Na manhã seguinte...
Ontem foi difícil fazer Thaís dormir, ficamos acordados até às três e meia da manhã.
Ela estava realmente assustada e nervosa o seu sono só veio depois de ter tomado duas xícaras de chá.
Como não se assustaria? Qualquer mulher ao ser atacada ficaria apavorada.
Tomo mais um gole do meu licor e ando de um lado a outro pensando nas perversidades que farei com aquele maldito.
Tudo isso por ambição, minha família conquistou tudo que tem, com muito suor e trabalho árduo. Nada veio de mãos beijadas, nada.
Olho para o relógio e vejo que esta na hora de ir ao campus. Thaís disse que o miserável dará aula no terceiro horário, foi difícil convence-la ir para faculdade hoje.
Depois de muito insistir e afirmar que tudo ficará bem, ela concordou em ir. Não quero que o filho da p**a desconfie de nada, por isso pedi que ela fosse para faculdade.
Aléf - Alisson, já estão todos em posições como você pediu. Não terá por onde o desgraçado escapar, se é que ele sairá vivo daquele lugar.
- Se ele for quem estou pensando, com certeza os minutos para a sua última respiração estão contadas. Sabe que não dou chances a ninguém, ainda mas se esse alguém machucar a minha Thaís.
Aléf -Vamos, seu pai também esta no campus hoje. Ele mesmo foi verificar por que o novo professor não tem uma ficha completa como os demais professores.
- Ele ama aquele lugar não é?
Alef - Sim, foi por causa da sua avó que ele comprou a maioria das ações. Inclusive, parece que ele vai mandar construir uma escola para os filhos dos empregados na fazenda. E adivinha em quem ele pensou para ajudá-lo?
Meus lábios se alargaram em um sorriso, a minha Thaís tem a mesma paixão da minha avó e a do meu pai. O de ensinar, ser um educadora infantil esta impregnado no sangue da minha joaninha.
- Ele falou alguma coisa do tipo, mas não se aprofundou no assunto.Thaís vai ficar feliz em participar do projeto.
Enquanto conversamos, seguimos rumo para fora de casa.
***
Enquanto isso na faculdade...
Espero que o Joseph chegue logo, não estou me sentindo bem. Não queria ter vindo hoje, mas depois de muito conversar, ele acabou me convencendo.
Esta certo que não posso me tornar uma medrosa, mas aquele homem me da medo e cheira a perigo.
Cedric - Você contou para o seu namorado, Thaís ? Ele precisa ensinar uma lição para aquele professor, também não gosto dele.
Lara -Eu te avisei, se tivesse contado antes não teria passado por essa situação agora.
- Não pensei que ele chegaria a tanto.
Matheus - Como sabe que foi ele? Você disse que não o viu. Como pode ter tanta certeza?
- O perfume, somente o professor usa aquele perfume do cheiro nojento.
Elisa - Acho que somente nós odiamos o cheiro do perfume dele, porquê as assanhadas da sala, não parecem se importar muito.
Quando abrir a boca para responder, Cedric me cutucou e disse:
Cedric - O d***o acabou de entrar na sala, vamos voltar para nossos lugares.
Elisa - Mau educado, nem sei como ele é professor não sabe da um boa noite.
Sussurrou ela em meu ouvido, mas estou tão tensa que não consigo esboçar nenhuma reação ou formular qualquer palavra para dizer.
Me virei para frente e abaixei a cabeça, não queria olhar para aquele homem. E sem perceber, meu corpo começou a estremecer.
Levantei a cabeça por um instante, e o miserável estava me encarando, mas precisamente para minhas pernas que tremem sem parar.
Ele olhou para o meu rosto e esboçou um sorriso sombrio. Logo parou de me encarar, sentou e começou fazer a chamada.
Meu coração não esta batendo, mas sim, dando solavancos. Cada nome chamado por ele, vejo a satisfação em estar cada vez mais próximo do meu.
Cruzei minhas pernas de um lado e outro tentando me acalmar, ele levantou a cabeça e me olhou novamente.
Heitor - Thaís Muniz ? Chamou ele, mas eu não consigo abrir a boca para responder. Estou completamente paralisada, e, ele parece se divertir com meu estado. -Thaís? Chamou ele novamente, saboreando o meu nome. - Não vai responder senhorita Thais? Devo anotar que a senhorita esta ausente mesmo estando presente na sala de aula? RESPONDA? Gritou ele perdendo a compostura. - LEVANTE-SE E VENHA ATÉ A MIM AGORA MESMO! Ordenou ele.
- Sugiro que diminua o seu tom para falar com a minha futura senhora.
Entrou Joseph na sala com as mãos nos bolso do casaco. Eu posso sentir o ódio gritando em cada canto de seu ser.
*
Encarei o filho da p**a por alguns segundos e vi que não estava engando. Sim, é o Maximus filho de Otto. Ele esta surpreso, não estava esperando a minha presença.
Me encaminhei até o assento de Thais, não pude deixar de perceber o quanto ela esta nervosa. Seu corpo esta trêmulo, os nós de seus dedos estão brancos de tanto apertar a caneta e nos seus olhos tem lágrimas que ela esta prendendo a todo custo
Me curvei um pouco e sussurrei em seu ouvido:
- Estou aqui carinho, calma. Deixei um beijo casto em seus lábios e cheirei seus cabelos. Sinto todos os olhares curiosos sob nós. Olhei para menina que esta sentada ao lado dela e disse...- Você pode me conceder esse lugar, por favor? Ela afirmou que sim e se levantou sentado em outro lugar.
Me sentei de lado e pousei minha mão esquerda sobre as pernas cruzadas de Thaís. Comecei a fazer carinho lentamente para acalma-la e tentar me acalmar também. - Passou, carinho. Estou aqui, meu amor.
