CAPÍTULO 4

1031 Words
Gael  * — Forme pares!— Eu grito, e os recrutas no campo começam a se mexer. É mais uma manhã de treinamento e estou ansioso para ver o que esses recrutas podem fazer. — Espalhe-se. Vamos ter um pouco de luta hoje.— Os recrutas seguem meu comando, dividindo-se em dois e distanciando-se um do outro. Léo dá um passo à frente no meu lado direito. — Vamos ver o que vocês têm!— Ele diz, batendo palmas. Os recrutas ficam parados por um minuto, olhando uns para os outros. Léo bate palmas novamente. — Um de vocês ataca enquanto o outro defende. Combate corpo a corpo, vamos!— Sem perder mais nenhum momento, os pares começam a circular um ao outro. Eu começo a caminhar para observar, com cuidado para evitar chutes ou membros se debatendo enquanto os recrutas treinam. Alguns deles são melhores do que o esperado, eles derrotam seus oponentes rapidamente, outros parecem que m*l têm ideia de como lutar. O flash de um longo r**o de cavalo loiro chama minha atenção e vejo Fabíola, posicionada em frente a um cara com o dobro do seu tamanho. Ela está usando um short curto hoje e eu não posso evitar, mas dou uma bela apreciada em sua abundância perfeita. Ela está de camiseta de novo, mas aposto que seus s***s são perfeitos pra c*****o também. Não. Não posso pensar nela assim. Por mais gostosa que seja, ela é duas vezes mais frustrante. Ainda estou chateado com a façanha que ela fez ontem, falando sem respeito comigo na frente dos outros recrutas. Eu imediatamente percebi que ela definitivamente não é meu tipo. Eu a imaginei sendo doce e submissa mas, aquela garota é toda fêmea alfa. Claro, ela é sexy como o inferno mas, ela também é mais problemática do que vale a pena. Fabíola avança em direção ao cara em frente a ela e quando ele está prestes a bloquear seu movimento, ela o pega desprevenido, virando para a esquerda. Isso o desequilibra apenas o tempo suficiente para ela se abaixar e tirar seus pés de debaixo dele com uma perna. Por um segundo, acho que ele vai cair sobre ela mas, ela é rápida, ela se inclina e dá cambalhotas para fora do caminho, levantando-se de pé e fechando os punhos na frente dela, quicando. Que garota perfeita. Tenho que admitir, estou impressionado. Por mais tagarela que seja, presumi que fosse o tipo que lutava com as palavras em vez dos punhos, parece que estou errado. O parceiro de Fabíola geme, lutando para se levantar. Parece que a queda o deixou sem fôlego e ele leva um momento para se recompor antes de atacar Fabíola, os punhos cerrados. Novamente, ela é muito rápida para ele. Ela se esquiva no último segundo e ele quase perde o equilíbrio e cai. Seus lábios se mantiveram em um sorriso de satisfação enquanto o cara se vira para encará-la, agora fervendo. Eu me aproximo deles. — Talvez você precisa um desafio maior.— proponho, olhando para Fabíola e erguendo uma sobrancelha. Ela fica com esse visual como de cervo encurralado mas, rapidamente o enterra e dá um passo para trás, posicionando as mãos nos quadris. — Ah é mesmo?— ela pergunta. —Você quer um pouco disso, vambora — Eu balancei minha cabeça. — Tsk, tsk. Se eu não soubesse melhor, pensaria que você estava tentando lidar com uma atitude sarcástica comigo novamente.— — Não, senhor.— diz ela, fingindo inocência e levantando as mãos. Seu tom ainda está cheio de sarcasmo. Eu posso ver através dela, ela está desafiando minha autoridade novamente. Meu temperamento explode e minhas garras de lobo vêm à superfície, mas eu o empurro de volta. — Boa menina.— eu digo, sabendo muito bem que meu tom condescendente vai insultar a natureza alfa de Fabíola. Eu sei que tive sucesso quando seus olhos brilham como prata, seu lobo aparecendo. Estou surpreso com a rapidez com que ela é capaz de empurrar seu lobo de volta para baixo e ela não responde, ela, em vez disso, levanta os punhos e começa a pular para frente e para trás na planta dos pés, pronta para lutar. Meus lábios se contraem em um meio sorriso quando me posiciono em frente a ela, prontamente agachado e pronto para me defender. Ela vem até mim rápido mais rápido do que eu esperava mas, tenho anos de treinamento ao contrário ela. Eu saio do caminho e ela passa por mim. Quando ela se vira para me encarar novamente, posso ver que ela está nervosa, mas focada. — Isso é o melhor que você tem?— Eu a desafio, e ela vem para mim novamente, puxando o punho para trás para acertar um gancho de esquerda. Novamente, sou mais rápido. Eu manobro para fora do caminho no último segundo e ao fazer isso, pego seu bíceps com minhas mãos. Em um movimento rápido, eu viro seu corpo e ela cai de costas com um baque. Não estou preocupado em machucá-la,os transmorfos curam rápido mas, ainda sinto dor. Ela estremece um pouco, parece mais zangada do que magoada enquanto se levanta. Fico surpresa quando ela levanta os punhos e começa a pular, pronta para tentar novamente. Essa garota tem ainda mais resistência do que eu pensava. Ela vem para cima de mim de novo e eu uso o mesmo movimento para derrubá-la no chão pela segunda vez. Desta vez, o impacto é mais forte e aposto que a deixou sem fôlego. Ela fica deitada por um momento, ofegante. Eu fico em cima dela, cruzando os braços sobre o peito. — Parece que você ainda precisa aprender muito, recruta.— provoco. Eu ofereço minha mão para ajudá-la a se levantar mas, ela apenas faz uma careta para mim, se levantando do chão e batendo as mãos no short. — Estou aqui exatamente para isso, senhor.— Eu me afasto dela, dando a seu parceiro original um aceno de cabeça para continuar. Juro que posso sentir os olhos de Fabíola queimando minhas costas enquanto me afasto e não posso deixar de sorrir. Ela pode ter vencido a primeira round mas, queria igualar o placar.
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