Perdição - um encontro destinado.

Capítulo 4

Selena

A batida da música me inebriava, eu estava totalmente absorta que nem percebi o que se passava ao meu redor, meu corpo se movia de acordo com a música e disso posso me orgulhar, sempre soube me mexer bem. Eu estava quente, a pista estava lotada, escura apesar das luzes que piscavam e nos deixava cada vez mais imersos ali naquele momento.

De repente eu senti uma formicação na minha pele e no mesmo momento soube o motivo, aqueles olhos verdes me fitavam de uma forma tão intensa que eu podia sentir o peso do clima entre nós apesar de não estarmos tão próximos. Vendo suas expressões eu poderia dizer que ele estava sem reação, mas isso durou menos que uma fração de segundo pois ele já caminhava na minha direção e uma sensação conhecida por mim me tomou por inteira, e eu sabia que quando ela vinha dificilmente eu resistia à ela.

Ele chegou, deu um sorriso muito sexy e começou a dançar comigo. Nesse instante tudo ao nosso redor pareceu lento até desaparecer e restou somente nós dois e meu coração que batia tão forte e no ritmo do beat que eu poderia dizer que pularia boca a fora.

Ele passou suas mãos pela minha cintura fina e me tocou na parte nu.a do meu corpo atrás e eu instintivamente me arrepiei. Ele me puxou mais próximo até que eu pudesse sentir o hálito de sua boca em meu rosto e que delícia! Um cheiro de menta misturado com alguma bebida forte, eu chuto whisky e eu queria muito provar dessa mistura, eu queria tanto que se ele tentasse algo ali mesmo, eu não responderia por mim e naquele momento eu soube que eu era dele.

Pedro

Depois desse baque eu me recuperei o quanto antes. Algo brutal dentro de mim me impulsionou e eu já estava caminhando em direção à ela enquanto eu sorria, não um sorriso de simpatia, mas de desejo, eu já salivava por ela, eu a queria por completo custe o que me custasse eu a desejava mais que tudo.

A medida que me aproximava mais ela dançava e eu até diria que se insinuava pra mim, sua pele morena clara brilhava de suor pois ela estava intimamente ligada à batida do som que não parava para nada. Me aproximei, dancei um pouco e logo já passei meus braços sobre sua cintura, eu queria que todos entendessem que a partir daquele momento éramos só nós dois e não queria que ninguém se aproximasse.

A tempos eu escondia esse meu lado possessivo, mas ela o fez vir a tona tão facilmente que eu surtaria na hora se visse alguém a tocando.

No momento em que minhas mãos tocaram sua pele eu senti uma onda de choque e de prazer e acredito que ela também, pois sua pele reagiu e eu sem muita demora a puxei para mim. Nós ficamos muito próximos um do outro e eu pude sentir seu cheiro e soube que nunca mais me esqueceria dele, era um aroma doce porém suave que me deixava louco, não sabia se resistiria por muito tempo. E não resisti.

Me aproximei ainda mantendo o contato visual e selei nossos lábios, no início foi tranquilo, mas eu de rápido pedi passagem com necessidade de me aprofundar nela e sem me surpreender ela me concedeu. Nosso beijo foi muito selvagem, até parecia que não nos víamos a muito tempo e a saudade nos consumia. Eu explorava sua boca com prazer, vez ou outra mordiscava seu lábio inferior e ca.ra.lho, que boca deliciosa, não me repreendi de pensar como seria seu gosto quando ela se derramasse pra mim. Eu ansiava beijar todo o seu corpo, sem deixar nenhuma parte para trás.

Selena

Enquanto ele explorava minha boca, eu me inclinava instintivamente pra ele, enlacei meus dedos no seu cabelo e o puxei ainda mais pra mim, meus s***s tocaram seu tórax e fiquei exci.tada só de sentir a rigidez do seu corpo e isso não era nada, porque com sua mão direita ele enfiou em meus cabelos e os puxou e com a outra ele me pressionou forte contra seu corpo, pude sentir o tamanho de sua ere.ção e eu queimava pra ter ele por completo dentro de mim.

"Se acalme, não se esqueça que o se.xo sempre te faz prisioneira deles e nem sempre isso pode ser bom", meu subconsciente alertou e no mesmo momento lembranças do que eu passei por ter sido ensinada a ser dominada na cama me causaram e sem perceber, eu me afastei dele e o encarava enquanto nós dois ofegávamos de tão intenso que tinha sido nosso beijo.

Ele era lindo, pele clara, alto, muito alto, cabelos escuros - poderia dizer pretos mas não tinha certeza por estar muito escuro - e os olhos, ah, aqueles olhos verdes que agora estavam mais escuros e enevoados de desejo percorriam meu corpo sem nem ao menos se dar o trabalho de disfarçar. Ele seria minha perdição, precisava tomar cuidado.

Alguns momentos depois que nos separamos, eu voltei minha atenção ao meu redor procurando a Amanda e eu a vi ali, parada, embasbacada olhando pra mim, mas isso durou pouco, porque bem rápido ela começou a sorrir maliciosamente e veio me abraçar e sussurrando ao pé do meu ouvido disse "boa garota, pegou o mais gostoso deles e o deixou caidinho" e se desvencilhou de mim.

Quando olhei pra ele três homens muito bonitos, não tão quanto ele, pularam e o abraçaram por trás, até parecia que estavam o felicitando por algo e aquilo confesso que me irritou.

Pedro

Eu estava tão imerso naquele momento que estranhei quanto senti uma rigidez do corpo dela e em seguida ela me afastou. Nos entreolhamos e ela sentiu meu desejo, pois estava tão palpável que somente um idio.ta pra não perceber. Eu queria me perder nela.

De repente uma mulher mais baixa a abraçou e sussurrou algo, eu nem havia notado sua presença ainda e então a reconheci como a mulher que o Léo quase engoliu com os olhos.

E falando no d***o, ele, Lucas e Marcos pularam em meus ombros rindo alto e me dando os parabéns. Eu bufei.

- Ca.ra.lho Pedro, a noite nem começou e você já pegou a mais gata - Lucas disse e continuou - eu já estava de olho nela desde que chegamos, mas você foi mais rápido né... - nesse momento eu o fuzilei com o olhar e ele percebeu porque se recolheu e riu sem graça, Marcos não percebendo a situação riu. Eu não suportaria ver outro tocando nela, ela era minha.

- Pra mim tá tudo perfeito, pelo jeito ela é amiga daquela gatinha de mais cedo. - disse Léo já engolindo de novo a mulher mais baixa que agora estava conversando alegremente com a... mer.da, eu nem sei o nome dela ainda.

- Qual seu nome? - eu disse sem rodeios enquanto eu a encarava ainda ardendo por ela.

- Selena, e o seu? - ela me disse devolvendo na mesma intensidade.

- Pedro - eu disse enquanto pegava sua mão e beijava seu dorso - e vai ser um prazer te conhecer - sussurrei enquanto dei um leve beijo no lóbulo de sua orelha e a vi arrepiar.