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Gael, o Alfa - Serie Super Matilha

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A matilha que ele conhece é destruído em pouco a minutos, por um Alfa faminto por poder, fazendo com que Gael assuma sua liderança como Alfa antes do que ele e os que sobraram de sua matilha esperava, seu principal foco agora é proteger o território da super matilha contra o Alfa louco, Daniel.

Mas uma das nossas recrutas a deixa intrigada o tanto quando o deixa irritado.

Ela nunca foi estudiosa e nunca se sentiu parte de nada no mundo, somente de sua matilha, mas, no dia em que o pessoal que está treinando no esquadrão visita sua escola para uma apresentação, Fabíola sabe que é isso que ela quer para sua vida... Ser uma lutadora, mas será que seu jeito dominadora vai fazer com que o Alfa Gael a deixe entrar para o batalhão?

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CAPÍTULO 1
Fabíola . Eu m*l dormi noite passada. Os últimos dias foram exaustivos, com a formatura do ensino médio e todas as celebrações que acompanham esse acontecimento, mas eu estava tensa demais para descansar de verdade. De várias maneiras, sinto que esperei por hoje durante toda a minha vida. — Fabiane!— Eu grito, jogando um travesseiro pelo quarto, ele pousa na forma adormecida da minha irmã e eu a ouço gemer em protesto. Atravesso o nosso quarto até o banheiro, chutando a estrutura da cama ao passar. — É melhor você se levantar, ou vamos perder o ônibus.— Eu acendo a luz do banheiro, bocejando enquanto estudo o meu reflexo no espelho. Meu cabelo loiro liso está um ninho emaranhado, então a primeira coisa que faço é alisá-lo até que eu possa prendê-lo em um longo r**o de cavalo. Depois, troco o meu óculos preto por lentes de contato, escovo os dentes e pego o resto dos meus produtos de higiene pessoal. No momento em que saio do banheiro, Fabiane está sentada na sua cama, piscando o sono de seus olhos. Fabiane vai até a cabeceira para pegar o óculos, ajustando a grande armação preta na ponta do nariz. Temos os mesmos óculos e embora sejamos gêmeas idênticas, juro que ela se sai com um estilo Nerd muito melhor do que eu. Transmosfos não tem nenhuma problema de saúde devido nosso dna, mas por sermos gêmeas isso não foi uma regra, já que precisamos usar óculos ou lentes. Eu nunca gravei a resposta que o médico deu a mamãe por essa nossa "anomalia genética". — Que horas são? — ela pergunta sonolenta, deslizando o edredom para fora de seu corpo. Eu lanço um sorriso para ela por cima do ombro e balanço as minhas sobrancelhas. — É hora de espantar esse seu bafo de dragão.— E jogo outro travesseiro nela. . A maioria das pessoas pensa que lobisomens são coisas de contos de fadas, mas existem várias matilhas ao redor do mundo, escondidos à vista de todos. Como espécie, temos a tendência a nos manter isolados. A maioria das matilhas tem seus próprios territórios, cidades e escolas, então podemos ficar separados da população em geral e viver sem medo de sermos descobertos. Em geral, desconfiamos de estranhos, porque desde a infância está enraizado em nós que revelar o nosso segredo a um ser humano pode levar à nossa extinção. Quando mais nova, me lembro de muitas conversas abafadas sobre a nossa cooperação na guerra dos Volturi contra os Cullin mesmo eles sendo vampiros, que são biologicamente nossos inimigos naturais por serem tão territoriais quando nós mas, quando Jacob descobriu que Renesmee era sua companheira ele faria tudo para mante-lá a salvo. Já se passaram anos dessa guerra para nós é apenas uma lenda, assim como somos para os humanos mas, essa "lenda" reflete em nós até os dias de hoje... Um Alfa chamado Daniel se juntou com os Vulturi pois sua companheira acreditava que Renesmee fosse realmente uma criança imortal, que seria contra todas as leis do mundo sobrenatural, mesmo depois de ter comprovado que Renesmee foi feita enquanto Bella ainda era humana muitos vampiros e lobisomens entraram