Na Floresta barulhenta.

2301 Words
Já era 1h da madrugada quando eu conseguir dormir um pouco, se não fosse pelo meu infeliz sono leve eu poderia ter acordado somente no dia seguinte, infeliz insônia me reviro na cama esgotada, não pelo trabalho nem nada disso, mas pelo tédio que vem sendo meus dias, me forçando a dormir, minhas olheiras já estão ficando em evidência, já fazem quase 3 dias que não consigo dormir direito, eu tinha um sono leve, porém era incomum eu acordar ou ter insônia. Eu nem havia dormido e já estava eu, aqui! Acordada olhando o relógio que apontava 3h ainda, e não conseguir mais pregar os olhos, isso porque há uma agitação na reserva, é totalmente normal que eu não consiga dormir já que o barulho e pertubador, difícil de me manter até na cama, nem a travesseiro estava resolvendo pra abafar o barulho lá fora, talvez a quilômetros de distância da minha casa, então me levantei e fui até a janela mesmo que fosse improvavel ver, ainda dava pra ver as árvores balançando, me faz pensar se há algum contrabando de madeira, até onde eu sei é ilegal, ainda mais na conservadora Villa. Tentava forçar a vista a ir um pouco mais além, mas tudo que eu conseguia ver era minha respiração embaçando o vidro, a minha cama estava tão quente comparado com o chão frio que eu piso descansa e o vidro molhado, pelo menos dava para ver pelo menos o meu quintal que era iluminado pela lâmpada próximo a porta. Aqui do segundo andar da minha enorme janela eu tinha uma visão privilegiada, poderia até ver além até onde as árvores balançavam mesmo sem vento, porém eu estava limitada só meu quintal, talvez na esperança de ver algum animal fugindo, eu saberia que talvez… só talvez fosse algum predador, fiquei alguns minutos em pé até sentir minhas pernas cansarem e minha mente querer sucumbir... Era improvável de acontecer, mas sim, acabei dormindo em pé com a cara colada na janela, como me mantive de pé ali é inexplicável, mas a dor intensa que tenho aí andar mostra que minhas pernas aguentaram bem ficar em pé todo esse tempo apesar de dolorosas, me sentei uns instantes só pra aliviar um pouco a dor, eu não iria dormir de novo, já tenho outra coisa pra fazer. Procurei no guarda-roupa peças confortáveis para caminhada, não foi difícil de encontrar na que todas as minhas roupas são boas pra isso, um capote branco tecido leve e calça jeans com um tênis básico para corrida, me vesti e saí rapidamente do quarto e desci a escada lentamente, minhas pernas ainda doía, eu nunca parava pra prestar atenção O dia seria um pouco monótono, acho que posso querer animar um pouco com um pouco de aventura, eu nunca havia entrado na reserva nem se quer pisei nos limites, seria incrível fazer isso pela primeira vez, mesmo que por poucos instantes, afinal eu ainda tenho aula hoje. Se me recordo acho que tentei uma vez entrar nessa reserva, mas algo muito estranho me mantém fora dela, mas agora estou extremamente curiosa mesmo sentindo uma sensação r**m e eu não estava falando do o vento frio que fazia doer até minha espinha. Que m*l faria fazer isso? A reserva é bastante conhecida por ser bem nociva, nunca se ouviu falar de nenhum animal perigoso nela, nenhum ataque… nada de suspeito, assim penso eu, ignorando totalmente o que aconteceu ontem, tenho o pressentimento de que seria algo sério afinal não era simplesmente ruídos, parecia grandes máquinas derrubando ganhos enormes. Não sei o que aconteceria se eu tentasse atravessar os limites, após minha última tentativa e minha vertigem repentina acredito que esteja tudo bem se eu quiser agora, mas do que estou falando? Fica parecendo que alguém queria me impedir, como alguém poderia ter influência sobre o psicológico de alguém de forma sobrenatural? Dei o primeiro passo para dentro da reserva e um calafrio invadiu meu corpo como se eu tivesse entrado em um mundo totalmente diferente… uma nova dimensão, a vertigem veio martelando em minha cabeça de forma leve ficando mais intensa. — dessa vez isso não vai me fazer voltar! — disse a mim mesma correndo entre as árvores rindo freneticamente, isso estava me fazendo tão bem. — Não posso recuar agora! — Pensei comigo mesma quando um galho de árvore caiu a minha frente me fazendo olhar pra cima, tive uma deslumbrante