CAP 11 - "Não espere o futuro mudar tua vida, porque o futuro é a consequência do presente"

1175 Words
Maxsuel, vulgo Montro... Micha andava atrás de mim, como se fosse minha mulher e eu só conseguia sentir raiva dessa porrra. Ele me tirou do cafofo onde eu me divertia a semanas, para falar das intenções de tomar o morro do outro lado do asfalto. Quando resolvi colocar o bagulho em prática no mesmo dia, ele botou o galho dentro e agora estava com o cu na mão atrás de mim. O cuzão tentou me convencer que precisava de tática e de planejamento. Não dei a mínima, a gente só precisava de ferro, granada e disposição. Graças a minha vontade arrojada, já ganhamos quase todas as bocas no Morro do Gorila. Vou falar que não me interessava esse território, eu queria era só a adrenalina de f***r com a vida de alguém e por toda madrugada, arrebentei várias bolas alemãs. A primeira hora foi divertido, minha cabeça parou por um momento de pensar em merdda, depois já estava entediado querendo que a p***a da invasão acabasse. Era o último biombo, minha "mamãe" Micha tentou me frear, disse para que eu esperasse, cercar a casa por inteiro. Estava tão silencioso que deveria estar vazia. Se tinha alguém lá dentro, se escondeu debaixo da cama. Contrariando os conselhos do homem na linha de frente. Subiu eu e mais três manos a escada de concreto, enfiaria o pé na porta, mas antes que eu pudesse fazer, a rajada veio com pressão. Não sei da onde veio e nem em qual lugar do meu corpo entrou o tiro, só sei que cai. Eu ouvia toda a movimentação, só não conseguia falar. Fui arrastado pelos manos, ouvi Micha xingando, ouvi mais rajadas, e falando para os manos que tinham que me levar para o médico. Zinho concenstrado no processo fazendo, tentando fazer com que Micha entendam que as coisas sairiam m*l, eu seria preso. — Então sequestra a porrra de um médico cirurgião e de preferência mulher. — Esse bagulho vai ser doido Descontrole, noiz teria que entrar na sala de cirurgia. — f**a-se como o bagulho será feito. Isso não é problema meu, agora vão. — Micha berrou. Um frio siberiano assolava meu corpo, não sabia e nem tinha mais ideia da onde eu estava. Tudo foi ficando um escuro absoluto, até que perdi os sentidos por completo. (...) Triana Müller... Desde que Rachel largou tudo e voltou para sua cidade em São Paulo, fico me questionando se eu não deveria fazer o mesmo e ir embora para o Sul ficar com minha família. Provavelmente é o que irá acontecer. Foi uma cirurgia tensa, geralmente gosto de ser a enfermeira instrumentista, mas depois da morte de Alexey, tenho andado de pensamentos distraídos e há um medo da minha parte, no qual eu possa cometer algum erro. Graças ao meu bom Deus, tudo deu certo apesar do cansaço pela complexidade do trauma que o paciente sofreu. Eu andava pelo corredor do hospital, iria até a máquina de capuccino, depois um banho e tiraria um cochilo no quarto da enfermagem. Por sorte minha dispersão não apareceu na hora de auxiliar o cirurgião, mas na hora de pegar o jaleco pendurado na saída da sala de cirurgia, peguei o dele. Ri mentalmente da minha distração, quando li no bolso Dr Cirurgião Souza. Parei em frente a máquina, e pus a nota com o valor exato da bebida. Enquanto o maquinário engenhoso preparava a mistura boa de chocolate e café. Sinto meu telefone vibrar por dentro do macacão cirúrgico. Pus a mão no bolso sob o jaleco e atendi a chamada do doutor Anttone. "Doutor desculpa! Peguei errado o seu jaleco." "Tudo bem, Triana. Me faz um favor, ver se chave do carro está no bolso direito do jaleco?" "Está sim." confirmei assim que pus a mão no mesmo." "Preciso de mais um favor, que vá até meu carro. Um Sportage branca, está na vaga C12, não deixa." ele mudou de ideia do que iria me pedir. "pus o carro na vaga mais deserta, essa hora pode ser perigoso." "Não, está tudo bem, pode falar doutor o que deseja?" "Preciso que pegue minha mochila no banco do carona." "Pode deixar comigo." respondi solícita. "Leve com você algum segurança." "Tudo bem, dr Anttone." Desligamos a chamada, eram quatro da madrugada o único segurança aos meus olhos era o da portaria e ele não poderia sair do seu posto. Era uma ida rápida ao estacionamento, o que poderia acontecer. Andei até a vaga, ele tinha razão quando disse ser uma vaga bastante escondida. Cheguei e apertei a chave, o veículo robusto logo emitiu um barulho sonoro, demonstrando a a******a das portas. Abri a porta do motorista e me debrucei dentro do carro para pegar no carona, a mochila, de.posse dela, voltei, fechei a porta do carro e quando me virei, um sujeitinho m*l encarado estava de pé na minha frente. Levantou a blusa me mostrando a peça metálica, cravada na calça abaixo do quadril, deixando em evidência os pelos pubianos. Pensei que levariam o carro do doutor Anttone, até eu perceber que a enrascada que me metia, era bem maior. — Noiz não quer fazer maldade com a senhora, tá ligado. Noiz só quer salvar um amigo, vem comigo na moral e tudo vai ficar de boa. A quem eles pensavam que estavam enganando. Me matariam por eu ter denunciado o tal Monstro, eu tentei correr para direita,mas outro meliante já havia me cercado, tomei uma braçada na cara em velocidade, que cai zonza no chão do estacionamento. — Não precisa de bater carallho! Noiz precisa da mulher inteira pra salvar o irmão, p***a. — o que tentou me render discutia com o que me bateu, enquanto me levantava do chão. — Bem que tu falô que era mulher e por debaixo dessa touca, máscara e roupa de hospital, tem jeito de maior gostosa. — o relato me arrepiou a espinha. — Sossega essa piica brocha aí Neguin. A parada do negócio do bagulho, é salvar o mano. Ouvir a conversa deles, ao menos me aliviou. Não era o que eu estava pensando,.não tinha nada a ver com Maxsuel, eles apenas estavam pensando que eu era cirurgiã. — Eu não sou médica, muito menos cirurgiã. — Tá me achando com cara de otáriio, cala boca vagabundda. Mesmo morrendo de medo, Iria insistir. Meu celular tocou novamente. O tal Neguin, tirou o aparelho do meu jaleco e arremessou no chão. O outro que tinha uma aparência e vocabulário melhor, jogou a mão direita sobre o meu ombro e encostou a arma na minha costela, com a mão esquerda. Quem olhasse pensaria que apenas éramos num casal. — Vem na boa e sem gracinha. — Está cometendo um engano — com a voz trêmula, tentei argumentar, mas ao invés de me ouvir, pressionou a arma contra minha pele, me causando dor. Não tinha jeito, não dava par argumentar com marginais, o que me deixava aliviada era que isso tudo era.apenas um grande azar da minha parte. Pois não tinha nada a ver com Maxsuel, o Monstro.
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