Capítulo 3

1224 Words
[...] - O que você viu nessa garota? Perguntou meu avô com aquele olhar sádico para doce menina que brincava no recreio da escola. Não respondi, fiquei apenas olhando a menina que brincava com a sua amiga. Desde o dia em que meu pai faleceu, meu avô me mantinha trancado em casa. Não podia sair, não podia ter contando com outras pessoas e nem mesmo brincar como uma criança normal... - Você é um Bianchi Nogueira, Alisson. Não pode namorar com qualquer uma. Tem ideia do patrimônio que vai herdar? A sua noiva já foi escolhida e espero que eu não tenha que tomar medidas drásticas. Meu corpo estremeceu com a possibilidade dele machucar a doce menina. Ao ver a minha reação, ele soltou um riso sombrio, me virou bruscamente para que eu o encarasse, olhou dentro dos meus olhos e disse...- Uma homem como você não pode ter fraquezas Alisson, espero que esqueça essa menina. Ela não esta a sua altura, olho o tipo de escola onde estuda? Ele apontou com o dedo. Esteja ciente de que irá se casar com Catrina, ela é da mesma classe social que você e, é digna de um Bianchi Nogueira. Acordei de mais um dos vários pesadelos que eu tinha com aquele que se diz meu avô, odeio ele com todas às minha forças. E odiava mais ainda aquela que se diz minha mãe. Ela deixou meu avô me transformar em um ser humano perverso, sombrio e c***l. Não tive uma vida normal, cresci naquela casa trancado feito um animal enjaulado. A minha única vontade era de sair e poder brincar com as outras crianças, fazer amizades. Mas o doente do meu avô, nunca permitiu, talvez medo de que pudesse contar para alguém tudo acontecia dentro daquela casa. Passei toda minha vida tendo aulas particulares em casa, recluso de quaisquer contato com o mundo fora dos portões de casa. Eu só tinha contato com alguma pessoa quando estava na fazendo Nogueira. E esse alguém era simplesmente Catrina Belmonte França, neta Estênio França. Odiava ter que ir para fazenda por causa dela. Toda vez que a dondoca chegava da Inglaterra por esta de ferias do colégio interno, eu tinha que ir para fazenda, somos vizinhos para o meu desgosto. Saio dos meus pensamentos com o meu celular tocando... - A essa hora, quem pode ser? Espero que não seja Catrina. Olhei para o visor que pisca um nome, e atendi rapidamente. Ligação: - Diga, quais são às novidades? Pessoa - Desculpa interromper seu sono, chefe. Mas a menina parece não está bem. Já houve tentativas da parte do irmão e da amiga de tira-la pelo menos do quarto, sem sucesso, o irmão esta preocupado. Ele esta pensando até em levá-la a uma clinicar e interna-la. Fechei minhas mãos em punho e gritei: - NUNCA! Se ele tentar impeça, faça o que for preciso. Mas não deixe que a levem para esses tipos de lugares. Pessoa - Ok! - Você a viu alguma vez? Pessoa - Não senhor, do tempo que me tornei vizinhos deles, não a vi. Mas às vezes ouço seus choros e gritos chamando pelo pai e a mãe. - Ok! Encerramos a chamando e fiquei pensando por um instante. Será que um um dia ela vai me perdoar? Rolei para o lado da cama, abrir a gaveta do criado mundo e tirei de la uma pequena toalhinha com o nome escrito: Thaís e dois corações desenhado de cada lado. Ainda sinto o cheiro de lavanda, o doce perfume que sentia todas às manhãs quando ela passava para ir a escola. Fechei meus olhos e me deixei levar pelas lembranças... - Thais, mas o que você esta fazendo ai parada? Perguntou a amiga dela. - Estava pegando a minha toalhinha, Nai. Preciso limpar meu nariz. Espera um momento, ficar gripada é um saco. - Anda logo Thai, estamos atrasadas. Ela tira a toalhinha de dentro da mochila... - Não me diga que vai usar essa toalhinha para limpar o nariz Thaís, pelo amor de Deus. - Também fiquei com dó, mas foi a única que achei. Mas acho que vou deixar para limpar no banheiro. Ela coloca a toalhinha dentro do bolso da mochila, mas caiu no chão sem ela perceber, assim que a amiga a puxou pelo braço arrastando para dentro da escola. Olhei de um lado a outro para ver se não tinha ninguém e peguei a pequena toalhinha sorrateiramente. Sem esperar, me vi levando o pano ao nariz e inalando o cheiro maravilhoso de lavanda, que me deixou entorpecido. Desse dia em diante, passei a ficar escondido atrás do portão, somente para sentir o seu cheiro que me trazia paz. Saí novamente dos meus pensamentos com meu celular tocando. Peguei rapidamente para atender achando que pudesse ser meu informante com alguma novidade sobre a Thaís. Mas simplesmente era o advogado do d***o em pessoa, aquele que se diz meu avô. Ligação: - O que quer? Catrina já foi fazer queixas para o advogado do capeta? Do outro lado da linha soa um risada sombria... - Vejo que meu neto não aprendeu nada ainda, o que esta pensando Alisson, ainda não morri. E enquanto eu estiver vivo vai fazer o que eu ordenar. Ou vai querer pagar para ver, quem bem sabe do que sou capaz é você, tem o meu sangue correndo em suas veias. Vai casar com Catrina, eu escolhi ela para você. É uma boa moço, de boa família e tem um nome importante. - Ficou louco p***a? Pirou de vez, case você com ela seu velho imundo. Você não vai mas controlar a minha vida vovozinho, cresci, sou um homem agora. E diga para sua escolhida que é melhor ela não atravessar o meu caminho, porque eu passarei por cima dela sem dó e nem piedade. E avise também que eu não vou casar com ela, e quanto antes ela aceitar isso vai ser melhor. - Alisson, Alisson. Esta brincando com fogo. Quantas pessoas eu vou ter que tirar do caminho? Parece que vou precisar mandar fazer uma certa visitinha. Deixa um recado de que não estou brincando. - Tente, toque em um fio de cabelo dela e eu te mostrou o monstro que você mesmo criou. Não adianta fazer ameaças Leôncio, porque eu não sou aquele menino que se amedrontava fácil, toque nela vovozinho e te mostrarei que o senhor fez bem o seu trabalho em mim. - Eu deveria ter matado aquela v***a quando tive a oportunidade. Sabia que ela seria a sua ruína. Assim como a vagabunda da sua mãe foi a de seu pai. Vou te dar 5 dias para colocar a cabeça no lugar, Alisson. E espero que durante esses dias, chegue até a mim a data do seu casamento com Catrina. Ou chegará para você como presente partes do corpo daquela v********a. Soltei uma risada sombria... - Diga a Catrina que espere deitada, não vou me casar p***a nenhuma. E Leôncio, cuidado, alguém pode acertar um tiro no meio da sua testa. Não brinque comigo, vovozinho, afinal, eu fui criado pelo senhor. - Ela nunca vai te perdoar quando souber a verdade sobre a morte dos pais dela querido neto. Encerrei a chamada antes que fizesse uma loucura. Mas de uma coisa ele tem razão, a minha doce menina nunca vai me perdoar.
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