- Festa, agora sem supervisão! – Barbara, começa a gritar, assim que eles passam do portão. – Que tal voltarmos a brincadeira de ontem, ela pergunta animada, ela estava balançando a garrafa de vodca.
- Há gente acho melhor não. – Lavínia estava preocupada.
- Pode dar errado desta vez. – Hember também vai contra.
- Hember deixa de ser chata. – Miguel revira os olhos.
- É Lee, todo queremos brincar. – Nico esfrega as mãos uma na outra com entusiasmo.
- Eu concordo com ela. – Lavínia também estava receosa.
- Obrigada Lavínia, pode não dar certo desta vez, e eu não quero me encrencar.
- Novidade, falou a dona perfeitinha. – digo para ela.
- Gabo me deixa. – Ela me responde irritada.
- Aí gente que isso, vamos vai ser legal. – E lá estávamos nós brincando novamente.
- Flavinha para Leticia. – justo na primeira rodada
- Quantos garotos você beijou esse ano? – Leticia queria matar a Flavinha com certeza. Ela olhava para Flavinha com um olhar que vou te matar.
- Ou responde ou bebe Lee. – Barbara percebeu relutância dela em responder, com certeza ela ia responder, já que não ia querer beber.
- Nenhum. – Sua resposta sai baixinho.
- Mentira! eu não acredito! Você ainda não beijou ninguém esse ano. Como consegue? – O olhar da Lee era mortal, e a Flavinha fazendo chacota não ajuda muito.
- Qual o problema nem todo mundo sai beijando por aí. – Letícia da de ombros mas estava visivelmente nervosa.
– Gente não! Letícia você é “BV” ainda? – Olho para ela de sobrancelhas franzida, alguma coisa em mim gostou dessa hipótese ser possível, será que é possível que ela ainda não beijou ninguém. Eu adoraria... Cala a boca Gabriel gostaria de que.
- Há Flavinha qual o problema, ela não precisa sair beijando todos mundo igual você. – Pela primeira vez desde que chegamos aqui, Sabrina foi contra a prima dela e defendeu Lee. Pelo jeito todas as suas meninas sabem por que estavam todas quietas apenas observando.
- Aí Sabrina foi brincadeira. – Ela da língua para prima.
- Como sempre desnecessária. – Nico respondeu um pouco baixo virando sua latinha de refrigerante, Nico era muito calado mas quando se tratava da Letícia ele brigava mesmo.
Na rodada seguinte caiu Miguel para Vero. Não prestei muita atenção eu queria era saber se de fato Lee ainda não tinha beijado ninguém. A julgar pela cara de alivio dela, em a brincadeira prosseguir. Da para acreditar que a brincadeira da Flavinha era verdadeira. Letícia nunca beijou ninguém, isso era bem legal, a julgar que todas as meninas da escola já beijaram a maioria dos caras.
- Miguel para Barbara! Verdade ou desafio?
- Desafio!
- Beija o Daniel!
- Sério? Beijo – Barbara faz uma cara de tédio e beija ele.
- Lavínia para Vero.
- Verdade. – Vero se adianta.
- A primeira vez de vocês, doeu como todos dizem que dói?
- Eita, Lavínia assanhadinha em... – Naty começa a rir.
- Não vou responder isso gente, é íntimo. – então bebeu uma dose.
- Pedro para Nico. Verdade ou desafio?
- Verdade.
- Não pode Nico. Tem que ser desafio.
- Então por que me perguntou – ele diz rindo. Nico era reservado e já bebeu duas doses por não querer responder.
- Beija a Naty. – Nico vai na direção dela e da Um beijão.
Miguel bebeu para não ter que beijar a Lavínia, barbara ficou de sutiã por duas rodadas. Lavínia também bebeu. Flavinha também bebeu por que não quis beijar o Daniel. E depois por que não queria beijar o Pedro também. E assim a brincadeira ia se seguido.
- Próxima Gabo para Leticia. – Dou um sorriso, vou ter minha resposta. – Verdade ou consequência Lee?
- Verdade.
- Então quer dizer que a madre Teresa nunca beijou ninguém? – seus olhos ficam semicerrados me olhou com tanta raiva que provavelmente me mataria se possível. sua respiração ficou pesada, Depois do que parecia uma eternidade ela pega a garrafa.
- Eu vou beber. – ela enche o copinho.
- O que como assim? – Miguel pergunta.
- Leticia vai beber? – Pedro parecia perplexo.
