09°

1080 Words
Três meses depois: Três meses se passaram desde o dia que o Lobão ficou de minha babá aqui em casa, nesse período acabou que ele ficou de minha babá mais vezes e acabamos criando uma amizade, uma boa amizade, quem diria que ele viraria um bom amigo? As vezes fico até surpresa pelo tanto que esse homem é gente boa, as vezes dá vontade de surrar ele, mas até que ele é gente boa. Lobão: vai pedir o que para a gente comer?- pergunta fuxicando meu celular. Eu: deixa de ser curioso c*****o, eu hein- falo me afastando dele- vou pedir um lanche, vai querer?- pergunto e ele fica na dúvida. Lobão: McDonald's ou BK?- pergunta e eu dou de ombros. Eu: McDonald's Lobão: quero, pede aí que eu te faço o pix- fala e eu confirmo com a cabeça. Eu: pix não, eu quero no dinheiro- falo e ele já tira duzentos da carteira. Lobão: isso paga?- pergunta e eu confirmo com a cabeça. Eu: paga e sobra, me passa tua chave que eu te mando o troco- falo já pronta para fazer o pix. Lobão: precisa não, fica tranquila- fala se ajeitando largado no meu sofá. Eu: vai passar a noite aqui como minha babá?- pergunto e ele confirma com a cabeça. Lobão: ordens do chefão- fala jogando a cabeça para trás e fechando os olhos. [...] Acordo de manhã com barulho lá em baixo, certeza que o senhor Polegar acabou de chegar em casa, respiro fundo e já me levanto da cama em um pulo, arrumo a minha cama e vou correndo para o banheiro, tomo um banho rápido e saio do banheiro com a toalha em volta do meu corpo, passo os meus produtos corporais, visto a primeira calcinha que eu vejo na minha frente, um cropped preto tomara que caia, um short jeans claro desfiadinho e nos meus pés apenas um chinelo com correias de brilho. Passo perfume, desodorante e arrumo o meu cabelo o prendendo em um coque meio desengonçado, arrumo o meu quarto rapidinho, coloco o meu celular no bolso e devolvo a toalha para o banheiro, bem a tempo do Polegar entrar no quarto aparentemente drogado e para lá de bêbado. Ele olha para a minha cara e n**a com a cabeça vindo na minha direção, ele me dá um tapa com as costas da mão, tão forte, mas tão forte, que fez com o que o meu rosto virasse para o lado, os meus olhos se encheram de lágrimas na mesma hora e eu senti um gosto metálico na boca. Polegar: v***a nojenta, traiu quem mais te amava né sua vagabunda? Você não sabe o que amor, não sabe amar, vive pela luxúria- fala e me dá outro tapa, dessa vez do outro lado do rosto- some da minha frente p***a, antes que eu te desça o c****e aqui mesmo- fala quase gritando e eu saio praticamente correndo. Desço vendo a minha casa completamente vazia, vou para a cozinha preparar um café da manhã caprichado para nós três, já que o Lobão sempre vem tomar café da manhã aqui em casa, um caldo para curar a ressaca do projeto de homem lá em cima e já começo a preparar o almoço também, já que eu não sei que horas o Polegar vai acordar. [...] Hugo Cavalcante Observo de longe o Polegar descendo o morro com uma das amantes dele, enquanto isso a Rebeca tá lá presa em casa, sendo feita de escrava, apanhando igual condenada desse projeto de homem, e sonhando com a liberdade. Foi difícil para c*****o me aproximar daquela mulher, ali não dá brecha para qualquer um não, e agora ela não faz mais parte do plano, não do jeito que eu queria, mas agora eu quero tirar ela daqui logo, só que dessa vez não vai ser tão fácil como foi tirar a Priscila daqui, com a Rebeca vai ser bem mais difícil do que foi tirar a Priscila daqui. Polegar: ainda não acabou teu plantão irmão?- pergunta se jogando do meu lado e eu confirmo com a cabeça. Eu: tô aqui só de tocaia, o plantão não acabou, mas o trabalho ja- falo e ele da de ombros. Polegar: tu viu o G3 por aí? Tô precisando de alguém para ficar com a Rebeca- fala e eu dou de ombros. Eu: eu fico com ela pô- falo e ele me olha. Polegar: vou jogar essa responsa em tu não irmão, uma vez ou outra até vai, mas assim tu não vai ter vida carai, faz a maior cota que não te vejo com uma mulher- fala e eu n**o com a cabeça. Eu: besteira, um fortalecendo o outro pô, só que dessa vez vai ter que ser lá em casa, tô cheio de coisas para fazer também- falo e ele fica meio assim. Polegar: certeza que não vai te atrapalhar? Porquê pensando assim, tu é o único que eu confio mesmo- fala e eu confirmo com a cabeça. Eu: fica em paz irmão, fica em paz- falo e ele confirma com a cabeça. [...] Chego na casa da Rebeca e já escuto os gritos do Polegar, já vou entrando e vejo ele no topo da escada surtando, e ela sentada no sofá com a mochila do lado dela, quietinha, com aquela cara que ela faz quando tá segurando a língua para não falar demais. Eu: calmo, calmo gente, cheguei aqui já- falo entrando na minha, a Rebeca assim que me vê já levanta do sofá e vira para mim pegando a mochila. Polegar: oh irmão, desculpa tá jogando esse peso em você de novo- fala e a Rebeca revira os olhos. Eu: fica em paz irmão- falo e já olho para a Rebeca- bora guria, tô cheio de coisa para resolver lá em casa ainda- falo e ela já vem andando na minha direção. Jogo ela no meu carro e seguimos para casa em total silêncio, ela caladona na dela, tentando se acalmar e eu tranquilão na minha, ela vai passar três dias lá em casa comigo, tudo porquê o Polegar vai para Angra com uma das amantes e os filhos, passar o final de semana em uma casa que ele tem lá. Bom para a Rebeca, vai passar três dias inteirinhos longe daquele traste que ela chama de marido, e eu vou ter três dias longe dele para esquematizar tudo bonitinho, se vacilar dou até um pulo lá em Paraisópolis, não é tão longe assim daqui.
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