Heitor - Você não pode interromper a minha aula só porque a sua namoradinha esta com frescura. Eu sou o professor aqui e não permito a sua presença na sala.
Soltei uma gargalhada, sem perder o contato visual com Thais e disse:
- E, eu sou o dono dessa p***a toda, e aqui você não permite nada. Inclusive, a minha namoradinha fresca não suporta a sua cara, ela não se sente a vontade com a sua presença. Então, essa foi a sua última aula nessa faculdade. Olhei para os alunos e disse...- Estão todos dispensados, aproveitem, é só hoje. Podem ir para casa descansar.
Continuei fazendo carinhos em Thaís e aos poucos ela foi se acalmando. Mas ainda esta tremendo. - Calma, meu amor. Estou aqui! Olha pra mim carinho, respira. Isso, respira outra vez.
Olhei para os lado e os amigos da minha joaninha estão hesitante em ir e deixá-la.
- Agora que esta mais calma, quero que saia junto com os seus amigos e me espere no carro sentadinha. Ou se preferir, peça ao Alef que leve vocês a cafeteria para tomar um chocolate quente. Vocês aceitam? Perguntei olhando para eles. - É tudo por minha conta, só façam companhia a ela enquanto eu resolvo esse assunto aqui.
Elisa - Claro que sim, vamos Thais?
Ela balançou a cabeça dizendo que sim e saíram todos da sala.
Me girei meu corpo.para frente e fiquei encarando o filho da p**a, que não consegue disfarçar a raiva.
- Como devo chamá-lo? Maximus ou Heitor?
Me coloquei de pé e me aproximei ficando cara a cara com ele. - Achou mesmo que iria fazer com ela a mesma coisa que fez com Catrina? Sabe qual o problema de vocês? Tentar tocar no meu diamante e achar que vai ficar por isso mesmo.
Maximus - Olha só, Alisson Nogueira tem enfim uma fraqueza. Claro que ela não é igual a Catrina, é pior. Daquelas vadias que se fazem de difícil, mas acab...
Desferir um soco na boca dele, antes que terminasse de falar.
Ele olhou pra mim e avançou tentando me acertar. Desviei e a acertei outro soco, dessa vez no olho.
- Tentou agarrar a minha mulher ontem, seu filho da p**a. Esse foi o seu erro, Otto cavou a sua própria cova.
Maximus - A v***a estava se fazendo de difícil, tive que apelar para outro meios. E isso aqui não se tratar de Otto, quem se importa com que ele quer. Eu apenas quero me vingar. Catrina mesmo sendo desprezada por você, bastou estalar os dedos que ela foi correndo. E isso, me levou a mata-la, aquela v***a queria tirar o meu filho.por culpa sua.
- Você ia estuprar a minha Thaís? Por que a v***a da Catrina chutou a sua b***a?
Maximus - Nada melhor do que fazer com a sua v***a o mesmo que fez com a minha mulher.
Avancei nele e joguei no chão desferindo socos e mais socos. Quando dei por mim havia quebrado o pescoço do desgraçado.
Pedro - Joseph ? Filho? Olha aqui para o seu pai. Filho chega, ele esta morto. Volta, Joseph. Filho, Thaís esta preocupada com você. Ela não pode te ver assim, calma. THAIS!
Meu pai gritou, arrancando- me da escuridão onde estava.
- Ele iria estupra-la, pai. Queria estuprar minha Thaís. O que teria sido da minha joaninha se Aisha não tivesse chegado.
Ele me abraçou e disse:
Pedro - Eu nunca vou me perdoar por achar que aquela vagabunda protegeria você. Respira, volta para o seu pai, isso.
Comecei a chorar descontroladamente nos braços do meu pai. -Joseph, depois eu quero que vá há um terapeuta, filho. Faça isso pelo seu pai e a sua joaninha.
Balancei a cabeça confirmando que sim.
- Preciso tomar um banho, Thaís não pode me ver assim.
Pedro - Aléf trouxe roupas para você, ele deduziu que precisaria. Esta no banho particular dos professores. Tome banho e vá ver a sua garota. Ela esta preocupada com você e quase entra aqui. Não se preocupe, dispensei todos os alunos.
- E, filho, por favor. Pense no que falei, ele ter dito que iria estuprar Thais, acionou um gatilho em você e perdeu totalmente o controle.
- Tudo bem, papai. Eu vou pensar primeiro. Peça que joguem esse infeliz na porta da casa do prefeito. E que venha Otto agora, estou louco para colocar minhas mãos nele.
- Ninguém vai tocar em minha, Thaís, ninguém. O filho já foi visitar o capeta, falta o pai agora.
Sair da sala e fui direto para banheiro, preciso tomar um banho.
Entrei e tirei todas as minhas roupas e joguei no saco de lixo.
Liguei o chuveiro e deixei a água levar toda aquela sujeira.
De banho tomado sair ao encontro da minha garota.
Abrir a porta do carro e lá estava ela quase dormindo.
Entrei, sentei e coloquei ela no meu colo.
- Demorei muito, meu amor?
- Joseph? Ai meu Deus! Você esta bem?
Ela girou meu rosto de um lado a outro avaliando se estou machucado.
-Estou bem, senhor Nogueira.
- Não faça mas isso comigo, fiquei preocupada, e não me deixaram entrar.
Começou a chorar e reclamar porque não permitiram a sua entrada.
- Desculpa, carinho. Não sabia que tinha ficado tão preocupada assim.
Beijei de leve a pontinha do seu nariz.
- Vamos para casa agora?
Ela balançou a cabeça enquanto peço ao motorista que nos leve para casa.