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Quando Nós Dois - GABRIEL

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Blurb

Gabriel Garcia, o mais velho dos trigêmeos, adorava curtir a vida e levar tudo com leveza, totalmente apaixonado pela sua liberdade, corria de compromissos tanto amores como de trabalho. Tal como seu pai no início da vida adulta achava que tinha que curtir intensamente antes de arrumar compromissos a longo prazos. Com isso escondia um segredo a sete chaves, incapaz de revelar até mesmo para seus irmão o sentimento que carregava consigo.

Letícia Garcia Rodrigues. Menina doce e meiga, sempre usada de exemplo pelos familiares como a filha perfeita, carregava esse fardo de está sempre de bem com tudo o fardo da perfeição, inclusive escondendo sentimentos a muito guardado no fundo do coração, para não desapontar ninguém.

Pode dois corações tão distintos descobrirem a leveza um no outro?

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Gabriel
- Gabriel, levanta. Estamos muito atrasados. – o meu irmão me sacode. - Que saco eu não vou hoje, Me deixa. – cubro a minha cabeça novamente. - Você só pode ser louco, quer que a nossa mãe vem aqui te chamar? – ele faz uma pequena pausa. – Quer saber, tomara que ela venha mesmo. E você se vira com ela. - Que saco cara me deixa dormir, eu cheguei tarde ontem. Mesmo que eu vá não vou conseguir estudar mesmo, inventa uma desculpa qualquer lá. - Sabemos, Hemb e eu estávamos acordados, estudando para prova que temos hoje. Acontece que se você perder a prova hoje o nosso pai mata você. Você lembra o que ele disse da última vez que te pegou chegando tarde. Ele não quer você perdendo nada ou te coloca em um colégio interno. – que droga, Ben, não vai-me deixar dormir mesmo. - Ele sempre quis fazer isso mesmo. Qual a novidade? – o meu pai diz o tempo todo que vai me trancar no colégio lá na Suíça. -Ben, vamos logo. O motorista já está nos esperando. Eu não vou perder essa prova por causa dele. – escuto a voz da minha irmã na porta do meu quarto. - Bom já que você não vai, eu vou com a nossa irmã por que diferente de você não queremos perder a prova. Ou um semestre inteiro. – merd@ pior que eles tem razão são as provas finais. O meu pai não vai-me deixar viajar se eu não passar direto. - Não! Espera 5 minutinhos e eu estou descendo. – dou um pulo da cama. - Há claro – Bem, revira os olhos – Como sempre não é, se não descer em 5 minutos eu vou embora. – ele sai do meu quarto. - Não faria isto. - jogo a blusa do meu pijama nele. - Experimenta demora a descer. Hemb está nervosa, sabe como ela é. Se demorar vou sem você. Que droga! Benjamin tinha que ser sempre tão certinho e chato, era cansativo demais, ser o único irmão divertido. Me arrumo o mais rápido que consigo. Essa prova de hoje era realmente importante e eu não estudei para ela. Se eu reprovar meus pais me matam de verdade desta vez. Desde que começou o meu último ano na escola meus pais andam tentando-me colocar cabresto agora. Querem que eu crie um pouco de maturidade, querem que eu descida o que vou fazer. Mas eu Estou querendo mesmo o meu ano sabático, viajar por um tempo sem destino. Ao menos nas férias eu consegui a permissão deles. Claro passando direto sem reprovar em nenhuma matéria. - Cadê ele? Benjamin vamos chegar muito atrasados.- Hemb olha o seu relógio com impaciência. - Estou aqui, vamos logo. – ela revira os olhos na minha direita. - Mãe estamos indo. – Hember grita, para se despedir da nossa mãe. - Onde está Gabriel? – ela entra na cozinha. Uma das mulheres mais lindas do mundo essa minha mãe. Acho que sua beleza só perde para a da Lee... que merd@ é essa por que pensei nisso. - Estou aqui mãe. – digo fechando a geladeira, peguei uma maçã, não daria tempo para um café mesmo. - Há finalmente não é mocinho. – ela me dá um beijo – Tchau meus amores boa prova. Gabriel sabe o que está em jogo não é. O seu pai e eu não vamos voltar. - Eu sei mãe. Tchau. - Obrigado mãe tchau – Ben dá um beijo nela. - Até mais mãe, te amo. – Hemb também se despede. O motorista já estava a nossa espera, daqui a alguns meses eu já vou poder dirigir meu próprio carro o que me deixa muito feliz. Finalmente estávamos no caminho dessa bendita prova. Eu não sei por que meus pais insistiam tanto nos meus estudos já