Matthew ficará na cidade por mais tempo e cuidará dos contratos com seu escritório. Se vocês aceitarem nossa proposta.
- Vai viajar? Por quanto tempo?
- Uma semana, se eu conseguir resolver tudo – ele me pega e me puxa – Não se preocupe, vou fazer de tudo para eu vir o quanto antes.
- Não estou preocupada – tento manter minha voz neutra – você poderia ir ver minha roupa?
Ele se afasta – Volto já.
Ele tira sua camisa branca e me dá.
- Use isso – ele fala e eu pego a camisa. Seu cheiro é maravilhoso.
Visto e vejo que fico perigosamente indecente. Volto para seu quarto e faço sua cama e dou um pulo no banheiro. Encontro um escova nova e escovo os dentes, penteio meu cabelo.
Vou para a cozinha e pego uma xícara de café. Ele aparece minutos depois e se encosta na mesa, seus olhos fitando minhas coxas.
- Sabe de uma coisa?
- Que?
- Ainda não transamos em uma cama.
- Na verdade não transamos ainda.
- Sim. Aposto que posso inovar nesse quesito. Mas primeiro temos que trepar na minha cama.
- Quem disse que vamos t*****r mais vezes?
- Seu corpo.
- Meu corpo não diz isso.
- Sua b****a sim.
Eu ofego lembrando de como sua língua penetra em minha b****a úmida. Cruzo as pernas e gemo. Adam sorri, vencedor. Desgraçado.
- Quando voltar de viagem, você irá se entregar para mim de boa vontade.
- Como você tem tanta certeza disso?
- Apenas sei.
Ele estava tramando algo. O que seria?
- Como assim, apenas sei?
Ele se aproxima de onde estou sentada e abre sua camisa com facilidade, pegando meu seio na mão. Sinto-o intumescer na hora. Impossível não gemer. Como ele fazia isso?
- Vê? Não vejo a hora de te f***r em uma cama. Você não conseguirá andar por dias.
- Promessas – murmuro, atiçando.
Ele se aproxima e sussurra no meu ouvido.
- Essa promessa vou fazer questão de cumprir.
- Quem sabe – eu falo.
- Não me provoque.
- Já terminou seu café?
- Sim, porque? – pergunto.
- Tire minha blusa.
- Mas achei que..
- Quero ela. Quero sentir seu cheiro nela durante a viagem.
Puta que pariu. Eu iria gozar só com isso.
- Você está falando sério?
- Sim – ele me olha e me puxa, tirando ela, me deixando nua.
- E minhas roupas?
- Estão na sala. Vem.
Ele vai até a sala e eu o sigo, nua, sem nenhum pudor. Ele abotoa a camisa e aponta para as minhas roupas lavadas, secas e cheirosas. Visto ali mesmo, rapidamente.
- Boa viagem – eu murmuro se inclinando para beijá-lo.
Ele me agarra pela cintura, suas mãos se firmando em minha b***a, apertando em seu grosso pênis.
- Se eu pudesse te foderia contra essa janela – ele fala e eu olho para a janela de vidro que tem a visão da cidade toda.
- Eu iria gostar de ser fodida assim.
- Mas um lugar para testarmos quando voltar.
- Não demore então. Eu posso ficar com tédio e partir para outra.
De repente, sou jogada contra o sofá e imprensada contra seu corpo duro e sexy.
- Você é minha. Só minha. Só quem pode te f***r e chupar essa b****a sou eu. Você não sentirá prazer com nenhum outro cara a não ser comigo.
Fiquei tão excitada que podia sentir a umidade lá embaixo.
- Não sou sua.
- Apenas tente me contradizer – ele fala e me liberta.
Ainda tonta , me levanto e vou até seu quarto para pegar minha bolsa. Quando volto ele já não está mais lá.
Volto para o meu apartamento ainda meio zonza tentando processar tudo aquilo que tinha acontecido. Eva estava lendo um livro na sala e me olhou com aquele olhar que diz: Te peguei!
- Nada aconteceu. Não fizemos nada. Nem transamos.
- Nossa. Esperava algo mais.
- Eu te disse. Eu posso me controlar – eu menti.
Ela arqueia as sobrancelhas duvidando.
- Você quer dizer que não transou com ele?
- Sim. Não transamos. Ficamos tão bêbados que desmaiamos.
Ela ri.
- Só você mesmo, Cas.
Uma mensagem vibrou no meu bolso. Abro e vejo que é de Adam.
“Já fez sexo por mensagem?”
