CAPÍTULO 9

842 Words
**Capítulo 9** Jamille Estava em frente ao espelho no quarto de Marcela, admirando meu reflexo. Minhas amigas me transformaram em uma mulher sensual. Usava um vestido preto justo, com alças, que se ajustava até a metade das minhas coxas e exibia um decote nas costas que ia até a lombar. Completei o look com uma sandália prateada de tiras, que subia até a panturrilha. Karina cuidou dos meus cabelos, dando-lhes movimento com cachos nas pontas; eu mesma apliquei a maquiagem, fruto de um curso que havia feito. Coloquei brinco de argola, perfume e desci para a sala, onde as meninas me aguardavam junto a Igor. Hoje era a noite em que iríamos conhecer a nova boate da cidade. Ao entrar na sala, Igor foi o primeiro a me notar. Levantou-se e veio ao meu encontro, segurando minha mão e me girando enquanto exclamava: — Uau, Jamille, você está realmente linda e irresistível. Ri com seu elogio, enquanto as meninas concordavam com Igor. — Não te avisei, Igor, que você ficaria surpreso com nossa amiga? - comentou Bruna. — Pelo jeito, vou ter que levar uma arma para a boate; como vou proteger quatro garotas sozinho? - brincou Igor, fazendo drama. Rimos de sua expressão cômica, e Karine interrompeu: — Vamos, pessoal! Hoje quero me divertir muito na pista de dança. Saímos do apartamento e chamamos dois Ubers, chegando à boate em apenas 15 minutos. A fila estava considerável, mas as nossas entradas eram para a área VIP, então não precisamos esperar. Ao entrar na boate, fiquei encantada com o ambiente. A sofisticação era evidente; as paredes eram em tons de preto e vermelho, com várias luzes coloridas piscando e uma névoa na pista de dança que não consegui identificar a origem. Igor me puxou pela mão e murmurou próximo ao meu ouvido: — Vamos! A área VIP fica no andar de cima. Assenti com a cabeça e segui Igor escada acima, com as meninas à nossa frente. Chegamos à área VIP e uma recepcionista simpática nos acolheu, conduzindo-nos até nossa mesa. — Sintam-se à vontade. Se quiserem beber, o bar está ali ao lado - apontou na direção onde um barman preparava drinks. - Se precisarem de petiscos, é só me chamar. Divirtam-se! - dissera, antes de se afastar para atender outros clientes. Olhei ao redor, deslumbrada com o cenário. — O que vamos beber, meninas? - perguntou Igor, percebendo que já estava sentado ao meu lado. — Que tal tequila, meninas? - sugeriu Marcela. — Por mim, tudo certo - respondi. Bruna e Karine confirmaram também. — Eu vou pedir um scotch, meninas - disse Igor. - Jamille, você pode me acompanhar até o bar? Preciso de ajuda. — Claro, Igor - respondi, levantando-me para acompanhá-lo. Ele me puxou pela mão, e enfrentamos uma fila no bar, que estava lotado. Igor me posicionou à sua frente e começamos a conversar. Senti um arrepio na nuca e a estranha sensação de estar sendo observada. Quando me virei na direção das pessoas do outro lado do bar, meu coração disparou. Max estava sentado ali, com um copo na mão. Seu olhar estava fixo em mim, e sua expressão carregava uma intensidade que parecia raiva. Enquanto Igor falava, eu já não conseguia mais prestar atenção no que ele dizia. Com tantas boates em Brasília, Max teve que escolher exatamente aquela... Percebi a presença de dois homens e uma mulher próximos a ele. A mulher falou algo para Max e colocou a mão em seu ombro, tentando chamar sua atenção. Ele respondeu sem desviar o olhar do meu, o que fez a mulher direcionar a atenção para onde Max estava olhando. Ela era deslumbrante! Com cabelos ruivos cacheados, pele clara e olhos azuis. Não consegui ver sua roupa, pois o balcão do bar me impedia. Saí do meu transe com Igor me chamando. — O que aconteceu, Jamille? Você está passando m*l? - ele perguntou, preocupado, olhando na mesma direção que eu. — Não, Igor, achei que tinha visto um conhecido, mas me enganei - disse, desviando o olhar para ele. - É nossa vez de fazer o pedido. O barman nos atendeu, e decidimos pedir doses duplas. Assim que os drinks foram entregues, retornamos à nossa mesa. Ao me sentar, percebi que Max e seus amigos se acomodavam a uma mesa próxima à nossa. — Meu Deus, Jamille! - Karine exclamou, puxando-me para mais perto dela. - Aquele ali não é seu chefe? Todos olharam na direção da mesa de Max, inclusive Igor. — É, achei que tinha visto alguém familiar no bar, mas fiquei em dúvida se era ele mesmo - falei, tomando um gole da minha tequila, que desceu queimando pela garganta. Igor percebeu o quanto fiquei corada e se aproximou, abanando-me. — Nossa, Jamille! Vá com calma, isso não é suco, gata - comentou, oferecendo-me um copo com água. As meninas riram da minha falta de prática com bebidas. Meu costume era apenas tomar vinho, mas hoje decidi experimentar algo mais forte. Nesse instante, vi Max se aproximando de nossa mesa.
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