Letícia 3

1803 Words
No dia seguinte as comemorações começaram cedo. Uma mesa de café da manhã gigante feita pela minha mãe, madrinha e minhas tias, começaram as histórias de como o nosso nascimento foi um milagre, eu adorava na verdade, segundo os médicos minha mãe não podia engravidar de formas naturais, e simplesmente no início de um tratamento para tentar engravidar, ela simplesmente engravidou de gêmeos. Então sim, sempre era uma grande festa, tanto na família da minha mãe como na família do meu pai. - Parabéns meu amor. É meu e do seu padrinho. – minha madrinha me entrega uma caixinha de joias. – Esse é seu Nico. Ela entregou um presente para o meu irmão. - Obrigada madrinha. Nossa é lindo. – Era um lindo relógio. Não era nada bruto, bem delicado na verdade, combinava comigo. Com algumas pedras de brilhantes eu acho. Não entendia muito de jóias, mas era extremamente lindo. - Obrigada tia! – o do Nico também era um relógio magnífico. – Eu amei! - Esse é nosso, parabéns flor. - Obrigada tia Dora. Nossa tia que lindo eu amei. – Era um colar de ouro branco, escrito meu nome. Tao delicado. O do Nico também era um cordão, com a sua inicial. - Linda Madrinha. – Nico agradece. - Parabéns gatinha. - Obrigada tio. - Parabéns amor, nossa como você cresceu. – Minha tia Paty sempre tão exagerada. Ela me deu uma bolsa um par de sapatos e um vestido. - Nossa tia, um armário inteiro em. – do Nico eram basicamente as mesmas coisas. - Tia! Obrigada. Ai gente eu amei tudo. – sim eu estava muito feliz com tudo. - Eu também, você são tão perfeitos. – Nico diz sorrindo. Ganhei mais alguns presentes dos meus primos e amigas. Roupas, brincos, uma pulseira. Amei todos. Depois do café meu pai e meus tios foram buscar as coisas para o churrasco. Desde que eramos pequenos tinha uma certa ironia em fazer churrasco, e de certo modo toda a família gostava, ou grande parte dela. - Gente eu não entendo esse apego de vocês por churrasco, de verdade. – minha tia Paty torce o nariz. - Mãe é muito bom, para com isso. A gente só não faz com mais frequência lá em casa por que você não gosta. – Barbara fala. - É verdade por que se dependesse do seu pai faríamos ao menos uma vez no mês. – ela revira os olhos. Mamãe encomendou dois bolo e uns doces em uma confeiteira ali próximo. Ficou até bem divertido o dia eu estava adorando tudo. O tempo ajudou bastante está um sol perfeito, um dia bem agradável. - Nik, lembra do churrasqueiro? - Sim! – Nossos pais caíram na gargalhada, não estamos entendendo nada. - Do que vocês estão rindo? - No casamento da Belle e do Alex, no dia seguinte Belle quis comer churrasco, Alex contratou um churrasqueiro que era um gatinho. – minha tia Dora começa. - Linda... – tio Juliano intervém. - Para Ju ele era mesmo. – Meu tio Juliano logo coloca uma carranca na cara, falaram que ele melhor, e muito mais bonito, ele era muito ciumento, foi todo um processo esse relacionamento deles por conta dos ciúmes do meu tio – Mas o telefone era para Paty. - Mãe? Você de olho no churrasqueiro não acredito. – Minha prima Barbara fala em choque. - Para Barbara ele realmente era gatinho. – ela fala baixinho - Que seu pai não me escute. - O que bebe? - Pai você sabia que mamãe queria pegar o churrasqueiro do casamento da tia belle. - Lavínia! – Minha tia grita em choque. - Vocês estão contando essas histórias para as crianças. – meus tios reclamam. - Adolescentes pai, não somos mais crianças. – Miguel reclama com meu tio Juliano. - Vocês sempre serão crianças Miguel. – Tia Paty responde. - A despedida de solteiro da Dora! – minha madrinha falava as gargalhadas. - Sim! Quase passamos a noite na cadeia! – Tia Dora também ria muito. - Foi a primeira vez que vi seu pai bater em alguém. - Meu pai? Tem certeza que foi o meu pai - Nico pergunta incrédulo. Sim! Meu pai era uma das pessoas mais tranquilas que conhecemos. Ele deu apenas um sorriso. - Em minha defesa, Nik estava com a mão machucada por causa daquele cara. - Mãe? Você bateu em alguém? – Nico e eu perguntamos juntos. - Essas quatro aí aprontavam. – Meu padrinho fala. - Que grande mentira, Belle sempre foi calma. – Minha mãe defende minha madrinha. Era sempre um barato ouvir as histórias deles. Sempre arrancavam risadas da gente. - Também a julgar de quem é o sr. Garcia acho que ela não tinha muita escolha. A matéria que eu li falava das coisas que ele Fazia. - Flavinha! Eu te falei que meu padrinho não gostou desta matéria. – Eu já estava por conta com essa garota e ela me solta uma dessa. - Nossa é mesmo me desculpa. – não é possível. Toda vez ela ia fazer a besteira e depois se desculpar. - Nossa garota você sabe como quebrar um clima ne. – Bárbara faz uma cara de nojo. - Que sem n0ção cara. – até mesmo Nico se irrita desta vez. - Crianças tudo bem que isso. Não precisa disso. Você é? – minha madrinha, pede