Ele estava tentando me deixar maluca?
Os dois dias que se passaram não tive mais noticias de Adam. Tive uma conversa série com Eva e decidimos aceitar a oferta dele porque seriamos idiotas senão aceitássemos. Resolvi não colocar nossa relação pessoal no meio disso. Eva é que não podia dizer o mesmo já que recebia muita atenção de Matthew. Todos os dias. Ele não se cansava. Acho que ele fez a mesma faculdade de perseguição de Adam. Eva tentava se afastar dele, mas ele insistia tanto e com as rosas e chocolates que ele há enviava todo dia ficava difícil ela resistir. Mas ela estava tentando e eu sabia bem que era difícil. Muito difícil.
Tentei me concentrar mais no trabalho e esquecer um pouco da existência de Adam já que ele havia parado de mandar mensagens com fotos de seus pênis ereto. Foquei em terminar mais dois contratos para focar apenas na sua empresa. Parte de mim estava extasiada e louca para começar a trabalhar, mas a outra parte estava p**a da vida com o vácuo que ele me deu. Ele simplesmente sumiu. Não liga, nem manda mensagens nem nada. Ele pensa que vai me fazer ceder? Está muito enganado.
- Ir para o clube? Hoje? Mas eu estou morta, Cas! – Eva reclama colocando as rosas na janela.
Diariamente durante os últimos três dias chega flores para ela. E chocolates e uns bilhetes eróticos enviados por Matthew. O apartamento estava cheio de flores o que era bom porque eu poupava o meu perfume e estava sempre perfumada.
- Claro que sim, - eu falo cruzando os braços na cintura – tenho que mostrar aquele pative de meia tigela que sei que divertir sem ele.
Eva sorri e revira os olhos e quando ela lança aquele olhar de sabe-tudo, já sei que vem coisa.
- Lembra que você não estava nem aí? Apenas esqueça ele e vamos fazer algo aqui mesmo.
- Não. Vamos para o clube, vou arranjar um homem a altura e vou t*****r com ele até minha vagina..
- Tá, já entendi. Vamos. Se você quer isso mesmo – ela fala como se eu não estivesse certa do que eu fazendo.
Eu estava certíssima.
Corri para o meu quarto já pensando no vestido e no salto que iria usar antes que Eva mudasse de ideia. Ultimamente ela está enfurnada dentro do apartamento e só pensando em trabalhar. Acho que é mede de encontrar com Matt e não ceder aos avanços dele.
Escolhi um pretinho básico, fiz uma make forte e usei uns sapatos pretos enquanto Eva vestiu branco com uns saltos pretos também. Estávamos lindas e solteiras. E iriamos comemorar nosso contrato.
O taxi parou no prédio onde ficava um dos clubes mais badalados da cidade e descemos. Eva continuava murmurando sobre como eu estava sendo infantil e louca e algo mais, mas eu não estava mais ouvindo. Queria mais era ir em frente com o meu plano. Se Adam pensava que eu iria ficar esperando por ele, ele estava muito enganado. Muito.
Quando entramos a pista estava cheia, a musica alta e gente já esbarrando uma nas outras. Peguei Eva pela mão e a direcionei para o bar. Pedi uma vodca e ela apenas água.
- Acho que você está fazendo uma tremenda burrada – ela comenta enquanto eu analiso o ambiente e não encontrando nenhum cara legal.
- Por quê?
- Você sabe por quê. Adam não vai gostar nadinha disso.
- E porque eu deveria fazer algo para agrada-lo? Não temos nada.
- É isso o que você acha?
- Não acho nada. Apenas isso. Não temos nada. Só..
- Fazem sexo casualmente?
- Sim, acho. Sei lá. na verdade, nem eu sei o que estamos fazendo. E para mostrar que eu não estou esperando feito uma i****a por noticias dele, vamos nos divertir.
- Ainda acho que você está se precipitando e..
- E nada. Vamos para a pista.
Terminamos nossas bebidas e fomos para a pista de dança. Fazia tempo que não dançávamos e quase me esqueci de como é bom. De como a musica e a dança me faz esquecer de todos os meus problemas. Eva e eu fizemos poucas aulas de dança quando éramos novas, mas somos muito boas e chamamos a atenção. Avistei um cara de olho em mim dançando no outro lado da pista. Quando ele viu que eu estava olhando-o, piscou e sorriu. Eva ainda estava dançando, peguei pelo seu braço e gritei que ia ao banheiro retocar a maquiagem. Ela se virou para responder e seu olhar travou num ângulo atrás de mim. Me virei e vi Matthew no bar na mesma cadeira onde estávamos a pouco tempo. Ótimo. Isso significava que Adam sabia onde estávamos e sabia o que eu iria fazer. Mas acho que Eva não gostou porque ela quase arrancou meu braço e me puxou em direção do banheiro.
