DEIXE SEU COMENTARIO, É IMPORTANTE.
Pietra | Uma semana depois... | ?Itália.
— Precisamos procurar um lugar para ficar. — Finn diz, enquanto atravessamos a rua movimentada.
— Eu sei. — Suspiro, puxando o celular do bolso.
Saímos a sete dias da minha cidade. Acabei contrato Joseph, um senhor de cinquenta e seis anos que, pelo preço certo, topou nos atravessar pelo mar até a cidade mais próxima.
Com sorte, sendo maior de idade, agora eu tinha o livro arbítrio de ir para qualquer lugar sem a permissão da minha avó e consegui viajar por horas a fio em um avião luxuoso e de primeira classe.
Finn acabou bancando isso, já que o pouco dinheiro que eu tinha, dava para uma passagem de classe econômica. Ele era rico demais para isso e não suportava viajar com outras pessoas ao seu lado.
Olhei para o endereço, tendo certeza de que o bazar aconteceria. Eu olho em volta e volto a olhar para Finn, que parecia cansado carregando as duas malas pesadas que tínhamos trago.
— Não quer mesmo ajuda? — Pergunto, olhando a fina camada de suor que tinha se formado na sua testa.
— Não. — Ele para e puxa o ar. — Estávamos bem naquele hotel.
— Eu sei, mas precisamos estar mais perto. Isso vai acontecer durante três dias, quem sabe quando ela vai aparecer. — Mordo a minha bochecha, ansiosa.
Olho em volta, procurando qualquer coisa que pudesse nos acomodar, encontrando um hotel a cinco passos de nós.
— Aqui tem um hotel. — Aponto.
— ° —
— Me sinto m*l por você estar pagando tudo. — Afirmo, colocando o cartão no quarto
Não me importava em dividir a cama com Finn, ele era o meu melhor amigo, afinal. Fora que, todo o dinheiro era dele e eu não o faria pagar mais caro — mesmo que ele pudesse — por dois quartos diferentes. Além disso, me sentiria mais segura com ele por perto.
— Nao se preocupe. — Ele dá de ombros. — Meu pai arruma esse dinheiro com dois casos políticos.
Eu dou uma risada baixa e balanço a cabeça, em negativo. Olho pela janela, observando o movimento da rua quando, por um segundo, meus olhos param no carro preto que para na frente do prédio enorme.
Meu coração parece que vai sair pela boca quando a cabeleira ruiva pula do carro rindo de algo e em seguida, Vicent de Lucca aparece logo atrás.
Quero chorar quando percebo que ela está tão próxima de mim. Observo como se amam e como ele parece trata-lá como uma rainha.
Diferente das fotos dos sites de fofoca, ela está com uma calça jeans, uma blusa de mangas longas e seus cabelos presos em um perfeito e simétrico r**o de cavalo.
— Ela está aqui. — Engulo em seco.
— E agora? — Pergunta. — Quer que eu te acompanhe?
— Acho que... — me viro para ele. — Acho que você pode ficar.
Ele suspira e assente, mas percebo que está aliviado. Finn esta cansado depois de ter me ajudado por tanto tempo.
— Eu preciso enfrentar isso sozinha e não acho justo que você se envolva nisso. — Junto minhas mãos. — Tome um banho e descanse.
Ele assente e eu puxo o ar mais duas vezes, antes de sair de lá e andar pelos corredores imensos daquele hotel.
Meu coração bate como um tambor. Eu não sei o que dizer e tento formar frases na minha cabeça enquanto me encaro no espelho do elevador.
Sinto todo o meu corpo se arrepiar e me analiso, percebendo as semelhanças que tenho. Eu quero chorar. Nunca estive tão perto de um familiar que não fosse a minha avó.
Será que ela é filha da minha avó também? Ela não é de falar muito da sua família. Nunca foi. Parece guardar uma amargura imensa enquanto maldiz o meu pai com todos os piores nomes possíveis. Algumas coisas nela me deixam bem confusas.
Quando chego na porta, não sei o que fazer. Vicent é muito maior do que eu costumava pensar que era e eles estavam no centro do salão pequeno conversando algo.
Posso observar como as coisas estão muito organizadas e algumas mulheres trabalham ajudando.
E então, tudo parece parar quando ele me olha. Eu lembro dele. Eu lembro do olhar dele... ele me lançou o mesmo a anos atrás.
"— Tio vicen... — eu grito, pulando em seus braços.
— la mia piccola stella. — Ele abre os braços para me receber."
— Está fechado ainda, querida. — Uma das mulheres se aproxima e Isabela Lombardi vira para mim.
Os dois parece em um choque intenso. Parecem não querer tirar os olhos de mim e meu coração bate com força. Posso ver que Vicent aperta um pouco maus os braços da esposa e eles se olham nos olhos, se comunicando entre eles.
Ela engole em seco e sorri nervosa, enquanto anda até mim.
— Deixe comido, Jasmine — Murmura.
A outra dá de ombros, acena e sai, nos deixando ali. As duas. Sozinhas. Ela parece me reconhecer, quando seus olhos formam uma fina camada de água.
Será que eu lembro alguém?
— Posso ajudar? — Pergunta, tentando manter a voz, mas posso perceber o vacilo no fundo. A tremida.
— Sim, eu estou procurando alguém. — Digo, nervosa.
Mal consigo respirar. Foco, Pietra! Foco!
Eu tremo e posso me sentir suando frio. Se eles me reconheceram, se eles sabem quem eu sou... céus, isso quer dizer que alguém me ama. Alguém me ama!
— Quem é você? — a voz de vicent sai grave.
Bizarro eu saber de quase tudo sobre eles, quando eles ainda tentam descobrir meu nome
— Eu estou procurando meu pai. — Digo, desviando do assunto.
— E quem é seu pai? — Pergunta ele, mais uma vez.
Minha boca seca e eu travo. Henrico Rossi. Henrico Rossi. Henrico Rossi.
Minha mente reverbera a cada segundo. Seu nome... Mas, eu pareço em choque demais para conseguir dizer duas palavras tão simples.
Eu preciso ter coragem. Isso! Coragem. Coragem, Pietra.
Engulo um bolo que parece ter se formado em minha garganta, fecho meus olhos e puxo o ar.
— Eu sou Pietra, Pietra Rossi. — Eu digo, tomando um tempo.— Eu estou procurando o meu pai, Henrico, e parece que vocês são as pessoas mais próximas e acessíveis para me levar a ele no momento.
Disse tudo, muito rapidamente e olho para o chão, tentando engolir e me xingar ao mesmo tempo.
Silêncio. Silêncio. Silêncio. Eu não sei se estão sem jeito, raivosos ou em choque, mas aposto na última opção.
— Ceús... — Isabela sussurra. eu levanto o rosto e antes que eu pudesse enxergar qualquer coisa, ela me agarra em um abraço apertado.