- Oi, minha filha – ela fala – como vai?
- Vou bem, e como vão as coisas por ai?
- Tudo ótimo – ela conta – escuta, sei que recebeu o convite de casamento da sua irmã, Leila.
- Ah, isso, pois é, nem me lembrava mais – tentei parecer o mais calma possível.
- Então, é sobre isso que liguei.
Ih, lá vem.
- Pois não?
- Eu acho que seria bom que você não comparecesse ao casamento de sua irmã.
- O que? – quase berro ao telefone.
- Não gostei desse tom, Casey.
- É que não entendi. Você esta dizendo que é melhor eu não ir ao casamento que a minha irmã roubou meu namorado.
- Já conversamos sobre isso, Cas.
- Ah, por favor. Pode ficar com Leila só para você. Eu não estou nem um pouco interessada em voltar e testemunhar esse circo. E estava mesmo querendo não ir. Mas sabe agora, mãe? Agora eu vou! – eu desligo o celular e grito de raiva.
Vou até a cozinha para ver se tem alguma bebida na geladeira e não tem nada. Eva devia ter bebido o resto. Vou até o pequeno bar que temos e vejo que não. Droga. Vou ter que descer até o mercadinho mais próximo?
Meu celular toca novamente. Se for minha mãe de novo eu quebro esse celular em milhões de pedaços. Mas não é. É Adam.
- Te pego em cinco minutos – ele fala e o som de fundo deleta de que ele está em seu carro.
- Você paga a bebida?
- Claro.
- Me pegue em três.
Eu estava precisando ficar inconsciente pelo resto da noite.
- Eu acho que seria bom que você não comparecesse ao casamento de sua irmã.
- O que? – quase berro ao telefone.
- Não gostei desse tom, Casey.
- É que não entendi. Você esta dizendo que é melhor eu não ir ao casamento que a minha irmã roubou meu namorado.
- Já conversamos sobre isso, Cas.
- Ah, por favor. Pode ficar com Leila só para você. Eu não estou nem um pouco interessada em voltar e testemunhar esse circo. E estava mesmo querendo não ir. Mas sabe agora, mãe? Agora eu vou! – eu desligo o celular e grito de raiva.
Vou até a cozinha para ver se tem alguma bebida na geladeira e não tem nada. Eva devia ter bebido o resto. Vou até o pequeno bar que temos e vejo que não. Droga. Vou ter que descer até o mercadinho mais próximo?
Meu celular toca novamente. Se for minha mãe de novo eu quebro esse celular em milhões de pedaços. Mas não é. É Adam.
- Te pego em cinco minutos – ele fala e o som de fundo deleta de que ele está em seu carro.
- Você paga a bebida?
- Claro.
- Me pegue em três.
Eu estava precisando ficar inconsciente pelo resto da noite.
Eva
Cheguei pontualmente no bar ás seis da tarde e encontrei Matthew tomando um uísque sozinho em uma mesa. A essa hora o pequeno barzinho começava a encher de pessoas e já havia mulheres de olho nele. Mas ele parecia mais interessado na bebida. Cheguei até sua mesa e ele ergueu o olhar surpreso. Parece que ele não esperava que eu viesse. Talvez ele estivesse com medo já que agi feito uma louca desvairada mais cedo.
- Você veio – ele fala sorrindo.
- Vim agradecer pelas flores – eu sorrio de volta meio tímida – elas são lindas. Meu apartamento vai ficar com cheiro de rosas por um bom tempo.
Ele gesticula a cadeira ao seu lado e eu me sento um pouco afastada.
- Não tem de quê, afinal, não sabia como agir. Não é todo dia que uma mulher bonita foge dos meus braços – ele diz num tom mais baixo.
E quando eu não respondo nada, ele diz.
- Não pesquisei nada do tipo porque queria que você me contasse o que aconteceu.
- Não aconteceu nada, eu só..
- Eva, ninguém age daquele forma por nada. Você teve um ataque de pânico porque eu a abracei. Agora fale.
- Acho que isso não é da sua conta, Matthew. Eu vim aqui porque queria agradecer as flores. Nunca ninguém havia me dado antes e eu fiquei muito feliz. Só isso – eu me levantei pronta para sair correndo dali, mas ele me impediu, pegando com firmeza meu braço.
- Isso passou a ser da minha conta sim, a partir do momento em que decidi torna-la minha. Então, você vai me contar ou você sabe que não demorarei nenhum um minuto inteiro para ter todas as informações de que quero.
Me sentei abismada com sua audácia.
- Olha, Matthew, primeiro que não vou ser sua, e segundo, o que aconteceu comigo não te interessa.
Ele toma um gole de seu uísque e depois me fita com gentileza.