em alguns conflitos internos e em um desses conflitos a companheira do Alfa Daniel veio a falecer... Uma verdade sobre nós é que os lobos quando perdem seus companheiros viram selvagens pois nosso companheiro é nossa alma gêmea como diria os humanas, só que de fato quando perdemos um companheiro perdemos uma parte da nossa alma e isso leva vários lobisomens a beira da loucura, Alfa Daniel virou um monstro, o homem passou a atacar matilha por matilha, tirando os Alfas do poder, assumindo seu lugar e tomando os membros da matilha para si. Ele deu o nome a sua matilha de Matilha das Sombras. Desde que nosso Alfa ficou sabendo dos ataques a pequenas matilhas a segurança de nossa matilha na nossa pequena cidade tem sido reforçada. As matilhas de lobos geralmente mantêm um olho sob o que as outras matilhas fazem e normalmente não têm muito conflito mas, vivemos em um estado constante de apreensão de que a matilha das sombras viria atrás de nós desde que ficamos sabendo sobre os ataques. Fabiane e eu ainda éramos crianças, então não sabíamos muitos dos detalhes, tudo mudou para nós há cerca de cinco anos, quando nossa matilha formou uma aliança com outras cinco. Eles ocupam os territórios vizinhos e nós formamos uma espécie de 'super matilha', onde cada matilha individual permanece autônoma, mas trabalha em conjunto e protege umas das outras. Todas as matilhas se juntaram por necessidade para nos proteger da crescente matilha de sombras e funcionou muito bem, porque o nosso pequeno canto do mundo não é mais tão pequeno. Com o fluxo da população vieram mais oportunidades e o local se construiu muito rápido. Em todos os nossos territórios, agora contamos com uma cervejaria local de sucesso, um alojamento de esqui em uma montanha próxima e inúmeros negócios. O turismo ao redor traz muito dinheiro e somos capazes de ter essa área isolada do resto do território da matilha para podermos nos manter. Nossa aliança é composta de seis matilhas, Matilha da lua cheia, Matilha da lua crescente, Matilha da lua de sangue, Matilha da lua de prata, Matilha da lua azul e Matilha da lua nova, algumas pessoas começaram a se referir ao coletivo como 'Super Matilha' e o nome pegou. Mesmo que nos chamemos de super matilha e nossos interesses estejam alinhados, permanecemos sendo matilhas muito separadas, cada um com o seu próprio alfa. Cada um de nós vive no seu próprio território e tem o seu próprio estilo de vida. Os seis alfas formam uma espécie de conselho ao lidar com questões que afetam os territórios como um todo e sua segurança, e a super matilha tem um batalhão de segurança coletivo. O batalhão é composto pelos melhores lutadores de cada uma das matilhas e lida com tudo, desde grandes ameaças que não acontece muito, até patrulhas de rotina nas fronteiras. Desde o momento em que o time oficial do batalhão foi formado, eu sabia que queria fazer parte. Eu tinha que fazer parte disso. Nunca fui uma ótima aluna. Enquanto a minha irmã gêmea tirava facilmente nota dez na escola, eu matava aula e fumava cigarros atrás das arquibancadas. Eu sei que é clichê mas, mesmo que nós dividíssemos um útero, Fabiane e eu realmente não poderíamos ser mais diferentes. Ela é atenciosa, cautelosa e brilhante, enquanto eu sou imprudente, descuidada e teimosa. Sempre fui briguenta, em uma viagem de campo ao centro de treinamento do esquadrão quando eu tinha quatorze anos foi um grande ponto de virada para mim, eu nunca pensei muito no futuro, mas assistir as pessoas lutando naquele dia despertou o meu interesse em algo pela primeira vez eu sabia que queria ser um deles e daquele dia em diante, me joguei no treinamento. O batalhão de segurança não é algo para o qual você pode simplesmente se inscrever depois da formatura do ensino médio, você tem que passar por um verão cansativo de treinamento e ser selecionado. O time que é como eles chamam os lutadores já oficializados dentro do batalhão é muito importante para a super matilha, então eles treinam pesado. Quando