Capítulo 5

1056 Words
Selena No momento em que ele beijou minha orelha eu me arrepiei e desejei mais que tudo estar sozinha com ele em um quarto. Mas fomos tirados desse transe rapidinho. - Então garotas, aqui está meio cheio... - disse o amigo loiro todo sugestivo e sorrindo maliciosamente pra Amanda - que tal irmos pra minha casa pra um after mais... como eu poderia dizer... intimista? - novamente ele sorriu pra ela, ele era bem bonito, tinha os olhos azuis, típico padrão. - Eu acho uma ótima ideia, eu e minha prima já aproveitamos muito aqui e uma coisa mais reservada talvez seja uma boa ideia. - Amanda disse sem relutância e correspondendo aos encantos do dele. - Mas... mas... eu não sei se é uma boa ideia, já está ficando tarde... - eu disse reparando que eram 4 homens e apenas nós duas, e acredito que eles perceberam porque eu alternei o olhar entre eu e Amanda e entre eles e o outro moreno respondeu. - Relaxa gata, tem outras pessoas junto, não serão apenas vocês duas e nós não mordemos... se vocês não pedirem. - ele disse e mordeu o lábio inferior enquanto me analisava de baixo pra cima. Tive um calafrio nesse momento. - Você deveria tomar cuidado com a forma de se apresenta Marcos, sou seu amigo, mas não tenho muita paciência pra gracinhas e você já deve ter percebido que ela é minha - só então reparei que Pedro estava parado esse tempo todo me olhando e só prestou atenção na conversa quando Marcos - agora sei seu nome - veio de gracinha pra cima de mim. Ele disse que eu era dele, isso quer dizer algo? E porque eu gostei disso? Soa tão machista, possessivo... "Não se anime e não se iluda" uma vozinha lá no fundo me alertou. - Calma rapazes, está tudo bem, minha prima só precisa respirar um pouco - olhou de relance pra mim e pro Pedro - e em seguida estaremos prontas pra ir. Ah, e por acaso meu nome é Amanda. - ela disse sorrindo e tocando o braço do loiro enquanto passávamos por eles e íamos em direção a area aberta da boate. - E o meu é Léo - ele disse em resposta e piscou pra ela. Saímos então de lá e isso foi reconfortante porque eu já não sabia o que fazer mais. - GATA GATA GATA GATA GATA GATA... - ela repetiu isso várias vezes enquanto pegava seu cigarro, eu particularmente odeio. - Desaprendeu a falar hein? - disse carregada de ironia. - Talvez, eu tô de cara com aqueles homens, um mais lindo e quente que o outro. Confesso que o loiro me chamou mais atenção e claro, quero "dar" mais atenção à ele também. - ela deu uma ênfase maior a palavra dar, nem precisava, já sabia que isso era bem nítido. - E convenhamos né, que beijo foi aquele? Por um momento achei que iria ter que procurar um quarto pra vocês, a química ali bateu muito forte Selena, você precisa aproveitar, não sai nunca, não tem mais vida, relaxa hoje e curte no after do gostosão. - ela completou e eu apenas assenti com os ombros e fiquei em silêncio enquanto bebia um drink de gim. Poucos minutos se passaram e os quatro apareceram acompanhados de algumas pessoas, e eu apenas foquei nele, quase perdi o fôlego quando o consegui enxergar melhor na luz, sim, seus cabelos eram castanho escuro, ele estava parado do lado da turma com uma mão no bolso e a outra tomando uma dose do que eu suponho que seja whisky, e isso explica aquele sabor forte que senti enquanto nos beijávamos. Léo se aproximou de Amanda, disse algo em seu ouvido e ela riu, com toda certeza não vou querer saber, porque pela leitura corporal, era algo bem íntimo. Ainda sentia o peso do olhar de Pedro em mim, tentei disfarçar. - Então é isso lindinha - ele disse se referindo à ela, achei fofo - vocês vão comigo e com o Marcos, o restante do pessoal já conhecem o caminho e vão indo pra lá. - Selena irá comigo - saltei de susto quando Pedro disse isso atrás de mim. Quando foi que ele chegou? - É fora de cogitação ela ficar sozinha atrás com o Marcos, está decidido, ela vai comigo. - ele continuou e pegou minha mão já me puxando em direção à saída, não deu espaço pra ninguém dizer mais nada e nem pra que eu tivesse reação, apesar de achar aquela atitude bem impulsiva, dro.ga, ele nem me perguntou se eu queria ir com ele... "Nem precisava perguntar, está tão óbvio...". Sério, preciso procurar terapia, não é normal eu mesma me repreender assim... - Meu carro é esse - ele foi falando enquanto destrancava a porsche e ia abrindo a porta para eu entrar. E então eu fiz o improvável, parei, me virei e o encarei. - Você deveria ter me perguntado se tudo bem eu ir com você. Não me querer perto de seu amigo me faz supor que você pense que sou bem fácil, a ponto de beijar todos da roda. - Confesso que não sei como criei coragem pra questionar ele, sua feição estava indiferente, sua confiança não se abalou em nada. - Não é que não confie em você, apesar de te conhecer a pouco menos de 1h, mas não confio nele e não suporto ver ninguém com as mãos em cima do que é meu... - ele desferiu essa resposta e sorriu vencedor. - Não sou sua. - disse enquanto tentava manter minha postura e minha dignidade, porque embaixo eu já estava mais que pronta pra ser dele, em todos os sentidos. - Ainda não... - ele disse maroto e se aproximando de mim com aquele sorriso que me desmontou. Então tive um reflexo rápido e entrei no carro, em consequencia ele ficou me olhando, meio sem entender minha recua. - Vamos? - eu disse com um sorriso de canto de quem conseguiu desarmá-lo. Ele não disse nada, entrou do lado do motorista, ligou o motor, olhou pra mim, sorriu e eu não me contive, sorri em resposta e depois de acelerar - que delícia ouvir aquele motor e ver o homem que iria dirigir, isso me deixou excitada - e saímos.
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