- Você sabe que vai ser minha – ele fala se aproximando de mim e deslizando seus dedos sobre meu rosto, tremo levemente – você vê? Isso que tem entre nós desde o primeiro dia em que nos vimos? Não acabará. E você sabe disso. Portanto, primeiro você tem que se abrir. E falar.
- Se eu falar, você me deixa em paz?
- Isso não está em questão.
Eu suspiro.
- Aconteceu antes de eu ir para a faculdade – eu aceno para o garçom que me traz uma gim tônica, tomo um gole e continuo – eu estava vindo de uma festa, sozinha pela calçada. Quando fui atacada. No momento eu pensei que era alguma brincadeira dos meus amigos eu... apenas...
- Não precisa continuar – ele fala.
- Eu estava vestindo um vestido curto, preto – eu sussurro – ele me dizia que a culpa era minha.
Matthew agarra minha mão com força.
- Era um filho da p**a doente – ele murmura baixinho – não acredite no que ele disse, Eva. Nem por um instante.
Eu não disse nada, apenas bebi mais um gole da bebida.
- Você adquiriu esses ataques de pânico depois... do que aconteceu?
- Sim, eles vêm e vão, de acordo com o meu humor e hoje.. eu.. você me pegou de surpresa – eu falo.
Ele se aproxima de mim e tira uma mecha do meu rosto.
- E eu me arrependo de ter feito aquilo. Foi impensável. Me perdoa?
- Você promete me deixar em paz?
- Não.
- Por quê? – suspiro agitada – eu não tenho nada de especial. Sou apenas uma mulher com problemas emocionais. Porque você me quer tanto?
Ele sorri.
- A verdade é que você é mais especial do que imagina – ele fala e eu coro na hora.
- Não sou e você devia, sei lá, olhar para a sua direita e escolher outra mulher – eu falo.
Mas ele nem pisca.
- Eu quero você.
Eu gemo.
- Olha, não é você, juro, só eu. Você é lindo, gostoso e um hacker! Mulheres adoram isso. Mas.. mas eu não posso. Desculpa! – eu me levanto e dessa vez ele me deixa ir.
Eu saio correndo sem olhar para trás.
Mas ele não vai desistir.
Eu sei disso.
Casey
Encontrei-me com Adam minutos depois e ele me leva para um restaurante no centro da cidade. Já estava escurecendo quando a gente se senta e eu peço logo uísque. Quero esquecer aquela ligação e rápido.
- Você não está bem hoje – ele comenta quando o garçom aparece e eu bebo todo o conteúdo de uma vez só.
- Sabe quando você pensa que tudo está bem? E depois você recebe uma rasteira e você fica com cara de i****a?
Ele reflete.
- Acho que um dia, todos nós já nos sentimos assim – ele conta.
- Um dia? É assim comigo quase todo o tempo!
- Vai falar o que aconteceu? Sabe, antes de você cair aí no chão em coma? – ele se refere ao terceiro copo que tomo.
Ué, ele não disse que ia pagar?
- Minha mãe acabou de me ligar dizendo que não era para eu comparecer ao casamento da minha irmã com o meu ex-namorado.
- Ah, entendi.
- E eu não ia mesmo, mas depois disso, faço questão de ir.
Adam pega o meu copo da minha mão e coloca em cima da mesa.
- Já deu para perceber que está chateada, mas beber até cair não vai resolver seu problema.
- Mas eu vou esquecer. E esquecer é tudo o que preciso – eu faço biquinho.
- Sei muitas maneiras de te ajudar e entrar em coma não é uma delas.
- Não me venha com essas insinuações sobre sexo. Não estou no clima hoje.
- E quem disse que quero t*****r com você hoje? Apenas somos dois conhecidos falando m*l de seus problemas.
Eu sorrio.
- Você não tem cara de quem tem problemas.
- Pois tenho e muitos.
- E quais seriam? – até deixei minha bebida de lado só pela curiosidade.
- Por exemplo, tenho que voltar para a Grécia semana que vem, resolver algo sobre um desvio de verba de uma das minhas empresas e minha ex-mulher fica me ligando querendo mais dinheiro.
- Hmm, ex-mulher interesseira é f**a, bate aqui – bate meu copo no dele e tomei um gole e ficando meio zonza já.
Ri me lembrando que era a primeira vez que ficava bêbada com um cara.
- Do que está rindo? – Adam pergunta com um meio sorriso mostrando essa covinha linda e sensual.
- Esquece. O seu problema é fácil de resolver.
O celular de Adam toca e ele geme ao ver a tela. Pelo visto era a ex-mulher dele.
- Me dá – eu pego o celular e atendo. – Alô?
- Quem é? Esquece, passa pra Adam, agora! – ela é rude.
