...
Deixei Thais em casa e seguir para casa do homem que se diz meu avô. Não a trouxe porque não sei até onde isso pode ser perigoso, ou se estaria colocando a sua vida em risco.
Sei que ela queria me acompanhar, mas não iria colocá-la na mira de uma arma.
Entramos em uma mansão que toma quase todo o quarteirão da rua. A casa é bem vigiada e parece que tem homens armados nos quatro cantos do lugar.
Assim que descemos, uma senhora com alguns fios grisalhos e um coque no alto da cabeça abriu a porta abruptamente.
Ela olhou para mim de cima abaixo, deu um sorriso largo e correu em minha direção. Meu corpo ficou rígido, não queria magoa-la, mas também não queria que me abraçasse, que me tocasse.
Pietro - Selene! Não toque nele, sabe muito bem que ele não gosta. Desculpe querida, mas ele precisa se sentir a vontade para fazer isso.
Selene - Claro, eu... eu... só fiquei emocionada, sabe que ele é como um sobrinho neto para mim. Ah, meu Deus. Você tem os olhos de Pedro e alguns traços dele.
Ela esta tão emocionada, que me vi obrigado a abraça-la. -Você é lindo, muito lindo.
- Selene o seu nome, não é? Ela balançou a cabeça afirmando. - Onde esta a minha irmã? Ela rapidamente olhou pra mim e deu um sorriso, quando ela ia responder.
Entrou um carro e parou bruscamente, dele saiu uma garota, de cabelos negros cumpridos, olhos cor de mel, baixa e magra Conhecida por sinal.
Ela passou feito um foguete sem da atenção para quem estava a sua volta, ou talvez tivesse tão furiosa que não se deu conta.
Ela parou na frente de Pietro e disse:
Garota- Vovô, diga para o seus capachos para não me seguirem. Ou então que pelo menos fiquem longe, não colados feito uma sombra em mim. Merda! Quero ter uma vida normal, amanhã tenho uma festa para ir. Se o senhor colocar aqueles brutamontes para me seguirem, juro que vou fugir.
Levantei às duas sobrancelha e olhei para Aléf que encarava a pequena atrevida de boca aberta.
Ele riu e disse:
Pietro - Sabe que eu a encontraria em menos de meia hora. Acho melhor nem tentar, isso só aumentaria a segurança sobre você. Então não tente me chantagear, Aisha.
Aisha - Deveria ir morar com o meu irmão. Quem sabe ele me entenda e deixe um pouco livre. Pietro rir enquanto eu comecei a ficar emocionado.- O senhor acha graça, vovô?
Pietro - Peça ao seu irmão, quem sabe ele não te atenda. Acho que ele seria pior que eu. Mas se quiser, tente pedir, quem sabe ele atenda o seu pedido. Peça, ele esta logo atrás de você, olhe.
Ela rapidamente virou se dando conta das pessoas que estavam a sua volta.
Aisha, quando tivemos próximos foi no meu hotel fazenda. Sentir que ela queria me dizer algo, mas a amiga da Thaís se aproximou perguntando qual era a dela.
- Acho que você teve várias chances de me contar a verdade. Estuda na mesma faculdade que a minha Thaís, esta quase sempre com ela.
Aisha - Não iria forçar uma aproximação, você odeia isso. Sem contar essa sua cara amarrada, que da medo e desencoraja qualquer pessoa de chegar perto. Então, não tive muito o que fazer.
Bufei irritado com a petulância da atrevida de língua afiada.
- Mas estava a poucos instante querendo chantagear nosso avô dizendo querer ir morar comigo para tentar se livrar dos seus seguranças. Então não acho que a minha cara seja tão amarrada e de tanto medo assim.
Arregalei os olhos ao me da conta do que eu falei. "Nosso avô."
Aisha - Deixa o papai acordar, tenho muito para contar a ele. Inclusive que meu querido irmão quase me joga em um lago e me ameaçou.
Afinei os olhos e encarei a sem vergonha.
- Conte sua fofoqueira, mau fiquei sabendo que é minha irmã e já quer ir fazer fofoca para o papai. Eu deveria ter jogado você no lago junto com aquela loira falsificada. Quando o papai acordar terei muito que contar a ele sobre o seu comportamento.
Aisha - Oras, seu i****a. Deixa só o papai acordar. Vou fazer com que ele te de uma surra.
- Fofoqueira! Não vai morar comigo, não.
Pietro -Vamos, parem com essa briga crianças. Aisha, não provoque seu irmão.
Aisha -O senhor agora esta do lado dele vovô?
Pietro rir balançando a cabeça em.negativa.
- Você deveria me respeitar, sou seu irmão mais velho.
Selene - Ta bom, já chega! Parem com essa briga os dois.
Aléf - Desculpa interromper esse encontro caloroso e afetuoso entre irmãos. Mas quero ver o meu amigo, será que isso é possível?
Pietro - Sim, claro. Me sigam!
Seguimos em silêncio, ouço apenas as batidas do meu coração.
Quando Pietro abriu a porta, entramos, me aproximei da cama, abracei ele e deixei às lágrimas caírem.
Era ele mesmo, estava tão magro e pálido.
- É o papai, Aléf. É ele mesmo, meu pai. Não sei quanto tempo passei ali chorando abraçado a meu pai. Só sentir uma mão alisar os meus cabelos, uma carinho conhecido.
Olhei para cima e os meus olhos encontraram com os do meu pai.
Ele tinha os olhos abertos, que olhavam para mim minuciosamente.
-Papai! Minha respiração começou a ficar irregular. Era muita emoção para um dia só.
Aisha se aproximou da cama, ele olhou para ela e deu um pequeno sorriso.
Uma lágrima solitária rolou pelo seu rosto, o barulho dos aparelhos tornaram-se angustiante.
A sala foi invadida por médicos e nós fomos retirados.
- O que aconteceu? O esta havendo? Perguntei andando de um lado a outro.
Selene - Calma, daqui a pouco vamos saber.
Pietro - Se acalme, filho. Seu pai é forte, daqui a pouco o médico nos dará uma notícia.
Passaram- se meia hora até a porta do quarto ser aberta novamente.
Médico - Ele esta bem, novinho em folha. Não é bom que ele tenha outra emoção dessa, pelo menos não hoje. Deixem ele descansar, acordou por conta própria sem que tirássemos os remédios, que o mantinha dormindo. Amanhã podem vista-lo novamente.
Concordei, pois não quero que nada de r**m aconteça ao meu pai.
- Tudo bem, amanhã estarei aqui.
Pietro - Podemos tomar café juntos se você quiser, é claro.
Balancei a cabeça em afirmativa e a senhora nos acompanhou até a saída da casa.
Selene - Espero que um dia possa chamá-lo de avô. É tudo que ele mais quer, assim com espera conquistar o amor de Pedro como filho.
Apenas balancei a cabeça e entramos no carro. Aléf não conseguia dizer nada, estava emocionado ao ver seu amigo novamente.
Era muita emoção para um dia só, precisava esfregar essa novidade na cara de Leôncio.
E nada melhor do que levar meu verdadeiro avô para lhe fazer uma visitinha.