Pela janela vi que ainda estava claro quando acordei do meu cochilo. O CEO saíra e me trancara no quarto, instalando uma mini geladeira e frutas para me alimentar, ao menos não se esqueceu da comida. Me levantei e vasculhei aquele quarto procurando algo que fosse ajudar a minha fuga mas não encontrei absolutamente nada, a não ser uma taça com um pedaço de metal parecendo pedra posto dentro e a taça estava suja de sangue, na mesma hora me lembrei do meu machucado e levei a mão até o lugar, eu sentia o rasgado e pelo toque notei o "20" escrito, o preço pela qual a minha liberdade fora comprada.
O homem só regressou de madrugada. Amarrou o meu pescoço a coleira que estava presa na cama e, depois de um banho, adormeceu feito pedra sem me falar. Segundo dia e ele não me abusou, tenho medo quando esse dia chegar...
Quando acordei ele já não estava mas eu continuava no chão, onde dormira porém não estava presa. Vi que tinha um vestido branco na cama então tomei um banho e me vesti, deixando o cabelo solto, passando um pouco de perfume e creme de pele que tinha na minha necessaire.
Ao regressar ao quarto, vi um iPhone junto do vestido com uns fones e em cima tinha um bilhete dizendo Dakota. Peguei neles, um pouco contente por ter algo para fazer e me sentei na cama para ver as músicas que tinha e tinham várias, uma delas, pela qual me apaixonei foi Decode dos Paramore, não havia música que melhor descrevesse o meu ser naquele momento como essa.
Acabei por adormecer aos sons de batida pesada, hop, samba, country e tantos outros estilos de música que Mitchell me dara para ouvir. Ouvi a movimentação do quarto e me despertei, olhando o autor daquilo, me espantei quando vi uma funcionária de limpeza e sem pensar duas vezes, saltei da cama e fugi, descendo as escadas tão depressa e tropeçando nos meus próprios pés como se estivesse correndo do lobo m*l até que pisei em falso no último degrau e cai no chão, ouvindo o meu próprio barulho do corpo a chocar. Merda, merda. Só preciso chegar à porta. Levantei quase caindo de novo, a minha ânsia por fugir dali me engolia e o meu sorriso já brotava. Cheguei junto a porta! Procurei pela maçaneta e me faltavam chaves, as chaves da porta. Onde estão o raio das chaves? Tateei os móveis perto da porta e nada, então me lembrei de pedir à funcionária que limpava o meu quarto, virei-me e então a minha quase vitória foi para o lixo naquele instante. Mitchell estava parado no último degrau da escada com um chaveiro na mão, rodando e zombando com aquele sorriso idiotamente assustador e sensual.
-- Me desobedecendo, senhorita Weinghather? -- ele já sabia o meu último nome, que droga.
Fiquei quieta e apenas o olhei.
-- Acho que já conversamos sobre a desobediência... -- continuou. -- Desobediência é um tipo de desafio e alguém que me desafia merece ser punido... -- aquele sorriso era uma morte. -- Anda logo.
Segui-o para o quarto e m*l dei o primeiro passo para o seu interior, ele me virou, colando os nossos corpos e me apertando fortemente nos cabelos sensíveis da nuca. Me estremeci ainda mais quando os seus lábios brincaram com a minha orelha, sussurrando:
-- Ao terceiro dia costuma acontecer muita coisa, não é? Bom, nesse caso também vai acontecer...
Mitchell saiu da minha orelha e foi para o meu pescoço, enquanto uma mão me puxava para si a a outra apertava o meu cabelo. Ele estava bem fogoso, mas no bom sentido porque queria senso selvagem e não sexo brutal, no entanto me arrependi de ter pensado porque ele na mesma hora me virou e me jogou na cama, escorreguei nela e cai no chão, sentada, ele veio até a mim e começou me bater na cara, com força, dando imensas bofetadas. A seguir me puxou para ficar de pé e com muito custo consegui, ele voltou a beijar a minha cara mas ainda não tinha tocado na minha boca.
O CEO me jogara na cama e sentara por cima de mim, não se importando com o peso, com as mãos ele rasgou o meu vestido de alto a baixo, me deixando com a minha lingerie simples branca. Ele se afastou e pegou a famosa faca e percorreu o meu corpo com ela, dos ouvidos, passando pela boca, descendo pelo pescoço, até a minha i********e que estava excitada já, não que fosse minha vontade mas vontade do meu corpo devido ao erotismo envolvido ali. Pousou a faca e me levantou de pé, ao lado da cama, enquanto tentava abrir o meu sutiã, quando conseguiu, não deixei que me tirasse, tentei me tampar mas o tapa que recebi foi tão forte que caí novamente na cama.