e desastrosa visão também, tudo junto, o céu escondido entre as folhas balançadas pelo vento, as árvores com galhos quebrados pendurados. Essa percepção distorcida me fez olhar pra trás e querer voltar pra casa, então voltei a correr entre as árvores, eu estava próxima, isso era certo, havia algo me chamando então eu queria ir, ao mesmo tempo que tinha algo me mandando pra casa, eu claramente estou ouvindo a nova voz, por mais misterioso que fosse essa destruição ao redor, eu estava perto de descobrir algo, eu sei que sim! Mas não acredito que seja algo tão perigoso, Villa é centenária e nada nunca aconteceu aqui. Não sei quantos minutos andei, mas agora o sol parecia mais forte o horário se estende e eu já me sinto completamente perdida "eu realmente não estou preocupada com isso!" Passei a andar mais devagar, já que não podia ver mais nada além de árvores e galhos quebrados, eu sigo os ganhos como se fosse uma trilha me levando para algum lugar. Agora meus pés mergulham em meio a montes de folhas verdes e secas escondendo totalmente meus pés, mas como estou de tênis, eu realmente não me importei em ter cautela com isso. Esses galhos a quantidade quebrada e a espessuras deles não condiz a nenhuma máquina, e não há sinais que entrou máquinas aqui e não seria possível já que tem tantas árvores, as árvores se quer tem algum arranhão de animal selvagem, nada explica esses galhos quebrados de forma agressiva. A madrugada que passei dormindo em pé estava me custando agora, minhas pernas começaram a tremer, eu já havia chegado ao meu limite, arrastei alguns galhos com folhas ainda verdes e juntei perto de uma grande árvore onde tinha um espaço confortável para me sentar e até deitar. Eu não estava me preocupando com o horário, apesar de ser sexta, nem faculdade, nem trabalho dependiam de mim, na verdade hoje era meu dia de folga no trabalho, e a faculdade estou no meu último semestres. As vezes me dar vontade de passar na cara de Mary o quanto eu posso ser melhor do que ela, ela sempre me tratou como uma ninguém, e me usa pra escapar da sua mãe era seu ponto forte, mas isso não quer dizer que ela tinha controle sobre mim, eu só não me importava, não fazia diferença nenhuma, mas ela não pode me tratar como um nada, eu sou dona de tudo que os Trainor tem, eles não tem nada! Ela gosta de contar o quanto são unidos, eu gosto de lembrar o quanto são gananciosos e falsos, esses são os Trainor. Descansei por uns minutos escondida entre os ganhos até minhas pernas aliviarem a tensão e continuei o caminho, eu m*l sabia onde queria chegar, no mínimo eu poderia chegar a alguma estrada no fim dos limites da reserva, por isso não me preocupo tanto, por algumas vezes pensei estar andando em círculo, essa reserva parece ser maior do que parece, supostamente Andei em círculo em algum momento, se eu me perder aqui, aqui ficarei, deveria ter seguido em direção reta sem desviar Finalmente havia chegado em algum lugar, avistei algo ao longe, como pode haver um lugar desses em meio a uma reserva? Eu não tive coragem de ultrapassar a área, tive um pressentimento r**m se o fizesse, o único lugar que tinha pra conseguir .e esconder realmente era entre as folhas atrás de uma enorme árvore, uma das maiores que já vi nesse curto período aqui dentro uma árvore que me esconderia mesmo se eu deitasse no chão esticada tentando ultrapassar sua largura. Há um deslumbrante casarão branco construído no meio da reserva, como ninguém nunca comentou sobre isso? A porta de entrada é enorme, o segundo andar parece todo feito de vidro, com certeza alguém poderia me ver se estiver alguém lá em cima, então por mais esse motivo não posso sair daqui de trás. Era linda de tirar o fôlego, devem ter derrubado mais de 100 árvores para liberar um espaço tão grande para construir e ainda ter uma enorme área livre, por mais que m*l cuidado, apesar do casarão ainda está conservado, parecia que já não viam aqui faz mais, digo pelo quintal, folhas secas bancos madeira velhos, uma mesa cheia de musgo… sim já havia muito tempo que ninguém vinha, mas parece que mudou alguma coisa, talvez se eu ficar aqui observando apareça algo, aquela lua forte ontem a noite foi incomum, mas esse lugar é tão longe, será que foi um clarão mais forte