tem dois filhos perfeitos. Porque não me deixam em paz. Benjamin era o garoto perfeito, doido pra assumir as empresas futuramente. O meu pai fica todo orgulhoso dos passos que o seu filho quer seguir. Hember nem se fala. Ela é toda perfeitinha também. A menina doce inteligente meiga sabe dizer sempre a coisa certa na hora certa. Os nossos pais sempre a estão elogiando, porque não me deixam em pais de uma vez. Mas não, Gabriel tem que estudar e se formar e blá blá blá... Até que a prova não estava tão difícil assim. Acabamos bem rápido, achei até meio nada a ver todos preocupados e prova está tão moleza assim. Estávamos agora em horário de almoço no pátio da escola. Lotado de alguns alunos reclamando da prova, é pelo jeito não estava tão fácil assim. - Como foram à prova de hoje? – Leticia chega perguntado. Que saco! Não sei o porquê, mas tem dias que Letícia me irrita mais que o habitual. - Eu fui bem! – Bem responde todo feliz. Também se matou de estudar, não podia ser diferente. - Eu também fui ótima! Estava bem fácil, na verdade. – Hem não podia ser diferente ela é uma nerd. - Eu também achei bem fácil, me dei bem também – Verônica namorada do Benjamin responde. - Eu fui bem mais ou menos, mas acho que consegui a média. – Naty responde. - Que bom gente. Feliz por vocês. E você Gabriel? – eu estava de cabeça baixa mexendo no celular. Tento respirar fundo antes de responder, mas quando eu vi já tinha respondido. - O que te importa como eu fui na prova? – o semblante dela muda para tristeza. - Gabriel! Por que ser tão i****a? Pede desculpas para ela. – Hember sempre tentava amenizar as coisas, mas hoje realmente não era um bom dia, eu estava de mau-humor. - Você não e a minha mãe Hember, não vou pedir desculpa só falei a verdade. Ela não tem nada a ver com a minha vida. Muito menos com as minhas provas, coisa chata tentar estar presente em tudo o tempo todo. - Gabriel você está sendo um i****a. Para com isso cara. – Ben me olhava estranho. "Tá" passei um pouco dos limites por conta do sono, mas a Letícia é chata demais cara. - Tudo bem gente não se preocupem eu estou acostumado com ele sendo um i****a, não sei de verdade por que ainda falo com ele, Gabriel é um ogro idi0ta. - Realmente não sei também, esse cabeçudo. – até mesmo a namorada do Ben me joga um lápis. Talvez eu tenha pegado pesado, mas eu estou cansado com sono e geralmente Letícia me irrita ao extremo. - Vou andando, tenho aula em 10 minutos até mais gente. Estou bem ansiosa para o fim de semana gente. – ela junta as suas coisas e sai. - Aí Gabo por que está sendo tão i****a assim com a sua prima. A menina não te fez nada. Ela só estava tentando ser simpática. Perguntou para todos, podia ter sido simpático. - Aí não seria eu, gosto de ser autêntico. - Amor não adianta esse ai está mordido hoje, você podia ao menos tentar ser simpático com a nossa prima as vezes sabe. Não esse i****a com a menina o tempo todo. - A gente vocês sabem que eu nunca tive paciência para Leticia ela e chatinha desde sempre. Ela vive implicando comigo na fazenda sempre reclamando de tudo que está comigo, zero paciência para ela. - Você lembra aquela vez que ela colou chiclete no cabelo do Gabo. – todos estão dando gargalhada, - Ele teve que cortar o cabelo todo. Você tinha o que uns 12 anos. – Hember contava a história as gargalhadas, todos estavam rindo. - Era. – respondo seco. Não vejo graça naquilo ou em qualquer outra coisa que ela fazia quando mais jovens. - Isso mesmo ela ia fazer 11 eu acho,porque ele não queria deixar ela subir na casinha da árvore. – Bem também não controlava as gargalhadas dele. - Para gente ela não e mais aquela menina chata, que sempre implicava com o Gabriel. Na verdade, comigo nunca foi. – Hember defende. - Comigo também não, era só com o Gabo mesmo. - Na minha opinião ela continua sendo aquela pirralha. Insuportável. Mimada que queria tudo o tempo todo. As vezes nem parece que é gémea. - Para com isso Gabo, ela vai fazer 16 anos, se você dá uma oportunidade vai ver que ela não é mais assim, ela é maravilhosa agora. - Prefiro não, obrigado. – respondi seco - Isso na minha opinião cheira a romance. Vocês se gostam por isso são assim. – que droga ela está falando. - Não diga asneiras Naty - elas começam a rir. - Nunca tinha pensado nisso. Faz sentido. – Hember