-- Hum... Tão frágil... -- murmurou.
Frágil, i****a? Você está me batendo com toda a força! O meu sutiã já estava longe eu só estava de calcinha. Ele partiu para cima de mim e me apertou os s***s brutalmente que pareciam que ia me arrancá-los, alternava entre apertões e tapas e eu já os via vermelhos. A sua mão adentrou a minha única peça de roupa e me masturbou enquanto eu tentava me esquivar, fechando as pernas e empurrando-o, embora que com pouca intensidade porque aquele homem dava umas cinquenta de mim.
-- Fica quieta! -- ordenou mas não obedeci e continuei dando luta, então ele pára tudo e me deita de bruços, amarrando o meu pescoço à coleira, numa rapidez que nem eu vira.
Mitchell se sentou em cima da minha b***a e se esticou para pegar alguma coisa. O que eu senti depois me fez gritar.
-- Pára! Pára, por favor! -- gritei quando senti aquilo que mais me ameaçava cutucar a minha ferida aberta.
-- Isso, grita... Grita de dor, pirralha! -- dizia enquanto me adentrava o objeto pontiagudo na minha carne e me fazia gritar mais. Consegui ver que o lençol já estava sujo de sangue e fiquei tonta, fechando os olhos para me acalmar da tontura.
-- Por favor... -- eu já mais gemia do que falava.
-- Só agora é que você geme? Não acha que está um pouquinho tarde?
Guardou aquilo e me virou, ficando de frente para si. Num movimento rápido ele tirou a minha calcinha e enfiou dois dedos de uma vez, tentei engolir o gemido e consegui, libertando apenas uma golfada de ar demorada. Os seus dedos não paravam e a vontade de expressar o prazer contrário que ele me dava estava mais difícil, ainda bem que eu pouco chegava ao verdadeiro orgasmo, era muito complicado porque na hora eu bloqueava e na me relaxava o suficiente. Quando os tirou de dentro de mim, levou-os a minha boca, obrigando a sentir o meu sabor meio salgado de fluído vaginal, lambi-os tal como pedira porque era o MEU gosto.
Ele se posicionou e me penetrou com aquele ferro de veludo na minha anjinha apertada. A estocada fora poderosa porque eu revirei os olhos mas contive a vontade de gamer, Mitchell tinha a respiração completamente alterada e quando se lembrava me batia na cara, pedindo hora ou outra para gemer e pedir por ele. Num momento, fechei os olhos para me absorver de tudo.
Vendida, humilhada, sequestrada e raptada por um CEO. Eu tinha sido usada e estava a ser usada por aquele deus grego diabólico que me queria para satisfazer os desejos do seu p*u. Não consegui pensar muito porque me interrompeu.
-- Geme, porra... -- disse mas gemendo porque eu quase que não percebia e para confirmar perguntei "o quê?".
Ao invés de me responder ele me virou e me enfiou o seu m****o na minha a******a de trás, me causando uma dor tão alucinante quanto a da faca, o ricaço não me esperou acostumar ao seu pênis e investiu no vai e vem, que me rasgavam mais um pouco.
-- Ahh... Isso... Dói muito, pára... Mitchell, por favor...
-- Era isso que eu queria... -- a sua respiração continuava ofegante. Ele apressou nas estocadas e depois de ouvir um grito meu de dor, pois o meu corpo já não estava mais aguentando, ele gozou, no meu cu. -- Que cu... Você é bem mais gostosa do que eu pensei e se soubesse tinha feito mais cedo.
-- Isso se chama abuso s****l, Mr. Ot'e. -- desabafei tão baixinho com medo que ele me ouvisse.
-- Estás a reclamar? -- não me esperou responder e levantou, abrindo uma gaveta e pegando uma coisa que eu já desconfiava sobre o que era. Levantou uma das minhas pernas e me abriu, metendo sem dor o fio com as bolas pretas ligadas por ele, invadindo o meu ânus. Fui preenchida com duas bolas do tamanho da bola branca de cinuca. -- Isso é um presentinho, assim da próxima vez não vai doer tanto porque durante uma noite inteira isso vai de alargar.
-- Eu vou dormir com isso? -- perguntei mas não tive respostas e então fiz o mesmo, adormecendo depois de ter a consciência de ter sido abusada sexualmente, talvez não brutalmente mas com uma grande força e direito de ter faca abrindo feridas na carne viva.