- Adam está no chuveiro e não vai sair tão cedo de lá porque vou me juntar a ele assim que desligar então sugiro que você arrume um emprego e pare de depender de um homem. Isso é muito feio, amiga. Adeus, beijos.
E então desligo e entrego para Adam que me olha meio atordoado.
- Você é louca – ele ri.
- Eu sei – eu falo chamando o garçom e pedindo alguns camarões – mas deu certo, por algum tempo, acho.
- Ela vai descontar em mim isso depois – Adam diz.
- Vamos pensar em algo quando isso acontecer – eu falo.
- Tá, e para o meu problema de desvio de verba?
- Infiltre uma pessoa de confiança lá – eu falo.
Ele parece pensar na minha ideia.
- Na verdade é uma boa ideia – ele diz e sabe o que mais?
- O que?
- Tenho a solução perfeita para o seu problema.
- Para o meu? –pergunto surpresa.
- Sim. Sua irmã ia ficar realmente irritada se você aparece no seu casamento e ainda mais com um famoso e gostoso homem de negócios.
- Sim, - penso bem no assunto – ela ia odiar isso. Ela sempre teve inveja de mim.
- Pense nisso, ela ia te ver linda e gostosa e ainda acompanhada com esse homem magnifico..
- Espera um pouco, você está se nomeando de “homem magnifico”?
- Porque o espanto? Sei o que sou.
- Você é um homem com um enorme..
- Pênis?
- Enorme ego!
- E então? Feito?
- Você está se convidando para o casamento da minha irmã?
- Estou.
- Hmm, pode ser divertido. Já estou até imaginando sua cara de v***a. Iriamos roubar toda a cena.
- Exatamente.
- Temos um trato – aperto sua mão e selamos o pacto.
Foi divertido conversar e rir a noite inteira com Adam e ainda por cima sem sexo envolvido. Ele podia ser uma boa companhia quando não estava mostrando suas habilidades com o sexo oral. Percebi que ele podia ser perfeito em tudo o que fazia. Acho que bebi tanto que em certo ponto, adormeci.
Acordei grogue, com a maior dor de cabeça do século e emaranhada em lençóis de cetim. Me sentei totalmente desperta e nua.
Estava nua no quarto de Adam Beckett.
Casey
Praguejei em todas as línguas que eu conhecia. Ou seja, em duas. Olhei para os lados, tentando em vão achar minhas roupas, mas não consegui encontra-las. Então decido me enrolar com os lençóis e tentar achar algo mais formal. O apartamento de Adam é simplesmente magnifico. Ficando no térreo de algum prédio, acho, as janelas de vidro davam o lugar muito mais iluminado. Os cômodos imensos e a mobília é definitivamente luxuosa. Por sorte, encontro à cozinha e Adam no fogão já vestindo com calça social e uma camisa branca. Seu cabelo desarrumado me faz querer tirar seu cinto e chupar seu p*u com força.
- Bom dia flor do dia – ele me cumprimenta.
- Cadê minhas roupas? – não tinha percebido o tamanho da minha dor de cabeça até alguém falar. Meus ouvidos zuniram e minha cabeça rodou.
- Sua roupa estava suja de vomito então coloquei para lavar, já deve estar seca, vou mandar a governanta ir verificar. Se aproxime.
Ele estende um comprimido e um copo de água, no qual eu aceito com veemência.
- Obrigada, estou morta de dor de cabeça. Parece que um caminhão passou por cima dela. Me desculpa ser rude, mas.. nós... ontem a noite...
- Não transamos. Infelizmente.
- Como vim parar aqui?
- Bom, bebemos, reclamamos dos nossos problemas e então a convidei para conhecer meu apartamento. Quando chegamos você disse que queria dançar.
- Eu não sei dançar.
- Eu estou sabendo disso. Você começou a fazer uns movimentos estranho com a cintura.
- Eu faço isso às vezes – eu quero um buraco para me enterrar.
É claro que eu fazia isso. Por isso eu não bebia ara ficar inconsciente. Eu começava a dançar como se fosse morrer. Não é uma visão atraente.
- Sim, - ele sorriu – aí depois você vomitou no meu carpete e eu a ajudei a se lavar no banheiro.
- Mas você não estava bêbado?
- Estava sim, por isso tenho um machucão roxo no ombro decido a uma queda no banheiro. Não sei como aconteceu, mas lembro da dor.
- Somos um desastre.
- Mas não estava tão bêbado que não conseguisse filmar você dançando.
- Oh, não! Já tem vários vídeos desse no YouTube. Não preciso de mais um.
- Não se preocupe, esse é só meu.
- Tá, e depois?
- Depois que finalmente tomamos banho, deitamos pelados na minha cama e dormimos. Acordei com uma tonelada de cimento em minha cabeça e com meu celular tocando. Tenho uns problemas na Grécia, vou ter que viajar hoje.