CACO DE VIDRO

1919 Words
Elise temia a noite. Ela não dormiu ! Passou toda a madrugada acordada, olhando para a porta, abraçada ao seu próprio joelho esperando ele entrar para cravar um vidro de um espelho que ela quebrou pela tarde em seu peito. Preferia a morte ao ser tocada novamente. As grandes mãos ásperas do homem que correram o seu corpo ainda estavam marcadas em sua pele pálida, que somente conservava marcas vermelhas do quanto Dimitri Guerra era bruto. Seu pai certa vez havia lhe falado sobre ele e o quanto desejava uma aliança com o mesmo. Elise não sabia bem oque Dimitri Guerra fazia mais sabia que era um homem importante. Havia poucas coisas no mundo que seu pai queria e o dinheiro não comprava e uma delas sempre foi uma aliança com Dimitri, que por ser um homem de poucos amigos não era conquistado pelo social ou pelo luxo da alta classe de Coastville sempre teve muito dinheiro para comprar, mas nunca para ser comprado. Elise tinha dúvidas de como tal homem conseguiu sua fortuna, mas nunca se envolveu nos negócios de seu pai. Nas noites que o seu pai lhe falava sobre na mesa de jantar, tentava pensar o melhor sobre o senhor Guerra, que ele era apenas um ricaço solitário e orgulhoso, porém naquela noite em que sua mente vagou pelo quarto, implorando a um deus salvação, as palavras da sua professora de ensino domiciliar, uma velha senhora com visão desregular e papas pelo rosto, ecoou em sua cabeça. Animais perigosos não vivem sobre companhia, não porque são solitários, mas porque todas as demais criaturas o temem. E ela era uma delas ! Apenas uma ovelha que temia ao mortal lobo. Sabia que seu fim viria e sabia que seria doloroso. Dimitri sem dúvida não planejava ser piedoso. Estava assustada e com medo ! Se sentia de volta aos seis anos, quando chorou por noites por causa do bicho papão embaixo de sua cama que somente sua mãe espantava, mas agora o bicho papão era real e prendia sua respiração com sua mão como um colar em seu pescoço. ~ ☆ ~ — As buscas continuam intensas ! Hoje é o sexto dia que Elise Blake está desaparecida. Alice com mãos trêmulas segurava o controle em mãos enquanto via o jornal pela manhã tentando se acalmar com xícara de chá. — A polícia preserva a esperança que a menina está viva, já que não foi encontrado seu corpo assim como encontraram o de Mattew Giordano, filho do influente deputado Eliseu Giordano, que foi brutalmente dilacerado. Nessa parte Alice escuta uma risada rouca abafada atrás dela a fazendo se virar e encontrando Dimitri com um copo de Whisky escorado na porta da sala de estar com um sorriso c***l de canto como se estivesse assistindo uma comédia francesa. — Como pode rir ? — Alice se levanta duvidando do humor do primo. Que ela sabia que tinha um bem mórbido. — Não consegue pensar na mãe dele ? Na família ? — Eles ficaram satisfeitos por terem um corpo para enterrar, mesmo que sejas de caixão fechado. — rebate Dimitri frio ignorando Alice, que o segue. — E se eles te encontrarem ? A polícia já está investigando tudo Dimitri. — Alice revelar seus medos. — Não encontraram ! — Dimitri rebate firme como se tivesse o mundo em suas mãos. E ele tinha. — Tenho tudo planejado ! Desde queda dos Blake's a morte de sua inocente filha. — Você irá matá-la ? Irá mesmo matá-la ? — Pergunta Alice com rosto congelado e Dimitri nesse momento pousa seu copo de Whisky na bancada da cozinha e levantar o olhar com um semblante sombrio lhe entregando a resposta. — Dimitri ela é inocente. — Mas a família dela não é o sangue dela pagará por todos. — Sentencia Dimitri, e em seguida pega uma bandeja na mesa com um pouco de comida e se retirar. Estava na hora de alimentar seu bichinho. O cômodo que persevava o quarto de Dimitri ficava no terceiro andar, estava trancando como ele mesmo deixou. Havia decidido se manter em seu escritório na noite anterior, pois sabia que não conseguiria manter a inocência da garota intacta depois que quase a tomou forçadamente. E apesar de ela trazer um quase descontrole dele, ele não seria tão misericordioso como foi na noite anterior, tomaria o seu espaço na cama e faria ela entender o seu. Esperava encontrar com a relutância da menina, que ela ainda teimava em manter, mas quando abriu a porta e se deparou a cama bagunçado, lençóis dispostos em apenas um canto e a garota dormindo totalmente encolhida perto da cabeceira, parecendo pequena demais para o grande colchão. Ela segurava também em sua mão direita oque parecia um caco na sua mão direita, que fez Dimitri se perguntar o quanto ela estava assustada para ter pegado no sono naquela posição, praticamente escondendo todo seu corpo. A única área amostra que por provável descuido de sono, era a coxa da garota que era revelada por uma pequena f***a do vestido de Alice e na região pálida tinha uma marca visivelmente vermelha. Sabia que ele havia tocado naquela parte e por um momento sentiu gosto por tê-la machucado, mas logo depois um estranho arrependimento lhe correu o peito ao ver o quão frágil ela parecia ser. Como Elise não estava com nenhum cobertor sobre seu corpo e seu quarto não estava em uma temperatura agradável, ele se aproximou para cobri-la. Buscando não acorda-lá, deixou o cobertor cair sobre seu corpo, e alinhou as partes em volta dela. A menina parecia ter um sono pesado e não se mexeu, até ele tentar