-- São horas de acordar. -- ouvia pela centésima vez a mesma coisa mas eu estava tão cansada que não me mexi.
-- Aff, Dakota você tem 24 anos, não dez!
Abri os olhos me dando conta que ele sabia a minha idade. Bufei e me levantei, agarrando numa maçã que estava ao meu lado, estar raptada dá fome.
-- Põe-te apresentável porque vamos viajar.
-- Para onde? -- não obtive resposta à minha pergunta.
-- A tua roupa está no cadeirão. Quero que corte o cabelo até o pescoço, faça uma franja ate os olhos e uma maquiagem de criança.
"Cortar o cabelo? Nunca!". Durante o banho pensava em como ia fazer tantas alterações no meu cabelo com aquela enorme quantidade de material de cabelereiro que me deixara, eu só sabia usar um secador e uma prancha mas ali havia coisas até de mais, incluindo da tipos diferentes de tesoura. Toquei em cada objeto e analisei para que cada um servia no entanto acabei por desistir porque realmente eu não sabia nada de cabelos, excepto que o meu era ruivo e comprido. Então tive uma ideia de cinema:
Separei o cabelo que seria a minha franja e cortei até o pescoço, depois prendi-a, enrolando para baixo, imitando uma franja. Com o resto do cabelo fiz o mesmo, prendi-o com prisilhas por baixo junto à nuca, parecendo mesmo que o tinha cortado, uma prisilha me machucou e ao tirá-la do cabelo vi que ela vinha com sangue. Sangue daquele sexo obrigado.
Abanei a cabeça como se estivesse a espantar os meus pensamentos e atentei na próxima ordem que ele me dera que era me maquiar. Gostava de me maquiar e por isso sabia exatamente como faria. Quando acabei fiquei encantada com a minha habilidade que me tirou logo sete anos do cartãozinho de identidade.
Vesti-me: um vestido curto branco e no babado, e me apresentei a ele.
-- Assim?
Mitchell reparou em mim durante uns longos segundos e depois veio até onde estava.
-- Sabia que tinha feito bom negócio. -- abaixou-se até o meu ouvido. -- É pena o teu corpo não favorecer o disfarce. -- aquilo foi... Sexy? Deu uma volta no quarto até uma cómoda e tirou uma caixa. -- Calça isso.
No interior da caixa tinha um par de sapatos em bege que me serviam perfeitamente. O meu dono voltou ao quarto e me conduziu até a porta.
Fomos até o salão. Ao descer as escadas ouvi vozes e reparei em quem estava lá em baixo: Derek, Nate e Patrik.
-- Que diferente que ela está, patrão! -- disse Nate. -- Trataste muito bem dela, estou a ver.
-- A intenção não era cortar o cabelo, Mitchell? -- perguntou Patrick. Depois voltou-se para mim, aquele e******o era empresário e já trabalho no ramo das artes, sabia muito bem o que fizera com o cabelo. -- Esse truque é bom mas alguns vão reparar.
Mitchell olhou para o meu cabelo com atenção e depois fitou-me: -- era essa a intenção, eu nem tinha reparado mas agora não temos tempo.
Ele levou-me a cozinha.
-- Come.
A mesa estava completamente posta e tudo aquilo era para mim. Sentei-me e comi. Estava realmente faminta, no dia anterior só tinha ingerido frutas. Parecia uma moradora de rua, comendo tudo muito rápido e de uma vez só. Enchi o copo com sumo e sorvi-o em menos de trinta segundos, depois peguei um croissant, um pedaço de bolo, musse de maracujá, outro croissant com queijo, uma panqueca com creme, outro croissant, um pouco de bacon e ovos no prato, outro croissant, até me sentir satisfeita. Nesse momento os homens entraram na cozinha.
-- É esse o disfarce para ela? Sinceramente, não a reconheceria se a tivesse visto com a farda e como está agora. -- referiu Derek. -- Até pensei que era para uma fantasia tua. -- riu-se.
-- Qual foi o uso que lhe deste? -- inquiriu Patrik.
-- Estou a ter calma, aqui é complicado por causa das rondas de segurança.
-- Então não lhe fizeste nada!? -- Nate parecia estupefacto.
-- O teu nada se refere a machucar? -- riu-se a olhar para mim. -- Não, não lhe machuquei muito, nenhum olho roxo, nem pisaduras.
