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Faz dias que Joseph vem enchendo meu saco por causa de Cedric e Matheus. O que posso fazer, eles são os meus únicos colegas na droga daquela faculdade.
Sabe que Cantville é dividida, então tenho poucos os amigos. E não tem somente os meninos, tem as meninas também, Lara e Elisa. Mas ele não enxergou elas, só enxergou os meninos.
Na confusão que foi o meu aniversário alguns dias atrás, ele não mencionou os meninos, talvez para não me deixar triste ou porque pensou que eu só teria contato com eles aquele dia.
Mas ultimamente estamos fazendo muitos trabalhos de faculdade juntos. Isso tem deixado Joseph doente de ciúmes. Mau sabe ele que os meus colegas o temem, eles nem mesmo querem ir a minha casa com medo do Joseph e preferem que eu vá suas casas.
A culpa é toda dele, quem manda sair tocando terror nas pessoas por ai, e ainda faz aquela cara de mau. Mas somente eu sei o gatinho e o homem carinhoso que se esconde por trás daquela máscara.
E, para piorar a situação, chegou um professor novo na faculdade que tem pegado muito no meu pé. Não sei, mas às vezes acho que ele esta dando em cima de mim. Talvez seja só impressão minha, eu também penso que já o vi em algum lugar, ele parece muito com alguém, mas não consigo associar a quem.
O nome dele é Heitor, não gosto muito dos seus olhares para mim. Ele esta substituindo o professor de literatura.
Heitor - Senhorita Thais, esta me ouvindo? Ele estala os dedos na minha frente.
- Desculpe, o que o senhor estava dizendo?
Heitor - Agora não da mas para responder, a aula acabou de terminar. Na próxima, fique mais atente ou começarei a tirar seus pontos, o que será uma pena, já que é uma aluna tão dedicada.
Ele me deu as costas, arrumou suas coisas, olhou pra mim uma última vez e foi embora.
Desgraçado miserável, xingo mentalmente.
Elisa - Não queria estar em sua pele, ele esta mesmo pegando em seu pé, colega.
Lara - Eu em seu lugar já teria contado para o meu namorado, só para eu ver o professor Heitor se borrar todo de medo.
Cedric - Lara tem razão, seu namorado nem vai precisar fazer muita coisa. Basta somente olhar para o professor que esta claramente abusando do poder.
Matheus - Isso se ele não aparecer morto em uma vala qualquer das ruas frias de Cantville, detalhe, atropelado pelo bentley do namorado mau encarado da Thais. Você sabe que só tem três carros desses aqui na cidade de Cantville. Um, é o dos seu namorado, outro é de um senhor que não sabemos ainda quem é, e outro é do novo juíz da cidade.
- O segundo é do avô do Jospeh, seu Pietro.
Elisa - Que babado, essa família deve ser podre de rica.
Lara - Você não tem medo? Digamos, não falam muito bem da família Nogueira.
- Eu acho que às outras frutas não devem ser contamina somente por que uma nasceu podre. Já dizia a minha linda e saudosa avó.
Cedric - Você esta coberta de razão, agora vamos, por que só tem nós aqui nessa sala e talvez até na faculdade. E eu, estou com medo daquele professor, ele tem uma áurea muito pesada.
Saímos do campus rindo da palhaçada de Cedric, apesar dele esta coberto de razão.
Me despedir de todos e seguir para o banheiro.
Quando eu estava saindo, alguém me agarrou pelos pulsos e tentou puxar de volta para dentro.
Comecei a me debater de desespero, mas eu sentir o perfume, era ele, aquele professor.
Aisha - Thaís! Solta ela seu desgraçado. Seguranças, socorro, socorro.
O infeliz me soltou fazendo eu cair para trás de b***a no chão.
- Você esta bem? Quem era aquele homem?
- E... eu... eu... não tenho certeza, mas acho que era o professor substituto.
Segurança - O que aconteceu? Quem atacou a senhorita?
Aisha - Bem eficientes vocês, estão de parabéns. Vou fazer meu irmão e o meu avô chutarem a b***a de todos.
Segurança -Desculpe senhorita, mas não temos permissão para entrar no campus, a não ser que seja uma urgência. Vamos, daqui a pouco o senhor Alisson está chegando.
Eu não conseguia dizer uma palavra. Mas eu sei que era ele, àquele perfume nojento é inconfundível.