eu ainda estava na escola, alguns lutadores do batalhão iam para a escola uma vez por semana para dar um curso de treinamento e aqueles de nós que tinham aspirações de entrar no time um dia continuariam a praticar um com o outro nas noites da semana. Tentei convencer Fabiane a treinar comigo, mas ela estava mais interessada em sentar na frente de computadores do que sujar as mãos. Mas o time também funcionou para ela, porque o batalhão de segurança não é só músculos. Há um pequeno time de indivíduos experientes em tecnologia que trabalham na unidade de TI para o batalhão de segurança, responsável por rastrear os movimentos da matilha das sombras e quaisquer outras ameaças. Fabiane é uma gênia hacker, então ela foi convidada a entrar. Ela nem mesmo tem que tentar ou provar a si mesma, ela só foi convidada. Cadela sortuda. ************************************** Costumo deixar as coisas para o último minuto, então é claro que ainda estou fazendo a mala para o acampamento de treinamento de verão, com quase nenhum tempo de sobra. A mala em minha cama está estufada e eu inclino o meu corpo sobre ela para tentar forçá-la a fechar, posso ouvir Fabiane rindo do outro lado do quarto enquanto ela me observa brigar com a mala para ela fechar. — Uma ajudinha aqui? — Eu resmungo, mudando mais o meu peso para o topo da mala. Eu levanto a minha cabeça para ver Fabiane deslizar para fora de sua cama, cruzando o quarto em minha direção. Ela acena para eu sair do caminho e se vira para se sentar na minha mala. — Aqui. — Fabiane diz, se mexendo em uma posição de forma que todo o seu peso fique diretamente em cima da minha bagagem. — Você é rápida e mais forte do que eu. — É verdade. Embora sejamos geneticamente idênticas os mesmos olhos azuis, longos cabelos loiros, pele bronzeada e uma estrutura alta e magra, acumulei muito mais músculos durante o meu treinamento nos últimos quatro anos. Luto com o zíper por alguns minutos e com o peso de Fabiane em cima, milagrosamente sou capaz de fechar a mala lotada. Enquanto Fabiane vai para o banheiro escovar os dentes e se preparar, eu coloco uma calça legging de cintura alta, um cropped esportivo branco e uma camiseta branca cortada. Ela surge alguns minutos depois em jeans preto e um cropped esportivo canelado, pegando sua mala aninhada no canto. Claro que ela já fez as malas. Eu não posso evitar revirar os olhos. . Nós descemos as escadas para tomar um café da manhã rápido com nossos pais e nos despedirmos e mamãe está especialmente emocionada por as filhas dela estarem crescidas e saindo de casa. Eu dou um abraço nela e ela segura minha bochecha, segurando meu rosto em suas mãos. — Vocês vão pelo menos voltar para a lua cheia?— Ela pergunta, e eu tenho que reprimir a minha resposta sarcástica de costume. Sei que ela vai sentir nossa falta, mas também sei que ela tem segundas intenções ao perguntar se vamos voltar para correr. Fabiane e eu completamos dezoito anos no mês passado, o que significa que agora temos uma chance de encontrar nossos companheiros. O vínculo do companheiro é algo exclusivo dos lobos, alguns de nós conseguem ter um imprinting outros só pode ser encontrar seus companheiros em luas cheias. Se estivermos próximos de nosso companheiro predestinado na lua cheia, nossos lobos nos levarão um ao outro e o vínculo de companheiro se encarrega do restante. Meus pais descrevem a experiência do vínculo de companheiro como algo incrível, mas acho que sou um pouco aversa a isso. Acho que é um pouco injusto que não possamos escolher quem amar por conta própria... quero dizer, e se a Deusa da lua me der um companheiro r**m? Eu só tenho a opção de aceitar? Todo o conceito parece antiquado para mim. Muitos de nós acredita que fomos criados pela Deusa da Lua chamada Selene e que somos seus filhos, outros acham que não passa de uma lenda e acreditam no destino.. Sendo a Deusa ou não eu acredito que não teria como escolherem um companheiro bom para mim, se eu mesma não o avaliasse. Fabiane