- Gente isso aí Letícia!! – Barbara bem animada.
- Sabe que bebendo você já está nos dando a sua resposta, não é? – Flavinha zomba.
- Não me interessa o que você vai pensar Flavinha, eu não dou a mínima para você. – Realmente tive minha resposta se ela não quer me responder e por que de fato ela nunca beijou ninguém, e isso de algum modo me deixou feliz. Ela vira na própria garrafa com raiva.
- Crianças tudo bem? – ela ficou apavorada.
- Mãe? – Minha tia Nik, acaba de chegar e flagra Letícia com a garrafa na mão.
- O que é isso Leticia – merda isso vai dar problema. Dos grandes, perdemos a noção do tempo . – O que vocês estão aprontando?
- Tia não conta para minha mãe, ela vai comer meu fígado – Barbara ficou nervosa até por que foi ela que pegou a garrafa.
- Vocês estão de brincadeira não é!
- Na verdade e brincadeira sim tia. – Minha tia ergue uma sobrancelha para Flavinha. Ela não devia ter respondido. Ela e muito legal e até mesmo liberal, mas do que meus pais, mas odeia ser feita de boba. Ou brincadeiras inapropriadas.
- Não faz isso Flavinha minha madrinha te coloca em um Uber para casa agora mesmo. Cala a boca.
- E coloco mesmo, e só ela abrir a boca mais uma única vez se quer. – Minha tia pega a garrafa da mão da Letícia – Quem pegou essa garrafa? – Todo mundo ficou quieto, sabíamos que quem pegou a garrafa se ferrava mais que os outros. De qualquer forma ninguém ia entregar ninguém sempre fomos assim desde pequenos. Então como a garrafa estava na mão da Lee, ela ia ser penalizada provavelmente levar toda a culpa – Eu estou muita chateada com você Letícia. Como pode?
- Desculpa mãe.
- Desculpa não vai resolver nada. Vocês não têm idade para isso! Lavínia tem apenas 14 anos o restante de vocês 15, 16 e 17 anos. Onde acharam que iriamos permitir isso. Seus tios vão ficar furiosos.
- Mãe por favo. Eu...
- Não Leticia. Não venha me pedir por favor agora. Eu confiei em você, nós confiamos em todos vocês!
- Mãe não conta para os meus tios, a gente faz o que você quiser... - Nico tenta argumentar.
- O que aconteceu? – minha mãe vai acabar com a nossa raça.
- Belle, olha o que eu peguei na mão das crianças. Na mão da dona Letícia na verdade.
- Essa garrafa é da casa, quem trouxe ela? – Minha mãe era uma pessoa muito calma vou apelar para ela.
- Mae foi só uma brincadeira nem bebemos muito. – eu nem bebi na verdade.
- Não foi isso que eu perguntei Gabriel!
- Ao que tudo indica a Letícia. Estava na mão dela, você acabou de beber isso?
- Leticia? – Ela não respondeu a minha mãe, apenas a baixou a cabeça. - Logo você Letícia, eu não acredito.
- Desculpa madrinha.
Elas chamaram o restante dos adultos e foi um caos, todos brigando com quem bebeu, e principalmente com a Lee, que só sabia chorar, ela estava muito triste. Mas sabíamos também que de todos os adultos meu tio Caio e minha tia Nik são os mais compreensivos. Barbara se ferraria muito se minha tia Paty descobre que foi ela que pegou a garrafa.
- Quanto disto você bebeu Lavínia?
- Dois copinhos mãe.
- Letícia sua prima acabou de fazer 14 anos. Se acontecer alguma coisa poderíamos responder na justiça.
- Leticia se você não tivesse pego isso, ninguém teria bebido.
- Eu sei padrinho desculpa. – meu pai conseguia ser bem rígido também.
- Desculpa não vai resolver nada agora mocinha, o que deu na sua cabeça? – seu pai parecia bem chateado. Nico e Letícia tem um certo grau de amizade com os pais. Talvez por isso eles estejam tão chateado.
- Pai eu não fiz por m*l.
- Não fez por m*l o que você estava pensando? Me explica que eu quero entender por que você achou que pegar e dar bebida para todos era o certo.
- Vocês são todos menores Letícia. Aliás ela pegou a garrafa mas bebeu quem quis não é mesmo! – minha madrinha defende ela.
- Dora mesmo assim ela está errada.
- Eu sei Nik, mas todos aqui beberam por que quiseram não é mesmo.
- De fato. Barbara você deixou a sua irmã beber isso. – tia Paty questiona.