silêncio. - Flavia, senhora Garcia. - Então Flavia eu sou Belle, pode me chamar assim. Aquela matéria foi bem sensacionalista. Contando sobre os 25 anos do acidente de carro deles e a evolução do Alexander Garcia. Mas não acredite em tudo que você leu ali, jornalistas gostam de enfeitar histórias. - Então a senhora não foi de fato sequestrada? – ela perguntou em tão bem debochado e curioso. - Há garota você está de sec@gem não é possível. – Naty quase voa nela. - Cala a boca idi0ta. - Barbara! – minha madrinha reclama. - Desculpa tia. – muito contrariada Barbara se cala. - Sim fui, e sim. Ale também levou um tiro. Sim ele morreu, sim ela voltou para tentar fazer mau aos meus filhos e eu tive que fazer coisas que não me agradam, Não eu não mandei mataram ela na cadeia. – minha madrinha estava um pouco sem paciência agora. - Belle não precisa... - Tudo bem Dora. Bem, nesta família não falamos do passado a não ser que seja necessário. Se você não tiver mais nenhuma pergunta daremos o assunto encerrado por aqui. Caso apareça uma dúvida, que não seja em uma ocasião tão inapropriada como o dia de hoje. - Eita! – Miguel e Barbara meio que tentam zoar. - Sério? – tia Paty quase fuzila eles com o olhar. - Desculpe senhora. – Flavinha se desculpa. Cara que mancada dessa menina falamos sobre isso ontem. Por que ela tem que ser tão invasiva. Como eu deixei Sabrina me convencer a trazer ela. Ok não foi bem assim convencer, mas eu deveria ter pensado antes. Era uma reunião íntima, por isso mesmo Nico e eu não queríamos fazer festa. - Anjo tudo bem? – Meu padrinho chega para falar com minha madrinha. - Sim Ale – eu achava tão linda a forma que eles se tratavam. Na verdade, as histórias de amor da nossa família eram todas lindas. E eu sempre sonhei com um amor assim, sempre imaginei encontrar alguém que lutasse por mim como meu pai e meus tios lutaram para ficar com minha mãe e minhas tias. Idealizei muito isso e talvez venha acontecer algum dia não sei, só não será com quem eu imaginei infelizmente. Meus olhos foram na direção dele, estava na piscina. Sinto raiva, por que eu não esqueço ele de vez?. Por que de algum modo eu ainda quero estar com ele. Esse meu pensamento sórdido de que algum modo Gabo algum dia iria me notar. Não entendo o porquê de eu não conseguir arrancar esse sentimento do meu coração. Isso me faz m*l, sempre fez na verdade e eu não consigo parar de gostar dele. Naty e Hember sempre reclamam na minha cabeça. Pelo fato de eu estar com a minha vida parada esperando uma coisa que não aconteceria. Mesmo eu nunca contando para elas que eu sentia de algum modo elas desconfiavam, Gabo sempre mostrou que não gosta nem um pouco de mim e só eu não queria enxergar. O decorrer da “festa” que não era bem uma festa. Estava indo tudo bem. No final da tarde meus pais insistiram em cantar parabéns mesmo Nico e eu tendo dito que não precisava. Nós estamos fazendo 16 anos. Não somos mais criança. Eles ganharam nessa, é claro, e cantaram parabéns. - De quem é o primeiro pedaço? – tia Paty pergunta pra gente. - Há não, sem essa vai tia. Não tenho mais idade para isso.- Nico responde. - Há é tia, sem idade para isso mesmo. – eu também protesto. - Hum estão se achando adultos agora. – Gabo brinca. - Para mini “Alexander Garcia” leva esse seu m*l humor para lá vai. Deixa eles . – Todos começamos a rir com o que a tia Dora disse. Era bem verdade que sempre se tinha esses comentários de que Gabo era a versão “sombria” do meu padrinho, quando ele estava revoltado com o mundo, e versão dele de antes do acidente que só queria curtir a vida Gabriel era uma mistura disso. Bem já era a versão do meu padrinho depois que conheceu minha madrinha. Hember era totalmente minha madrinha doce e boa o tempo todo, difícil você ver ela irritada com alguma coisa sempre estava tudo bem para ela, sempre disposta a te ajudar e uma ótima conselheira. - Anda de quem é? - Dos meus pais né gente. – Eu respondi meus pais me abraçam. - Esperem até ela começar a namorar. – Todos começamos a rir com o que meu tio Cae falou. - E o seu Nico? – ele passa um olho rápido por Todos e também entrega para os nossos pais. O bolo estava muito bom todos comeram de repetir No início da noite nossos pais resolveriam sair para jantar fora. Com alguns receios mais foram. - Eu ainda acho melhor contratar uma babá. – meu tio Juliano fala. - Pai, nada haver isso aí. – Lavínia questiona. - É gente para com isso vão se divertir. – Ben responde. - Há padrinho que isso, babá para a gente? - Principalmente para você e dona Barbara, Gabo. – A gente começou a rir - Qualquer probleminha vocês ligam que a gente vem na hora está bem? - Tchau pai. Tchau gente vão logo. Ou vão perder a reserva. – Assim que eles saíram no portão barbara gritou. - Huhuu! Festa sem supervisão!
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