ele. — dei de ombros mordendo uma maçã.

Sasori voltou a falar sobre os professores e Rin fingiu que nada disso tinha acontecido.

(...)

Abri um pacote de pipoca dando play no filme de terror que tinha escolhido para assistir. Era fim de tarde, Rin havia saído e o quarto era só meu. Mas não tive muito tempo de paz pois um miserável que não tem o que fazer resolveu bater na minha porta, tentei me fazer de sonsa e fingir que não tinha ninguém mas a pessoa era insistente e eu já tinha uma noção de quem seria.

Abri a porta encontrando Sasuke com sua cara de p*u de cachorro arrependido e revirei os olhos batendo a porta, mas o filho da p**a segurou.

— Eu só vim entregar seu celular.

Voltei a abrir a porta encontrando meu celular perdido em suas mãos. Suspirei aliviada pegando meu aparelho telefonico vendo o problema a minha frente enfiar as mãos no bolso.

— Eu ia entregar hoje mais cedo, só que você não quis me ouvir. — sua voz era calma e eu desejei dar um tapa em sua cara.

Já saquei qual era a desse cara. Sasuke era igual um menino birrento que quando não ganhava o doce dava birra e fazia cena em público. No fim das contas era um grande m*l criado.

— Claro, quando você anunciou para a faculdade inteira que eu estava me esfregando no seu p*u. Me recordo sim.

— Sinto muito, não queria te expor daquela forma. — desviou o olhar envergonhado.

— Claro que não queria. — sorri irônica cruzando os braços.

— Eu sou um filho da p**a as vezes.

— As vezes?

— O que você está fazendo? — ele curiou para dentro do meu quarto.

— Não estou me esfregando no p*u de alguém se é isso que quer saber.

— Pode esquecer isso? — Sasuke fez uma careta.

— A faculdade inteira pode esquecer?

— Posso faze-los esquecer se é isso que quer.

Dei de ombros e ficamos nos encarando em silêncio, algo esquisito mas confortante, até Sasuke abrir a boca é claro. Ele tinha o dom de estragar as coisas quando falava demais, por isso era mais bonito calado.

— Você está saindo com Sasori?

— Vá se f***r. — bati a porta em sua cara sorrindo satisfeita para meu celular.

Mas meu sorriso morreu quando pensei na possibilidade dele ter visto alguma coisa.

— O que você viu? — abri a porta de supetao encontrando o Uchiha ainda parado a minha frente.

Ele deu de ombros apontando para o quarto atrás de mim.

— Posso entrar?

— O que você viu Sasuke? — rosnei e ele notou que eu estava falando sério.

— Algo sobre sua irmã ser uma c****a que rouba seus namorados.

Me encostei na porta o encarando desanimada demais para gritar e xinga-lo. Sasuke era um maldito intrometido que eu já não sabia mais o que fazer com ele.

— Não tenho namorados, era só um cara que eu achei que gostava. — esfreguei minha testa começando a ter dores de cabeça.

— Posso entrar? — ele perguntou de novo.

Me pergunto até onde vai a cara de p*u desse cara.

— O que você quer Sasuke? Já conseguiu o que queria.

— O que eu consegui exatamente? — ele me olhou com expectativa.

— Ficar comigo. — retruquei arrancando-lhe um sorriso.

— Eu só quero ser seu amigo.

Não disse que ele viria com esse papo de novo?

— Meu amigo o c*****o, vai enganar sua mãe seu babaca.

— Minha mãe está morta.

— Oh. — abri a boca sem fala.

Ta legal agora eu me senti uma c****a mau educada.

— Ela não iria gostar de você. — jogou na minha cara.

Com certeza ela não gostaria.

— Acho melhor você ir embora. — murmurei menos arrogante tentando esquecer o assunto da mãe morta.

— Vai ser gentil comigo agora porque eu não tenho mãe? — Sasuke revirou os olhos.

— Pare de falar da sua mãe caramba. — resmunguei desconfortável.

— Relaxa eu já superei. Por que não me conta sobre sua irmã fura olho?

— Você não entende. — retruquei o vendo rir e cruzar os braços.

— Tá brincando? Eu tenho um irmão e dois primos que cresceram com a gente. Sabe quantas garotas que eu estava afim que Shisui roubou de mim? 39 começando a contar no fundamental.

— Achei que você fosse o garanhão.

— Até os meus 15 anos eu não pegava nem resfriado. Eu era horrorozo. — sussurrou me contando um segredo.

— Mentiroso. — revirei os olhos rindo.

Não tinha chances desse cara ter sido feio um dia. O filho da mãe só precisava estralar os dedos para as garotinhas fazerem fila aos seus pés. Hororozo de merda.

— Tenho fotos, mas não gosto de me lembrar daquela época traumática.

— Parece que ninguém escapa da crise de feiura na adolescência.

— Você com certeza se deu bem.

— Eu era esquisita, os garotos tinham medo de mim. — sorri me lembrando da minha adolescência traumática — Ino era a princesa, a mais bonita e todos gostavam dela, foi rainha do baile e ficou com os melhores garotos.

— Princesas são tão sem graça.

— Não para a maioria das pessoas.

— Por que não liga pra princesa e diz que nós vamos para o aniversário da vovó?

— Nós não vamos não. — balancei a cabeça rindo daquela ideia i****a.

Esse cara só pode ser louco.

— Estou ansioso pra conhecer Konoha. Nos vemos por ai preciosa. — Sasuke piscou o olho e me deu as costas como se fosse meu amiguinho.

— Você parece um carrapato. — grunhi ouvindo sua risada no fim do corredor.

Será que é impossível me livrar desse maluco mimado? Não sei se isso é bom ou r**m. De alguma forma absurda ele consegue me divertir.