- Porque ele está aqui?! O que ele quer? Porque logo aqui?!Vamos embora! Agora! – eu acho que não tem mais oxigênio em seus pulmões quando ela termina.
- Primeiro se acalma. Vamos retocar a maquiagem, você vai para o bar e eu vou para aquele carinha. Você pega carona com Matthew e vai para a casa ou para a casa dele, não sei. E acaba tudo bem.
- Como assim acaba bem? E eu não vou para a casa dele coisa nenhuma, está ficando doida?
- Então, sei lá, distraia ele até eu sair com o cara.
- Distrair?
- Sim.
Ela faz uma careta.
- Cas, você me paga!
- Claro que sim! – sorrio e beijo em sua bochecha. Ela ainda murmurava quando saí do banheiro.
Eva
No que Cas me meteu agora? Limpei meu rosto e apliquei mais uma camada de batom e conferi meu delineador. Quando fiquei pronta, alisei meu vestido e baguncei de leve meu cabelo. Peguei minha bolsinha e sai do banheiro dizendo baixinho que tudo ia ficar bem. Mas o mundo estava contra mim quando sai e vi que Matthew estava em frente a porta do banheiro feminino, encostado na parede. E com aquele sorriso cretino de sempre. Como eu tinha vontade de lhe dar uma tapa.
- Por acaso você está me seguindo? - perguntei-lhe, m*l-humorada.
- Devo mentir? – ele sorri.
Saio a passos largos e me sento no bar, pedindo uma vodca. Esse cara é inacreditável.
- Voce não deve beber assim – ele comenta.
- Cala a boca – murmuro.
- Sim, senhora.
- E pare de me mandar flores.
- Certo.
- O meu apartamento está ficando impregnado com aquele cheiro. Cas nem usa mais perfume!
- Combinado.
- E os chocolates também. Eles são ótimos, mas estou de dieta.
- Anotado.
- E os bilhetes também.. Eles são.. Muito ilustrativos.
- Os bilhetes em que digo exatamente o que vou fazer com você quando estivermos na cama? Ou no carro? Ou em algum local publico? Sem falar nas milhões de posições em que podemos..
- Pare! Já chega. É isso mesmo, eu quero que você acabe com tudo isso.
- Sim, tudo bem.
- Tudo bem? Só isso? Não vai revidar?
- Aceito parar com uma condição.
- Mais uma aqui, por favor! – eu chamo o garçom e depois olho para ele. Eu sabia que não ia ser tal fácil.
Ele ficou quieto, esperando minha reação. O garçom veio, colocou mais vodca no meu copo e saiu. Eu tomei tudo de uma só vez e o encarei.
- Certo, me diga, o que você quer?
- Venha comigo para a Grécia. Por dois dias. Depois se você quiser, eu paro de te seguir. Juro.
Eu levo alguns segundos para processar o que ele falou. Ele disse mesmo uma viagem para a Grécia? Por dois dias?
- Você está bêbado?
Ele ri. E gosto da sua rizada. Faz minha calcinha ficar molhada. Eu realmente precisava f********o.
- Não, não estou. Estou sóbrio.
- Porque você acabou de me chamar para passar dois dias na Grécia.
- Sim, chamei.
- Você só pode estar brincando.
- Não, não estou. Quero que você venha comigo. Só nós dois. Se depois desse tempo você na quiser nada comigo, eu juro que te deixo. Juro.
- Sério? Voce jura? Que vai me deixar em paz?
- Sim.
- Mas nesses dois dias eu não..
- Eu não vou te obrigar a fazer nada, Eva. É apenas uma viagem como amigos. Tenho que assinar um contrato e aproveito e nos conhecemos melhor.
Olhei para ele, desconfiada.
- Hmm, não sei não, parece mais uma armadilha.
- Não sou homem de fazer armadilhas. Sou sincero. Digo o que quero. Simples. E agora eu quero você.
Pedi mais um drinque. Era muita coisa para assimilar.
- Tá, eu vou pensar.
- Pense com carinho. Agora, vem, vou te levar para casa.
- Não se preocupe, eu vou de taxi.
- Não. Eu te levo.