LETÍCIA
Fui acompanhando os gritos até que, ao me deslocar para a parte de trás da boate, avistei um homem tentando agarrar Lívia à força. Peguei minha arma, apontei diretamente para ele, olhei ao redor e não vi ninguém. Disparei dois tiros: um nas costas e outro na nuca, fazendo com que ele caísse sobre Lívia. Ela começou a gritar em desespero. Guardei minha arma e corri até ela, removendo o corpo repugnante do homem asqueroso que estava em cima dela.
Letícia: Lívia, você está bem? O que aconteceu?
Ela estava em estado de choque, coberta de sangue.
Coloquei minha blusa sobre ela e a ajudei a se levantar.
Lívia: Ele queria me beijar à força. Eu estava dançando e fui ao banheiro. Assim que saí, encontrei esse homem que me puxou e me trouxe para cá. Mas quem atirou nele? foi você, Letícia? Você o matou.
Letícia: Claro que não! Alguém que viu o que ele estava fazendo com você o salvou. Agora precisamos sair daqui antes que nos causem problemas. Vamos, Lívia.
Saímos pelos fundos da boate sem sermos vistas. Ao nos afastarmos, avistei a polícia chegando; por sorte, não nos encontraram.
Lívia: Era por isso que eu não queria vir. Veja, quase fui abusada! Este lugar não é adequado para nós. Não devemos sair do morro sem a companhia dos meninos.
Letícia: Não é bem assim, Lívia. Não somos ingênuas, sabemos nos defender se necessário.
Lívia: Letícia, você chegou bem na hora em que o cara caiu morto em cima de mim. Você teria coragem de matar alguém, não teria?
Letícia: Deixe de ser paranoica. Eu já disse que não, mesmo sabendo como manusear uma arma. Meu pai me fez prometer que nunca mancharia minhas mãos de sangue. Agora vamos voltar para o morro.
Pegamos um táxi que nos levou até a entrada do morro. Como sempre, os brutamontes do vapor do meu pai estavam na entrada: Brian e Daniel.
Lívia: E agora, Letícia?
Letícia: Agora vamos passar por eles normalmente.
Puxei Lívia e começamos a subir o morro. Quando perceberam que éramos nós, entraram na nossa frente.
Daniel: Seu pai sabe, Letícia, que você estava fora do morro a essa hora com sua prima? Acredito que não, né?
Brian: Vocês não têm ideia do perigo que estão correndo fora do morro, nesta hora, minas.
Letícia: Não se intrometam na nossa vida. Cuidem do trabalho de vocês e nos deixe em paz.
Estávamos passando por eles quando Daniel segurou meu braço com força.
Daniel: Onde você estava, Letícia? e que p***a de roupa é essa?
Letícia: Não te dei moral para tocar em mim, e muito menos te devo satisfações. Será que meu pai vai gostar de saber que você anda me cercando?
Daniel:Não brinca com isso, Letícia. Você sabe bem que não fiz nada que você não desejasse. Se quer conversar com seu pai, sinta-se à vontade. Vou contar a ele a verdade: foi a filha dele que vinha atrás de mim procurando sexo.Agora que encontrou outro o****o, acha que devo aceitar essa p***a.
Comecei a rir da ousadia dele, e ao perceber minha reação, ele apertou ainda mais meu braço, o que provocou uma onda de raiva em mim. Com a outra mão livre, desferi um soco em seu nariz.
Letícia: Nunca mais coloque essa mão suja sobre mim, entendeu? Você realmente acredita que meu pai vai acreditar em você? Até que você tente explicar sua versão e um homem morto, afaste-se de mim, Daniel. Se precisar, eu mesma me défendo, pois não hesitarei em te matar.
Lívia: Letícia, tá doida.
Daniel: Você ainda vai se arrepender, Letícia.
Deixei-o ali, com a mão no nariz, e puxei Lívia na direção de sua casa.
Lívia: Você está muito agressiva, Letícia. Será que realmente precisava dar um soco no Daniel? Ele sempre foi muito apaixonado por você, e está assim porque você o deixou sem uma explicação.
Letícia:Por que eu deveria dar explicações a ele? Lívia, eu não me apego a homens. Ele sempre soube que era apenas um relacionamento casual. Se ele se apaixonou, essa responsabilidade não é minha. Agora, vamos encerrar essa conversa.
Rian: que lindo ver a santinha do papai na madrugada, fora da cama, mas que feio Letícia socando o meu vapor, muito feio isso, sabia?
Era só o que me faltava para encerrar a noite, o imaturo do meu irmão.
Lívia: Letícia...
Letícia: Entra, Lívia. Eu resolvo com o i****a do meu irmão.
Assim que ela entrou, fui para casa com meu irmão atrás de mim.
Rian: Será que papai vai gostar de saber que a princesa dele está saindo com um vapor?
Me virei e encarei o Rian sem abaixar a cabeça.
Letícia: Olha, Rian, vou te avisar: não ultrapasse meu caminho. Sou sua irmã e tenho o mesmo direito que você. É por isso que você está com medo, porque sabe que sou mais capaz que você de assumir essa p***a.
Seu medo é saber que sou a versão do meu pai. Enquanto eu luto pelo que quero sem hesitar, você é um moleque i****a que só sabe encher a p***a da minha paciência e não corre atrás do que quer. Se liga, porque até em cima de você eu passo.