Capítulo 36

1359 Words
... Acordei sobressaltado, acho que tive um pesadelo horrível. Olhei para o lado vendo Aléf em pé próximo a janela do meu quarto e o meu suposto avô sentado na poltrona ao lado da minha cama. - Thaís, Aléf. Cadê Thaís? Aléf - Esta lá embaixo preparando algo para você comer. Ficou muito preocupada, disse que não esta se alimentando bem. Fechei os olhos me sentindo aliviado. Pietro - Você a ama, não é? Para Yuri Velasquez ter deixado você se aproximar da princesinha dele, só se tivesse a certeza de que a ama mesmo. Franzi a testa me perguntando como ele sabe da verdadeira identidade do pai da Thaís. - Não fale sobre isso, Thaís não tem conhecimento. Pietro - Eu sei, somente o irmão dela tem conhecimento sobre a verdadeira identidade do pai. Assim como você descobriu que eu sou o seu avô e não Leôncio. - Solta a merda toda, estou pronto para ouvir. Quem Rômulo? Ele riu e disse: Pietro - Seu bisavô. Rômulo era meu pai e irmão do pai de Leôncio. Que também se chamava Pietro. Ganhamos esse nome em homenagem ao meu bisavô e o tio Pietro também. Aquele maldito e eu somos primos. Quando meus pais falecerem, eu tinha 7 anos, Leôncio era mais velhos que eu tinha 11 anos. A pior coisa que me podia acontecer era ir morar naquela fazenda depois da morte de meus pais. Leôncio já me odiava, por achar que o nosso avô amava mais a mim do que a ele. Na verdade, nosso avô não entendia porque Leôncio tinha o extinto tão perverso. Ele me batia e humilhava diante dos funcionários da fazenda. Quando meu pai faleceu, meu avô sofreu muito. E mandou que retirasse da casa todas às lembranças deles, fotos, medalhas tudo que pudesse lembrar meu pai. Leôncio deu um jeito de tocar fogo em tudo e me culpou. Meu avô não acreditou muito, mas ficou com raiva de mim. Foi ai que Leôncio descobriu como me tirar da fazenda. Tudo que ele fazia, colocava a culpa em mim. Envenenou metade dos gados da fazenda e escondeu o fresco no meu guarda-roupas. Depois ele bateu em si próprio e me culpou. Tio Pietro já não aguentava mais. E com permissão do meu avô, me internaram em uma clínica psiquiátrica. Ao longe via a risada diabólica nos lábios de Leôncio. Os médico disseram ao meu avô que eu não tinha nada, muito pelo contrário era um menino calmo e amoroso. Meu avô estranhou, mas não retrucou e me levou de volta para fazenda. Leôncio já tinha dezesseis anos e eu doze. - Eu procurava me manter sempre longe de Leôncio. Até que um certo dia, um amigo de nosso tio foi vista-lo e com ele levou uma linda garota. O nome dela era Helena, Helena minha doce Helena. Ela tinha onze anos, toda vez que ela ia a fazenda brincávamos juntos. O tempo foi passando, e nós começávamos a descobrir os sentimentos de um pelo outro. Quando fiz quinze anos, ela fez quatorze. Nós nos beijamos pela primeira vez. Leôncio tinha acabando de fazer dezenove anos. Foi nesse dia que ele decidiu colocar para fora a atração que sentia pela Helena, mas ela o rejeitou. E o pai dela não gostava muito de Leôncio. Ele havia nos dados permissão para namorar, sempre dizia que gostava de mim e que eu seria um bom homem para sua filha, ele sempre falava que fazia gosto caso nos casasse um dia. Mas Leôncio não gostou muito daquilo. Mas estava pouco me fodendo, eu já não era mais um menino. Sabia me defender, por isso ele não me provocava mais. Já tinha arrebentando a cara dele duas vezes. Quando Helena completou dezessete anos, ela se entregou para mim de corpo e alma. Foi o dia mais feliz da minha vida. Sempre nos encontrávamos no rio ou na cachoeira próximo a fazenda e ali nos perdíamos um nos braços do outro. Um dia, ela mandou um recado pra mim, disse que estava passando mau, o recado foi dado por