Capítulo 2

1076 Words
Bruno estava na sua sala e andava de um lado para o outro. Maria Clara entrou com a agenda dele. - Senhor Novak! Posso mandar entrar a próxima estagiária? - De quem se trata? - Da Senhorita Maria Daniella Santorinni. - Tudo bem. Mande - a entrar por favor. - Sim Senhor. - Obrigado. Daniella entrou notando o luxo e riqueza á sua volta. - Senhorita Santorinni. Sente - se por favor! Fique á vontade. - Muito Obrigada Senhor Novak. - Nada de Senhor por favor. Apenas Bruno. As formalidade eu deixo para o meu Pai. Quem trabalha comigo deve ser livre e espontâneo. - Está certo Bruno. Mas porque você me chamou de Senhorita Santorinni? - Para fazer a minha parte. Dentro do ambiente de trabalho e com pessoas de fora posso ser o Senhor Novak, mas entre nós aqui na empresa, seremos apenas nós mesmos. Certo Daniella? - Certo Bruno. Obrigada. - Perfeito! Agora por favor me deixe ver o seu portfólio. Já ouvi por alto que tens um talento impressionante. - Obrigada. Faço o meu melhor. - Serei bem claro. Dos oito estagiários, eu quero dois para trabalharem directamente comigo. Faremos viagens e reuniões com os melhores clientes. Já escolhi o primeiro. Espero que sejas a outra pessoa que procuro. Sem dizer mais nada, Bruno começou a observar e a fazer anotações. Estava muito impressionado. Todos os desenhos de Daniela tinham um toque único. Ele próprio também os fazia, mas ainda era capaz de reconhecer alguém á altura do seu próprio talento. Meia hora depois ele fechou a capa e olhou para Daniella. - Parabéns Daniella. Eu escolho você para trabalhar directamente comigo. Espero que não haja problemas para você se tivermos que trabalhar até depois da hora do expediente. - Não. É claro que não Bruno. Estou preparada para trabalhar sobre pressão e em qualquer ambiente ou horário. - Perfeito. A Clara vai te passar algumas instruções, e claro saberás dos benefícios de trabalhar directamente comigo. Tens alguma dúvida? - Sim. Disseste que seríamos dois. Onde está o outro escolhido? - Ele ficará como o supervisor da área de estágios. E você da área de criação. Mas, nada será feito sem a minha aprovação ou conhecimento. - Entendido. - Perfeito. Aguarde um momento por favor. Ele chamou a secretária e explicou o que devia ser feito. A mulher olhou para Daniella de forma estranha, mas não disse nada e apenas obdedeceu às ordens de Bruno. - Então nos vemos amanhã Daniella? - Claro que sim Bruno. Cá estarei. Ela seguiu Maria Clara e após cumprir todos os trâmites Daniella foi para casa. Tinha mais um motivo para celebrar, mas desta vez seriam apenas ela e a mãe. Ela entrou e sentiu um cheiro delicioso de lasanha e batatas no forno. - Mamãe!? - Estou na cozinha filha. - Oi Mamãe. Estou tão feliz. Tenho notícias maravilhosas. - É mesmo? Ainda bem que fiz o teu bolo favorito. Vamos poder comemorar. - Isso mesmo. E teremos um jantar com direito a uma taça de vinho. Durante o jantar Daniella contou tudo á mãe. Ela estava muito feliz. A mãe estava certa quando disse que ela apenas devia manter a calma e confiar. Bruno demonstrou ser uma pessoa bastante simples e não o bilionário arrogante que muitos insistiam em dizer que ele era. Por outro lado e já em casa, Bruno também aproveitou o seu jantar. Depois pegou novamente no portfólio de Daniella. Estava impressionado demais, mas o seu coração era teimoso e não o deixava assumir que alguma coisa poderia mudar. - Senhor! - Pois não Dimitry. - A Senhoria Ivana está na portaria. Ela afirmou que não vai embora sem falar consigo e trouxe duas malas com ela. - O Quê?! Ela deve estar louca. Diga que a deixem entrar, mas ela que fique no jardim. Ah! Chame um táxi de nossa confiança. Eu a vou despachar. - Com certeza Senhor. Com licença. - Obrigado. Bruno odiava ter a sua priva invadida, e por este e outros motivos não deixaria Ivana se hospedar na sua casa sem que ele mesmo a tivesse convidado. Estava na hora de a pôr em seu lugar, e desta vez seria de forma definitiva. - Senhor! Ela está no jardim. - Obrigado. Dimitry. Estou indo para lá. Bruno encontrou Ivana sentada. Ela levantou e sorriu quando o viu, mas percebeu que ele estava furioso. - Ivana! O que fazes aqui a esta hora? - Olá Bruno. Eu vim ver você. Soube do teu retorno e saí do hotel. - E onde ficarás hospedada? - Como assim onde? Sou tua cunhada. Eu pretendo ficar com você. - Estás louca? Os teus pais sabem disso? - Eu sou adulta. Não preciso da permissão deles. - Mas precisas da minha e não a terás. Você vai embora e não voltarás a pôr os pés aqui. Não te quero aqui Ivana. - Você não pode fazer isso comigo. - Posso e já estou fazendo. Deixa de agir como uma adolescente mimada e aja com maturidade pelo menos uma vez. O que farias aqui. Não há mais nada que me ligue á tua família. - E eu? - Você é apenas uma menina Ivana. Precisas de muita ajuda para superar os teus tramas, e parar de agir como se estivesses louca e desesperada. Agora vai embora. O teu táxi chegou. - Eu não vou. Bruno eu posso te ajudar a superar a perda da minha irmã. - A irmã que você sempre desprezou por inveja? Não obrigado. E saiba de uma coisa Ivana. Eu gosto de mulheres maduras e responsáveis. E não de meninas mimadas e fúteis como você. Por favor Cirilo, certifique-se que a Senhorita vai embora sem a possibilidade de retorno. Adeus Ivana. Cirilo o segurança que estava presente pegou nas malas e as colocou no táxi. Ivana estava com os olhos banhados em lágrimas nas de nada adiantou. Bruno fechou - se em casa e nem mesmo olhou para fora. Mais uma vez humilhada e rejeitada, ela engoliu o orgulho e foi embora. Mas, fez o juramento de fazer Bruno se arrepender por a ter rejeitado. Ivana disse á si mesma que não o deixaria ficar com outras mulheres. Se tinha conseguido se livrar da irmã, não seria difícil livrar - se de qualquer uma que se aproximasse dele. Uma mulher rejeitada torna - se um verdadeiro perigo ambulante, e Bruno estava prestes a descobrir isso e muito mais.
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