tirar o vidro de suas mãos, onde Elise percebendo seu toque, se levantou em um sobre salto, correu para cabeceira e ergueu o caco de vidro contra ele. — Consideras mesmo que obteria sucesso usando isso contra mim. — pergunta Dimitri sequer se movendo de seu lugar, deixando Elise que apertava o vidro sem notar que estava se machucando, ainda mais nervosa. — se... se afaste. — Os lábios de Elise se abriram rápidos demais e sua voz saiu trêmula, assim como suas mãos, que não eram precisas como se um assassino. — Solte o vidro. — Elise acenou negativamente de forma frenética. — Elise solte a p***a do vidro ! — Deixando Dimitri impaciente que se aproximou da cama. Ela estava assustada — Solte o vidro ou eu irei... Tão assustada que Dimitri não teve tempo de concluir sua ameaça, quando ele se lançou para agarrar a mão da garota no ar, ela puxa e passar precipitadamente rente a pele de seu pescoço, dando somente tempo a Dimitri de puxar a mão dela e prendê-la na cabeceira. E apesar de sua rápida ação ao conter Elise uma linha de sangue tingiu seu pescoço, que logo se tornou visível para Dimitri na pele pálida da mesma. Ele olhou para ela furioso, apertou sua mão a obrigando soltar o vidro e arrancou de sua mão e jogou contra o chão, junto com a mesa de cabeceira que ele estraçalhou no chão, fazendo o corpo de Elise tremer. Quando ele veio em sua direção, ela pensou que o mesmo seria feito com ela e por isso encolheu seu corpo, porém ele apenas passou sua mão nas pernas e costas e a pegou no colo. Elise evitava o contato com o homem durante todo percurso. Seu corpo estava totalmente retraído com aquela aproximação com seu sequestrador. Dimitri era forte e até mesmo sua respiração se igualava ao seu corpo, como de um animal ! Ele parecia irritado, seu corpo estava todo contraído e ele andava a passos rápidos que rapidamente a levaram até uma grande sala e a colocou em um sofá tão branco que Elise não se encostou muito para não suja-lo de sangue. Ela nunca tinha estado naquele cômodo, e ao contrário dos que ela esteve. Não era nadaassustador. Havia uma lareira a sua frente com um fogo azul praticamente no final, acima dela havia garrafas e mais garrafas de Whisky e todas pareciam muito caras. Do lado da lareira havia quadros que eram de obras renascentistas esquisitas. Os móveis se tratava de uma mesa circular de vidro e aglomerado de dois grandes sofás e três poltronas. Havia um piano no canto direito da sala e no esquerdo havia janelas que quando Elise olhou e viu a luz do dia, suspirou ao ver pela primeira vez uma rota de fuga, que ela não pode usar. — Oque você fez Dimitri ? — Alice entrou na sua frente tampando o seu campo de visão. — Cuide disso ! — Dimitri fala entre os dentes apontando para Elise usando um tom tão figurativo que ela se sentiu apenas uma boneca quebrada. — Cuidar disso ? Você a machuca e pede para eu cuidar ? — Alice se revolta. — Dimitri eu não vou cuidar dela todas as vezes que torturá-la. Disse que tem um plano ! Tenha para isso também. — e fala deixando Elise ressentida. Não era como se ela não sentisse pena da menina, sabia que oque seu primo estava fazendo era c***l e por isso não suportaria cuidar dos ferimentos de alguém sendo lentamente destruída. Dimitri podia fazer atrocidades ! Era oque ele melhor sabia fazer e por isso trabalhava com isso. — Acredite Alice se eu tivesse feito tal corte, garanto que seria muito mais profundo. — Ele diz assombroso entre os dentes fazendo a face de Alice cair. Ela realmente tinha certeza que Dimitri tinha machucado a garota ! Ele estaria se orgulhando de seu feito se estivesse. Mas se não havia sido ele, somente sobrava Elise. A garota havia tentado contra sua própria vida ? — Então porque não deixou eu mesmo fazê-lo ? Porque tirou aquele maldito caco da minha ? Porque impediu de meu sangue jorrar em seu rosto ? — a resposta veio logo em seguida, quando Elise se levantou e com as mãos fechadas ao lado de seu corpo começou a gritar com Dimitri. — CALADA ! — Que logo tentou silenciar a menina, fazendo Alice perceber que ela facialmente tirava seu primo de sua frieza impenetrável. — Eu me mataria e finalmente poderia dizer para si que se vingou da minha família. — e o deixava tenso. — Não é você que decide isso ! Eu decido quando você come ! Quando você morrer é até mesmo quando você respirar. — Então é isso ! Necessita ter o gosto de meu sangue em suas mãos ? — pergunta a garota finalmente entendendo a intenção de Dimitri. Ele queria fazê-la sentir dor. Torturá-la. — Mas saiba que não terás ! Eu me matarei ! Nem que tenha que rasgar a minha pele com as minhas unhas. — mas ela estava obstinada a não permitir que seu corpo fosse tocado e por isso levou suas afiadas unhas em seu ferimentos tentando abrir o corte com as mãos que foram rapidamente seguradas por Dimitri, que prendeu as mãos de Elise em suas próprias costas a deixando imóvel enquanto ele a segurava bem próxima a si. Os seus olhos por um momento se encontraram. Os azuis profundos de Elise ardia em fúria e os Dimitri estavam fixos em seus lábios. Alice por um momento naquela reação muito estranha de seu primo se sentiu sobrando, e tentou sair da sala, mas ele percebeu que ela estava indo e jogou Elise bruscamente no sofá e retornou sua frieza. — Cuide disso.
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