não compartilha da minha frieza, no fundo, ela é romântica. No entanto, ela disse que ainda não está pronta para encontrar seu companheiro porque não quer que nada desvie seu foco de seus estudos ou de seu computador. É por isso que ela não namorou na escola. Eu não namorei porque não vejo nenhum ponto em desenvolver sentimentos por alguém que provavelmente acabará não sendo meu companheiro predestinado. As chances de realmente escolher alguém que acabará sendo seu cônjuge predestinado são tão raras que simplesmente não vejo como um namoro com alguém vale a pena o desgosto inevitável de ambos. Suponho que o destino vai escolher por mim um dia, mas até lá, vou continuar vivendo minha própria vida. — Veremos se conseguimos sair.— digo a minha mãe, embora realmente não planeje voltar para a lua cheia, preciso de todo o meu foco neste verão para o treinamento. Mamãe sorri, me envolvendo em um abraço apertado. Ela é menor do que eu, Fabiane e eu definitivamente herdamos nossa altura do nosso pai mas, embora ela seja pequena, ela dá os melhores abraços de urso. Por mais ansiosa que esteja para finalmente sair de casa, tenho que admitir que vou sentir falta de seus abraços. Papai nos leva até a praça da cidade para pegar o ônibus para o campo de treinamento e fica muito falante no curto trajeto. Ele nos diz o quanto está orgulhoso de estarmos entrando para o time, e começo a perceber o quanto vou sentir falta de meus pais. Eu não posso pensar nisso, entretanto... eu estive esperando por este dia por tanto tempo. É o primeiro dia do resto da minha vida. Nosso Alfa, o Alfa Henrique veio para a praça da cidade para se despedir do grupo de recrutas de nossa matilha, e papai vai conversar com ele enquanto Fabiane e eu vamos nos juntar aos nossos colegas de classe. Somos quinze de nossa matilha indo para o acampamento de treinamento no verão e os outros recrutas já estão carregando suas bagagens no ônibus. — Fabíola! Fabiane!— Eu ouço uma chamada de voz, e Fabíola levanta a mão para acenar para onde ele está com Diogo ao lado do ônibus. Hugo e Diogo são meus amigos próximos com quem treinei nas noites de semana nos últimos dois anos. Hugo é alto e magro, com cabelos castanhos desgrenhados e pele bronzeada. Ele é convencionalmente atraente, com um queixo quadrado e traços bonitos. Eu não me importaria nem um pouco se ele acabasse sendo meu companheiro, embora fosse definitivamente estranho sair para da nossa zona de amizade. Tenho certeza de que ele sempre teve uma queda por mim, ele vive flertando o desavergonhado, mas eu realmente nunca senti essa química entre nós. Talvez seja isso que o vínculo de companheiro adicionaria. — Ei você aí, linda.— Hugo murmurou enquanto nos aproximamos, lançando uma piscadela na minha direção. Eu rolo os meus olhos, rindo baixinho. — Ei, Hugo. Vejo que você está com pouca bagagem — provoco. — Já carreguei a minha. Aqui, deixe-me pegar a seu bagagem. — Hugo estende a mão para pegar a alça da minha mala antes que eu possa protestar, puxando em direção ao ônibus. — Eu posso pegar a sua, Fabiane.— Diogo oferece, movendo-se em direção a ela. Para um cara que quer ser lutador, Diogo é um dos caras mais fofos que já conheci. Nunca pensei que ele tivesse temperamento para o esquadrão de segurança, mas ele é realmente impressionante quando se trata de luta. Ele não é tão alto quanto Hugo, mas ele realmente cresceu durante o ano passado. Enquanto ele carrega a mala de Fabiane em direção ao ônibus, os músculos tonificados sob a sua camiseta ondulam com os seus movimentos. Diogo tem cabelos loiros cor de areia e olhos verdes e como Hugo, ele é convencionalmente atraente, mas, ao contrário de Hugo, eu realmente espero que ele não acabe sendo meu companheiro. Ele é muito doce, eu pisaria nele facilmente. Alfa Henrique diz algumas palavras para nos mandar embora, basicamente nos lembrando de que as nossas ações enquanto estamos fora se refletirão nele e em toda a matilha, e a próxima coisa que eu sei é que estou acenando para meu pai através da janela do ônibus saindo da praça da cidade. — É apenas por algumas semanas. — disse Fabiane, mais para ela do que para mim. — Você não vai voltar para a lua cheia, vai?