Selene. Selene, foi criada na fazenda dos pais dela como uma filha, era como irmãs. Naquele dia pensava em pedir a mão dela em casamento. Mas não pude, na fazenda teve algum problema e eu tive que resolver. No dia seguinte bem cedo, o pai de Helena estava na fazenda aos berros. Disse que pegou Leôncio no quarto da filha e estavam nus. Meu corpo gelou, perdi o chão no mesmo instante. Não, eu não acreditava, minha doce Helena não seria capaz de fazer aquilo comigo. Era armação de Leôncio, tinha que ser. No fundo eu sabia que ele tinha feito isso. - O pai de Helena olhava pra mim com pesar. Assim que avistei Leôncio entrar pela porta de casa, avancei nele com todo ódio e esmurrei a cara do maldito. - Meu tio conseguiu me conter, mas eu queria matar Leôncio. Foi quando o pai de Helena anunciou o casamento dela com o maldito. Disse que todos já estavam sabendo que a filha dele tinha dormindo com Leôncio. Meu mundo tinha acabado naquele momento, minha doce amada Helena iria se quiser com o verme do Leôncio. Meu tio prevendo o desastre que iria acontecer se eu ficasse na fazenda, me mandou para o exército. Eu só pensava me vingança, vingança. Depois de um tempo, criei coragem para voltar, precisava resgatar minha Helena das mãos do maldito. Foi quando o infeliz fez chegar até a mim uma foto do Pedro, ele parecia ter três anos. Tomei a decisão de sumir do exército sem deixar rastro. Viajei esse mundo todo trabalhando como militar. - Como soube que meu pai é seu filho? Quem te contou? Pietro - Selene contratou um detetive para me procurar, e acabou que alguns dos meus colegas começaram a entrar em contato comigo dizendo que uma senhora estava desesperada a minha procura. Eles começaram a achar aquela insistência dela um tanto suspeito. Quando eles disseram o nome dela, fui até ela de imediato. Não foi difícil encontrá-la em Los Angeles. - O que ela queria? O que ela disse sobre a minha avó? Pietro - Ela me entregou uma carta e nela sua avó me pedia perdão, e dizia que nunca tinha sido de Leôncio por livre espontânea vontade. E que o dia em que ela passou mau tinha acabado de descobrir que estava grávida. Ela disse que me esperou para dar a notícia, mas eu não fui. Então eu me dei conta de que desde o início foi tudo armação de Leôncio. Selene disse que Leôncio descobriu que não podia ter filho, mas entretanto ele já sabia que Pedro não era seu. Todos desconfiavam por ele parecer muito comigo. Selene disse que ele passou a odiar e culpar Helena por não da um filho a ele. Disse que cada vez que ele olhava para Pedro, ódio se via em seus olhos.- Mas ele vai pagar por tudo que fez para você, seu pai e a minha doce Helena. A casa onde você esta mantendo-o, eram dos meus pais. Ele manchou a memória deles. Ele se levantou tirou um cartão do bolso e disse...- Aqui é o endereço de onde estou morando. Quando quiser me visitar, fique a vontade. Vá visitar seu pai, quando eu o resgatei, ele chamava muito por você. Uma emoção tomou conta de mim e sem esperar, abracei o homem a minha frente. -Esperei muito por isso, meu Deus. Não toquei em você porque sei que tem trauma. Eu juro que Leôncio vai pagar por cada sofrimento que fez você passar. Comecei a chorar feito um menino agarrado ao homem que se diz meu avô. Era diferente, eu me sentia em casa, acolhido. - Eu quero ver meu pai agora. Me leve para vê-lo. Pietro - Não quero começar uma guerra com a sua futura esposa. Depois que tomar a sopa que ela esta preparando para você. - Não acredito que vou ver o meu pai, Aléf. Aléf - Sim, garoto! Agora pára com essas coisas de maricas. Olhei para Aléf e dei risada, ele estava chorando, e me chamando de maricas.
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