Victor
A boca dela era macia e saborosa exatamente como eu imaginei, e depois que ele aceitou que eu a beijasse, eu me entreguei. Assim como eu imaginei que faria desde que coloquei os olhos naquela boca, eu fiz. Passei a língua pelo lábio carnudo dela antes de capturar a língua dela com a boca e sugá-la, para depois explorar os cantos macios da boca dela.
A cada movimento que passava eu sentia ela relaxando mais e mais nos meus braços, até que ela apoiou as mãos na dobra do meu blazer e me puxou para mais perto.
E o que eu desconfiava fortemente se confirmou, assim que senti a boca dela na minha.
Era ela.
A mulher que eu queria ao meu lado. Ela me enfrentou e manteve a sua decisão e duvido muito que não soubesse quem eu era, e isso a fez agir diferente de qualquer outra mulher solteira da Corleone.
Ela me dispensou.
E eu estava intensamente curioso para saber os seus motivos, mas isso poderia esperar, até que eu a beijasse como ela merecia.
Puxei o lábio carnudo dela dentre os dentes e ouvi ela gem£r pela primeira vez, contra a minha boca. No instante seguinte ela me empurrou com força e eu a soltei.
- Você é maluc¢? - Ela perguntou, ficando completamente vermelha, o que tornava as centenas de sardas do rosto dela uma grande nuvem vermelha sobre a pele.
- Fiquei. - Confessei. - Assim que coloquei os olhos em você, fiquei completamente maluc¢! - Ela abriu a boca para debater, mas desistiu.
- Conseguiu descobrir o que queria? Posso ir embora? - Ela era intensa e as suas reações me fazia perder o pouco de juízo que eu tinha.
- Descobri, mas não te deixarei ir embora. - Ela arregalou os olhos. - Se não me disser o que eu quero saber. Seu sobrenome! - A relutância dela de me dizer o sobrenome ou a sua propriedade me dizia que ela tinha segredos. Deveria ser de alguma família renegada pela Corleone ou mesmo de uma família humilde.
Só que eu não me importava.
- Não posso dizer. - Ela tinha se afastado alguns passos de mim e torcia os dedos, uns nos outros, nitidamente nervosa.
- Me diga o que te trouxe aqui, então. - Eu aceitaria qualquer migalha que ela me desse, um ponto de partida, para descobrir quem ela é.
- O Monet me trouxe aqui. - A convicção dela deixou claro que essa era a real razão. - Soube que o Jardim em Giverny estava exposto aqui, e eu precisava vê-lo mais uma vez. - Ela colocou a mão no rosto.
- Você já tinha visto ele antes. - Eu afirmei e ela assentiu. - Onde? - O quadro chegou faz poucas semanas, eu o arrematei em um leilão a pouco menos de dois meses. Ela levantou o olhar e eu não sei bem o que eu esperava ver na sua expressão, mas com certeza não era aquilo.
Uma mágoa intensa brilhava ali.
- Ele era meu. - Ela falou confiante. - O meu pai se desfez dele, para me punir. - Trinquei os dentes.
- É seu. - Não me importava com o quadro, foi apenas mais um investimento. - Me diga onde mora e o receberá ao amanhecer. - Ela balançou a cabeça, em negação.
- Eu o vi pela última vez, e estou conformada que não verei mais. - Os olhos dela brilhavam com lágrimas. - Agora, por favor, me deixe ir?
- Eu vou te achar. - Ela arregalou os olhos. - E vou propor ao seu pai um contrato de casamento.
- Ele não vai aceitar. - Ela falou convicta.
- Ninguém diz não para mim. - Ela deu um passo para o lado, pronta para partir.
- Eu serei a primeira, então. Fique bem, Victor. - Ela correu, e como eu prometi, eu a deixei ir. Observei ela abrir a porta do carro preto com dificuldade e depois ligar ele e arrancar em disparada. A placa e o modelo do carro me levariam até ela com facilidade.
Ou o quadro.
Não importava; sentir a boca dela, o sabor da inocência e a reação de surpresa tinham carimbado na minha existência que ela é a mulher certa. Forte, audaciosa e linda.
A inexperiência dela ficou evidente e isso daria um toque a mais na minha missão de fazer dela minha. Ela será uma esposa perfeita e mesmo que ela não saiba ainda, ela já é minha.
Assim que o carro dela passou pelos portões eu voltei para casa, entrando pelos fundos com um objetivo em mente. Beija-lá tinha provocado o meu corpo intensamente, e precisei evitar pensar em me afundar nela, mesmo que fosse tudo o que eu queria.
Eu não tinha dúvidas que ela era completamente virgem. Que o primeiro beijo dela foi aquele.
Abri a porta do quarto da Valéria sem bater, como muitas vezes eu fiz e ela estava me esperando, como todas as noites de baile. Nua e com as pernas abertas para mim.
- O que deseja essa noite Senhor? - Ela ergueu o corpo nos cotovelos e sorriu com uma expressão safad¢ no rosto.
- Desejo que hoje você seja outra pessoa. - Abri a calça, sentindo as minhas bolas pesadas.
- Quem eu sou essa noite? - Coloquei o p¢u pra fora e ajoelhei no meio das pernas dela.
- De hoje em diante, toda vez que eu f¢der você, te chamarei de Lara. - Fechei os olhos e f¢di o corpo dela, imaginando que era a minha virgem e inocente futura esposa.
Minha Lara.