Lara
Eu o beijei de volta antes que eu me desse conta, e a boca dele tomou a minha com ferocidade, os nossos lábios se tocaram e eu abri a boca para recebê-lo, e mesmo que eu sentisse que um furacão, estremecia tudo em volta, tinha me dominado, ele era calmaria. A boca dele explorou a minha com força, ele buscou a minha língua com firmeza, mas devagar, desfrutando do beijo e manteve a mão firme no meu rosto, buscando cada pequena barreira que ele pudesse encontrar no caminho.
Eu envolvi o pescoço dele com os dois braços, puxando ele para mim e aprofundando o beijo, e o choque dos nossos sabores, das nossas línguas mandou um alerta por todo o meu sangue, preparando o meu corpo para tudo o que poderia vir, tudo que poderíamos fazer, e eu estava pronta para me entregar completamente. Por mais errado que isso pudesse ser.
E mesmo que eu estivesse dominada por aquela vontade intensa, ele manteve o ritmo calmo, movendo a mão devagar, descendo pelo meu pescoço e afundando os dedos no meu cabelo. Ele puxou o meu lábio entre os dentes de leve, e a dor fez algo entre as minhas pernas queimar, forçando um gemid¢ escapar da minha garganta, apenas para ouvior ele respirar fundo.
Ele tomou a minha boca de novo e me inclinou nos braços, grudando parte do corpo no meu, e eu queria mais, mais toque, mais proximidade, mais pele. Eu queria sentir aquilo por inteiro. A mão dele deslizou pelo meu braço, depois pelas minhas costas, por cima da blusa e parou na minha curva da minha cintura, e mesmo sem tocar a minha pele eu sentia o calor através do tecido. Ele apertou ali e outro gemid¢ me escapou, dessa vez ele o recebeu gemend¢ de volta. Sem perceber, eu subi a perna, apoiando na cintura dele, e assim que ele segurou a minha cox¢, encostando mais em mim, eu o senti, senti o quanto ele também me queria. Foi quando ele afastou a boca da minha.
- Lara… - A respiração dele estava descontrolada, assim como o sangue que corria nas minhas veias.
- Victor? - Eu respondi quase sem ar.
- Você é… - Ele parou de falar. - Você será o meu fim! - Aquela afirmação me fez tremer por dentro.
Ele passou os lábios nos meus de novo, com firmeza e determinação, e um arrepio reverberou pelo meu corpo. - Você me deixa… - Eu não o deixei terminar. Eu busquei a boca dele dessa vez, e ser pego de surpresa fez com que ele me puxasse para mais perto, subindo mais a minha perna, e pressionando um ponto extremamente sensível meu. Eu choraminguei contra os lábios dele e ele me ergueu no ar, me prendendo na cintura dele. Eu travei as pernas e as nossas linguas não vacilaram nem por um momento enquanto ele explorava a minha boca, e a mão dele afundava mais nos meus cabelos.
Eu estava completamente dominada por ele. Seu corpo inteiro no meu e o meu corpo no dele. Eu não conseguia parar mais. E ele me beijou com ternura e desejo, segurando o meu qu¢dril e me abraçando com força. Eu retribuí com todas as forças que tinha, liberando a vontade que eu sentia correr pelo meu corpo, eu mantive os braços no pescoço dele e afundei os meus dedos no cabelo dele, porque era o que eu queria fazer. Isso pareceu incentivá-lo. Porque o ritmo do beijo mudou. Agora ele não era mais terno, ele se tornou feroz. Mordeu o meu lábio e desceu a mão para a minha bund¢, apertou primeiro com um pouco de força, e eu g£mi nos lábios dele, e isso estimulou mais a ação dele, ele apertou com força agora, e segurou o meu cabelo com um pouco mais de firmeza, sem parar de me beijar. Eu estava aproveitando a sensação, meus pensamentos estavam apenas concentrados na boca dele na minha, no corpo dele grudado ao meu. Ele manteve o qu¢dril entre as minhas pernas e eu senti ele inteiro, duro e pulsante em mim. Ele empurrou e roçou o volume do membr¢ dele na minha parte mais sensível bem devagar primeiro, e eu agradeci pelas calças leves que eu usava.