***
- Alguma notícia sobre o filho do prefeito, Aléf? Me de boas notícias, por favor.
Pedro -Calma, Joseph! Com certeza vamos descobrir quem é.
Aléf - Não, o cara do baile saiu da cidade poucos dias depois. Estávamos vigiando ele o tempo todo. Mas descobrimos que o filho do prefeito se chama Maximus e, é ex soldado do exército. Saiu por má conduta e porque era agressivo.
Pedro - Ora, ora... Quem diria que Otto tem um filho tão problemático.
- Eu preciso achar esse infeliz, tenho certeza que aquele desgraçado era o filho de Otto, eu vi a maneira como ele estava olhando para Thais. O cara que matou Catrina sabia muito bem o que estava fazendo.
Alef - Temos um professor substituto na faculdade da sua doce menina. Só sabemos que o seu nome é Heitor, não tem fotos em sua pasta de registo. E isso chamou muito a minha atenção.
- Como eles contrataram um professor com tão poucas informações?
Pedro - Acho que eu deveria retornar às salas de aula ou me tornar o diretor da faculdade.
- Esta falando sério? Olhei para o meu pai vendo a emoção em seus olhos.
Pedro - Sim, eu gostava de ensinar. Mas parei porque Leôncio descobriu e passou a bater na sua avó dizendo que ela tinha me ensinado a ser um maricas, e que ninguém na cidade de Cantville iria dar importância a um reles professor.
Alef - Mas agora você esta livre, Pedro. Pode fazer o que quiser, meu amigo.
- Estou indo buscar Thaís agora, já passei da hora.
Pedro -Cuidado filho, muito cuidado.
Balancei a cabeça e seguir rumo a faculdade de Thaís.
Alguns minutos o carro foi estacionado em frente ao portão, encontrei Aisha e Thaís conversando.
O que parece é que Aisha esta tentando consolar Thaís.
Tem dois seguranças envolta delas.
Rapidamente abrir a porta do carro e fui em direção a elas.
- O que aconteceu, Thais? Por que esta chorando?
Aisha - Você deveria cuidar direito da sua garota. Quando estava saindo do banheiro, Thaís foi atacada, segundo ela pelo novo professor. Ele estava tentando puxa-la para dentro do banheiro quando já estava saindo.
Não vi quem era, porque o desgraçado estava de capuz e com uma roupa diferente da qual os professores usam.
Eu estou ofegante e meu corpo todo treme de raiva, ódio.
Me agachei e peguei Thais nós e levei para dentro do carro. Não quis perguntar o que houve aos seguranças, eles não tem permissão para entrar, a não ser em caso de urgência.
Respirei fundo tentando me acalmar, essa foi a primeira e última vez que ele tocou nela.
- Shi, meu amor passou, passou. Estou aqui agora.
Ela me abraçou com força e disse:
- Foi ele, eu sei que foi. Ele me odeia, eu nem mesmo sei o que fiz para que me odiasse tanto.
- Calma, meu amor. Passou, ele não vai mais tocar em você e isso eu garanto.
-Como você pode ter tanta certeza? Ele é o novo professor da faculdade, Joseph. Desde o dia em que chegou, ele tem feito da minha vida um inferno até minhas notas ameaçou diminuir. Meus amigos me aconselharam contar para você.
- Eu sou o dono dessa p***a, Thaís. Esqueceu que sou dono da metade dessa cidade? Se estou dizendo que ele não vai entrar, é porque não vai. Eu mesmo virei colocá-lo para fora pessoalmente. Ele tocou em você, isso é uma coisa que não posso perdoar.
- Você é o dono dos campus? Por que eu nunca soube disso? Perguntou ela fungando.
- Porque tenho certeza que você iria querer parar estudar aqui. Apontei o dedo.- Agora vamos, levem a minha irmã para casa.
Coloquei ela deitada em meu peito e comecei a fazer carinhos nos seus cabelos, enquanto eu penso nos tipos de perversidade que farei com aquele filho da p**a.
Eu sei que é você Maximus, nunca me importei com Catrina. Mas a minha menina é diferente, pediu para morrer ao tocar na mulher errada.
Não vai jogar o corpo dela na rua como jogou o da vagabunda da Catrina, mas o seu será jogado na porta da casa de seu pai.
Esse será o meu aviso para o seu paizinho.