Bruno estava na sua sala e andava de um lado para o outro.
Maria Clara entrou com a agenda dele.
- Senhor Novak! Posso mandar entrar a próxima estagiária?
- De quem se trata?
- Da Senhorita Maria Daniella Santorinni.
- Tudo bem. Mande - a entrar por favor.
- Sim Senhor.
- Obrigado.
Daniella entrou notando o luxo e riqueza á sua volta.
- Senhorita Santorinni. Sente - se por favor! Fique á vontade.
- Muito Obrigada Senhor Novak.
- Nada de Senhor por favor.
Apenas Bruno. As formalidade eu deixo para o meu Pai. Quem trabalha comigo deve ser livre e espontâneo.
- Está certo Bruno. Mas porque você me chamou de Senhorita Santorinni?
- Para fazer a minha parte.
Dentro do ambiente de trabalho e com pessoas de fora posso ser o Senhor Novak, mas entre nós aqui na empresa, seremos apenas nós mesmos.
Certo Daniella?
- Certo Bruno. Obrigada.
- Perfeito! Agora por favor me deixe ver o seu portfólio. Já ouvi por alto que tens um talento impressionante.
- Obrigada. Faço o meu melhor.
- Serei bem claro. Dos oito estagiários, eu quero dois para trabalharem directamente comigo. Faremos viagens e reuniões com os melhores clientes. Já escolhi o primeiro. Espero que sejas a outra pessoa que procuro.
Sem dizer mais nada, Bruno começou a observar e a fazer anotações.
Estava muito impressionado.
Todos os desenhos de Daniela tinham um toque único. Ele próprio também os fazia, mas ainda era capaz de reconhecer alguém á altura do seu próprio talento.
Meia hora depois ele fechou a capa e olhou para Daniella.
- Parabéns Daniella. Eu escolho você para trabalhar directamente comigo. Espero que não haja problemas para você se tivermos que trabalhar até depois da hora do expediente.
- Não. É claro que não Bruno.
Estou preparada para trabalhar sobre pressão e em qualquer ambiente ou horário.
- Perfeito. A Clara vai te passar algumas instruções, e claro saberás dos benefícios de trabalhar directamente comigo.
Tens alguma dúvida?
- Sim. Disseste que seríamos dois.
Onde está o outro escolhido?
- Ele ficará como o supervisor da área de estágios. E você da área de criação. Mas, nada será feito sem a minha aprovação ou conhecimento.
- Entendido.
- Perfeito. Aguarde um momento por favor.
Ele chamou a secretária e explicou o que devia ser feito.
A mulher olhou para Daniella de forma estranha, mas não disse nada e apenas obdedeceu às ordens de Bruno.
- Então nos vemos amanhã Daniella?
- Claro que sim Bruno.
Cá estarei.
Ela seguiu Maria Clara e após cumprir todos os trâmites Daniella foi para casa.
Tinha mais um motivo para celebrar, mas desta vez seriam apenas ela e a mãe.
Ela entrou e sentiu um cheiro delicioso de lasanha e batatas no forno.
- Mamãe!?
- Estou na cozinha filha.
- Oi Mamãe. Estou tão feliz. Tenho notícias maravilhosas.
- É mesmo? Ainda bem que fiz o teu bolo favorito. Vamos poder comemorar.
- Isso mesmo. E teremos um jantar com direito a uma taça de vinho.
Durante o jantar Daniella contou tudo á mãe.
Ela estava muito feliz. A mãe estava certa quando disse que ela apenas devia manter a calma e confiar.
Bruno demonstrou ser uma pessoa bastante simples e não o bilionário arrogante que muitos insistiam em dizer que ele era.
Por outro lado e já em casa, Bruno também aproveitou o seu jantar.
Depois pegou novamente no portfólio de Daniella.
Estava impressionado demais, mas o seu coração era teimoso e não o deixava assumir que alguma coisa poderia mudar.
- Senhor!
- Pois não Dimitry.
- A Senhoria Ivana está na portaria.
Ela afirmou que não vai embora sem falar consigo e trouxe duas malas com ela.
- O Quê?! Ela deve estar louca.
Diga que a deixem entrar, mas ela que fique no jardim. Ah! Chame um táxi de nossa confiança. Eu a vou despachar.
- Com certeza Senhor.
Com licença.
- Obrigado.
Bruno odiava ter a sua priva invadida, e por este e outros motivos não deixaria Ivana se hospedar na sua casa sem que ele mesmo a tivesse convidado.
Estava na hora de a pôr em seu lugar, e desta vez seria de forma definitiva.
- Senhor! Ela está no jardim.
- Obrigado. Dimitry.
Estou indo para lá.
Bruno encontrou Ivana sentada.
Ela levantou e sorriu quando o viu, mas percebeu que ele estava furioso.
- Ivana! O que fazes aqui a esta hora?
- Olá Bruno. Eu vim ver você.
Soube do teu retorno e saí do hotel.
- E onde ficarás hospedada?
- Como assim onde?
Sou tua cunhada. Eu pretendo ficar com você.
- Estás louca? Os teus pais sabem disso?
- Eu sou adulta. Não preciso da permissão deles.
- Mas precisas da minha e não a terás.
Você vai embora e não voltarás a pôr os pés aqui. Não te quero aqui Ivana.
- Você não pode fazer isso comigo.
- Posso e já estou fazendo.
Deixa de agir como uma adolescente mimada e aja com maturidade pelo menos uma vez. O que farias aqui. Não há mais nada que me ligue á tua família.
- E eu?
- Você é apenas uma menina Ivana.
Precisas de muita ajuda para superar os teus tramas, e parar de agir como se estivesses louca e desesperada.
Agora vai embora. O teu táxi chegou.
- Eu não vou. Bruno eu posso te ajudar a superar a perda da minha irmã.
- A irmã que você sempre desprezou por inveja? Não obrigado. E saiba de uma coisa Ivana. Eu gosto de mulheres maduras e responsáveis. E não de meninas mimadas e fúteis como você. Por favor Cirilo, certifique-se que a Senhorita vai embora sem a possibilidade de retorno.
Adeus Ivana.
Cirilo o segurança que estava presente pegou nas malas e as colocou no táxi. Ivana estava com os olhos banhados em lágrimas nas de nada adiantou. Bruno fechou - se em casa e nem mesmo olhou para fora.
Mais uma vez humilhada e rejeitada, ela engoliu o orgulho e foi embora.
Mas, fez o juramento de fazer Bruno se arrepender por a ter rejeitado.
Ivana disse á si mesma que não o deixaria ficar com outras mulheres.
Se tinha conseguido se livrar da irmã, não seria difícil livrar - se de qualquer uma que se aproximasse dele.
Uma mulher rejeitada torna - se um verdadeiro perigo ambulante, e Bruno estava prestes a descobrir isso e muito mais.