diz zombando de mim. - Cala a boca Hember. – ela solta uma gargalhada. - Meus padrinhos te matam Gabo. – Bem estava rindo também. - Quer saber vocês estão me irritando. Tchau. – me levanto chutando a cadeira. Era praticamente impossível gostar de Leticia ela era uma criança insuportável desde pequenos nunca nos damos bem ela sempre implicava comigo, sempre queria os brinquedos que estavam na minha mão, se eu estava andando de bicicleta ela queria a mesma o tempo todo ela não me deixava em paz. Já teve vezes em que eu não queria ir à fazenda para não precisar encontrar com ela quando mais novos. Confesso que depois que entramos na adolescência as coisas mudaram um pouco. Mais ainda assim eu não conseguia ter uma boa convivência com ela. Não queria esperar eles para ir embora, então chamei um carro particular. Assim que cheguei em casa vejo os meus pais saindo do quarto. Aos beijos. Como ainda conseguem fazer essas coisas. Achei que depois de um tempo essas coisas paravam. - Que nojo. – a minha mãe leva um susto. Eu começo a rir, brincadeiras a parte era linda de se ver a relação dos meus pais. - O que está fazendo em casa tão cedo? – ela pergunta. - Não teria o último tempo de aula, e eu não queria ficar com o pessoal. Vim embora. – dou de ombros. - Que bom, precisamos conversar garoto. – o meu pai estava com uma cara séria. - Há não pai sem essa. – tento fugir. - Sem essa o que garoto, você ainda não fez 18 anos, chegou ontem mais de meia-noite. Gabriel você está na reta final do ensino médio, ano que vem já terá que ingressar na faculdade e ainda quer levar a vida com as fosse uma brincadeira. – lá vem a mesma ladainha de sempre. - As minhas notas estão ótimas pai. As minhas saídas não estão afetando em nada os meus estudos, não fui hoje fazer a tal prova importante mesmo depois de passar a noite em uma festa, está tudo bem pai. Não foi o nosso combinado. Estou cumprindo. - Gabriel você precisa acordar. Não vai ser jovem a vida toda. Eu sei que é legal essas festas, farras, mas você precisa criar juízo. - Não vem com essa pai, você falou que você aprontou por muitos anos com a tia Nik, e estão os dois bem sucedidos. Isso não quer dizer nada. - Eu suportei o preço que precisei pagar por não ter limites, a sua tia Nik também Gabo, não queira pagar o mesmo preço que eu para chegar onde cheguei. – a voz do meu pai ficou um pouco sombrio, era sempre assim quando se falava nesse assunto. - Fora que você já tem dois filhinhos perfeitos, pai. Pode me deixar viver em paz. - Eu não tenho dois filhos perfeitos gabo, tenho três. Não estou-te comparando aos seus irmãos e nem quero que faça isso, nunca entendeu, todos vocês têm os seus tempos diferente, quero apenas que lute pelo que quiser de verdade. Que tenha objetivos e foco na vida. Não foi fácil chegar onde eu cheguei e muito menos da forma que cheguei. E se você gosta de se divertir, okay vá em frente, mas não se esqueça das coisas importantes para o seu futuro também. E além disso. 17 anos não é para chegar depois da meia-noite. Lembro de ter combinado isso também. – nessa ele me pegou. - Foi m@u pai, a festa realmente se estendeu um pouco. – era engraçado como que meu pai e eu sempre soltava faíscas. Mas nunca em momento nenhum na minha vida me senti menos que meus irmãos, se fosse preciso ele dava o primeiro passo para recuar mais não fazia eu me sentir de alguma forma menos que Hember e Benjamim. E eu o amava muito por isso. Minha mãe conta que foi por conta do meu avô, por ele ter tudo preferência pelo meu tio Heitor e sempre julgar o meu pai. Conversamos por mais algum tempinho, meu pai era um bom homem gosto de conversar com ele. Às vezes pegava demais no meu pé, mas. Como ele mesmo gostava de dizer e pro o seu próprio bem Gabo. - Vamos almoçar meninos. – mamãe nos chama. - Eu já comi na escola mãe obrigada. – recuso, indo em direção às escadas. - Tudo bem-querido, arrume as suas coisas, vamos par fazenda hoje à noite. - O que? Como assim por quê? – paro com o pé no primeiro degrau. - Aniversario da sua prima. E ainda não fomos esse mês. – droga é mesmo. Eu não queria ir. - Mãe... - Não Gabo, nós vamos e pronto. Nem começa. – droga! Não tinha muito o que fazer, vou arrumar as minhas coisas antes que ela mesma faça isso.

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