— Eu pergunto, mudando a minha cadeira para encarar a minha irmã. Fabiane encolhe os ombros, empurrando os óculos na ponta do nariz. — Quer dizer, vai ser bom ver mamãe e papai... mas você realmente quer um companheiro?— Eu zombo, balançando a minha cabeça. — Não deixe a mamãe pressioná-la...— — Não estou.— Fabiane interrompe. Ela cruza os braços sobre o peito, indignada. — Eu só vou sentir falta deles, só isso e você sabe como a minha loba é, ela tem que correr na lua cheia.— — O que quer que você diga— eu respondo, o ceticismo escorrendo do meu tom. É a vez de Fabiane revirar os olhos agora. — Podemos decidir mais tarde.— diz ela, deixando de lado o assunto da conversa. Sei que Fabiane não vai voltar para casa para a lua cheia se eu não quiser vir com ela, mas também sei que se ela realmente quiser, eu irei também. Podemos não ter mais muito em comum, mas ainda fazemos tudo juntas. Ela é minha melhor amiga, não há ninguém no mundo em que eu confie mais do que Fabiane. — Então, como você acha que vai ser?— Hugo pergunta, jogando o braço sobre o assento na nossa frente e esticando a cabeça em nossa direção. Diogo está sentado ao lado dele e rapidamente segue o exemplo, olhando para mim e Fabiane. Eu encolho os ombros. — As pessoas dizem que é um inferno, mas não consigo imaginar ninguém mais preparado do que nós.— Estou tentando ser legal para mascarar minha apreensão sobre o campo de treinamento. Temos treinado muito duro o ano todo, mas agora é quando realmente vai contar o nosso treinamento. E se eu não for boa o suficiente? E se eu for cortada? Tento tirar esses pensamentos da cabeça o mais rápido que eles entram, mas eles seguem em mim. — Estou feliz que todos possamos fazer isso juntos.— Diogo oferece, exibindo seu sorriso de um milhão de dólares. Isso imediatamente me deixa à vontade. — Vamos ver se você ainda vai dizer isso depois que eu te derrubar durante o treino—. eu rio, cutucando seu braço com meu punho. — Oooh, ela é bem capaz de acabar com você durante o treino!— Hugo ri, socando o braço de Diogo de brincadeira. Ele faz uma careta, revirando os olhos e mostrando a língua. Eu me viro para Fabiane, que está olhando pela janela enquanto dirigimos pela estrada sinuosa pela floresta. Posso ver o seu rosto na janela, mas não consigo ler a sua expressão. Nervosa? Triste? Eu alcanço a mão dela, dando um pequeno aperto. É o nosso sinal para perguntar 'você está bem?' Fabiane se vira para mim, oferecendo um pequeno sorriso, embora eu possa dizer que ela está forçando. Ela aperta minha mão de volta para dizer que está bem, mas algo parece errado. — E aí?— Eu pergunto, e os meninos pegam a minha voz abafada como uma deixa para se virar, afundar de volta em seus assentos e nos dar um pouco de privacidade. Eu levanto as minhas sobrancelhas, incitando-a com os meus olhos para falar. Ela suspira. — Eu só ... vai ser estranho estar longe de casa. Longe de você. Só isso.— — O que você quer dizer? Nós duas estaremos no acampamento de treinamento juntas.— Fabiane balança a cabeça. — Não sabemos o quanto nos veremos, se é que nos veremos. Pelo menos você tem Diogo e Hugo. E vou ficar sozinha.— Pego a mão de Fabiane novamente, dando-lhe um aperto reconfortante. — Não, você não vai. Nós nem sabemos como vai ser ainda! Você não pode se preocupar tanto.— Forço um sorriso, mas percebo que Fabiane está certa, não sabemos se nos veremos todos os dias neste verão ou não. Um nó começa a se formar na minha garganta enquanto eu considero como seria passar o verão inteiro sem a minha gêmea. — Sim.— Fabiane respira, relaxando um pouco os ombros. — Você está certa. Teremos apenas que esperar para ver.— Suponho que ela esteja tranquila, mas não posso dizer o mesmo de mim.

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