ATROZ - MORRO

CAP 10 - Vou soltar a minha fera, eu boto o bicho pra pegar

Monstro, apenas Monstro...

O pior era aguentar a cara de... eu te avisei, do Micha. Não sei o que me fez chegar, jeitinho de mina recatada, parecendo até um pouco com a maneira de ser da minha mãe.

No final ela apenas uma falsa dos infernos. Tenho poucas coisas sagradas na minha vida, e sonhos quase que nenhum e um dos poucos que me permitia a galega diaba disfarçada de anjo, me tirou.

A maioria dos cria, curte essa parada de ficar famoso, parecer de procurado, valer dinheiro de recompensa. Mas eu não, e por conta de uma vaddia, o pior aconteceu, minha lata estampada como procurado, para quem quiser, minha cabeça a prêmio como se eu fosse a merda de um gado, era tudo o que menos queria.

Deveria ter escutado Micha, acabado com ela. Talvez torcendo o pescoço da infeliz, eu tiraria essa angústia do meu peito e essa pirannha falsa da porrra da minha cabeça.

Só quando engrossei, foi que Micha parou de me cobrar uma lição para aquela desgraçada, não queria chamar mais atenção do que já havia chamado. Mas se um dia ela se atrever a pôr os pés na favela. Primeiro faço uma bela farra com a rapaziada, a deixando toda arregaçada, depois asso uma porca no microondas.

Assim ela fica de exemplo, para nunca mais ninguém se tremer a me passar a perna

Quem precisa daquela branquela se fazendo de freira!

Tinha até me esquecido como era bom ficar entre três mamadas de uma só vez. A minha boca invadia a bocetta de uma, a outra quicando no meu p*u e a terceira chupando meu saco.

Porrra! Isso era muito bom!

Nada como uma orgia para tirar os pensamentos frouxo da mente.

Fiel é o carallho!

Já fazia tempo que me enterrei no cafofo só ficando na vida louca. Várias mulherzinha atrás de mim e eu dando mole de bucha na favela.

Estou na fase de desintoxicação. Um beck relaxante, uma trinca da servidona, bem de vez enquanto, porquê essa merrda vicia e muita mamada diferente. Essa era a maneira de controlar o tanto de raiva que dominava meu ser. Nunca mais deixarei p*****a nenhuma me fazer de otáriio. Perdi a oportunidade de ter meu samba cantado na avenida, de ver minha verde e branco brilhar com a minha arte, tudo por causa dessa desgraçada.

Mas isso acabou!

Ao menos toda essa merrda me serviu de choque de realidade. Eu queria ser dois caras, o sambista e o bandido. Era mais que certo que essa merda iria lombrar.

E lombrou.

Micha tá certo. Eu sou traficantte, não um sambista emocionado por uma putta do asfalto, tenho que passar agir como tal e cuidar com mão de ferro do movimento.

(...)

Michael, vulgo Descontrole...

Meu meio irmão é a única família que eu tenho, é a única pessoa que ainda tem meu sangue correndo nas veias, por isso farei de tudo para protegê-lo, mesmo que seja de si próprio.

O garoto sempre teve a visão errada de tudo, principalmente do sistema. Não o culpo, todos têm. Na cabeça dele, ele é o dono, um regente de um império do tráfico, mas a verdade é que somos piões do comércio mais rentável do Rio de Janeiro.

Enquanto ostentamos peças dentro da favela, tem nêgo do lado de fora, vivendo uma boa vida com o fruto nosso trampo. O verme de patente alta que manda seus recos nos sugar, é tanto arrego que sai do movimento, que os bagulhos estão ficando cada vez mais malhados, Neguin daqui a pouco só tá cheirando bicarbonato de sódio. E por trás disso tudo, ainda tinha os partidos.

O bagulho que eu queria aconteceu, ele enxergou que a putta branca não prestava. Não valia o paau que chuppava. Não verei mais aquela mulher por aqui, tirando meu irmão do foco e ficando entre nós.

Agora tinha que tirar ele da vida louca de dentro do cafofo. Tem território que precisamos ganhar e apesar dele não ficar na porrra da linha de frente, só podia tomar atitude com a ordem dele.

Se tudo dependesse diretamente de mim, não seria só o viaaddo que teria ido de ralo, as duas vaccas também. Mas quem manda, é o Max.

Meu irmão sempre foi um iludido, cheio de planos frouxos. Aproveitei sua revolta quando a mãe dele morreu e o trouxe para o meu mundo. O deixei acreditar que foi ele quem ganhou a guerra contra o Gabiru, um paraíba pé de cana que pensava ser o dono do lugar onde nasci. Que o êxodo vá tomar no olho do cu

Eu dei o Complexo da Fazendinha para o Max, fui eu quem criou o Monstro. Família cuida da família.