- Você Benjamin pensou o que? Eu não esperava isso de você. – meu pai fala. de certo que ele esperava de mim. Não do Ben.
- Não foi ela. – Todos param para me olhar. Barbara estava com pavor nos olhos. Meu tio Cae disse que mais uma e ela ia ficar em um colégio interno pelo resto do ano. – Fui eu, eu peguei a garrafa na casa, trouxe para cá para brincarmos de verdade ou desafio. Lee e Hember, foram completamente contra, nem chegaram a beber.
- Letícia estava com a garrafa na mão Gabriel.
- Eu sei tia. Mas ela foi meio que obrigada.
- Essa história está m@u contada Gabriel. – tio Caio fala.
- Logo vi, tinha que ser você ne Gabriel. – Meu pai estava furioso.
- Letícia, Por que não se defendeu. – minha madrinha perguntou
- Eu não queria entregar ninguém.
- Vocês estão escondendo alguma coisa! – minha mãe fala.
- Todos vocês estão muito encrencados. Principalmente você Gabriel.
- Eu sei mãe desculpa, achei que vocês não fossem...
- Não fosse o que Gabriel? Olha a idade de vocês.
- Acham que não íamos sentir o cheiro?
- Eu sei tia. Podem me castigar. Eu mereço.
Eles passaram quase uma hora brigando, os castigos eram surreais, o meu bem pior e claro. meu pai falou sobre já está na hora de eu criar maturidade. E bla bla bla...
- Acabou por hoje todos ficam nos quartos aqui na casa. – minha mãe fala.
- Tudo bem mãe. – dou de ombros.
- Gabo você deveria ter pensado nos seus primos.
- Desculpa madrinha. – já estava cansado de pedir tantas desculpas. Barbara sussurrou um obrigada. Por que ela não queria ir morar com os avós muito menos colégio interno. Meus pais falaram em ligar para os pais dos nossos colegas. O que deixou todos mais preocupados.
Depois de ter escutado praticamente seis sermões diferentes eles nos deixaram ir. A casa de jogos foi fechada. Eu fui para pisciana. Precisava andar um pouco, não foi nada legal todos aquele sermão. Somos todos criados bem próximos então fora os pais tínhamos tios e padrinhos bem preocupados.
- Por que fez aquilo? – depois De algum tempo que eu estava sentado na beirada da piscina Leticia chega.
- O que? – dou de ombros.
- Assumiu toda a culpa por mim? – ela estava de pé ao meu lado de braços cruzados.
- Não foi por você, foi pela Barbara, ela não podia se ferrar.
- A culpa era minha. Eu não ia entregar ela ninguém ia. Você não precisava fazer aquilo Gabriel.
- Já estou acostumado com todos me chamando a atenção. Você ia desmoronar e acabar entregando ela.
- Sabe que eu não ia... – de fato ela não ia mesmo.
- De qualquer forma já está feito. Fiz isso e agora já foi.
Eu só queria saber o porquê fez isso? – Ela não ia desistir.
- Eu não queria mais te ver chorando está bem. Queria que parassem de brigar com você.- me levantando e saio andando.
- Por que? Por que se importa – ela vem atrás.
- Leticia me deixa. Que droga!
- Não, me diz o porquê primeiro?
- Que diferença faz. Me deixa garota!
- Para mim faz.
- Por que é seu aniversário. Parabéns te livrei de uma. – Digo e ando mais rápido pelo jardim – Agora some!
- Aí, droga. – Dou uma olhada para trás ela escorregou na grama estava meio úmida do sereno.
- Você está bem? – corro na sua direção.
- Estou, não machucou não. – Ajudo ela a se levantar.
- Que droga cara por que você não me deixa. Está vendo poderia ter se machucado de verdade.
- Desculpa – ela meio que queria chorar. Eu sempre odiei ver ela chorando. Por mais que brigávamos muito ver ela chorando não era a parte legal dessa história.
- Não chora – seco a lágrima dos seus olhos com meu polegar. Ela continuava ali me olhando com aqueles olhos verdes que eu sempre achei lindos. Lee era uma menina linda, a mais linda na verdade. Sempre admirei sua beleza, e sempre fiquei puto quando meus colegas falam o quanto ela é linda, e como queriam “pegar” ela, por que ela é mesmo linda. Sinto vontade de beijar sua boca, seus olhos ficam conectados com os meus seu semblante triste. Me faz querer proteger ela. E na droga de um impulso eu beijo ela.