Conforme eu g£mi, ele fez mais força e se moveu um pouco mais rápido, e eu precisei respirar fundo, ele me tinha completamente a mercê dele e eu senti o fogo dentro de mim vindo, como nunca tinha sentido antes, nem mesmo quando eu me toquei pensando nele; ele me beijava de forma voraz, quanto mais eu g£mia, mais ele se esfregava em mim, gem£ndo contra a minha boca. Quando o orgasm¢ me consumiu, subindo em ondas avassaladoras pelas minhas costas eu dei um grito quando me desfiz; um tremor intenso me tomou por inteira e eu precisei parar para respirar, enquanto as sensações subiam e desciam pelo meu corpo inteiro.
Ele começou a diminuir o ritmo, e os meus gemid¢s começaram a diminuir, antes dele tomar a minha boca de novo. Ele continuou movendo o qu¢dril contra o meu, esfregando cada vez mais devagar e isso prolongou o efeito do praz£r que eu estava sentindo. Meu corpo estava fraco e tomado por desespero. E ele estava completamente no controle do que eu estava sentindo. Eu sentia o corpo dele todo pulsar, eu o queria dentro de mim, naquele momento. Eu queria mais.
Cedo demais, ele finalizou o beijo com um encostar de lábios e disse:
- É melhor eu parar agora. - A voz dele estava rouca pela respiração forte. - Se eu não parar, vou tirar tudo de você. - Ele era uma pessoa melhor do que eu. - E isso poderia piorar a sua situação.
- Você tem razão. - Ele me colocou no chão devagar e arrumou a minha jaqueta, antes de arrumar a própria blusa. Eu mantive as mãos nos ombros dele, com medo de cair, pela fraqueza que eu sentia nas pernas. A sensação que eu senti se mantinha como uma lembrança forte ali. - Obrigada por me respeitar. - Ele encostou a testa na minha, misturando as nossas respirações.
- Não me agradeça ainda. - Ele falou passando os lábios nos meus de novo. - Eu não tenho um pingo de dignidade no meu corpo.
- Eu não acredito nisso; - Essa era uma verdade intensa. - Você parou, mesmo quando estava claro que eu não queria que parasse.
- Você é uma princesa da Máfia, um dia irá se casar, e para manter a sua segurança, não posso desonrar você. - Eu senti todo o meu corpo endurecer com as palavras dele. Pensei na conversa que ouvi mais cedo, as discusões sobre a minha completa pureza e a forma com que aquele homem me olhou, como se pudesse fazer comigo o que quisesse. A remota ideia de outro me tocar me dava um m*l-estar intenso. - O que foi? - Ele percebeu o meu desconforto e me olhou nos olhos.
- Nada. - Eu menti, mas eu sabia que mentir não era uma das minhas especialidades. - Eu odeio ser uma princesa da Máfia. - Uma meia verdade. - E odeio tudo relacionado a isso. - Completei com uma verdade completa. Ele não pareceu acreditar em mim, mas não me questionou. - Eu vou embora. - Ele deu um beijo leve nos meus lábios e se afastou rápido, rápido demais.
- Te aviso onde vou colocar o seu quadro. - Eu senti o meu sorriso abrir e assenti, mantendo o sorriso nos lábios. - Adeus. - Ele falou, com uma tristeza nublando a voz dele.
- Adeus. - Eu caminhei até o carro, olhei uma última vez para ele antes de entrar e não demorei para ligar o motor. Olhei pelo retrovisor só mais uma vez e ele continuava parado no mesmo lugar que eu o deixei. E aquela imagem grudou na minha cabeça até eu chegar em casa.