Levantei-me da mesa e afastei-me dela para lhe mostrar que já tinha comido. Nao me machucar muito é nova! Sendo assim, como se define o conceito dele de abrir feridas com pedaço de metal e depois abri-las novamente com uma faca idiotamente dourada? Nesse momento, Nate então reparou nas minhas pernas, pois o vestido ficara preso na cadeira enquanto me levantava, e observou uma marca que tinha.
-- Entao o que é aquilo na perna?
-- Mostra.
Levantei o vestido até a marca e depois baixei.
-- Ah, foi de ontem. -- respondeu Mitchell.
-- O que fizeste ontem? -- perguntou Derek com voz de g**o.
Não consegui esconder um sorriso de cumplicidade para mim própria e virei-me para a janela.
-- O Mitchell fez alguma coisa porque para ela se rir... -- observou Patrik.
-- Fiz o que qualquer um de vocês tinham feito na primeira noite. Ela só se está a rir porque gostou e queria mais, certo Dakota?
Virei-me para o mirar e não respondi, a minha cara transboradava nojo e o meu sorriso nem era por causa daquilo que ele dissera.
Eles saíram da cozinha e eu sai atrás deles. Conversaram mais um pouco e depois o patrão deu as últimas ordens. Voltou-se para mim e disse: -- és prima do Derek. Vais abraçada a ele a tentar esconder a cara. Não tenta nenhuma idiotice porque temos dos nossos que vão atrás. Onde formos vem conosco. Entendido?
Acenei a cabeça.
Patrick e Nate pegaram nas malas, Mitchell também pegou na sua maleta de mãos e deu-me uma mochila. Derek pegou também numa maleta e saímos do quarto.
Reconheci o corredor. Ainda estávamos no hotel. Durante todo o percurso fui agarrada a Derek, andando depressa e quase com os olhos fechados, ajeitando constantemente a franja para me cobrir o rosto. O saguão estava cheio de jornalistas e fãs a gritarem pelos quatro homens mais cobiçados e cruéis do mundo. Atravessamo-lo entre flashes, pessoas a perguntarem quem era aquela, eu, e jornalistas tentando falar com aqueles homens.
Na rua, estava uma limosine estacionada com a porta aberta. Derek pôs-me lá dentro e saiu para falar com os jornalistas.
-- Aquela moça é minha prima, adotada por uns tios afastados. Não a incomodem porque não está habituada a fama.
Entrou no carro e fechou a porta. Depois entraram os outros.
-- Boa atuação, Derek e Dakota! Comportaram-se bem.
O carro acelerou.
Eles falavam sobre os diversos assuntos e eu não percebia nenhum deles. Derek passou, a determinado momento, o braço por mim e me puxou para si, fazendo-me encostar a cabeça no seu peito.
"Cheiras bem", pensei enquanto respirava a ouvir as batidas daquele coração gelado de pianista.
-- Pode, Derek... Só isso.
Não escutara a pergunta, somente a resposta do King, como os jornalistas chamaram Mitchell. Derek se mexeu e curvou-se para mim, levantando a minha face para a sua. Tentei me retrair mas ele puxou-me, sussurando no meu ouvido, "não ouviste o teu dono a dizer que podia?". Depois voltou aos meus lábios e beijou-me, primeiro com calma e depois com mais ferocidade. As suas mãos passavam do meu rosto para o meu pescoço. Não acreditava que ele iria tentar alguma coisa no carro com os outros ali. Empurrei-lhe e ele se afastou, milímetros talvez porque o significado de força não estava em mim.
-- Não ouviste o meu dono a dizer "só isso"?
Os outros riram-se e ele ficou emburrado, tirando a mão de trás de mim. Mitchell piscou-me em segredo. Nao sabia se era sinal de que tinha feito bem ou m*l, pois os seus olhos eram gélidos na mesma, o sorriso c***l na mesma, tudo na mesma.
Passado alguns momentos o carro parou. Derek agarrou-me outra vez e fez-me entrar num helicóptero, os outros colocaram as malas dentro e se despediram enquanto o King entrava e se sentava à frente.
Não sabia onde íamos mas logo reparei que estavamos a sobrevoar águas. Mais a frente viu-se terra e o helicóptero começou a perder altitude.
Pousamos e Mitchell nos guiou até outro carro que nos esperava. Não disse nenhuma palavra nem eu, durante toda a viagem. Então chegamos a uma enorme mansão, nunca vira algo tão bonito, tão arquitetonico e tão natural.
-- Agora a sua casa é essa. -- revelou-me, saciando a minha curiosidade e me deixando mesmo preocupada por estar tão longe de casa.