do que imaginei. Me sentei atrás da árvore e decidi esperar o tempo que fosse até que conseguisse saber algo, eu tentava me manter acordada, foi uma péssima noite, totalmente perdida, e esse silêncio estava me fazendo ficar entediada, pelo menos no meio dessa árvore entre suas grandes raízes estava mais confortável do que de pé, sentia até um leve ar quente como de uma respiração aquecendo todo meu corpo, estou finalmente sentindo sono, isso era tão raro mesmo que eu passasse uma noite inteirinha acordada. — você devia contar a verdade é sua obrigação, samita, você já alcançou a maioridade, eles não podem fazer mais nada. — insistiu o homem alto e autoritário. — você não pode me obrigar! — disse também debatendo, não seria fácil me fazer dar o braço a torcer — Não! É verdade , eu não posso te obrigar, mas eu mesmo posso contar! — Disse calmo mesmo usando tom ameaçador. — Não. — disse aborrecida, mas ele ignorou minha birra, estávamos eu e Bartolomeu em um lugar todo branco não havia nada a não ser a gente ali. — você não é uma pessoa egoísta se não contar, mas eles precisam saber que você é a herdeira de tudo. — comentou apreensivo. — eu faço isso para meu bem, eles caíram em cima — Exclamei dando de ombros. — O seu bem? — disse pensativo. — você só os deixa esperançosos em conseguir algo, mas talvez eles pensem em você, queira se aproximar. — comentou observando minha reação. — Eles não pensaram em mim! Quantas vezes estive sozinha e nenhuma delas veio me ver? — isso é porque você não contou sua situação, sei que eles entenderam. — Tentou intervir. — Então aposte seu dinheiro todo nisso, e vai à falência, — disse irritada. — concordo! Não confie em ninguém e eu disse a ninguém, você entende, não é? — eles ainda vão dar um jeito de lucrar nisso também… porque quando eles descobrirem, não irão parar. — Porque você tem tanta certeza? — você não sabe, mas a muito tempo eu conheço essa briga, por algo que nem é deles. — seus pais me falaram algo a respeito, mas… eles não é possível que eles não tenham remorso pela morte dos seus pais, é melhor que conte. — Insistiu tentando me convencer. — não, eu não vou contar, ainda é cedo. — talvez você esteja enganada sobre eles serem falsos, pode ser que eles sintam. Afinal são família. — eu não acredito — existem algo muito mais além que a falsidade dos seus parentes, você pode está colocando sua vida em risco. — disse me alertando inquieto. — Eu já sei a verdade, você não pode me obrigar. - Eu sei mas também não vou ficar de braços cruzados. — mas do que está falando? — Há muito tempo eles já sabem e você não está sabendo! — E se eles sabem por que não dizem nada? — É mais complicado do que você pensa, eles podem usar isso pra negar a sua sanidade. — Disse me dando as costas. — por eu não querer contar sobre a morte de meus pais? — perguntei agora seria. — você está começando a entrar em algo muito perigoso, deveria ouvir apenas a voz a cautela, e se fosse para te dar um conselho eu diria a única coisa, vá pra casa! — Do que está falando? — A muito mais do que você está acostumada você não vai saber lidar com essas coisas! E ainda por causa de uma mentira você pode perder sua fortuna. — O que… — Olhar! — exclamou apontando para o horizonte. — Se você olhar para longe e focar bem na direção que está olhando então você verá uma saída no fim do túnel a uma coisa bem no fundo que pode ser a resposta de tudo, e você olha e pensa não ver nada, mas quando você foca logo sua mente ganha forma daquilo que você mais anseia. — Dizia olhando para o nada e num repente ao longe surgiu uma luz amarela e quando olhei se tornou um formato de um corpo preto da cabeça aos pés. — Então é isso que você vê?! — disse pensativo, naquele instante ele ficou sério e sem reação. — é um homem. — Exclamei surpresa. — te aconselho a não ir até a alma, não essa alma... se é que existe isso nele, mas há outro que vai lhe ajudar, talvez eles esteja tomando sua mente agora então… Musolinne vai... De repente acordei do sono profundo, havia caído alguns novos ganhos ao meu redor, mas não era isso que havia me acordado, mas sim as vozes em direção a mansão, as pessoas haviam chegado, finalmente eu iria descobrir algo.
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